NATAL VÁRIA VERSÕES
Natal: Um Enigma Cotidiano Cantiga de Amor e Esperança Ó Natal, meu Natal de sempre Terno como um abraço manso Mais suave que um beijo dado No silêncio de um momento manso Não és só festa de criança Nem só brilho de decoração És poesia encarnada És pulso da emoção Tua luz não vem de estrelas Nem de enfeites a brilhar Vem do olhar que se encontra Do sorriso a se doar Do abraço que perdoa Do amor a se entregar Natal, meu Natal, meu poema vivo És revolução de ternura És gesto simples que recria A mais profunda formosura És encontro, és abraço És perdão sem condição Natal, meu Natal amado És batida do coração Natal: Um Enigma Cotidiano No meio da rua cinzenta (não importa se enfeitada de vermelho e verde) o Natal surge não como festa mas como interrogação. Que sentido tem esta data entre papéis, promessas, cenários de plástico? Nas vitrines brilham desejos vazios e nos olhos, um cansaço discreto. Dizem que é tempo de amor mas que amor é este que se mede em presentes caros e se esquece no dia seguinte? No silêncio da cidade entre um comércio frenético e almas dispersas o Natal passa como um rumor discreto quase uma pergunta sem resposta. Eis o Natal: não festejo nem rejeito apenas constato seu mistério absurdo de existir. Viva o Natal, delírio ardente e estranho, Onde a luz explode em vítreos pesadelos, Anjos de metal cortam céus de esmalte, E o divino sangra em fragmentos singelos. Criança-verdade com olhos de vertigem, Natal que rasga véus da santa mentira, Onde o universo em seu fulgor selvagem Decanta um canto que o silêncio aspira. Rompem-se as cordas do celestial teatro, Sino de fogo fere o gelo do mistério, Nascimento atroz que penetra o retrato De um mundo em transe, êxtase etéreo. Viva o Natal! Revolução da ternura, Onde o caos dança na branca partitura.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial