terça-feira, 20 de março de 2012

E DAÍ, POETA?




E DAÍ,POETA?


E daí, poeta?
Tu que cantavas o amor - apaixonados versos...
Que sonhavas com os olhos a sorrir e com a alma a chorar...
Tu que em doidas fantasias construías universo de ilusões...
Que em dolentes devaneios repousavas o cansaço...

E daí, poeta?
Tuas quimeras não mais florescem...
Tuas esperanças calaram-se...
Teus segredos bailaram nos mistérios dos poemas …

E daí, poeta?
Tuas liras nada mais são que desfolhadas pétalas...
Tuas noites jazem num castelo de dores...
Tua tragédia é a saudade...

É tão triste morrer na solidão...
A neve lacrimejando o inverno, envolve-te nas brumas do desespero...

E daí, poeta?
Já choraste todas as mágoas?
Bebeste o fel das desventuras num cálice de brasas?

_Então, num cofre perfumado guarda as dores no teu peito cravejadas... _


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sábado, 17 de março de 2012

DESASSOSSEGO




DESASSOSSEGO


No vazio do olhar, o cansaço...
O nada da agonia nos indeléveis sulcos d'alma flana...
Nas vertentes do coração, tênues liames da esperança...
Dia a dia dum peregrino - labirintos da vida- remendos do destino...



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segunda-feira, 5 de março de 2012

HAIKAI





HAIKAI

Beijos de luzes
Desfolhados murmúrios
Jasmins n'infinito


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sábado, 3 de março de 2012

HORAS MORTAS




HORAS MORTAS



Não mais respira o meu silêncio – revive numa saudade lembranças levadas pelo vento...
Numa alucinada fantasia , sorve a longos tragos, soluços pelo Tempo esquecidos...
Lábios sangrando beijos, frágeis segredos tece – murmúrios que somente as vozes do eco respondem...
O efêmero vislumbrando, gravita dentre horas mortas, inerte e frio silenciar...


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