quarta-feira, 31 de outubro de 2018

FACE OCULTA


FACE OCULTA
Buscando amplos horizontes
Esculpidos de memórias,
“Mendiga de uma vida”,
Lembrando as flores mortais
Que meus tormentos geram...

Das dilacerações
Que eu na minh’alma trouxe
_valas de eternos des_enganos_
Florescimentos e florescimentos!

Assim,
Numa eclipse de horas mortas,
In_finito crepúsculo sem nome
Apaga toda a flama,
Fazendo calar pelos ermos
Queixas, desejos, ânsias
Langues e débeis ...

Marilândia

CLAUSTRO DE PAIXÃO



CLAUSTRO DE PAIXÃO



Numa in_finita despedida
Dentre a leveza de adejos matinais,
Enquanto
Soberbos amantes
Eriçados de luxúria,
E
Sob delírios de volúpia,
Enlouquecem num claustro de paixão...

Marilândia

MÚLTIPLAS FACES




MÚLTIPLAS FACES
Talvez tudo seja nada
Lá no fundo
De um céu sempre risonho,
Eis que perenes
Fluem os intermináveis momentos
Que sabem ao gosto 
Tantas vezes amargo da vida...

Logo,
Quais páginas de uma novela,
Florescem,
Vivem para a Beleza,
Múltiplas faces,
Exóticas e nuas,
Dançando
“À deriva
A procura de um cais...”

Marilândia

VERTIGENS VIVAS



VERTIGENS VIVAS

Afinal,
Nossas almas são bastante ousadas
E
Num (in) dolente caminho a cantar se inebriam...

Destarte,
Tremem , palpitam
Dentre às volúpias mais santas
Com ares de moribundos a afagar o Sudário...

Assim,
Misto de anjos in_violados,
Bem como
De esfinges melancólicas,
_arquitetas de fantasias_,
Guardam nos seus íntimos recatos
Vertigens vivas da paixão mais convulsiva...

Marilândia

Mundos Ignorados



Mundos Ignorados
Porquanto
Têm
O coração

Negro de noite,
Sem aurora...


Na melancolia 
Dos seus olhos
O luar
Nada
Mais é
Que
O espectro dos seus sonhos...

Então,
Perdem-se,
Escutando em vão o silêncio...

Marilândia

POEMINI




POEMINI

Displicentemente,
Abandonei minh'alma...


Marilândia

DESAFIOS DA VIDA




DESAFIOS DA VIDA
Porque não é por sentimento vago
Nem para que o mundo proclame
As vigílias sem nome, as orações sem termo...

Logo,
Numa in_finita despedida,
Sob a guarda muda e (im)piedosa das Esferas,
Quando a alma quer voar nos páramos liberta,
Há de mais tarde errar
Para a vala comum do eterno Des_engano...

Marilândia

ARDENTE CORTEJO




ARDENTE CORTEJO
Vagas lembranças de turvos sóis,
Refletindo a palidez 
E a in_dolência do crepúsculo
Levam dentro de si raros segredos
Numa mudez perversa...

Servindo-lhes 
De guia no exausto caminho
Mutismo de tal dor desesperada,
Segue em ardente cortejo
Preso por louco arrebatamento...

Marilândia

DUPLIX



DUPLIX



terça-feira, 30 de outubro de 2018

COSTURANDO POESIA





“Formem teu corpo...
          num doce ardil...”
Jô Tauil

Porquanto ainda cabe sonhar,
Bordando em nuances cerúleas...

Assim,
Dentre grinaldas de róseas esperanças
Aureoladas de argênteos clarões
Vislumbram-se,a pouco e pouco,desfilando,
Sonhos(in)dolentes sob fosforescências enluaradas...


Marilândia

POEMINI



POEMINI 


Irônica mensagem
Estrangula o Amor...


Marilândia

SANGRENTAS BOCAS




SANGRENTAS BOCAS
Em torvas sombras
Bocas sanguinárias
Mordem eternas dores
_ ciclos dantescos da loucura..._

Com os olhos vesgos,
A flutuar de esguelha
Visão rodando
Na mais trágica, 
Assombrosa tortura...

Uma visão 
Em supremo sofrimento
Nas sombras rubras
Que suspirando, soluçam...

