quinta-feira, 31 de maio de 2012

HAIKAI




HAIKAI

Inacabados sonhos
Prelúdio dos verso meus
Místicas luzes


quarta-feira, 30 de maio de 2012

MOMENTOS




MOMENTOS

Reencontro com a história
Silencia um olhar de desejo
Alma em desalinho


segunda-feira, 28 de maio de 2012

HAIKAI




HAIKAI

Perfume de mel
Pontos de cor no anil do céu
Bordaduras n'alma


TRILHOS DA HISTÓRIA




TRILHOS DA HISTÓRIA

Fantasmas no meio do nada_anseios sepultados_ “lá vai a vida a rodar...”
Na inexorável fúria de viver, vão-se os sonhos_ silêncio das trevas quebrados...
Desabrochadas em flores, lembranças rodopiam _ vagam nos trilhos duma história em ruínas...
Nesse vão tormento_ clamores de silêncio que engulo_, doidamente alastram-se...
Batem à porta de minha tapera, gargalhadas de fogo _ voluptuosas dançarinas nos arabescos do destino..._

Cânticos do luar a prantear-me a sonora lousa, capítulos do Tempo estrangulam _ cruz de desalentos esculpida..._


quinta-feira, 24 de maio de 2012

FALA, NATUREZA!!!




FALA,NATUREZA!!!

Luzir desses sóis
Celestiais eflúvios
Fulgores do poente


MARAVILHA




MARAVILHA

Dourados horizontes
Natureza desfraldada
Festivos clarins


segunda-feira, 21 de maio de 2012

SILÊNCIO DOS SEGREDOS




SILÊNCIO DOS SEGREDOS

Destroços no meu peito albergados _ confessados vestígios das saudades_ desfloram segredos, tornam a paisagem esfumada e melancólica...
Dentro d’alma a soluçar,solidão da noite infinda...
Nas brumas dos atalhos,enegrecendo vielas d'agonia, sombrios mensageiros dum tardio luar...

_E mal a'urora em meu coração desponta,temerosas e vacilantes estrelas, nas bordas dos caminhos evaporam-se..._


domingo, 20 de maio de 2012

PÁGINAS VAZIAS




PÁGINAS VAZIAS

No ermo do nada, nem todas as noites são de sonhos...
Dolentes devaneios _ tons de raras gemas_ vogam, alucinantes, dentre mimosas madrugadas...
Fios d'ouro _ miragens em reflexo_ cenário do além povoam...
D'olhos fechados murmuro, transformando em silêncio o que em mim vibra...
Sorrateiros acordes _ plangente brisa_ numa cadência de soluços...

E os mesmos versos, tantas vezes reescritos, pontilham de anseios vazias páginas dos caminhos meus...


sexta-feira, 18 de maio de 2012

MEADAS DAS LEMBRANÇAS




MEADAS DAS LEMBRANÇAS

Ilusões apenas e nada mais_doces crenças no carrossel da vida..._
Rubras chamas a desprender-se _ quimeras cor de sol..._
Tons da tristeza _ agonizantes campas _ no desfolhar das brumas esvanecem-se...
Desvairadas almas _ sombras dumas sombras_ chorosos salgueiros...
Enigmas de enluarados sonhos _ lúgubres mistérios _ horas d'outrora rondando..._

Dolorosos murmúrios a percorrer caminhos desolados _ mensageiros das dores e das saudades..._


HAIKAI




HAIKAI

Braços pro infinito
Clamorosos momentos
NATUREZA em prece


terça-feira, 15 de maio de 2012

GARGALHADAS EM PRANTO




GARGALHADAS EM PRANTO

Beija o Outono, florescer das Primaveras, guizos do silêncio entoando...
Rumorejam ao sol- pôr baladas do crepúsculo _feitiço de rendilhadas quimeras ..._
No lânguido entardecer, indolentes fantasias entreolham-se _ assombrosas gargalhadas..._
Espalmadas lembranças _ nuances das saudades_ nos labirintos d'alma palpitam..._

