terça-feira, 3 de dezembro de 2024

exuberância do natal

EXUBERÂNCIA DO NATAL Nos flancos da serra deserta, Onde o silêncio é pedra viva, A noite do Natal se desperta Com uma ternura primitiva. Neve de encontro e de memória Cobre os campos de solidão, E cada sino conta a história De um amor sem condição. Árvores nuas, rochas antigas Contemplam este instante raro, Onde a esperança vence as fadigas E o humilde se torna claro. Nascimento que não se proclama, Mas sussurra em cada raiz, Simples como a terra que ama, Profundo como quem é feliz. Natal – mistério telúrico Que pulsa no granito interno, Grito manso, abraço esotérico Contra o rigor do eterno inverno. Marilândia Marques Rollo

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