terça-feira, 31 de dezembro de 2024

costurando

“Quando nelas gravamos nossos nomes…” Jô Tauil _________________________ Na pedra fria do tempo que não passa, Gravo teu nome junto ao meu, amado, Como quem tece em fios de ouro e graça Um destino por deuses abençoado. Cada letra é um suspiro, uma promessa, Cada traço desenha nossa história, E mesmo que o vento forte estremeça, Permanece gravada na memória. Na casca antiga do carvalho altivo, Nas areias douradas desta praia, Em cada canto onde o amor está vivo, Nossos nomes dançam como uma saia. Gravo-os nas estrelas cintilantes, No coração da lua prateada, Nas pétalas de rosas perfumantes, Na brisa que sussurra madrugada. São mais que letras, são nossa verdade, São a essência do amor que não se mede, São a prova eternal desta saudade, São o vinho mais doce que não se bebe. E quando o tempo tentar nos separar, Quando a distância quiser nos dividir, Nossos nomes hão de sempre brilhar Como faróis a nos reunir. Pois não há força maior que este amor, Que esculpiu nossos nomes lado a lado, Como poema eterno de vigor, No mármore do tempo consumado. E assim seremos sempre, tu e eu, Dois nomes entrelaçados pela sorte, Um amor que do infinito nasceu E nem mesmo sucumbirá à morte. Marilândia

domingo, 29 de dezembro de 2024

EVENTO DIA 29 LN A ARTE

Celebração Celestial É quando a noite se despe de seu manto negro que os céus se transformam em telas infinitas, onde as cores dançam como amantes incontidos e as estrelas fabricadas pela mão humana disputam espaço com as filhas eternas do cosmos. Cada explosão é um poema cromático, vertendo sobre nós suas sílabas de luz, derramando nas retinas dos sonhadores cascatas de ouro, prata e rubi. O ano morre em glória, vestido de fogos e promessas, enquanto o novo tempo nasce sob um céu que chove magia. As pessoas, pequenas sob o espetáculo, erguem seus olhos como crianças eternas, bebendo a beleza que escorre das alturas, sentindo na pele o calor das esperanças que explodem em mil fragmentos de amanhãs. Cada flor de fogo que se abre no firmamento é uma prece silenciosa de renovação, um desejo ardente que sobe aos céus e retorna em chuva de luz multicolor. Oh, arte efêmera que pinta o infinito! Teus pincéis são raios de sonhos acesos, tua paleta são os suspiros coletivos de milhões de almas que, neste instante, compartilham o mesmo céu de possibilidades. E quando o último faísca se apaga, resta no ar o perfume da mudança, o sabor doce da transformação, e a certeza de que somos todos artistas pintando com luz o primeiro minuto de mais um capítulo de nossa história.

sábado, 28 de dezembro de 2024

Girassóis em Amarelo Vivo

# Girassóis em Amarelo Vivo Pétalas douradas dançam ao vento, Como pinceladas febris de Van Gogh, Em redemoinhos de amarelo intenso, Cada flor um sol terreno em fogo. Hastes verdes se contorcem ao céu, Num baile hipnótico de luz e cor, Onde cada girassol é um troféu Da natureza pintada com fervor. Em Arles, sob o sol meridional, Os girassóis crescem em tela viva, Cada pincelada é um ritual De paixão ardente, narrativa. Pétalas grossas de tinta espessa, Texturas que saltam da imaginação, Na dança circular que não cessa, Entre realidade e alucinação. Os girassóis se multiplicam, Em tons de ouro e ocre profundo, Suas faces ao sol se dedicam, Como olhos atentos sobre o mundo. Vincent via beleza na loucura Desses guardiões do verão francês, Imortalizou sua estrutura Em obras que vivem até hoje, talvez. Cada flor é um pequeno universo, Girando em órbita solar perfeita, Como estrelas caídas em verso, Na tela que o tempo respeita.

OUTRA VERSÃO (ANALISAR) DE EVENTO DE LN

Sinfonia do Ano Novo Dó... começa um novo amanhecer Ré... recomeço a acontecer Mi... milhares de esperanças Fá... fazendo novas danças Sol... soltando os sonhos pro ar Lá... latitude do novo lugar Si... simples como a vida Dó... doce nova partida As notas do tempo a tocar Um novo ano vai começar Cada som é uma promessa De alegria que não cessa Dó Ré Mi... esperança renascida Fá Sol Lá... nova melodia Uma nova si_na eclodia Com acordes de alegria E nessa sinfonia do tempo Cada nota traz um momento De amor, paz e harmonia Pro ano novo que se inicia

OUTRA VERSA EVENTO LN NOTAS MUSICAIS

Na última noite do ano que morre, Quando o tempo se despe de suas vestes antigas, Vejo as ruas dançarem com seus vestidos de festa, E as janelas acesas como olhos inquietos. São Paulo é um coração pulsante esta noite, Um gigante que respira fogos de artifício, Enquanto o povo, esse rio multicolorido, Derrama-se pelas avenidas em busca do amanhã. As taças tilintam como sinos de cristal, Carregando promessas em seu ventre dourado, Enquanto a lua, velha senhora das mudanças, Observa em silêncio nossos rituais terrenos. As baladas desta noite são gritos de esperança, São abraços trocados entre desconhecidos, São lágrimas que lavam as feridas do passado, São risos que constroem pontes para o futuro. Doze badaladas cortam o céu como flechas, E cada uma traz consigo um desejo novo, Como sementes que plantamos neste instante No jardim fértil dos dias que virão. Os fogos explodem como flores de luz, Tatuando no céu nossos sonhos coletivos, Enquanto a cidade, essa eterna namorada, Dança embriagada de amor e de esperança. E nós, filhos desta noite mágica, Somos todos poetas de um novo começo, Escribas de histórias ainda não contadas, Profetas de alegrias ainda não vividas. Que o ano que nasce seja um poema vivo, Escrito com a tinta da nossa coragem, Nas páginas brancas dos dias vindouros, Onde cada verso será uma nova chance de viver. Marilândia Marques Rollo

OS GIRASSÓIS A PUB

EVENTO DE LN DIA 29 OUTRA VERSÃO

Evento de Lucia Nobre e Os Fatos Musicais & Afins TEMA:DO RE MI FA SOL LA SI -A MÚSICA DO ANO NOVO AUTORA:Marilãndia Marques Rollo TÍTULO:Sinfonia dos Tempos Novos DATA:29/12/2024 PAÍS:Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Lucia Nobre Sinfonia dos Tempos Novos Na espiral do último sino, Dó sangra em cristais de vinho Enquanto Ré, profeta insurgente, Rasga véus do firmamento. Mi, fantasma de mercúrio vivo, Dança nas taças do delírio, Fá destila essências etéreas Em cascatas de luz sidérea. Sol - alquimista das auroras - Transmuta minutos em horas, Lá dissolve constelações Em licor de revelações. Si, sibilante serpentina, Enlaça a dança vespertina, E o tempo, em êxtase suspenso, Verte-se em momento imenso. Meia-noite - portal violeta - Onde cada nota secreta Transfigura-se em nova idade: Êxtase da eternidade. As notas, ébrias de futuro, Rasgam o véu do tempo escuro, E o ano, em síncope divina, Renasce em música assassina. No vórtice do novo agora, Cada som é nova aurora, Cada acorde - um universo Em perpétuo reverso.

