sexta-feira, 31 de maio de 2019

UM POEMA NÃO TEM FIM (REP)




Um céu em quebranto... (Karinna*)
Saudades
Além das lousas
Num infinito
Recoberto de memórias
A soletrar versos
Apaziguando balsâmicos desejos...

Marilândia

COSTURANDO POESIA



“E bocas que nunca se beijaram...”
Jô Tauil

Entrementes,
Já nem sei se é realidade ou sonho,
Tais as convulsões em aromas
Das flores dos mistérios...

Só eu vejo e sinto esse desvelo
Pois é já, talvez, mortal delírio
Já murcho na fluidez do Sonho,
Nas paragens fatais, aterradoras
Onde desabrocham ensaguentadas rosas...


Marilândia 

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ENLUTADO LUAR



ENLOUQUECIDA ÂNSIA




ENLOUQUECIDA ÂNSIA


Para
Estilhaçar os martírios
Que dormitam
“Eu quero o amor, o amor mais profundo”
Nos braços dos outroras
Na ânsia louca de procurar sem encontrar...
Marilândia

quinta-feira, 30 de maio de 2019

MOTE 201






MOTE 201

CHUVA DE PRATA
(Roupa Nova)
_____________

VÍVIDOS  BRILHOS

Caem  os lumes em antífonas, em misticismos
E
“Um beijo molhado de luz
Sela o nosso amor”,
Enquanto
Os corpos erram  sob lânguidos clarões
Dentre fosforescências de vívidas castidades!


Marilândia

COSTURANDO POESIA





“Encachoeirando-se no coração
De muralhas desgastadas pela erosão!”
Jô Tauil

Ao abrir largamente as luzes que as tarjam!

 Ah !
Que convulsões, que lúbricos anseios,
Sob os pálios das ilusórias melancolias
Tais luzes de círios bizarros!

E,
Por entre auréolas de clarões  acizentados,
Lembrando  o aspecto de um luar diluindo,
Celestes dons prefulgentes e  augustos
Trazem a unção brotada  das noites des_consoladas...

Marilândia

SONS DE FUNERAL






SONS DE FUNERAL
Tiritam versos em nubladas noites.
Frio que a madrugada invade , a inércia dos poemas perscruta...
Desmaiadas rimas – esvaecidas sombras de névoas – fantasias pranteiam...
A brisa, o nada - farfalhantes vendavais - silêncio dos poetas ...
_Somente eles ouvem, somente eles veem..._


Marilândia

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FEBRIS VENTURAS



FEBRIS VENTURAS

Utópica
Realização poética
Na melodia dos versos
De Almas nômades,
Trazendo à tona
Febris paragens
Embebidas do orvalho,
Escorrido das insinuantes incursões
Pelas errantes aventuras...
Marilândia

REGAÇO DE QUIMERAS




REGAÇO DE QUIMERAS
Borboletas a flamejar dentre delírios
Lembram espectros bailarinos
Em noturna travessia
Nas divinas claridades...

E,
Ao rasgar poemas e horizontes
Acorrentam esperanças,
Enclausurando plácidas lembranças,
Quais borboletas de sangue
No regaço das quimeras...

Marilândia

CONCERTO DE LÁGRIMAS



CONCERTO DE LÁGRIMAS
“Um dia frio”
Fazendo calar pelos ermos
Cobertos de gelos e de nevoeiros
As cordas vivas dos violões chorosos,

Enquanto
Num concerto de lágrimas sonoras
Sombrios e sarcásticos sons
Em indecisos e tremulantes acordes
Erram aos sóis, às tempestades e aos vendavais,
Alastrando-se em perpétuos turbilhões de chamas...

Marilândia

quarta-feira, 29 de maio de 2019

COSTURANDO POESIA





“Onde não cabem desenganos...”
Jô Tauil

Posto que
Nas ironias suspirantes
Os ocasos do Amor e toda a palidez
Se confundem com o negror em volta...