_E quando na madrugada o céu repousa, pranteia o luar esquecida lousa dum indigente poeta..._



 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

SOMBRAS DAS TREVAS




SOMBRAS DAS TREVAS

Brilhando em negras nuvens, estrelas vivas nada mais são que sombras dumas sombras...
Vagas, inertes, na solidão de ermos matagais,em mortalhas de sedas jazem...
Em segredo falo com elas, a chorar e a rir ,beijando-lhes as descoradas faces...
Delirante anoitecer esparze perfumadas nuances dentre farrapos das trevas...
Vãs miragens _ tênues linhas d'horizonte_ sem quimeras, sem saudades, sem desejos...


segunda-feira, 7 de maio de 2012

CÂNTICOS DO LUAR




CÂNTICOS DO LUAR

Engrinaldam o céu d'esmalte, baladas do luar...
Invisíveis liras soam, místico cenário anunciando...
Miríades de fantasias o horizonte povoam - “ballet” de anjos estrelados - voluptuosos e cintilantes arabescos …
A noite abre as mãos – entorna sonhadores prelúdios _ acetinados murmúrios...

Aveludam as retinas misteriosos traços _ esvoaçantes nuances _ mensageiros dos deuses em trajes purpurinos..._


domingo, 6 de maio de 2012

RETALHOS DOS VERSOS MEUS




RETALHOS DOS VERSOS MEUS

Nas trevas dos atalhos por onde peregrino, espirais de fugidias luzes – estrelas guias na roupagem d'horizonte...
Desfolhados lírios nos sombrios caminhos jazem _ rastros do luar em virginal repouso...
Dementes lágrimas à alma trazem-me poesia – momentos de mágicas quietações...
Nas longas soledades do sonhar da noite, recortes de loucura num quê de fantasias...
À tarde, ao despedir-se o dia, liras mudas em céu d’esmalte exalam suspirantes...
Eternizados na vida, amores da brisa _ centelhas d'orvalho – murmúrios da solidão...
O vazio abre as mãos _ entorna rosas cor de rosa_ a mais doce de todas as horas...

Horas em que a furtiva lua despe o manto de agonias _ conta tanta história à tardia madrugada!..._


sexta-feira, 4 de maio de 2012

O POEMA




O POEMA

Refúgio sem esperança_ alicerce do nada _não leva pra Eternidade um punhado sequer de murchas flores...
Boêmio e vagabundo, em noites consteladas pernoita...
Amortalhado à luz duma saudade , bebe a madrugada, embriaga-se aos raios do amanhecer...
Seus desejos oculta dentre rendilhadas orlas dum leito em chamas...
Enquanto o mundo dorme, despetala seus langores nas páginas da vida que tanto ama...
Com o casto perfume do jasmim, povoa cantos ao som das ondas...
Sob o manto do crepúsculo, em lânguidos clamores , o coração dentro do peito esmaga...
Pelas caladas dos sonhos trovadores, embala levianas toadas a inundar um céu d'amores...


quinta-feira, 3 de maio de 2012

HAIKAI




HAIKAI

Aladas pétalas
Eflúvios d'alvorecer
Róseo concerto


terça-feira, 1 de maio de 2012

QUE...




QUE...

Que recolha ao nada, o nada dum instante...
Que adormeçam sagradas esperanças num'alma cansada dessa vida insana...
Que em noites sem luar solucem, arquejantes, versos das penumbras...
Que as descrenças das negras trevas, palpitem a céu aberto...
Que as gélidas madrugadas descerrem os véus d'horizonte constelado...
Que o perfume de baunilha embriague o misterioso florescer dos sonhos...
Que insensatas alegrias desvendem interrogações existenciais...
Que rimas dos poetas despertem o sono dos desejos... Que voos dos flamejantes astros orvalhem de esperanças a melancolia dos crepúsculos...
Que os gritos dos sonâmbulos vibrem no “silêncio dos inocentes”...
Que inquietações das auroras dentre brumas d'infinito, gargalhem agonizantes...