EVENTO DE LNOBRE DIA 29

Na última noite do ano que morre, Quando o tempo se despe de suas vestes antigas, Vejo as ruas dançarem com seus vestidos de festa, E as janelas acesas como olhos inquietos. São Paulo é um coração pulsante esta noite, Um gigante que respira fogos de artifício, Enquanto o povo, esse rio multicolorido, Derrama-se pelas avenidas em busca do amanhã. As taças tilintam como sinos de cristal, Carregando promessas em seu ventre dourado, Enquanto a lua, velha senhora das mudanças, Observa em silêncio nossos rituais terrenos. As baladas desta noite são gritos de esperança, São abraços trocados entre desconhecidos, São lágrimas que lavam as feridas do passado, São risos que constroem pontes para o futuro. Doze badaladas cortam o céu como flechas, E cada uma traz consigo um desejo novo, Como sementes que plantamos neste instante No jardim fértil dos dias que virão. Os fogos explodem como flores de luz, Tatuando no céu nossos sonhos coletivos, Enquanto a cidade, essa eterna namorada, Dança embriagada de amor e de esperança. E nós, filhos desta noite mágica, Somos todos poetas de um novo começo, Escribas de histórias ainda não contadas, Profetas de alegrias ainda não vividas. Que o ano que nasce seja um poema vivo, Escrito com a tinta da nossa coragem, Nas páginas brancas dos dias vindouros, Onde cada verso será uma nova chance de viver. Marilândia Marques Rollo

COSTURANDO DIA 28

“O desejo aos poucos se calou…” Jô Tauil _________________________ Sob o véu do silêncio guardo teu nome, Como guarda o mar seus segredos profundos, Como guarda a noite suas estrelas tímidas, Como guarda o vento seus sussurros distantes. Não disse teu nome, mas ele floresce Em cada gesto contido de minhas mãos, Em cada suspiro que escapa sem querer, Em cada olhar que desvio quando passas. Cultivo este desejo como quem cultiva Um jardim secreto em pleno deserto, Regado com gotas de sonhos contidos, Nutrido pelo sol de encontros furtivos. Meus lábios são cofres de palavras não ditas, Guardando confissões que dançam silenciosas, Como pássaros presos em gaiolas de vidro, Como ondas que morrem antes de tocar a praia. E assim te desejo, em versos mudos, Em poemas escritos com tinta invisível, No papel em branco dos dias que passam, No espaço vazio entre nós dois. Quem sabe um dia este silêncio floresça, E as palavras contidas se transformem em jardim, Mas por ora, guardo este desejo calado, Como quem guarda um tesouro de marfim. Marilandia

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

COSTURANDO POESIA

“Na infinitude do tempo…” Jô Tauil _____________________ Grãos de areia escorrem lentos Na ampulheta do existir, Enquanto os meus pensamentos Vagam sem poder fugir. O tempo, vasto oceano, Onde naufrago sem fim, Leva consigo, ano após ano, O que resta de mim. Nas águas da eternidade Dissolve-se a minha essência, Enquanto a realidade Se perde na transcendência. Cada momento que passa É um sopro de infinito, Como névoa que esvoaça No horizonte do aflito. E assim me vou desfazendo No abismo temporal, Como um sonho que, morrendo, Torna-se i_memorial. Marilândia

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

COSTURANDO DIA 26

“Apostando tudo na regeneração…” Jô Tauil -__________________________ Como a água que desce pela montanha e lava as pedras antigas de musgo, assim meu coração se renova no ciclo eterno do tempo. Não sou mais aquela que fui ontem, minhas células dançam uma nova melodia, meus pensamentos são pássaros migrantes retornando a um ninho desconhecido. A cada aurora que pinta o céu com seus dedos de rosa e ouro, nasce em mim uma nova verdade, morre em mim uma velha certeza. Sou como a floresta depois do fogo: das cinzas negras brota o verde, e o que parecia morte torna-se berço de vida nova. Regenero-me em silêncio, como a lua que cresce no céu escuro, como a primavera que chega sem fazer alarde de sua chegada. E neste eterno renascer encontro a essência do que sou: não a forma fixa e imutável, mas o fluxo constante da transformação. Sou a serpente que muda de pele sob o sol ardente do meio-dia, sou a semente que rompe a terra em busca da luz que a chama. E assim me faço nova: não pelo desejo de ser outra, mas pela coragem de aceitar que sou eternamente inacabada. Marilândia

COSTURANDO POESIA

"Sem ter a efemeridade da flor nem o pecado original" Jô Tauil ______________________________________ Pétalas de seda em manhã dourada, Tão frágil beleza que o tempo consome, És glória fugaz, és chama sagrada Que brilha e se apaga sem deixar um nome. Quisera guardar-te eterna, perfeita, Como guardo n'alma as doces lembranças, Mas és como eu sou - mortal, imperfeita, Vivendo do sonho de vãs esperanças. Tua vida breve é espelho da minha: Um sopro, um momento de rara poesia, Uma dor que nasce e logo definha, Uma luz que brilha só por um dia. Em ti reconheço meu próprio destino, Flor que desabrocha para logo morrer. És bela e efêmera como um desatino, Como tudo aquilo que sonho em ser. Mas ah! que mistério em tua brevidade! Tão curto momento, tão grande beleza... És toda a vida em sua verdade: Um lampejo eterno de pura tristeza.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

COSTURANDO DIA 23

“É O AMOR! É O AMOR”! Jô Tauil _________________________ Em pétalas de luz divina envolto, O amor sagrado que em minh'alma habita É chama eterna, força infinita, Que em versos d'ouro deixo aqui, des_envolto… Entre suspiros e sonhos revolto, Esta paixão que nunca foi prescrita, Como um sino que ao longe repita O eco de um coração já todo solto. Sacrossanto amor, mistério profundo, Que eleva minh'alma além deste mundo Em asas feitas de pura emoção. És fonte viva de eterna verdade, És ponte entre o tempo e a eternidade, És a própria luz de minha redenção. Marilândia

COSTURANDO DIA 23

No âmago do silêncio, onde as palavras sangram luz, teço-te em fios de fogo e sede. És fonte que brota das entranhas da terra, violenta e pura como o primeiro grito, sagrada como o último suspiro. Entre tuas mãos, meu corpo é pergaminho onde escreves rituais antigos com a tinta das estrelas. Somos dois vulcões alimentando-nos da mesma lava, dois relâmpagos na mesma tempestade ancestral. No altar deste amor, sacrificamos nossas sombras e renascemos, íntegros e selvagens, como deuses primitivos. Toco-te com a reverência de quem toca o mistério, e no silêncio de tua carne encontro a linguagem perdida dos primeiros amantes.

A PAZ

A Paz Hoje busco a paz como quem busca água no deserto infinito das manhãs, como quem procura estrelas nas profundezas do mar negro. A paz não vem como pomba branca, nem desce suave como orvalho na relva. Ela nasce das mãos calejadas dos homens simples, do sorriso das crianças nas praças vazias, do pão partido e compartilhado nas mesas de madeira. A paz é uma semente rebelde que brota entre as rachaduras do concreto, que resiste ao vento norte e às tempestades, que floresce mesmo quando o mundo insiste em plantar muros e cercas de arame. Eu a encontro no silêncio das bibliotecas, no abraço dos amantes sob árvores antigas, no olhar cansado dos velhos que ainda sonham, nas mãos unidas dos que marcham contra a noite e seus fantasmas. A paz não é ausência, é presença viva e pulsante como o coração da terra que ainda bate sob nossos pés descalços, como o sangue que corre em nossas veias carregando memórias de todos os que vieram antes. Hoje eu a chamo pelo nome como quem chama uma antiga amiga, e ela responde com o murmúrio do vento nas folhas das oliveiras, com o riso das crianças que ainda não conhecem o peso das palavras guerra e ódio. A paz é esta hora azul entre o sonho e o despertar, quando todas as possibilidades dormem no horizonte como pássaros aguardando o primeiro raio de sol para alçar voo. MARILÂNDIA

COSTURANDO DIA 25

“Sem ter a efemeridade da flor nem o pecado original “ Jô Tauil _________________________ Na aurora dos tempos, sob céus imaculados, Jazia o paraíso em sua paz primeira, Onde o fruto proibido, em sua altivez altaneira, Guardava os segredos aos mortais negados. Eva, serpentina em sua graça felina, Dançava entre galhos de sabedoria amarga, Enquanto a serpente, em sua astúcia larga, Sussurrava promessas de ciência divina. Ah, doce veneno da curiosidade! Que transformou inocência em mortalidade, E fez do éden um reino de sombra e dor. O fruto mordido sangrava conhecimento, Manchando de vermelho o firmamento, Enquanto Deus observava com divino amargor. Na queda encontrávamos nossa elevação, Pois do pecado nascia a consciência, E da vergonha brotava a sapiência Que nos condenava à eterna perdição. Agora vagando,filhos da desgraça, A carregar o peso do saber ancestral, E_ternos herdeiros do Pecado Original, Buscando redenção em nossa aliança! Marilândia

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

mensagem natal j

Que os bons momentos sejam eternos. Feliz Natal a você e a todos os familiares.

COSTURANDO POESIA DIA 22

“Daquela linda e jovem mãe!” Jô Tauil -______________________ Entre os astros dilacerados de luz teu nome se desdobra em pétalas de fogo, Mãe que transcende a carne e o tempo, tuas mãos são rios de leite ancestral alimentando as bocas famintas dos séculos. Teu manto é tecido com a violência do azul, costurado com fios de tempestade e silêncio, enquanto teus olhos atravessam as idades como relâmpagos de misericórdia infinita rasgando a escuridão dos nossos medos. Em teu ventre, o impossível se fez carne, e as estrelas dançaram uma dança louca de júbilo e espanto, quando o divino escolheu tua humildade como morada, transformando teu sangue em vinho celestial. Agora teu corpo é uma catedral de luz, cada veia um vitral por onde escorre a graça incandescente que nos redime, e tua voz é um cântico que despedaça as correntes do tempo e da morte. Mãe santíssima, teu amor é um fogo que devora nossas dores como palha seca, e de tuas lágrimas nascem constelações que iluminam os caminhos perdidos dos que vagam nas trevas do mundo. Em teu nome, as rosas sangram perfume, e os anjos reescrevem a geometria do céu, enquanto tua santidade transborda como um rio de mel e ouro líquido, inundando os desertos de nossas almas. És a porta onde o sagrado e o humano se encontram em uma dança vertiginosa, és o espelho onde Deus contempla sua própria misericórdia refletida no mistério profundo de ser mãe. Marilândia

NOITE DE AMOR E PAZ

Noite de Amor e Paz Na voragem da noite profunda onde as estrelas sangram sua luz mineral teus dedos de água tocam a superfície incandescente do silêncio NOITE DE AMOR E PAZ E assim nos transformamos: teu corpo é um rio subterrâneo que atravessa as camadas do tempo minha boca um pássaro faminto de palavras ainda não nascidas Paz - essa palavra antiga como o primeiro suspiro da terra desabrocha entre nós qual flor noturna seus pétalas são feitas de sombra e lua O amor nos devora inteiros enquanto a noite desfia seu mistério somos agora apenas isto: duas chamas entrelaçadas dançando na escuridão sagrada E quando o mundo enfim adormece nossos corpos fundem-se em silêncio como duas gotas de orvalho que a madrugada transforma em luz. Marilândia

domingo, 22 de dezembro de 2024

É NATAL

É Natal Sinos cantam na noite perfumada, Enquanto o mundo dorme em seu mistério, E minha alma, qual branco monastério, Acolhe a paz há tanto desejada. Em cada casa uma luz é acesa, Como um farol de esperança e de bondade, E sinto em mim tamanha claridade Que até minh'alma transborda de pureza. Ó Natal! És mais que festa ou alegria, És o momento em que o divino desce E faz da Terra sua moradia. E nesta noite santa de magia, Meu coração, que tanto padece, Encontra enfim sua doce melodia. Marilândia

SARAU 29 DE DEZEMBRO

SARAU CONFRATERNIZAÇÃO GRUPO AMIGOS DA CILA TEMA: FRATERNIDADE E ECOLOGIA INTEGRAL AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:29/12/2024 TÍTULO: PAÍS:Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Leovany Octaviano Fraternidade Terrestre Na voragem do verde translúcido onde as raízes se entrelaçam como veias abertas, somos todos um só organismo pulsante. A seiva que alimenta o ipê é o mesmo sangue que ferve em nossas artérias. Irmãos somos do vento e da pedra, da água que transmuta e do fogo que purifica. Na dança cósmica das moléculas não há separação entre carne e terra. O musgo cresce em nossas costas enquanto dormimos sob estrelas líquidas. Cada respiração é uma comunhão com o sopro ancestral que move as folhas e as nuvens. Os pássaros tecem mensagens entre nossos dedos feitos de húmus. Somos a própria mensagem: corpo-floresta, mente-rio, espírito-montanha. Na teia sagrada da existência cada fio é um canto de amor. Quando um irmão tomba, seja árvore ou homem, toda a trama estremece. Aqui, onde o tempo fermenta e as palavras brotam como samambaias, aprendemos a língua mineral dos antigos guardiões que habitam o silêncio verde. Esta é nossa verdadeira natureza: sermos um com tudo que respira, que floresce e que decai. Na grande roda da vida, não há eu nem outro - só há nós. Marilândia Marques Rollo

sábado, 21 de dezembro de 2024

COSTURANDO DIA 21

"E inexoráveis dias e anos correm..." Jô Tauil ___________________________

COSTURANDO

Diante de uma natureza em festa, que louva a Deus…” Jô Tauil __________________________ As folhas trêmulas conspiram num delírio verde-elétrico, enquanto o vento tece suas melodias ancestrais. Raízes pulsam sob a terra como veias de um gigante adormecido, e cada grão de pólen é uma estrela caída do firmamento em festa. As águas cantam em línguas de cristal líquido, derramando-se sobre pedras que guardam memórias do tempo. Borboletas tecem mantos de luz fragmentada, vestindo o ar com suas asas de seda policromática. Os pássaros desenham geometrias impossíveis no céu, seus gritos são relâmpagos cortando o tecido do silêncio. A seiva ferve nas artérias das árvores como um vinho ancestral, embriagando os insetos que dançam sua dança mineral. E tudo vibra, pulsa, gira num êxtase primordial onde cada átomo celebra o ritual sagrado da existência. A noite desce como um véu de brasas sobre este festim selvagem, e as estrelas são apenas ecos desta dança terrestre. No centro do caos ordenado, a natureza celebra seu próprio mistério, multiplicando-se em formas e cores num delírio de vida incontida. E nós, testemunhas atônitas, somos também parte desta festa, onde cada batida do coração é um tambor na sinfonia do cosmos. Marilândia

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

EVENTO DESEJO DE PAZ

Grupo: Fatos Notas, & Afins Evento: de Lucia Nobre TEMA:"O desejo de Paz no Natal e no Ano Novo" Autora: Marilândia Marques Rollo País:Brasil Data: 18/12/2024 Título: Convidada pela gentil poetisa amiga Lucia Nobre Vertigem de Desejos Ó noite elétrica de dezembro ardente, Lanço meu grito para os céus inexplorados! Desejo líquido que escorre nas veias do tempo, Fragmentos de sonhos em cristais desbotados. Ano Novo: máquina de êxtase e delírio, Onde os desejos dançam em chamas febris, Revolução íntima de meus sentidos errantes, Viajo nas órbitas dos sonhos de colibris. Natal – arquipélago de esperanças incertas, Constelações de promessas sem fronteiras, Meu corpo é um foguete de ânsias desertas, Explodindo em cores, em rotas derradeiras. Transmuto-me: metade sombra, metade luz, Nos interstícios do tempo que se desdobra, Meu desejo – serpente elétrica que seduz As margens trêmulas do que ainda não recobra. Marilândia Marques Rollo

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

COSTURANDO DIA 17

Nos campos da linguagem errante, Recolho os silêncios dispersos, Teço com fios de sombra e vertigem Os gestos indecisos do verso. Cada palavra – ovelha dócil e selvagem – Pasta nos prados da ausência, Rumina metáforas, deixa rastros De um alfabeto sem evidência. Pastoreio signos im_prescindíveis Conduzo rebanhos de sons invisíveis, Meus dedos – bastões de in_certeza – Traçam mapas de mundos em correnteza. A linguagem – deserto movente – Onde as palavras se perdem e se encontram, Onde o poema é apenas um gesto Que os sentidos contornam e destronam. Sou pastora de ecos e vazios, Teço o indizível com fúria serena, Cada verso – um animal selvagem Que escapa a minha efêmera quarentena.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

COSTURANDO

Ó brancas espumas que deslizam, diáfanas, Sobre o mar de sonhos líquidos e trêmulos, Peroladas rendas de um destino efêmero, Que envolvem minha alma em seus véus trêmulos. Líquidas visões de uma beleza etérea, Que dançam no horizonte em gestos delicados, Sois cristais de luz, memórias de quimera, Sussurros prateados, sonhos delicados. Ó espumas, irmãs dos meus versos doridos, Que abraçais o mar comterna melodia, Sois a própria essência dos meus sentidos, Fragmentos de amor, de dor e de poesia.

EVENTO AVALB 28 DE DEZEMBRO

EVENTO AVALB- REVÉILLON COM RITA LEE TEMA:O PODER DA LITERATURA INFANTIL AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:28/12/2024 PAÍS:Brasil TÍTULO: GENTILMENTE CONVIDADA PELA AMIGA POETISA O Encanto das Palavras Nas páginas de luz e cor, Onde as letras dançam sem pudor, Habita um mundo de encantos puros, Onde os sonhos crescem seguros. Cada palavra, um pincel suave, Que desenha mundos sem chave, Abrindo portas da imaginação, Nutrindo a alma, o coração. Histórias que abraçam a infância, Tecidas com graça e elegância, Revelam segredos, medos e amor, Com a delicadeza de um escritor. Cecília sussurra em cada verso, Que o livro é um mundo diverso, Onde a criança aprende a voar, Sem medo de tropeçar ou tombar. Literatura, jardim de esperança, Que cultiva o olhar de cada criança, Transformando simples palavras em arte, Fazendo a fantasia sempre se expandir e soltar-se.

EVENTO 18 DE JANEIRO

Tema e estilo - Livre aUTORA: DATA: TÍTULO: PAÍS: GNTILMENTE CONVIDADA PELA AMIGA POETISA

evento dia 17 LN

Evento de Lucia Nobre e O Visual & Afins Data: 17/12/024 Autora: Marilândia Marques Rollo Lingua Portuguesa TEMA:O VISUAL NO NATAL E ANO NOVO Titulo: Visões Espectrais do Festejo Nas ruas onde a noite escorre em véus de gelo, Luzes tremulam como almas em desvario, Árvores vestidas de ornamentos num apelo Dramático, quase mórbido, de desafio. Guirlandas pendem como lágrimas de cristal, Reflexos púrpuras cortam a sombra espessa, O Natal surge - ente bizarro, artificial - Onde a melancolia em cada brilho reza. Passam os bêbados de esperança e champanhe, Fantasmas de alegria em trajes de lantejoula, E o Ano Novo, ser cruel que tudo escolta, Ri de ilusões com seu sorriso que me arranha. Nas esquinas da festa, no fulgor da noite, Contemplo esse espetáculo de delírio e dor, Onde a alegria é máscara, artifício e açoite, E o tempo escorre em lágrimas de outro cor. DELÍRIOS DO UNI_VERSO Luminosos cacos de vidro celeste, Festins de luz trêmula e efêmera, Árvores vestidas de cristal e sonho, Onde a noite explode em lantejoulas. Vertigem de cores alienígenas, Púrpuras e ouros que dançam sem som, Ritos de passagem em êxtase frio, Onde o tempo derrete suas margens. Estrelas artificiais penduradas, Fragmentos de infância despedaçada, Calendários que sangram seus últimos instantes, Num delírio de papel e esperança. Transição violenta entre mundos, Alegria alucinada, fugidia, Onde os segundos são cacos de espelho Refletindo um universo em migalhas.

