“Ninguém chorará por mim...” Jô Tauil _______________________ Eis-me aqui, solitária como um código de mármore, Minha existência — um sussurro esquecido nas dobras do tempo. Não há lágrimas reservadas para minha partida, Nem um soluço que ecoe nos corredores da memória. Contemplo minha solidão com precisão cirúrgica, Disseco cada momento como um naturalista impassível. Os dias passam, cinzentos e uniformes, Como páginas de um romance nunca escrito. Minha alma — se alma existe — é um desenho a lápis, Esboçado com traços trêmulos e depois abandonado. Ninguém virá depositar coroas ao meu redor, Ninguém sussurrará meu nome quando eu partir. Sou apenas um instante efêmero, Um fragmento sem significado, Uma nota à margem do grande livro da existência, Que será virada sem hesitação ou lamento. Marilândia
OS LÍRIOS MORREM À TARDE
"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
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