COSTURANDO POESIA
"Sem função narrativa final..." Jô Tauil ___________________________________ Sob o véu esgotado da última hora, Onde os sonhos se quebram como vidro partido, Contemplo o abismo que minha alma devora, Um oceano de silêncio, um grito contido. Fragmentos de memória, cacos dispersos, Dançam na penumbra do meu des_enlace, Bailam como espectros em movimentos diversos, Narrando a tragédia do que enfim se desfaz. Ó morte elegante, consorte da sombra, Que desenhas no ar teu mapa de esquecimento, Recolhes meus gestos, minha última alfombra, E me levas além do último momento. Não há lágrimas já, nem suspiros perdidos, Apenas o vazio que tudo consome, Os últimos ecos, os sonhos partidos, A narrativa que se encerra sem nome. Marilândia
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