domingo, 15 de dezembro de 2024

EVENTO LUCIA NOBRE DIA 16

SONHOS ESPLENDOROSOS Nas ruas de inverno, onde a neve esplende, A arte se ergue, cruel e majestosa, Como um fantasma que a cidade pende, Entre luzes de festa, tão mentirosa. Ornamentos de vidro, cristais fraturados, Refletem sonhos de um ano que fenece, Desejos coloridos, momentos marcados Pela angústia sutil que o tempo padece. Ó Natal! Tua graça é um véu de tormento, Tuas cores são máscaras de cruel vaidade, Onde a arte se expõe em cada movimento, Celebrando a fugaz mortalidade. No limiar do novo, entre o que morre e renasce, A beleza se insurge, cortante e profana, Um quadro de sensações que se desfaz e renasce, Na dança macabra de cada alma humana. Ornamentos, pinceladas de efêmera alegria, Fragmentos de ilusão, plástica da existência, A arte no Natal revela sua sombria magia: Beleza que se esvai na mais pura essência. Marilândia Marques Rollo

sábado, 14 de dezembro de 2024

evento meu pedido de natal 17/12

GRUPO POÉICO CAMINHO DE SENSIBILIDADE 160 ENCONTRO PÔR DO SOL TEMA:MEU PEDIDO DE NATAL AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:18/12/2024 TÍTULO:PAZ E HARMONIA GENTILMENTE CONVIDADA PELA AMIGA POETISA MÁRCIA BANDEIRA PAZ E HARMONIA Ó Menino Jesus, de olhos mansos, Que desces em mansidão na noite santa, Venho com meus sonhos, com meus avanços E esta esperança que me encanta Não peço brinquedos, não peço riqueza Nem glórias que passam como um vendaval Peço apenas um pouco de ternura, pureza Um gesto de amor, singelo e fraternal Quero ver sorrisos nos rostos cansados Quero ver abraços sem medo de amar Quero ver os passos todos reconciliados E a paz, meu Menino, sobre o mundo pousar Meu pedido de Natal não tem preço Não se compra, não se vende, não tem fim É feito de gestos, de um singelo apreço De um amor que nasce pequenino assim Como tu, menino, nu em tua manjedoura Frágil e potente, simples e eternal Peço que tua luz, mesmo que por uma hora Ilumine este mundo imperfeito e mortal Marilândia Marques Rollo

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

EVENTO MIL POETAS

Somos Mil Poetas Nós somos mil poetas de alma errante e torva, Almas flutuando em véus de spleen e dor, Carregando no peito um indefinível torpor, Cada verso um abismo, cada grito uma curva. Nossos olhos contemplam a beleza que corrompe, Bebemos o veneno das palavras não ditas, Nossos corações são taças antigas e malditas Onde o desejo ardente em silêncio se rompe. Somos a multidão que vaga pela cidade, Bêbados de tristeza, loucos de soledade, Cantando elegias sob o céu de chumbo e fel. Poeta que sou cem, poeta que sou nenhum, Destilo a angústia em metros de páramo comum, E faço da dor meu divino e negro papel. Somos mil poetas: ecos em cacos de vidro Fragmentos de língua cortando silêncios Nossos corpos—arquipélagos de signos Desenhando mapas onde o verso sangra Cada sílaba: um músculo de ausência Cada palavra: uma ferida aberta Multiplicamo-nos na fenda do instante Dissolvendoͅ-nos em paisagens informes Não somos um, nem cem, nem mesmo mil Somos a brecha onde o poema respira Matéria errante, fluxo indecidível Quebramos a sintaxe, inventamos gramáticas Do caos fazemos constelação: poesia Nosso corpo—todo ele: intervalo MANIFESTO DOS MIL I. Declaração de Impossibilidade Não somos uno. Nem múltiplo. Somos interstício— língua que se dobra entre silêncios II. Arquipélago Cada poeta: ilha vulcânica Emergindo de águas indecifráveis Nossos versos: lava escorrendo Entre fraturas do real III. Metamorfose Transformamo-nos: da palavra ao sussurro do sussurro ao vazio do vazio à explosão IV. Cartografia Impossível Mapeamos ausências Desenhamos fronteiras líquidas Onde o poema respira além dos limites Da própria respiração V. Dissolução Não existimos (ou existimos demais) Somos o intervalo Entre o ser e o não-ser Pura potência irrealizável Somos Mil Poetas Nós somos mil poetas de alma errante e torva, Almas flutuando em véus de spleen e dor, Carregando no peito um indefinível torpor, Cada verso um abismo, cada grito uma curva. Nossos olhos contemplam a beleza que corrompe, Bebemos o veneno das palavras não ditas, Nossos corações são taças antigas e malditas Onde o desejo ardente em silêncio se rompe. Somos a multidão que vaga pela cidade, Bêbados de tristeza, loucos de soledade, Cantando elegias sob o céu de chumbo e fel. Poeta que sou cem, poeta que sou nenhum, Destilo a angústia em metros de páramo comum, E faço da dor meu divino e negro papel.

