quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

MOTE MOTIVO 127





MOTE 127

”Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
Aí eu paro, tiro o sapato
e danço o resto da vida.”

“Rápido e Rasteiro”
Chacal
___________________


DESASSOSSEGO

Invocando o sentimento do vazio,
“Eu paro”, assustada,
Porquanto num corolário de saudades,
In_vulgares venturas
Dentre  anseios dos momentos mais augustos,
Geram dilacerantes fascinações,
Quais as cordas vivas dos violões chorosos...

Marilândia


SILÊNCIO DA ALMA




SILÊNCIO DA ALMA 
Um sossego,
Uma unção,
Um transbordamento de emoções,
Sorvendo nos lábios teus,
A fragrância dos sorrisos...

Marilândia

FOTOPOEMA




FOTOPOEMA 
Neste mistério in_domável,sussurrantes e dolentes murmúrios da paixão.
Formas nuas em ondas, resvalando dentre crepúsculos da solidão.
Ondulantes e sobranceiras sombras esvaecidas nas correntezas de noites consteladas.

Sabem os flamejantes astros a embriaguez das horas solenes.
Embala os sonhadores nas fantasias, luminoso painel d’horizonte.
Enquanto serpenteia a brisa , num véu purpúreo, céus da madrugada de sangue enrubescem...

Marilândia

INFORTÚNIO





INFORTÚNIO


Trazendo o exaspero das lágrimas,
Na fascinação das promessas
Chora a vida...



Marilândia

COSTURANDO POESIA





“Das lembranças que guardo
De um tempo em que era feliz...”
Jô Tauil
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Pois é lá que vagam,
Que flóreas erram
Num Relicário de viver perfeito...

Tudo ali vive e sonha o imaculado,
Tudo é cândido, estrelado,
Tudo se veste de uma igual beleza
Embalsamada em véus brancos
De visões resplandecentes...

Lá não existe a convulsão da vida.

Tudo se envolve num luar de prata,
Iluminando todo o Azul sidéreo
Da sagrada Saudade que etéreas harpas tangem...

Marilândia

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

DELÍRIOS DO ANOITECER



DELÍRIOS DO ANOITECER
...E quando à noite surge pálida a lua, saudades pranteio, nos braços da paixão desmaio.
Sombras velando minhas madrugadas, no meu solitário leito cristalizam-se...
Horas voluptuosas,silentes, febris...
Insensatas alegrias dentre nuvens preguiçosas agonizam_ lânguidos murmúrios a suspirar no mergulho do anoitecer...
Não mais importam as ilusões desfeitas _ em delírios dementes lembranças se desfolham.


Marilândia

NÃO MAIS QUE DE REPENTE


Não Mais Que De Repente
Ao acaso dos desejos,
Pétalas flamejam sob rútilas alegorias...

Alados beijos, 
Gemendo nas curvas dos corpos em brasa,
Quais vozes entrelaçadas
No desvario das madrugadas...

Insanas angústias n’almas em desalinho...
Eis que
De repente luze o poema :
Momentos engrinaldados de saudades

Marilândia


A PARTIDA





A PARTIDA 

Nas trevas da partida, ecoa o "De Profundis“ …

A chorar , luzes que se apagam... _tristes venturas desfolhadas_...

Flores murchas alcatifa dos caminhos inundam...

Bordão de desenganos nas sombras tropeça _claudicantes mágoas_...

Exangues sonhos desejos amortalham ...

_Desalentos nas fímbrias da solidão... _

Marilândia

COSTURANDO POESIA




“Vou cantá-la seja onde for
Para nunca esquecer o nosso amor!”
Jô Tauil
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E então, nas trevas em místicas dormências
São carnais tantos anseios, 
Num sentimento insano,
Um sentimento que me lacera.


Dar-lhe eu beijos, apenas, dar-lhe, apenas, beijos,
Com o mais profundo amor, nas vigílias sem nome...


Tudo isso, ah! Quanto vale tudo isso,
Se alucinada, deliro!


Ah! Vida! Vida! Vida! Incendiada paixão!

Tem dó de mim lá no supremo instante
Sem ninguém, ninguém que me responda,
Até que exausta de fadiga e sonho,
Tudo acaba então no desespero in_grato!



Marilândia

SILÊNCIO DA ALMA





Silêncio da Alma
“Me enlaço no teu beijo
Abraço teu desejo”,
Clamando no tempo e tanto,
Tanto imenso afeto...
Quisera ser a serpe veludosa
Para, enroscada em múltiplos segredos,
Languidamente, esmagar-te
Em mudas, sensuais quimeras...
Assim,
Nesses vãos devaneios,
Volto à essência dos anos,
Dentre espectros tristemente vivos...
Marilândia

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

MOTE 127





MOTE 127

”Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
Aí eu paro, tiro o sapato
e danço o resto da vida.”

“Rápido e Rasteiro”
Chacal
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EXÓTICA DANÇA

Qual constelação flamejada,
“Vai ter uma festa”
Dentro das naturezas luminosas,
Cintilando e cantando
Na canção das cores...

