quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

MISTÉRIO




MISTÉRIO





Segredos tão meus escondem-se no manto dos crepúsculos...
Junto a eles, sorrindo dormem, doces quimeras duma vida tormentosa...
No silêncio das noites consteladas rasteja a solidão, mendigando imaginárias flores da saudade...
Imagens fugidias – pétalas de luar a repousar nas desfolhadas e moribundas agonias ...
Nesse mistério encantado flamejam abraçadas, dores da soledade...


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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

SAUDADES DO POETA




SAUDADES DO POETA



Letras de poemas nunca escritos desenham n'horizonte, as dores do poeta...
Num soluçar aflito estranha Arte, desdobrando-se ao sol nascente...
Às rendilhadas sombras do crepúsculo, dolentes murmúrios – rimas dispersas- desgrenhadas névoas da Tristeza...
Ao perseguir brumas dos caminhos leva n'alma apaixonada, sonhos cristalizados...
Tecendo fantasias - saudades de saudades- sonha os sonhos que não teve...
Na boemia dos poetas, soturnas vozes cantam ao Mundo lampejos dum momento...


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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

QUIMERAS




QUIMERAS



Submersa nos meus horizontes, cerro os olhos de desejos, incendiando os mistérios que trago dentro de mim...
Tento voltar – não sei de onde vim - perco-me nas brumas dos caminhos- n'alcatifa de suspiros adormeço...
Assim peregrinando, embrenho-me num mar de mágoas, tal como um fantasma grilhões arrastando...
Ao tropeçar nas sombras, ouço o riso dos meus pecados em mil pedaços partidos...
E em cada passo meu sinto su'alma junto a minha - lembro-me de tudo que passou, e nada mais foram que quimeras- rotas e doridas quimeras...





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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

VÃS AGONIAS






VÃS AGONIAS



Translúcidos sonhos numa estranha e gélida lousa jazem.
Junto a eles, delírios do ontem, suspiros do nada...
Nessa insípida clausura onde moro, lacrimejo e clamo – ninguém ouve, ninguém vê...
Agonias que me abrasam, ensandecidas voltejam...
Irreais quimeras segredos soluçam...
Inerte sob a terra, não vislumbro o morrer do dia,tampouco as consteladas madrugadas ...
Opacos amanheceres nesgas de tristezas refletem...
E apunhalando meus desejos, pétalas de luzes a cobrir minh’alma desfolhada.



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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

RECORDAÇÕES







RECORDAÇÕES




Sou velhinha - ainda escrevo versos...
Alma soluça, coração balouça...
Rumorejam no amanhã, lembranças d'outrora...



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domingo, 5 de fevereiro de 2012

ENTRANHAS DAS MADRUGADAS





ENTRANHAS DAS MADRUGADAS

Não levo da existência uma saudade...
Perco-me em mim na dor de ter vivido...
Doces lembranças do passado – páginas de vida que ainda beijo...
Dentre entranhas das madrugadas, sorrio ao chorar pálidas lágrimas …
Em abismos de dores e esquecimentos, gota a gota meus doridos versos...
Ao bater das horas, nas alamedas do Tempo, sinos ressoam gemidos d’agonias...
Clamorosa, soluço o nome teu - ao pé de mim segreda a voz do eco...
Na solidão das infindas noites, que o luar pranteie-me a lousa, preludiando sonhos que não vivi- sonhos de magias e de pecados...




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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

MOSAICOS DO DESTINO





MOSAICOS DO DESTINO

Rezam com as dores, as saudades – são rastros esquecidos pelo Tempo – desfolhadas pétalas da tristeza...
Alma em chamas acende desejos, queima a solidão...
Latentes amarguras chilreiam dentre urzes das madrugadas – tristes horas em que o luar chorando,vaga ...
Moribundo, o astro-rei arrasta grilhões da melancolia, exala suspiros, desenha raios dos delírios...
Destroçados, sequer uma palpitação, sonhos abraçam o silêncio...
Ao levar folhas das quimeras, o Outono remenda mosaicos do destino...



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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

VERSOS – O QUE SÃO???




VERSOS- O QUE SÃO???




Um verso é meu ímpeto.
Soluços de dores, lacrimejantes soluços …
Sentimentos dispersos – descoloridas tristezas em fragmentos de papéis timbradas...
Amarelecidas páginas num missal de mágoas...
Convulsões em agonia ao bater das horas – desfolhados martírios – sangrentos clamores...
Crepitantes brasidos - fogueira d'alma em dias e noites de tormentas...


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