quinta-feira, 30 de setembro de 2010

MUSICAL SILÊNCIO (ENSAIO)





MUSICAL SILÊNCIO (ENSAIO)


À música mescla-se o silêncio
Pontuando-a, realça a pausa - atos, movimentos e performances revelando - acordes de harmo-nia que se entrelaçam.
Esquartejam o avizinhar da noite sonoras melodias no silêncio sussurradas- momentos em que os olhos cerram-se de desejos…

_Nesses inúteis tormentos , ao tornar em silêncio o que a’lma gorjeia, rouca loucura exaltada._

Marcadores:

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

MIRAGENS (ENSAIO)





MIRAGENS (ENSAIO)


Dores em delírios desmaiam – nuances da paixão.
Solitárias gôndolas, mudas e negras nos desertos cais do destino- pétreas pilastras sob cortinas do horizonte...
Belas virações no deslizar das ondas – ebúrneos fantasmas na vastidão da noi-te...

_Voluptuosas danças- cenários em vaivéns..._


Marcadores:

terça-feira, 28 de setembro de 2010

SEM NOME (ENSAIO)





SEM NOME (ENSAIO)


Taciturna, queda minh’alma sobre as turvas linhas do tempo.
Sem nome, sem rumo, falsos mimos, veredas d´infortúnio trilha.
Exaustos dias, ridículas vaidades, maltrapilhas ilusões – desalmada bagagem.
Negras profecias - irados deuses- ebriosos e tresloucados risos...

_A maltrapilhos tragos a vida sorve- rubro inferno em mascarado semblante retratado_



Marcadores:

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

BEIJO DO DESTINO (ENSAIO)





BEIJO DO DESTINO (ENSAIO)


Em ardentes beijos de languidez hei de suspirar.
Em teus lábios ,celestiais amores sorverei.
Extasiantes momentos vivendo, de amor quero contigo morrer...

_ A contemplar a noite fogosa e pura, nos murmúrios d´aragem, volverei o olhar em pranto ,e em ciumes , no beijo do Adeus , afogar-te-ei..._


Marcadores:

domingo, 26 de setembro de 2010

VAIVÉM (ENSAIO)





VAIVÉM (ENSAIO)


De que valem o mundo
E as ilusões sombrias?

De que valem as vaidades,
Esvaecentes asas de sonhos?

Sôfregos de amantes,
Fugazes instantes,
Efêmeras vertigens
Valem o quê?

Miragens, fogos-fátuos…
Vaivéns em reflexos

_Espectros e centelhas nos clarões das fantasias..._


Marcadores:

sábado, 25 de setembro de 2010

POR FALAR EM AMOR... (ENSAIO)





POR FALAR EM AMOR... (ENSAIO)


Adeus, meus devaneios- pranteio e morro...
Da existência nada mais levo que a saudade...
Crepúsculos de elísia doçura, madrugadas de argêntea lua...
E os beijos que me deras, meus já foram...
Consagrados delírios- enganosas melodias o coração usurpando.

_Românticos sonhadores- cintilantes venturas , nas esperanças do céu flutuam..._

Marcadores:

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

LIMIAR DAS PALAVRAS (ENSAIO)





LIMIAR DAS PALAVRAS (ENSAIO)


Dentre nuvens d´alvorada esfumaçadas palavras.
Névoas de tristonhos crepúsculos – dolentes rastros do ontem.
Maculados versos vão fugindo, ao passo que murmurantes poemas surgindo vão...
Ermas, plenas de tédio e de quebranto ,tristes ais vão revelando, em tremulantes turbillhões arreba-tadas.

_ Em instantes de um longo pesadelo, trevas rompendo, esvaecem-se ao dobre de difusos limiares_


Marcadores:

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

POVOADA SOLIDÃO (ENSAIO)





POVOADA SOLIDÃO (ENSAIO)


Deixa-me que te fale também com o meu silêncio.
Silêncios e colóquios- noites por ti velo, chorando.
Mal surge a madrugada , cânticos esparzindo, repousas nos meus sonhos, os teus...
Na lentidão d’alvorada esvaem-se sombras da solidão...

_Sorrindo, morro, na vastidão de minhas ilusões..._

Marcadores:

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

NUDEZ EM ORGIA (ENSAIO)




NUDEZ EM ORGIA (ENSAIO)


Pelo seio do mar embaladas , em leito d´espuma revolvem-se nuas, angelicais ondas.
Orgia da celebração – tórridos fervores de ventos e mares- beijos que queimam em delirantes madrugadas...
Emergem versos dum poema pela pálida lua banhados...


_Em densas trevas minh´alm´adormece... - enfeitada sequer de fenecidas flores_


Marcadores:

terça-feira, 21 de setembro de 2010

CHORO DE POEMAS (ENSAIO)





CHORO DE POEMAS (ENSAIO)

Pálidos sonhos no passado morto - lânguidas saudades a vida choram.
Sorve a’lma sons que o amor suspira ao agitar do gozo.
Palpitantes espasmos no agito dos desejos.
Romances obscuros – ignotas paixões ...

_Dourados sonhos - falazes venturas – castas cinzas da solidão..._

Marcadores:

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ENSAIO DA PAIXÃO





ENSAIO DA PAIXÃO

Alvas camélias que no teu seio murcham - empalidecidos desejos minha dor gritando.
Delirante embriaguez de bardo- afogados sonhos- ardentes orvalhos...
Vozes do eco a minha voz respondem - saudades cantando em banhos do luar.
Murmurante brisa canções orquestra – febris pranteios em desatino...
Lenço que de pranto também banhei, guardo ainda num perfumado cofre.
E ao mar clamo, grito à terra, ao violáceo azul do céu - Onde te escondes, amor?

_Onde...??? Onde… ???_



Marcadores:

domingo, 19 de setembro de 2010

AMOROSAS ILUSÕES (ENSAIO)





AMOROSAS ILUSÕES (ENSAIO)

Ao menos um instante beija-me os sonhos
Luminoso fel hei de sorver n’amargura dos lábios teus.
Se devaneios vagueiam pel‘ infinito, que sobre meus dementes olhos não desfolhem uma lágrima sequer.
No desterro de minh’errante’alma, somente a saudade levo – cristalizado silêncio...

_E ao repousar o ceu, na solitária madrugada, prateiam-me as quimeras, o canto do luar..._

Marcadores:

sábado, 18 de setembro de 2010

PRESSÁGIOS (ENSAIO)





PRESSÁGIOS (ENSAIO)

Murais onde rosas nascem - sorriso das primaveras
Sublimes monólogos dentre sombras e heras.
Acendem-se sonhos e desejos- luzes em gargalhadas- dispersas pétalas uma a uma desfolhadas...
Ravinas do horizonte cantos melancolizam - salmos de visões contritas modulados...

_Auspiciosos augúrios nas endechas dos poentes – alvissareiros presságios... _



Marcadores:

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

AURORA DAS FACES TUAS





AURORA DAS FACES TUAS




Tristeza com a dor rezando
Em nuvens de ouro e poeira desfeitos
Esparsos sonhos vagueiam
Sob o luar que lhe vêm beijar os flancos...




"Que saudades de amor na aurora do teu rosto!
Que horizonte de fé, no olhar tranqüilo e garço!
Nunca mais me lembrei se era no mês de agosto,
Setembro, outubro, abril, maio, janeiro, ou março."

ALPHONSUS DE GUIMARÃES

Marcadores:

VALE DOS ESQUECIDOS (ENSAIO)





VALE DOS ESQUECIDOS (ENSAIO)


Esparso esmorecer- serenas agonias no enlanguescer do sofrimento.
Aromas de tristezas n´infinito,lamuriosos delíquios exalam.
Idílios da Primavera longe vão...
Enclausuradas, viçam ,apenas, pisoteadas urzes.
Passageiros do tempo,deslumbrados momentos, no hoje fenecidos , vagam ...