Tudo isso,
Em contorções  flageladas,
_volúpias letais e dolorosas_,
À luz de frouxos círios,
Vai com seus gritos, com seus ais ,
Ondulando no ridículo das vidas...

Marilândia

NOS LONGES




NOS LONGES

Dentre miséria dos minutos,
Em frágeis
Sob in_visíveis desvãos,
Âncoras das promessas
Lembram-me
Ainda hoje,
Os ardentes versos que me dedicaste...
Marilândia

SEMPRE INDIFERENTE




SEMPRE INDIFERENTE

À marcha deste mundo...
E,
Nesse negro painel,
Uma imagem de assombro,
Chorando seu manto
Vai se derramando
Sempre in_diferente.

Assim,
A vida, gritante e devassa,
Sob luzes tão baças
Empunha , mística e flamejante,
Os segredos das penumbras incendiárias...

Marilândia

CÁLIDOS SONHOS




CÁLIDOS SONHOS
A meditar sobre o êxtase do amor
Sob voluptuosas quimeras dos Sonhos
Fico a cismar enternecidamente
Presa por louco arrebatamento...
E,
Na doçura i_mortal, num cálido encanto,
“Não te esquecerei um dia
Nem um dia”,
Emudecida, dentre visões fervilhantes acorrentada...
Pois fico como que transfigurada,
Marilândia

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AH! A VIDA!




AH! A VIDA!
Eterna litania!
Prantos negros dos abismos,
Procurando os Céus,

Rogando amor ao Firmamento!
Místicos templários
_de silêncio, de lágrimas, de reverências..._

Numa pérfida ironia,
Junto à Morte,
Solitária madona da Tristeza,
Floresce a vida...

Marilândia

MUDOS DESEJOS




MUDOS DESEJOS
Dentre miséria dos minutos,
Em frágeis
Âncoras das promessas
“Te desejo como ao ar
Mais que tudo...”

Não é para que o Mundo proclame
Meus mudos desejos...

Sentimentos que já são,
Talvez,
I_mortais delírios...

Marilândia

terça-feira, 28 de maio de 2019

DUPLIX



COSTURANDO POESIA





“E surge a poesia que aquece o coração”
Jô Tauil

Em deslumbramento de luxúria e gozo,
Lembrando a orgia dos romanos!

Áureas noites em augustas solenidades
Onde a febre dos desejos aquebranta!

Majestosos rituais,
Enquanto no poente
O astro-rei abre tapeçarias
Numa espiral de elétricos volteios!

Assim,
Na translúcida memória emerge
O vivido e o sonhado
Das lembranças desgrenhadas...

Marilândia

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COSTURANDO POESIA





“Com ensinamentos de amor...”
Jô Tauil

No orgasmo de uma flor
Ante enlouquecido in_finito,
Abrindo crateras na lua...

Sementes de amor
Tecidas com fios do coração
Esparzem versos
Dentre veredas da saudade...

Sementes de amor
Na placidez das madrugadas
A entoar a vindima,
Enquanto folhas da melancolia
Permeiam alamedas
Sobre cordas enluaradas
Violinando as noites despenhadas...

Marilândia

ESPERANÇOSAS NEBLINAS




ESPERANÇOSAS NEBLINAS
Em ondas do Firmamento,

Onde a febre das insânias boia
Sangrando em risos, alucinações,
“Tudo nascerá mais belo”
“O verde faz do azul com o amarelo”
E a cantar,
Neblinas de Esperanças...
Marilândia

SONOROS DESEJOS




SONOROS DESEJOS

Sob a piedosa e muda guarda dos céus

Em intermitentes vigílias
Embaladas pelas vozes de angelicais desejos
A erguer os véus de já passadas auroras...

Celestiais venturas

Numa canção de bem aventurança!

"E o pensamento lá em você...”
Marilândia

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Mote 200





MOTE 200
"LUZ ANTIGA"
Nando Reis
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SILÊNCIO CREPUSCULAR

Essência das essências delicadas,
“Luz antiga ao fim da tarde”,
Para haurirmos os sentimentos
No silêncio dos crepúsculos!

Marilândia