Rápida e rasteira
Numa auréola secreta de malícia
Perdida a antiga ingenuidade dócil,
Como alma sem rumo,
Coração sem destino,
Filha de desejos in_quietos
 Dentre excelso abandono...

Marilândia

POEMINI



POEMINI


Desalmada vida!
Descortina ilusões...





Marilândia

DUETO MM





À grande poetisa Marilandia Marques Rollo, minha homenagem. 

VESTÍGIO// VAPOROSOS QUEIXUMES

Por onde o desejo há// Convulsas noites
Na medida de um claro olhar// Contraditórias sinas
Que não esqueci// Vãos caminhos

Prazer inteiro// Névoas de desenganos
Que marcou o sempre em mim// Peregrinos destinos
Olhos nos olhos// Não riem, não cantam...

Potente, atado nó// Doce prisão...
Por ti o meu resumo//Enredo tão incerto
-Olha só- // Numa sombra só nossas duas almas...



FOTOPOEMA



FOTOPOEMA

Sonhos?
Já não os tenho...
Foram-se todos na languidez do Tempo


Choram hoje dentre brumas do Passado...

Marilândia



NINGUÉM É DE NINGUÉM



NINGUÉM É DE NINGUÉM (Casa da Poesia)

Aqui... além... uma história em cada vida.
Quando a’urora mansamente se debruça, iluminando-me os desejos , esfumaçadas névoas abrasam minhas lembranças.
Estranhas súplicas no vazio das saudades são centelhas de esperança nos mares esfomeados.
Tombam em beijos languescentes as tardias horas dum suplício.
Ao acaso de lampejos dentre rubras ondas, vislumbro a tortura d'agonia ...

_ NINGUÉM É DE NINGUÉM_
Marilândia

COSTURANDO POESIA





“Agasalhada junto ao teu coração...”
Jô Tauil
______________________

Rememorando
A tremenda avalanche do Passado,
Vagam soturnas tristezas in_finitas...

Ó visões peregrinas,
Que cantam nas Esferas,
Se os lírios mortos que há por lá
Se auroram,
Rosas de luz do céu resplandecente
Transformam-se em refulgentes quimeras...

E,
Entre um soluço e um segredo risonho,
Já nem sei se é realidade ou sonho...

Marilândia

CITAÇÃO



MULTIPLIX



MULTIPLIX



ILUSÕES DA ALMA





ILUSÕES DA ALMA (Casa da Poesia)


____________A'lma também chora. Ora chora de tristeza, ora chora de alegrias.


_______Às vezes, pensativa, segredos de outrora refletindo fantasias, grita versos d'agonia.

______________Em noites solitárias silencia gemidos, vagueia dentre sombras suplicantes...

_______Na demência d'ardentes risos semeia mistérios, enleia-se 
em desgrenhados precipícios.

__________Sob a dolência d'aurora carmesim, fúlgidos raios invadem a'lma, desfolhando mistérios, desalmando melancolias.

_______Num murmurado soluçar,desvairadas ilusões pulsam _ endoidecidos tormentos perdidos nas invernosas madrugadas...

Marilândia

SORRATEIRAMENTE




SORRATEIRAMENTE
Sob os céus formosos a desabrochar,
“O silêncio
É uma carícia que a felicidade traz”,
Pórtico que se abre para as estrelas mais ignotas...

Nessa grande planura em que o Austro se esparze,
Nada é mais doce que as trevas tão pálidas
Num mundo que se entorpece
De amargura, de suor e do sol mais ardente...

Marilândia

DESEJO CARNAL




DESEJO CARNAL

A cantar in_finitas nostalgias,
“O corpo vai sem medo
Descasca teu segredo”,
Gerando fascinações dilacerantes...

“Amei Te Ver “...

Um frio na alma,
in_quieto, doloroso,
Nesse meu corpo de emoções profanas...

E,
Sob estranhas sensações sombrias,
Melancolias e melancolias
No mundo vil onde a luxúria exulta...



Marilândia

domingo, 25 de fevereiro de 2018

SUSPIRANTES MELODIAS





MOTE 127

”Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
Aí eu paro, tiro o sapato
e danço o resto da vida.”

“Rápido e Rasteiro”
Chacal
________________


SUSPIRANTES MELODIAS


A gargalhar, danço
“Até o sapato pedir pra parar”
Num riso de ironia,
Esmorecendo nos troféus gementes...

Convulsivas,
Todas as melodias suspirantes
Que ondulam no ridículo das vidas,
E valsam nos românticos enleios,
Revivem nas cítaras dos poetas
Onde visões lascivas, sonâmbulas,levitam...

Marilândia


DUPLIX



MOTE 127



MOTE 127
”Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
Aí eu paro, tiro o sapato
e danço o resto da vida.”


“Rápido e Rasteiro”
Chacal
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CONVITE À DANÇA

Que doçura mansa
De sonho e lazer!

Num ritmo preguiçoso e lento,
“Eu paro, tiro o sapato”
E na solenidade da noite
Quando a hora das volúpias soa,
Deslumbramento sereno
_ íntimo torpor_
Sob turbilhões quiméricos do Sonho...

Marilândia