_Mendicantes ruínas deambulam n‘ aridez das campinas- VALES DOS ESQUECIDOS..._


Marcadores:

PAISAGEM DO CORAÇÃO (ENSAIO)





PAISAGEM DO CORAÇÃO (ENSAIO)




Lembranças de esquecidas saudades – sombrios atalhos de sonhos não sonhados...
Ideais quimeras – paisagens d’alma- retratos do coração.
Paisagem que alberga o peito meu- atroz nostalgia ardendo na poesia...
Fugidias miragens -suplicantes mágoas – gotejantes arabescos.
Um dia foi-se-me a Paisagem. Com minha tristeza, vi-me sozinha...


_Tormentosa ansiedade... Ninguém a´mparar-me..._

Marcadores:

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A VOLTA (ENSAIO)





A VOLTA (ENSAIO)



Voltarei... Não sei d‘onde e porque vim…
Haverei de pousar dentre névoas do amanhã minha vida de quimeras, o desassossego de minh’alma.
Haverei de aquecer-me ao brando lume, levando as mãos cheias de rosas e o coração em chamas.
Passaporte para o infinito junto a mim irá - eloqüência muda, apaixonada…

_Lágrimas nos olhos brotarão, eu sei, e não chorarei no crucial momento da despedida._


Marcadores:

MINHAS DORES (ENSAIO)





MINHAS DORES (ENSAIO)




Dentre enclausurados martírios, minhas dores- tanger de lamentos em sepulcros d’agonia.
Tons da saudade – macerados delírios – sombrios desenganos.
Batem as horas- febris desatinos
Nesse mundo vão, tudo é nada...

_Sou aquela que nos desvãos do destino, em labirintos esconde-se no abandono de esquecida ..._



Marcadores:

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

FALSAS QUIMERAS (ENSAIO)




FALSAS QUIMERAS (ENSAIO)



Angustiante medo – inútil espelho n’aridez de meus olhares pagãos.
Minuete de falsas romarias – pálidos dias em lúcidas noites ...
Exíguas campinas a florescer imponentes girassóis – olhos das madrugadas.

_Sem desejos e sem saudades, abandonadas e modeladas quimeras..._



Marcadores:

domingo, 12 de setembro de 2010

DENTRO DA NOITE (ENSAIO)







DENTRO DA NOITE (ENSAIO)





Mísero pungir tudo quanto a noite encerra.
Casto luar a saudade pranteia.
Pecados d’ amor nas morimbundas madrugadas mistérios revelam - poemas nunca traduzidos...
Escondido erotismo em noites pagãs, indecifráveis segredos sussurram.
Lentas carícias - enigmáticos estertores ...

_EXTÁTICAS EMOÇÕES – DOLOROSOS DESEJOS..._


Marcadores:

TATEANTES ALMAS




TATEANTES ALMAS







Tateantes almas
A perfumar místicos desejos
Seguem a brisa que as beija
Segredos somente nossos

Tamanhas paixões,
Dolentes, desabrocham em nossos lábios
Que sonham a sorrir…

O folhear de nossas almas
Pétalas que se desfolham uma a uma.
Abraçadas a sorrir!!!

Num ideal do aveludado amor
Dançam sinos
Purpurinos, ébrios de carinhos...




" O silêncio, ao redor, é uma asa quieta…
E a tua boca que sorri e anseia,
Lembra um cálix de tulipa entreaberta… "

FLORBELA ESPANCA

Marcadores:

LUXÚRIA (ENSAIO)





LUXÚRIA (ENSAIO)


Gorjeia harpejos de luxúria virginal voz .
Castas fragrâncias dos jasmins enluaradas pétalas embriagam.
Rendidos seios às hastes d’infinito pecados murmuram.
Sinas, quiçá fantasias - sussurrantes volúpias a florescer n‘alma em ruína...

_Rosas de luzes –abrolhos ao chão entenebrecem a despedida – elegia à luxúria em íntimos fervores..._



Marcadores:

PARTIDA (ENSAIO)





PARTIDA (ENSAIO)





Lenço bordado junto a encantada carta comigo partirão.
Quando deixar de chorar, minhas derradeiras lágrimas, secarão o lenço.
A carta, essa, rastros da saudade que jamais se apagarão.
Românticos versos haverei sempre de escrever. Se é amar-te não sei...
No meu garç´olhar, o teu glauc´olhar tatuei.





"Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles.“

(Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)

Marcadores:

COLHA O DIA (ENSAIO)





COLHA O DIA (ENSAIO)

Por todo o infinito sonhos esvoaçam.
Colho-os , no purpurinado seio, no coração amordaçando-os.
Nas tenebrosas noites teimam em fugir , a chorar sonhando...
Despedaçados momentos na ironia do tempo.
Nimbos de saudade no ceu recortam-se - endechas solitárias.
Quimeras a profundos tragos sorvendo - sentimentos do dia e da noite colhendo...
À minha , somente responde a voz do eco - e em gritos, ardentes clamores, breves momentos soluçam...


“...Enquanto falamos, terá fugido/
ávido o tempo: Colhe o instante, sem confiar no amanhã.”


"Odes" (I,, 11.8) do poeta romano Horácio (65 - 8 AC)

Marcadores:

VAZIO (ENSAIO






VAZIO (ENSAIO)



Vazio- errante pranto -cansadas asas de solidão em lúgubres voos.
Espalhando fios de prata, lágrimas do luar – veus a flux...
No cinzento silêncio da escuridão, o nada, sombras e fantasmas agitando.
A rir e a cantar,defuntas fragrâncias, páginas em branco a folhear...
E estonteado, a fugir , perdendo-se se nas brumas dos caminhos, o vazio- o NADA...



Marcadores:

ESCOMBROS D’ALMA (ENSAIO)






ESCOMBROS D’ALMA (ENSAIO)


A vida, a luz, o alento, triunfantes gargalhadas em escombros desterrados.
Escombros d’alma, lacunas no coração.
Brumas dos atalhos percorridos - poeiras de enevoados crepúsculos ...
Neves pelo inverno pranteadas- cansados luares a repousar nas tenebrosas madrugadas ...
Tristes orvalhos no tampo de lápides a inundar dolentes sepulcros.

_Irônicos fantasmas ao chorar d‘ almas rindo _

Marcadores:

FUGA (ENSAIO)





FUGA (ENSAIO)


Tenebrosa noite- d’olhos fechados sonho.
Na tua inglória fuga persigo-te .
Em luminosa taça vou sorvendo passos d’amargura.
É este o meu destino ...
Moribundo, agonizante astro rei, raios nus estende.
Fúlgidos lampejos - ensolaradas quimeras ...

_Veludíneos devaneios - cetíneas ilusões_


Marcadores:

ENLANGUESCER DA NATUREZA (ENSAIO)





ENLANGUESCER DA NATUREZA (ENSAIO)



Enluaradas pétalas de rosas- desmaiados bouquets em lânguidos suspiros repousam.
Rútilas quimeras cinzas d‘ alma esbraseiam – segredos ocultos aquecem – estonteantes chamas...
Idas mágoas do poente ressurgem - à flor das águas verdes vagas em cadenciados ritmos tem delíquios de gozo e de cansaço.
Espasmos d’agonia no enlanguescer da natureza- murmúrios de queixume...

_Esparsas e aromáticas ternuras esmorecem , asas desfraldando ..._

Marcadores:

PARTIDA (ENSAIO)





PARTIDA (ENSAIO)





Lenço bordado junto a encantada carta comigo partirão.
Quando deixar de chorar, minhas derradeiras lágrimas, secarão o lenço.
A carta, essa, rastros da saudade que jamais se apagarão.
Românticos versos haverei sempre de escrever. Se é amar-te não sei...
No meu garç´olhar, o teu glauc´olhar tatuei.





"Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles.“

(Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)

Marcadores:

"EU" LÍRICO (ENSAIO)






"EU" LÍRICO (ENSAIO)





Por liames do lirismo costurados , musicalidade d’alma, consciência da efemeridade, solidão, agonia, morte.
Espirituais trajetórias de diferentes matizes eivadas.
Cesuras do coração aos fios do infinito atadas.
Abstratas músicas nos seus limites orquestradas.
No“eu” lírico tons de indiferença - melancolia e alegria em antítese.
Gozo e tormento- passageiros do tempo.

_Com o passar do tempo eternizado, assim como voos ritmados das aves, o „EU“ LÍRICO“_

Marcadores: