COSTURANDO POESIA

“E que tudo... tudo se supera nesta vida!” Jô Tauil Eis que Aromas secretos e desejos in_quietos Vibram num concerto de harmonias sonoras... Porém, Nas visões melodiosas dessa graça Quanta (in) dolência grassa! Suspirados, nostálgicos sonhos Sob a febril agitação dum mundo de dolências, Rasgando as almas que nas sombras tremulam Abrem asas brancas de clemência, E no silêncio mórbido da Imensidade Flutuam nas cândidas ondas Do hino sacramental da Bem-aventurança... Marilândia

DUPLIX

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“De passado mal passado...” Jô Tauil __________________________________ Invocando o sentimento do vazio, Eu paro, assustada, Porquanto num corolário de saudades, In_vulgares venturas Dentre anseios dos momentos mais augustos, Geram dilacerantes fascinações, Quais centelhas vivas dos corações chorosos... Marilândia

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“A lâmpada é teu coração...” Jô Tauil Conquanto os ventos gélidos Enveredem pelas frestas da alma, Sente-se o calor prenhe de lirismo Permeado de memórias vivas, Que vêm do aconchego magno Incendiado pelas emoções! Marilândia

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“Prados e flores digais a eles por mim...” Jô Tauil ____________________________________ Sobre os suspiros de minha alma em adoração Quais um rosto a chorar E que à brisa se enxuga A um tempo em que tremula glória única! Quando emerge esse divino anseio, Todo esse largo eflúvio Traz sutis, róseas fragrâncias Dos sopros que dos outroras vêm! Outrossim, Basta crer in_definitivamente Que tudo, tudo se reveste de cândida poesia! Marilândia

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“Musicando os mistérios dos meus dias...” Jô Tauil Em acordes de melancolias Sob clamores e ecos estridentes, Recordo as violáceas madrugadas Num sentimento estranho e comovido... Todavia, Sinto ali felicidades castas, Nesses sutis momentos Onde dolências chopinianas perpassam... Assim, Com os mais augustos, sagrados bemóis e sustenidos, Componho em trêmulas quimeras, A saudade tanta que minh’alma transborda! Marilândia

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“Assim é a poesia...” Jô Tauil _________________________ Segredos recônditos revelando, Ao sentir da noite o isolamento extremo... E, Errando, errando Por vastidões in_certas, Revive emoções de quem medita e chora... Nesse desejo peregrino, Embebedada por sinistras ilusões Naufraga em divino e fremente sorvedouro! Marilândia

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“São fardos de amor... São doces fardos!” Jô Tauil Impregnados no fascínio da vida Embalados com rubras fitas da poesia, Dentre eflúvios de graça e de ternura! Dessarte, Em pompas soberanas Desfilam quais refulgentes quimeras, A carregar sentimentos que não são da Terra, Produzindo sensações de cândidas fragrâncias! Marilândia

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"Meu nervo não é de pedra e tudo pode transbordar...” Jô Tauil Nos anseios dos momentos mais saudosos, Des_colorindo os versos meus Embalsamados de magoado pranto... Talvez, Por in_dizíveis mistérios Que ecoam nas amarras de minha história Areias de misericórdia traçam os contornos dessa jornada Posto que No bem supremo de esquecer o mundo, Ultrapasso galáxias, sentindo-me apenas um vão fantasma! Marilândia

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“Mas também redime...” Jô Tauil Entremente, Somente eu vislumbro e sinto esse desvelo Ao abrir largamente as luzes que o tarjam! Ah ! Que convulsões, que lúbricos anseios, Sob os pálios das ilusórias melancolias Tais luzes de círios bizarros! E, Por entre auréolas de clarões acizentados, Lembrando o aspecto de um luar diluindo, Celestes dons prefulgentes e augustos Trazem a unção brotada das noites des_consoladas... Marilândia

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“Amor só faz sentido se traz o céu mais perto!” Jô Tauil ___________________________ Porquanto, Ao circular pelos abismos eternais, Vai gemendo e vai gemendo... Assim, De tão encanto e tão sagrada essência, Fecunda, inflama a rima clara e ardente! Outrossim, Recordando e sonhando Em vãos devaneios, Por onde o amor parábolas descreve, Um frio na alma, doloroso, in_quieto... Marilândia