quinta-feira, 31 de maio de 2018

COSTURANDO POESIA




“São cheios de amor...são doces fardos!”
Jô Tauil
_____________________

Que rasgam de alto a baixo os In_finitos
Quais faróis da Eternidade
Iluminando todo o Anil sidéreo...

São talismãs de alvas flores
Num turbilhão de estrelas sublimes,
Melancólicas como a luz de um círio...

São mistérios virginais
A dormir na Amplidão serena,
Tal magia sacramental
Na larga vastidão do mudo firmamento...

E,
Numa sinfonia muda, ocultamente ungida,
Lembram tentadoras Visões que seduzem tanto!

Marilândia




MOTE 138





MOTE 138
“A NOITE DO MEU BEM!
Dolores Duran
_________________

ENLOUQUECIDA ÂNSIA 

Para
Estilhaçar os martírios
Que dormitam
Nos braços dos outroras
“Eu quero o amor, o amor mais profundo”
Na ânsia louca de procurar sem encontrar...

Marilândia

ENLUTADO LUAR



MOTE 137






MOTE 137
“NEM UM DIA”
Djavan
________________________

ADORMECIDAS MELANCOLIAS
As vezes na minh'alma que adormece,
Melancolias e melancolias
“E tudo me divide...”

Então,
Fico muda a ouvi-las,
Como preces dum enlutado coração...

Assim, 
Dentre azuis quimeras,
Num sentimento de ocultas graças,
Nessa Amplidão
Das Amplidões austeras,
Sagradas e serenas esperanças
Abrem os áureos portais
Dos mistérios soturnos e palpitantes...

Marilândia

SECRETAS IN_QUIETAÇÕES




SECRETAS IN_QUIETAÇÕES
Indômitos sentimentos
Em mágoas divinizadas,
Gritam...

Perdidos,
Errantes aos turbilhões dos mares,
Mergulham "como eu mergulhei".

No entanto,
Na velada dolência do esquecimento,
Languidamente a meditar,
Vão vivendo a vida
Como os que vão sonhando...

E nos sonhos 
Vivem,
A vibrar na Aleluia das luzes...

Marilândia

quarta-feira, 30 de maio de 2018

MULTIPLIX



MULTIPLIX



MULTIPLIX



COSTURANDO POESIA





“Como os olhos partilhavam conflitantes”

(Miguel Eduardo Gonçalves)
________________

Utópica
Realização poética
Na melodia dos versos
De Almas nômades,
Trazendo à tona
Febris paragens
Embebidas do orvalho,
Escorrido das insinuantes incursões
Pelas errantes aventuras...

Marilândia

MOTE 137





MOTE 137
 “NEM UM DIA”
 (DJAVAN)
_____________________

CONCERTO DE LÁGRIMAS

“Um dia frio”
Fazendo calar pelos ermos
Cobertos de gelos e de nevoeiros
As cordas vivas dos violões chorosos,

Enquanto
Num concerto de lágrimas sonoras,
Sombrios e sarcásticos sons
Em indecisos e tremulantes acordes
Erram aos sóis, às tempestades e aos vendavais,
Alastrando-se em perpétuos turbilhões de chamas...

Marilândia

A VIDA COMO ELA É...




A VIDA COMO ELA É...
Por que tantos cárceres
Por que tantos laços,
Se a alma quer viver
Nos páramos liberta?

Por toda parte
Vandálicas gargalhadas
Dum mundo torto
_ tormentosas ironias, luto de dor..._

Sacrário augusto de prantos
Sob ilusões de olhos constelados
E nas cinzas que apagam toda a flama...

Harpa do im_ponderável
Sem preocupações em decifrar,
Pois
"Viver ultrapassa qualquer entendimento!"

Marilândia

terça-feira, 29 de maio de 2018

COSTURANDO POESIA



“Ao leve som do flautim...”
Jô Tauil
________________

Borboletas a flamejar dentre delírios
Lembram espectros bailarinos
Em noturna travessia
Nas divinas claridades...

E,
Ao rasgar poemas e horizontes
Acorrentam esperanças,
Enclausurando plácidas lembranças,
Quais borboletas de sangue
No regaço das quimeras...


Marilândia

MOTE 137





MOTE 137
“NEM UM DIA”
Djavan
______________

MUDOS DESEJOS

Dentre miséria dos minutos,
Em frágeis
Âncoras das promessas

 “Te desejo como ao ar
Mais que tudo...”

Não é para que o Mundo proclame
Meus mudos desejos...

Sentimentos que já são,
Talvez,
I_mortais delírios...

Marilândia

AH! A VIDA




AH! A VIDA!
Eterna litania!
Prantos negros dos abismos,
Procurando os Céus,
Rogando amor ao Firmamento!

Místicos templários
_de silêncio, de lágrimas, de reverências..._

Numa pérfida ironia,
Junto à Morte,
Solitária madona da Tristeza,
Floresce a vida...

Marilândia

segunda-feira, 28 de maio de 2018

COSTURANDO POESIA





“Onde se reflete o passado...”
Jô Tauil
_________________

À marcha deste mundo...

E,
Nesse negro painel,
Uma imagem de assombro,
Chorando seu manto
Vai se derramando
Sempre in_diferente.

Assim,
A vida, gritante e devassa,
Sob luzes tão baças
Empunha , mística e flamejante,
Os segredos das penumbras incendiadas...

Marilândia

MOTE MOTIVO 137





MOTE 137
“NEM UM DIA”
Djavan
________________________

CÁLIDOS SONHOS 

A meditar sobre o êxtase do amor
Sob voluptuosas quimeras dos Sonhos
Fico a cismar enternecidamente
Presa por louco arrebatamento...

E,
Na doçura i_mortal, num cálido encanto,
“Não te esquecerei um dia
Nem um dia”,
Pois fico como que transfigurada,
Emudecida, dentre visões fervilhantes acorrentada...



Marilândia

MOTE 137



MOTE 137
“NEM UM DIA” 
_________________


SONOROS DESEJOS
Sob a piedosa e muda guarda dos céus
Em intermitentes vigílias 
Embaladas pelas vozes de angelicais desejos 
A erguer os véus de já passadas auroras...

Celestiais venturas 
Numa canção de bem aventurança!

“E o pensamento lá em você...”
Marilândia

MOTE MOTIVO 137



MOTE 137
“NEM UM DIA”
Djavan
______________

ESPERANÇOSAS NEBLINAS

Em ondas do Firmamento,
Onde a febre das insânias boia
Sangrando em risos, alucinações,
“Tudo nascerá mais belo”
E a cantar,
“O verde faz do azul com o amarelo”
Neblinas de Esperanças...

Marilândia



COSTURANDO POESIA



“Caminho sem volta
Vigor da ficção...”

Miguel Eduardo Gonçalves
_____________________

No orgasmo de uma flor
Ante enlouquecido in_finito,
Abrindo crateras na lua...

Sementes de amor
Tecidas com fios do coração
Esparzem versos
Dentre veredas da saudade...

Sementes de amor
Na placidez das madrugadas
A entoar a víndima,
Enquanto folhas da melancolia
Permeiam alamedas
Sobre cordas enluaradas
Violinando as noites despenhadas...


Marilândia

domingo, 27 de maio de 2018

COSTURANDO POESIA






“Tudo não passou de uma quimera...”
Jô Tauil
__________________

Da paixão mais convulsiva
Que acendia labaredas,
Esmaltando meus anseios
Em in_quietantes desejos...

Porém,
Inexoráveis des_venturas
Apagaram os brilhos in_finitos...

E,
Ao se esgotar os segredos das quimeras,
Aromáticos incensos
_românticos venenos das melancolias_
Cantaram os tédios, as tristezas
Nas des_ilusões de almas desdenhadas...

Marilândia

MOTE 137




MOTE 137
“UM DIA FRIO”
DJAVAN
__________________


INEFÁVEIS DESEJOS

Tantos desejos e sonhos soluçados!
“Eu sem você não vivo...”


Minh’alma se debate
E vai gemendo aflita...


O que vale tudo isso,
Perante outros desejos
Que meus tormentos geram?


Ah, vida!
Vagos e peregrinos desejos
Na volúpia de lúbricos anseios,
Nos simbólicos mistérios dos sonhos
Dentre a auréola de chamas
Dos corações alados...

Marilândia

sábado, 26 de maio de 2018

MOTE 137





MOTE 137
 “UM DIA FRIO”
 DJAVAN
____________


BRUMOSO DIA

Eis que sobre folhas dormindo o silêncio,
O amor faz-se contra o tempo e a carne
Em  ardente simbiose
De desejos e fluidos i_mortais
_“O elo com todas as cores
Pra enfeitar amores gris...”_

Assim,
Rubras flores da paixão
Num silêncio apaixonado,
Onde se cristalizam todas as belezas,
Languidamente,
Numa secreta essência, despetalam-se...

Marilândia

MOTE 137





MOTE 137
“UM DIA FRIO”
_______________

MUDO SEGREDO
“Um dia triste
Toda fragilidade incide”
Dentre céus e mais céus e céus transfigurados
Que a febre dos desejos aquebranta
Em frementes volúpias pecadoras...

No profundo turbilhão de grandes ânsias mudas,
Inominadas vigílias em tanto desespero,
Em tanta luz in_certa,
Numa túrbida vertigem das paixões ,
Lembrando noites de astros apagadas...

Marilândia

AMPLIDÃO PURPÚREA



Amplidão Purpúrea

Nas
Dolorosa noites
Em que as cortinas se fecham
Sob vagas fragrâncias in_definidas
Dentre quiméricos torvelinhos dos sonhos
_essência das essências primaveris_

E diante da luz que a Natureza encerra...
Harpa dos céus que pelos céus murmuram
Nas augustas e i_mortais promessas
Onde se escuta , trágica, cantando
A vetusta sinfonia da Amplidão purpúrea...

Marilândia