ARDENTE CORTEJO (REP)

ARDENTE CORTEJO

Vagas lembranças de turvos sóis,

Refletindo a palidez

E a in_dolência do crepúsculo

Levam dentro de si raros segredos

Numa mudez perversa...

Servindo-lhes

De guia no exausto caminho

Mutismo de tal dor desesperada,

Segue em ardente cortejo

Preso por louco arrebatamento...

Marilândia

POEMINI CCC

POEMINI

Displicentemente,

Abandonei minh'alma...

Marilândia

MÚLTIPLAS FACES (rep)

MÚLTIPLAS FACES

Talvez tudo seja nada

Lá no fundo

De um céu sempre risonho,

Eis que perenes

Fluem os intermináveis momentos

Que sabem ao gosto

Tantas vezes amargo da vida...

Logo,

Quais páginas de uma novela,

Florescem,

Vivem para a Beleza,

Múltiplas faces,

Exóticas e nuas,

Dançando

“À deriva

A procura de um cais...”

Marilândia

CERTIFICADO CORDEL

INÓSPITO CAMINHAR

INÓSPITO CAMINHAR

Qual um pranto a rolar da pálpebra vazia,

Noite em que o cata-vento é uma voz rouca e brama.

“O que feriu por dentro”

Dorme suas dores por um leito de acaso...

Então ,

À hora em que o caudal dos sonhos

Vibra e se desmancha,

Arrastando segredos infernais,

“Não imagine que te quero mal”,

Pois

“Assim caminha a humanidade”

Ondulante,

Em desejos que sobem

E que descem...

Marilândia

VÃS QUIMERAS

Vãs Quimeras

Na in_constância das horas

Impotência cruel,

Insana luta...

Ó vã tortura!

Ó melancolias in_traduzíveis!

Dentre o chorar de trêmulos sentimentos,

Relembrando os outroras não ultrapassados

Em vãs quimeras, sonhos petrificados,

Prelúdios e cânticos fulgem da Luz, vagos e vários...

Marilândia

VAGAS VOLÚPIAS (REP)

VAGAS VOLÚPIAS

Num sentimento da grandeza oculta!

E,

Tudo que nos abraça e esmaga,

Palpitando, fremindo

Numa evaporação de alva espuma,

Para o Amor, para a Dor, para o Sonho

Na Amplidão transborda...

Assim,

Como que volúpias vagas,

Cintila e canta,

Na canção das cores,

A Canção i_mortal da Formosura...

Marilândia

GRANDEZA OCULTA

GRANDEZA OCULTA

Embora

Carregue o medo

De ferir-me

Nas quimeras

De meus versos

“Sou aquela que na escrita exalta”,

Sob longos brados,

Mundos ignorados

_vagos in_finitos..._

E,

Na convulsão

De sonâmbulas poesias,

A essência

Das eternas virgindades

Apaga harpejos tantos

Por agitos, excitações, in_quietações,

__________ Assoprando...

Marilândia

RÓSEAS ESPERANÇAS

RÓSEAS ESPERANÇAS

RÓSEAS ESPERANÇAS

Porquanto ainda cabe sonhar,

Bordando em nuances cerúleas...

Assim,

Dentre grinaldas de róseas esperanças

Aureoladas de argênteos clarões

Vislumbram-se , a pouco e pouco, desfilando,

Sonhos (in)dolentes sob fosforescências enluaradas...

Marilândia

SONHOS QUW TOMBAM (REP)

SONHOS QUE TOMBAM 

Nos estertores duma lenta agonia,

Irônicos risos de dor,

Abrindo claros dentre trevas,

Ampliam a fria angústia

Numa terra ensanguentada...

Assim,

Dentre ruínas do in_acabado,

Na encarnada explosão de um sangue vivo,

Renasce a exaltação,

Haurindo a essência das ilusões...

Marilândia

COSTURANDO POESIA (REP)

"Não sei poetizar sentimentos insanos...”

Jô Tauil

___________________

Mormente

Que nos estertores duma lenta agonia,

Irônicos risos de dor,

Abrindo claros dentre trevas,

Ampliam a fria angústia

Numa terra ensanguentada...

Assim,

Dentre ruínas do in_acabado,

Na encarnada explosão de um sangue vivo,

Renasce a exaltação,

Haurindo a essência das ilusões...

Marilândia

Dormente Boca (rep)

Dormente Boca

Gargalha, ri, num riso de tormentas

Em estertores duma agonia lenta

Nesse mundo vil

Onde a maldade exulta...

Às vezes,

Na boca que adormece,

Tanto e tão fundas,

Algumas vozes escuto

Dentre estranhas sensações sombrias...

Marilândia

DOCE PARTIDA (rep)

DOCE PARTIDA

Porquanto

A bela, alva nau

Que ao oceano se largava,

Ia num ritmo doce, preguiçoso e lento...

E,

Muito além do sol,

Muito além do horizonte,

Para além dos confins dos tetos estrelados,

Onde havia magos e arcangélicos poderes,

Alvorava lá o sentimento mais eleito...

Marilândia

ESTRELADO IN_FINITO (CORDEL)

ESTRELADO IN_FINITO

Nada em troca pedindo

Estrelas reluzem no infinito

A carregar a felicidade

Que baila  no anil celestial

Marilândia

ALDRAVIA (REP)

ALDRAVIA

florescendo

pérolas

a

gloriosa

natureza

embriaga-se

Marilândia

COSTURANDO POESIA (REP)

 E gera-me no peito... (Jô Tauil)

Em dolorosos sonhos,

Acordando ermas madrugadas...

E ali,

Por onde

O sol de sangue

Não caminha,

Lavas de neve

A escorrer nos abismos

Arrastam nostalgias,

Marcando a angústia dos segundos...

Marilândia

COSTURANDO POESIA (A REP)

“O nosso amor acabou!”

Jô Tauil

__________________

Deixando tombar lágrimas furtivas

Em sutis palpitações à luz da lua...

E,

No anseio dos momentos mais saudosos,

Numa eclipse de horas mortas

Que nos silêncios se encerram,

Com o riso augusto a flamejar na alma,

Todos os desejos condoreiros

Ascendem além de eternidades

Para o niveo Sacrário das saudades...

Marilândia

SEMENTES DE SAUDADES (PÓEMA DE CORDEL)

SEMENTES DE SAUDADES

Esses versos que balançam os corações

Deixam sementes de saudades

E

Embora sejam convexos

Impregnam nos peitos

Um vazio inspirando os poetas...

Marilândia

COSTURANDO POESIA

“Silenciosa e doce como a flor

Que se abre inteiramente para o amor...”

Jô Tauil

E,

Muito além do sol,

Muito além do horizonte,

Para além dos confins dos tetos estrelados,

Onde há magos e arcangélicos poderes,

Alvora lá o sentimento mais eleito...

Marilândia

COSTURANDO POESIA (REP)

“Que pela água precisa ser domada...”

Jô Tauil

_________________

Porquanto

A bela nau

Que ao oceano se largava,

Ia num ritmo doce, preguiçoso e lento...

E,

Muito além do sol,

Muito além do horizonte,

Para além dos confins dos tetos estrelados,

Onde havia magos e arcangélicos poderes,

Alvorava lá o sentimento mais eleito...

Marilândia

TRANS_MUTAÇÃO (REP)

TRANS_MUTAÇÃO

Quando a meia-noite surgir nas colinas impetuosas,

“Me elevarei mortal sobre as estrelas”

Com os olhos imóveis reluzindo nos céus...

Assim,

Num completo abandono,

Figurando-me no peito uma sombria chama,

Qual um “flash” de beleza,

Pressinto o Paraíso

E

Nesse fulgor do instante,

Tudo se transforma ,

Interpelando

Transidos, In_sondáveis,

_______Ensimesmados Mistérios...

Marilândia

Horas Resplandecentes (rep)

Horas Resplandecentes

Acordando ermas madrugadas...

E ali,

Por onde

O sol de sangue

Não caminha,

Lavas de neve

A escorrer nos abismos

Arrastam nostalgias,

Marcando a angústia dos segundos...

Marilândia

FOTOPOEMA

FOTOPOEMA

Desventuradas pétalas

Lacrimejam saudades

Marilândia

TRIPLIX

IMPACTANTE INSPIRAÇÃO (REP)

Impactante Inspiração

Por ímã atraído,

E

Cuja arte é a que mais fascina,

Sob um clima de flama,

Delira o artesão

Em tensa devoção...

Marilândia

TRIPLIX

TRANSFORMAÇÃO (REP)

TRANSFORMAÇÃO

Velhas chagas do sol

Numa paz, tamanho encanto,

Transfigurando

“Minha incerta vida”

E a minh’alma,

Que sempre a vertigem invade,

Numa perfeita harmonia

À viva luz do dia...

Marilândia

POESIA DAS MÃOS (REP)

POESIA DAS MÃOS

Orvalhando a Vida

Com grânulos de sonhos,

Tece o artífice

Numa explosão dos sentidos,

O in_vencível encanto

Dos prazeres e magia...

Marilândia

COSTURANDO POESIA (REP)

“Entre nossas duas cercas de flores”

Jô Tauil

__________________

Na hora em que o sol exangue

Sorrindo e contemplando o céu altivo.

Cintila e canta, na canção das cores...

E,

Na harmonia dos astros sonhadores,

Desfraldam-se, altaneiros,

Num perfeito esplendor in_definido,

Raios de ouro com aromas das flores do Mistério...

Marilândia

LUSCO-FUSCO (rep)

LUSCO-FUSCO

Deixando-me boquiaberta,

Ante tamanha formosura...

Hora

Em que se acende

O lusco-fusco da felicidade...

É a hora

Em que tochas de esperanças

Incendeiam as fluorescentes graças das Ave-Marias...

Marilândia