Marilândia

GRANDEZA OCULTA



GRANDEZA OCULTA
Embora
Carregue o medo
De ferir-me
Nas quimeras 
De meus versos
“Sou aquela que na escrita exalta”,
Sob longos brados,
Mundos ignorados
_vagos in_finitos..._

E,
Na convulsão
De sonâmbulas poesias,
A essência
Das eternas virgindades
Apaga harpejos tantos
Por agitos, excitações, in_quietações,
__________ Assoprando...

Marilândia

VAGAS VOLÚPIAS



VAGAS VOLÚPIAS
Num sentimento da grandeza oculta!
E,
Tudo que nos abraça e esmaga,
Palpitando, fremindo
Numa evaporação de alva espuma,
Para o Amor, para a Dor, para o Sonho
Na Amplidão transborda...

Assim,
Como que volúpias vagas,
Cintila e canta,
Na canção das cores,
A Canção i_mortal da Formosura...

Marilândia

VÃS QUIMERAS




Vãs Quimeras
Na in_constância das horas
Impotência cruel, 
Insana luta...
Ó vã tortura!
Ó melancolias in_traduzíveis!

Dentre o chorar de trêmulos sentimentos,
Relembrando os outroras não ultrapassados
Em vãs quimeras, sonhos petrificados,
Prelúdios e cânticos fulgem da Luz, vagos e vários...

Marillândia

INÓSPITO CAMINHAR



INÓSPITO CAMINHAR
Qual um pranto a rolar da pálpebra vazia,
Noite em que o cata-vento é uma voz rouca e brama.
“O que feriu por dentro”
Dorme suas dores por um leito de acaso...

Então ,
À hora em que o caudal dos sonhos 
Vibra e se desmancha,
Arrastando segredos infernais,
“Não imagine que te quero mal”,
Pois
“Assim caminha a humanidade”
Ondulante, 
Em desejos que sobem 
E que descem...

Marilândia

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

COSTURANDO POESIA





“O nosso amor acabou!”
Jô Tauil

Deixando tombar lágrimas furtivas
Em sutis palpitações à luz da lua...

E,
No anseio dos momentos mais saudosos,
Numa eclipse de horas mortas
Que nos silêncios se encerram,
Com o riso augusto a flamejar na alma,
Todos os desejos condoreiros
 Ascendem além de eternidades
Para o níveo Sacrário da Saudades...

Marilândia

ALDRAVIA



ALDRAVIA
florescendo
pérolas
a
gloriosa
natureza
embriaga-se

Marilândia

DOCE PARTIDA




DOCE PARTIDA
Porquanto
A bela, alva nau
Que ao oceano se largava,
Ia num ritmo doce, preguiçoso e lento...
E,
Muito além do sol,
Muito além do horizonte,
Para além dos confins dos tetos estrelados,
Onde havia magos e arcangélicos poderes,
Alvorava lá o sentimento mais eleito...

Marilândia

CÁLIDAS CENTELHAS




CÁLIDAS CENTELHAS


Eternizando a paixão,
Fecundada a cálidas centelhas
Numa perpetuação do êxtase...

Somente, então,
Me vi só
_nua e só..._

E sem pensar,
Caminhei,
Vacilante, trôpega,
Enquanto
Tudo em mim buscava
Desatinados lugarejos
Alojados nas minhas entranhas...

Marilândia

POEMINI



POEMINI
No abstrato
O concreto se faz presente...

Marilândia

SUTIS MOMENTOS



SUTIS MOMENTOS


Desencadeando
Sereno desafio
Na fruição do sentimento do belo...
Entretanto,
No enleio dos sutis momentos,
Inflama-se da luz vinda do céu turvado
E ,
Na insolência da Natureza,
O sol lacerando o peito,
Avivando as entranhas
Numa suprema agonia,
O desatino flui, amargo e soluçante...

Marilândia

DORMENTE BOCA



Dormente Boca
Gargalha, ri, num riso de tormentas
Em estertores duma agonia lenta
Nesse mundo vil
Onde a maldade exulta...

Às vezes,
Na boca que adormece,
Tanto e tão fundas,
Algumas vozes escuto
Dentre estranhas sensações sombrias...

Marilândia