EVENTO LN

Samba-Canção do Tempo que Passa Vem, música de Natal, corpo quente de festa Desliza nos salões, requebra no pavimento Teu pandeiro é um coração que não se detesta Tua voz é um gemido solto ao vento Ano que morre, ano que nasce - dança! Cada nota é um beijo, cada acorde um abraço A orquestra se derrama, nenhum ritmo se cansa E o tempo é um amante que se desfaz no espaço Oh, música sensual de dezembro e janeiro Teu corpo de samba, tua pele de canção Desenhas no ar curvas de amor primeiro E fazes do silêncio plena celebração Vem, música! Transborda em mim, criatura Sou teu instrumento, teu verso, tua ternura

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

COSTURANDO POESIA

"Torna-se a mais triste de todas as histórias" Jô Tauil _______________________________________________ Minha alma chora em silêncio profundo, Lágrimas mudas que escorrem sem fim, Como pétalas errantes de um sonho indistinto, Fragmentos de dor que se perdem em mim. Ah! Que história mais triste se desenrola Nos recantos obscuros do meu penar, Onde a saudade, qual ferida, se consola Na solidão que não consigo abraçar. Sou mulher e sofro. Sou amor e choro. Meu coração, um deserto de angústia e tormento, Onde os sonhos que dia a dia comemoro Mas se desfazem ao vento, sem alento. Triste história... Que importa o seu enredo? Sou apenas mais uma alma que sangra, Carregando no peito este segredo De uma dor que nem o tempo me dessangra. Marilândia

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

COSTURANDO POESIA

Delicado como um traço de aquarela, Suave como a brisa que afaga o trigal, Teu sorriso desabrocha - ó joia mais bela - Num instante de graça quase celestial. Nos lábios, um desenho de pura emoção, Que Flaubert descreveria com verve e primor, Translúcido espelho da maisterna paixão, Revelando os segredos do mais puro amor. Sutil movimento, quase imperceptível, Que ilumina a alma em seu mais íntimo véu, Sorriso que fala uma língua invisível, Mais clara que a luz, mais suave que o céu. Ternura que escorre como mel delicado, Contorno sublime de humana expressão, És momento etéreo, instante dourado, Que abraça a existência com sua amplidão.

evento dia 13 ACAL

ACADEMIA CAIPIRA DE LETRAS- ACAL VI EVENTO OFICIAL TRIBUTO AOS PATRONOS- ROLANDO BOLDRIN(CANÇÃO MANHÂ BONITA) TEMA:"E O RAIAR DO SOL É O MESMO E O SEGREDO ESTÁ NO JEITO" AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO:MANHÂ LÍRICA DATA:13/12/2024 PAÍS:Brasil Gentilmente convidada pelo amigo poeta Efe Pê de Poesia Manhã Lírica Ó manhã de luz trêmula e serena, Que desfolhas o véu da madrugada, Tua claridade, delicada e plena, Desperta a alma em sonhos embalada. Sob o céu de azure e transparência, Deslizam sombras de um sonho antigo, Minha alma contempla a existência Com seus devaneios por abrigo. Ó manhã! Teu fulgor me transporta A recantos de uma melancolia Onde o poeta, em sua alma absorta, Encontra a doce e pálida harmonia. Lágrimas de orvalho no gramado, Suspiros das flores entreabertas, E eu, poeta errante e desolado, Contemplo as visões meio despertas. Marilândia Marques Rollo

EVENTO AIDEP DIA14

ACADEMIA INDEPENDENTE DEMOCRÁTICA DE ESCRITORES E POETAS (AIDEP) TEMA:NATAL,ESPERANÇA E RENOVAÇÃO AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO:RESSURGÊNCIA DATA:14/12/2024 PAÍS:Brasil A CONVITE DA AMIGA POETISA VIVIANE FERREIRA Ressurgência Nos interstícios do silêncio, irrompe A esperança – frágil lâmina de luz Que corta a treva, descosendo a noite E no seu ventre o renascer traduz. Germina o verbo entre as fendas do tempo, Fragmentos de um sonho que se refaz, Cada palavra um músculo atento Tecendo a trama do que ainda não jaz. Renovação – ato quase invisível Que escorre entre os dedos como água, Mas persiste no núcleo indivisível Onde o ser pulsa, onde o desejo deságua Sua sintaxe de avesso, improvável, Reinventando o real que se propaga louvável.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

ORAÇÃO ÁS VÍTIMAS DE MOÇAMBIQUE

Ó terras de Moçambique, feridas pelo destino cruel, onde lágrimas se misturam com a poeira dos caminhos desfeitos, onde corpos fragmentados contam histórias de dor silenciosa. Vítimas anônimas, espíritos errantes que carregam nas costas o peso de conflitos que não escolheram, almas despedaçadas por violências que atravessam gerações. Vossos nomes, escritos apenas no vento e no pranto das mães, sussurram uma história de resistência. Corpos tombados, memórias interrompidas, sonhos desfeitos como cinzas - sois o testemunho vivo de uma humanidade que sangra, mas não se curva. Que vossa memória não seja apenas um lamento, mas um grito de esperança. Que cada vida perdida seja um verso de um poema de liberdade, cada lágrima derramada seja um rio de dignidade que atravessa o horizonte machucado desta terra. Descansai em paz, almas resilientes de Moçambique.

EVENTO LUCIA NOBRE DIA 10

Evento de Lucia Nobre e Informações Musicais, Musica em Geral & AfinGrupo Grupo: · Membros do grupo Informações Musicais, Musica em Geral & Afins Data: 10/12/024 Autora: Marilândia Marques Rollo Lingua Portuguesa TEMA:UM NATAL EXEMPLAR Titulo: TEMPO DE TERNURA TEMPO DE TERNURA Na quietude do tempo suspenso, Onde os anjos desenham silêncios, Vem chegando o Natal - manso e denso Como um sonho de puros intentos. Nos cristais da manhã prateada, Cada estrela se expande e se cala, E a esperança, singela e alada, Com seu manto de paz se assinala. Pequenino Jesus - luz que germina, Terno amor que se espalha sereno, Tua essence de graça divina Cobre o mundo de um brilho pequeno. Natal: tempo de encontro e ternura, Onde o amor se descobre mais puro, Onde a alma se liberta e murmura Um perdão transparente e maduro. E no centro do simples mistério, Onde a vida se renova e se expande, Ressoa um cântico breve e etéreo Que é maior do que o mundo - inda que nômade. Marilândia Marques Rollo

domingo, 8 de dezembro de 2024

CONTO DE NATAL EVENTO

O Natal Que Não Aconteceu No silêncio da cidade cinzenta, onde os prédios mascaram a solidão, um Natal discreto, quase envergonhado, esgueira-se entre os carros e o descaso. Não há pastores, nem estrelas. Há apenas um homem sentado no banco, segurando um pão pela metade e o resto de uma esperança. O Natal não bate à porta. Ele escorre pelas frestas do asfalto, goteja nas esquinas abandonadas, onde a fraternidade é um conceito abstrato. Nem mesmo os anjos se importam. Estão ocupados demais classificando os sonhos não realizados, as promessas que se perdem no ar. E o menino Jesus? Ah, o menino Jesus é apenas uma fotografia desbotada no álbum empoeirado da memória. Na cidade, o silêncio continua. Drummond sorriria, irônico. Marilândia

COSTURANDO POESIA

"Sem função narrativa final..." Jô Tauil ___________________________________ Sob o véu esgotado da última hora, Onde os sonhos se quebram como vidro partido, Contemplo o abismo que minha alma devora, Um oceano de silêncio, um grito contido. Fragmentos de memória, cacos dispersos, Dançam na penumbra do meu des_enlace, Bailam como espectros em movimentos diversos, Narrando a tragédia do que enfim se desfaz. Ó morte elegante, consorte da sombra, Que desenhas no ar teu mapa de esquecimento, Recolhes meus gestos, minha última alfombra, E me levas além do último momento. Não há lágrimas já, nem suspiros perdidos, Apenas o vazio que tudo consome, Os últimos ecos, os sonhos partidos, A narrativa que se encerra sem nome. Marilândia

OURTRA IMAGEM NATAL

IMAGENS DE ÁRVORE DE NATAL

EVENTO MAGIA DE NATAL 17 de dezembro

Evento de Luz Crystal e Versos Pensamentos & Poesias TEMA:MAGIA DO NATAL AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:17/12/2024 PAÍS:Brasil TÍTULO:ESPLENDOROSA NOITE ESPLENDOROSA NOITE Ó noite ardente de esplendor desvairado, Onde os anjos dançam em êxtase velado, Cristais de sonho tremulam no ar profundo, Sussurrando segredos de um celestial mundo. Chamas de esperança em círculos giram, Estrelas de papel em êxtase delirante aspiram, Cores impossíveis rasgam o véu da realidade, Pintando os contornos de uma nova verdade. Feitiços de infância em revoadas de luz, Memórias que ardem como mística conduz, Sino que clama, universo que se desdobra, Magia que transpassa, que invade, que cobra. Natal: portal mágico de dimensões sem fim, Onde o impossível se curva ao mais sublime marfim, Ritual de luz, poema de êxtase e encanto, Onde o real se dissolve no mais puro espanto. Marilândia Marques Rollo

EVENTO MINHA ÁRVORE DE NATAL 19/12

Evento de Marco Meireles e FEDERATION OF THE INTERNATIONAL LITERARY COPYRIGHT TREATY TEMA:"A MINHA ÁRVORE DE NATAL" AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:19/12/2024 TÍTULO:ÍNTIMO LEGADO PAÍS:Brasil A CONVITE DA AMIGA POETISA MÕNICA SOARES ANGEL ÍNTIMO LEGADO Ó Árvore, meu sonho verde e dourado, Erguida em solidão, plena de encanto, Teu brilho é como um íntimo legado Que me envolve num delicado pranto. Teus galhos são poemas de luz pura, Ornados de esperança e de ternura, Teus enfeites, estrelas de papel, Contam histórias de um amor cruel. Eu te contemplo, ó árvore gentil, Tua beleza trêmula e singela, Como um suspiro de natal sutil, Que me transporta além da minha estrela. És símbolo de sonhos e de amor, Tua presença é mágica e ardente, Um verso de esperança, um resplendor Que aquece minha alma docemente. Marilãndia

sábado, 7 de dezembro de 2024

evento CHEGASTE

12 DESFILE NA PASSARELA

TEMA; CHEGASTE

AUTORA:Marilândia Marques Rollo

TÍTULO: TEMPO PROMETIDO

PAÍS:BRASIL

DATA: 14/12/2024


TEMPO PROMETIDO



Chegaste como um sonho entre nevoeiros,

Tímido e vago, mas de luz vestido,

Trazendo em teus olhos os primeiros

Sinais de um amor ainda não vivido.

Teus passos, brandos como um sussurro,
Diziam mais que palavras sem sentido,
E teu silêncio - um delicado murmúrio -
Falava mais que qualquer grito erguido.

Chegaste e transformaste meu vazio
Num mar de esperança, num jardim florido,
Onde cada gesto era um desafio
Do amor mais puro, mais desconhecido.

Ó chegada que trazes em teu seio
A promessa de um tempo prometido,
És tu o meu destino, meu anseio,
És tu o verso ainda não vivido.

MARILÂNDIA

EVENTO DIA 11

ENCONTRO PÔR DO SOL TEMA:"SEMPRE HAVERÁ O AMANHÃ" AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:11/12/2024 PAÍS: BRASIL TÍTULO:ECO DE ESPERANÇA A CONVITE DA POETISA AMIGA ECO DE ESPERANÇA Nas dobras do presente, um sussurro ardente Ecoa pelos campos da esperança incerta, Onde a sombra do ontem, já meio deserta, Se dissolve na luz de uma chama latente. Versos quebrados, alma ardentemente errante, Desenham no horizonte uma paisagem aberta, Onde o tempo se curva e a memória desperta Um pulso de futuro, selvagem e flamejante. Ó amanhã que vens como um sonho noturno, Tuas asas de seda cortam o véu diurno, Trazendo no seu seio um mistério profundo. Não temas os caminhos de sombra e de luz, Pois mesmo no silêncio, a alma sempre produz Um eco de esperança além deste mundo. Marilândia Marques Rollo

EVENTO SOBRE ARQUITETURAS DIA 15

EVENTO AVALB TEMA:"ARQUITETURA É UMA FORMA DE POESIA" DATA:15/12/2024 TÍTULO:Arquiteturas da Alma AUTORA:Marilândia Marques Rollo Gentilmente convidada pela amiga poetisa Poesia Maria Arquiteturas da Alma Ó colunas de mármore, linhas austeras, Que elevais vossos corpos em gestos de dor, Arquiteturas, góticas quimeras, Portais de pedra, esculturas de torpor. Geometria de sombras e silêncio, Traçais no espaço vosso lamento antigo, Cada ângulo carrega um negro pressentimento, Cada arco, um segredo, um grito, um abrigo. Pilares que desafiam o céu cinzento, Curvas que sangram em ritmo de tristeza, Construís no ar vosso etéreo momento, Revelando a beleza na sua aspereza. Arquitetura, poema de pedra e desejo, Onde o tempo se dobra em curvas de abandono, Teus muros são versos de um místico ensejo, Tua estrutura, um delírio, um sonho, um perdão. Marilândia Marques Rollo

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

outra imagem evento natal

imagem para evento dia 18

EVENTO DIA 18 AMCL

AMCL- ACADEMIA MUNDIAL DE CULTURA E LITERATURA AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:18/12/2024 TEMA:LUZES E SONHOS DE NATAL TÍTULO:FULGORES NATALINOS A convite da amiga poetisa Catarina Dinis Fulgores Natalinos Ó noite de cristal e êxtase febril, Onde as luzes dançam em delírio vertical, Sonhos sussurram entre estrelas de papel E os anjos descem em cacos de vidro irreal. Chamas coloridas - verde, roxo, carmesim - Constelam a sombra do meu desejo sem fim, Traços de luz líquida cortam o silêncio denso, Natal, arquipélago de um mundo intenso. Vertigem de cores, êxtase de um instante, Onde o real se quebra, miragem flamejante, Sinos de vidro, sussurros de seda e luz, Imaginação ardente que o universo traduz. Ó noite elétrica de êxtase e delírio, Onde os sonhos bailam seu próprio martírio, Natal, poeta louco de luz e de ausência, Minha alma em cacos, plena de transcendência. Marilândia Marques Rollo

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

COSTURANDO

"De um grande amor...e juventude jamais esquecida" Jô Tauil --------------------------------------- Ó miragem de luz, êxtase fugaz e ardente, Juventude que dança na borda do abismo, Tua chama volúvel, tão crua e impaciente, Queima os sonhos no seu próprio magnetismo. Corpos em delírio, almas sem fronteiras, Vertigem de desejos, lágrimas e paixão, Teus momentos são pétalas passageiras Que se desprendem ao vento da ilusão. Ó tempo cruel que devora tua perfomance, Fragmentos de beleza em frenético esplendor, Tua existência é um breve e intenso lance Entre o êxtase sublime e a mais profunda dor. Juventude - efêmera, intensa e selvagem, Conspiração de sonhos, revolução da imagem! Marilândia

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

COSTURANDO POESIA

“Ninguém chorará por mim...” Jô Tauil _______________________ Eis-me aqui, solitária como um código de mármore, Minha existência — um sussurro esquecido nas dobras do tempo. Não há lágrimas reservadas para minha partida, Nem um soluço que ecoe nos corredores da memória. Contemplo minha solidão com precisão cirúrgica, Disseco cada momento como um naturalista impassível. Os dias passam, cinzentos e uniformes, Como páginas de um romance nunca escrito. Minha alma — se alma existe — é um desenho a lápis, Esboçado com traços trêmulos e depois abandonado. Ninguém virá depositar coroas ao meu redor, Ninguém sussurrará meu nome quando eu partir. Sou apenas um instante efêmero, Um fragmento sem significado, Uma nota à margem do grande livro da existência, Que será virada sem hesitação ou lamento. Marilândia

exuberância do natal

EXUBERÂNCIA DO NATAL Nos flancos da serra deserta, Onde o silêncio é pedra viva, A noite do Natal se desperta Com uma ternura primitiva. Neve de encontro e de memória Cobre os campos de solidão, E cada sino conta a história De um amor sem condição. Árvores nuas, rochas antigas Contemplam este instante raro, Onde a esperança vence as fadigas E o humilde se torna claro. Nascimento que não se proclama, Mas sussurra em cada raiz, Simples como a terra que ama, Profundo como quem é feliz. Natal – mistério telúrico Que pulsa no granito interno, Grito manso, abraço esotérico Contra o rigor do eterno inverno. Marilândia Marques Rollo

NATAL VÁRIA VERSÕES

Natal: Um Enigma Cotidiano Cantiga de Amor e Esperança Ó Natal, meu Natal de sempre Terno como um abraço manso Mais suave que um beijo dado No silêncio de um momento manso Não és só festa de criança Nem só brilho de decoração És poesia encarnada És pulso da emoção Tua luz não vem de estrelas Nem de enfeites a brilhar Vem do olhar que se encontra Do sorriso a se doar Do abraço que perdoa Do amor a se entregar Natal, meu Natal, meu poema vivo És revolução de ternura És gesto simples que recria A mais profunda formosura És encontro, és abraço És perdão sem condição Natal, meu Natal amado És batida do coração Natal: Um Enigma Cotidiano No meio da rua cinzenta (não importa se enfeitada de vermelho e verde) o Natal surge não como festa mas como interrogação. Que sentido tem esta data entre papéis, promessas, cenários de plástico? Nas vitrines brilham desejos vazios e nos olhos, um cansaço discreto. Dizem que é tempo de amor mas que amor é este que se mede em presentes caros e se esquece no dia seguinte? No silêncio da cidade entre um comércio frenético e almas dispersas o Natal passa como um rumor discreto quase uma pergunta sem resposta. Eis o Natal: não festejo nem rejeito apenas constato seu mistério absurdo de existir. Viva o Natal, delírio ardente e estranho, Onde a luz explode em vítreos pesadelos, Anjos de metal cortam céus de esmalte, E o divino sangra em fragmentos singelos. Criança-verdade com olhos de vertigem, Natal que rasga véus da santa mentira, Onde o universo em seu fulgor selvagem Decanta um canto que o silêncio aspira. Rompem-se as cordas do celestial teatro, Sino de fogo fere o gelo do mistério, Nascimento atroz que penetra o retrato De um mundo em transe, êxtase etéreo. Viva o Natal! Revolução da ternura, Onde o caos dança na branca partitura.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

MSG NATAL LINDA

DOÇURA DO NATAL

DOÇURA DO NATAL No silêncio branco da noite serena, Brilha uma estrela de luz pequenina, Trazendo no peito a doçura mais plena, Como um sorriso que o mundo ilumina. Sinos cantando na tarde tranquila, Crianças dançando com sonhos dourados, A paz desabrocha, singela e singela, Em gestos de amor bem entrelaçados. Árvores verdes de encantos vestidas, Presentes repletos de carinho e magia, As almas alegres, de esperança floridas, Celebram a luz de uma nova alegria. Natal é momento de ternura e união, Onde cada abraço é um verso cantado, Onde cada sorriso abre o seu coração Para um mundo mais lindo, mais puro, encantado. Marilândia

EVENTO DIA 5

Evento de Rosangela Bruno Schmidt Concado e BIBLIOTECA MUNDIAL DE LETRAS Y POESÍA (ABMLP) PALCO ANTOLÓGICO O PODER DA POESIA TEMA: "COMO POSSO VIVER UMA VIDA SEM VOCÊ" INSPIRAÇÂO: LO CHE NON VIVO SENZA TE INTÉRPRETES:CHIARA CIVELO/GILBERTO GIL COMPOSITORES VITO PALLAVICINI/PINO DONAGGIO AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO:SEIVA VIVA DATA:05/12/2024 PAÍS:Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Zilma Soares de Brito Poesia, Seiva Viva Versos fluem como sangue quente, Palavras tecidas em delicado bordado, Cada sílaba um pulsar ardente, Cada imagem, um sonho desenhado. Poesia não é papel, não é tinta, É a própria essência que respira, Alma líquida que se instinta, Energia que no silêncio transpira. Sinto-a correr nas veias do mundo, Fragmentos de sentir e existir, Um sussurro profundo, um eco fecundo, Que faz a realidade se dividir. Não há fronteira entre verso e vida, São campos de uma mesma lavoura, Cada emoção, uma página erguida, Cada suspiro, uma estrofe que lavra. Poesia: mistério, sangue, luz e chão, Matéria prima do ser, do sentir, Transbordando da mais íntima emoção, Liberdade capaz de transcender e seguir. Marilândia