quarta-feira, 22 de março de 2017

FLUTUANTES NOITES




Flutuantes noites
Rasgos do luar rompendo as trevas
Acendem o círio triste da saudade....
Lembranças que me sangram o desnudo peito.


Marilândia


INTERROGAÇÕES





INTERROGAÇÕES
___________Abraçada aos sonhos,
colhendo nos ________espinhos dos cansaços
_______desassossegos_______ da própria alma

Marilândia

CONTEMPLAÇÃO





Contemplação
Guirlanda de flores e folhas
Reverenciando
O dourar do outono.
_Natureza em tom maior..._
Marilândia


ALDRAVIA




Aldravia
Nos
Outonos
Da
Existência
Exóticos
Madrigais...
Marilândia

PRAZERES DA CARNE





Prazeres da Carne
Parece que os olhos tivessem de ti voado
A procurar a invisível face do céu
Dentro da solidão crepuscular...
Todavia,
Desfiando seus próprios ais,
Numa já anunciada saudade,
Que se arrastava sem um só gemido,
Despida de qualquer pudor
No seio da ventania,
O amante olhar boiando,
Numa ardente e ousada
Explicitação poética dos prazeres da carne...
Marilândia
Exibições: 2

terça-feira, 21 de março de 2017

COSTURANDO POESIA




”A fátua irreal vaidade humana”
mjztauil
_________________

Num coração que odeia o sombrio, o inglório,
E donde irrompe uma alma que viveu outrora,
Refletindo na tez, alternativamente,
Loucura e horror, nas sombras taciturnas...

E,
Ao surgir dos mistérios do in_finito,
Com passos fantasmagóricos, dúbios, in_certos,
Ressalta com a dolência dos espectros,
 Imagens das ondulações e brumas dos sinistros...


Marilândia

COSTURANDO POESIA



Secretas e sutis melancolias


Onde há longos prantos mudos,
De saudades sem termo
E de amargura,
Num desolado sentimento acerbo...

E,
Nessa vertigem,
Nesse errar medonho,
Exaustas de fadiga e sonhos,
Vendo que as ilusões as abandonaram,
Em plangentes ais perdidos,
Sob convulsão do pranto,
Como essas melancolias são tamanhas!


Marilândia

HAIKAI



HAIKAI
Cingem o horizonte
Enevoadas quimeras
Sonhos bailarinos


Marilândia

FOTOPOEMA



Fotopoema
Pensativa, taciturna, de olhos abertos sonha...
E dos raios de luz do sonho puro,
Nódoas das vagas fantasias...
Marilândia

ALDRAVIA



ALDRAVIA
Tapete
De
Folhas...

Outono
De 
Sonhos


Marilândia

MÃOS DO OUTONO




MÃOS DO OUTONO
Esquecidas
N'algum canto da memória
Vieram por acaso,
Num outono distraído,
Lembranças estampadas
Na nudez das árvores...

E
Nas folhas
Que se arrastam ao chão
Cores bordadas de brisas,
Inundando alegorias 
A cruzar 
Os céus dos longínquos horizontes...

Marilândia

Dádivas do Outono




Dádivas do Outono
Sob encantos e feitiços
Purpúreos crepúsculos
Cingem segredos outonais...
Aveludadas cores pairam nos céus
A tecer flores à meia luz,
Agasalhando-se na volúpia da alma...
E ao compasso
De delíquios do amor
Soluçam,
Molhados pela aurora,
Beijos que se entrelaçam
Dentre damascos e brocados...
Marilândia

FOTOPOEMA



Fotopoema
Olhar que interroga e tudo vê
Num sombrio aposento recolhida,
Colhendo sonhos, meditando realidades...
Marilândia

segunda-feira, 20 de março de 2017

MOTE MOTIVO 86






MOTE 86
“SEGREDOS”
Frejat

_______________________
REFÚGIO
Distante do mundo atroz,
Distante da turba impura,
Quero , 
Para compor os meus castos monólogos,
No seu olhar, no seu olhar que unge
Quais rosas de luz do céu resplandecente,
E onde se cristalizam todas as belezas,
Quero as volúpias, seduções, encantos feiticeiros...

Destarte,
“Nos seus olhos quero descobrir uma razão para viver”...

Marilândia

MOTE MOTIVO 86





MOTE 86
“SEGREDOS”
Frejat
_____________

CONFIDÊNCIAS
"Vou procurar, eu vou até o fim"
Hei de seguir-te
Nos turbilhões do mundo...

Eis que 
Te amo
E te acompanho
Pelas montanhas,
Onde sóis saudosos
Se alastram
Quais carinhosos adeuses,
Que parecem viver lá noutros mundos...

Marilândia

POEMINI




POEMINI
Demência da paixão
Lençóis em brasa...
Marilândia

RECADO DO TEMPO




Recado do Tempo

Há um tempo em que é preciso abandonar os sonhos adormecidos, enclausurá-los no templo d’alma _ cultivar o silêncio do vazio_...
O Tempo, suplicante como quem reza, em lânguido fervor ,estende os braços ao infinito, verte lágrimas d’agonia...
Delirante e sofredor, esconde num fantasioso relicário, todas as horas _ horas mortas d’amarguras, horas que não marcou_...
Fala d’amor a voz do Tempo, clama aos céus anseios e esperanças...
À luz duma saudade, brada ao vento ululante, um recado sonhador_ “diga à brisa doce e rubra, para vir depressa beijar meus exangues lábios.”
Marilândia

MENTIROSOS SILÊNCIOS





MENTIROSOS SILÊNCIOS
Qual rasgão na paisagem 
Rumorosa chuva
Dentre ecos da solidão...

Marilândia