terça-feira, 19 de dezembro de 2017

HUMILDADE



HUMILDADE

Dentre Graças estupendas,
Em sentimentos de grandeza oculta
Ou ,
Entre exasperadas sensações sombrias...

E
Nesse mundo vil,
Onde a maldade exulta,
Nesse firmamento estranho e mudo,
Quando será
Que uma resposta contemplativa,
A vagar na confusa Babel
Iluminará,suavizando esta rudeza,
Da suprema,martirizante agonia?

Marilândia

VOZES SAGRADAS




VOZES SAGRADAS
Secretos acordes 
No mar e na terra,
Sob apagar das tormentas...

Aleluia!
Adormecidas frustrações
Nas visões da aurora,
Por onde o sol de sangue não caminha...

Aleluia! Aleluia!
Suspiros sagrados
Em cálidas centelhas
Desfeitas em luzes
Louvam a harmonia...

Aleluia! Aleluia! Aleluia!
Marilândia

RUGIDOS DA SOLIDÃO




RUGIDOS DA SOLIDÃO

Ainda que os silêncios gritem
No negro bojo das noites,
Não estarei só...

Amando
Minha própria escuridão,
Sentirei lábios
Que eram apenas meus,
Devorando-me os sonhos,
Devastando-me
As tormentosas trevas da solidão...

Marilândia

COSTURANDO POESIA




“Sem chegadas e sem partidas...”
Jô Tauil
_______________________

Em meio a im_paciências clamantes
No complexo desencanto de uma paixão,
Tristezas in_finitas com aromas de des_ilusões...

Assim,
Corações sem destino, almas sem rumo,
Carregam emoções de quem medita e chora...

Marilândia

LOUVORES



Louvores


Dos
Longínquos horizontes
De onde se vislumbra
A dança nua das auroras,
Uma lassidão in_finita
Dos devaneios, dos segredos...

Sob solenes gestos de magia,
Canta o poeta:
ALELUIA, ALELUIA,
Pois cantar é a sua sublime missão...
E na graça indizível que acalenta,
Traz consigo o perfume dos sorrisos,
Vendo a noite dormir o silêncio...

Aleluia! Aleluia! Aleluia!



Marilândia


segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

CÂNTICO AO LUAR




MOTE 124


CÂNTICO AO LUAR

Com o próprio sangue
Fecundando as terras,
“Quero ser pra você”
Deslumbramento
De luxúria e gozo
Gorjeando em festa...

E
Quais suspiros anelantes,
Alucinada, deliro,
“Feliz por amar você...”

Marilândia

RUDES CICATRIZES




Rudes Cicatrizes
Formando o painel
De um velho fundo de outrora,
Onde se cristalizam
Secretas essências...
Ah!
Quanto vale tudo isso,
Quanto vale
Essa magia triste e taciturna
Chorando e sonhando com mundos pitorescos
Na melancolia das Regiões distantes?
Ó alucinações,
Lentas e lassas
Onde visões sonâmbulas peregrinam,
Erguendo os véus de já passada aurora,
Recordando e sonhando,
E pelos céus, sorrindo...
Marilândia

E_TERNA TORTURA



E_terna Tortura


Ó Força inútil,
Ansiedade humana!
“Tanto tenho aprendido e não sei nada”...


Dentre o chorar dos trêmulos cansaços
Incensos aromáticos desatam
Ilusões “que eu lancei à vida
E não voltaram!”


Enquanto,
Nos mares ermos, solitários
Dentre brilhos das velas,
Vagos e vários,
Delicados espíritos de lendas
Abraçam e esmagam
Consteladas e azuis quimeras
Entrelaçadas aos cálices das des_ilusões...


Marilândia

COSTURANDO POESIA





“Tornei-me dolorosa e tremulante imagem...”
Jô Tauil
__________________

A vagar no mundo visionário,
Revivendo nas estrelas do in_finito
Sonhos profundos e profundos sentimentos...

E,
Do fundo de ilusões,
Velhas e vagas
Numa lasciva paixão fascinadora,
Tremendas ânsias se despedaçaram
Para encantar os círculos da Vida...


Marilândia

domingo, 17 de dezembro de 2017

MOTE 124



MOTE 124

SORRISO CRISTALINO 


“E a cada novo sorriso teu”
Pálidos idílios, tantos
Cintilam
Quais espelhos cristalinos...

Sorrisos que 
Languidamente vagam
Dentre ilusões que flamejam,
Sorrindo a céus
Que vão se desvendando...


Marilândia

CAMINHOS...CAMINHOS...




CAMINHOS... CAMINHOS...
Se nessas brumas encantadas
Choram os anseios do mar,
Rosas de luz do céu resplandecente
Cantam e brilham no seio das Esferas...

Porém,
Dentre o mar supremo, 
De fragrâncias segredantes,
“De tanto caminhar, já me perdi”
Nesta dor que na minh’alma clama
A cantar os tédios e as tristezas
Que erram nas frias solidões...

Frias solidões
Das amplidões distantes...

Marilândia

COSTURANDO POESIA




“Naquilo que é pra já!”
Miguel Eduardo Gonçalves
__________________________

Pois ali alvoram felicidades castas
Num relicário de viver perfeito...

É ali que vagam, que compungidas erram
Almas que florescem amor eterno...

E, também ali
Como os salmos dos celestiais Evangelhos,
Onde clarões de tantos sóis radiam,
Mistérios virginais dormem no Espaço
Sob a dolência de solenes vaticínios...


Marilândia

sábado, 16 de dezembro de 2017

APAIXONADAMENTE




APAIXONADAMENTE

Arrastando brancos véus,
Espreito o que o tempo ainda guarda
E a nostalgia me visita, então...

Assim,
Carrego sonhos remansados,
A lembrar-me
Das “torres de marfim que construíMas 
Que em “trágicas loucuras” destruí...

Então,
Em viagem alada aos outroras,
Coração pulsante de emoção,
Viajo para dentro de mim,
Embriagando o meu peito
Com os eflúvios do teu sangue,
Que espelham minha própria Vida...


Marilândia

ROTAS PEREGRINAÇÕES





Rotas Peregrinações

Sem rumo,
Coração em desatino,
"Cheguei a meio da vida já cansada"...


Talvez,
Em excelso abandono
Emigrado
De regiões d'outrora,
Com emoções
De quem medita e chora...


Monja da solidão,
Augusta, espiritual,
Levo para os longes
Desejos errantes
E as dilacerações
Dos Sonhos ambulantes...



Marilândia

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

COSTURANDO POESIA




“Áureos templo de ritos de cetim...”
Jô Tauil
______________________

Sob deslumbramento
De luxúria e gozo,
Em sacrossanto esplendor
Que a febre dos desejos aquebranta...

Assim,
Em noites augustas,
Bíblicas, serenas,
Pecados vagos, errantes,
Flutuam dentre volúpias e convulsões...

Marilândia

DISSIMULAÇÃO









DISSIMULAÇÃO
Zomba de mim
Essa loucura tua.

Por quanto tempo, 
Não sei...

Desenfreada audácia
A perturbar-me,
E tu
A fingires que não vês...

Tudo isso ignoras,
Precipitando extremos
De iminente saudade...

Todos sentem,
Todos vêem
E tu a fingires que não vês.

Marilândia

FOTOPOEMA




FOTOPOEMA 




Às luzes dos crepúsculos
Vibrante e desnud’alma
In_quietações da saudade recita...

Marilândia


RETRATO EM PRETO E BRANCO




RETRATO EM PRETO E BRANCO
Nas voltas da vida
Longínquo passado...
Saudades de áureos tempos

Marilândia

GÉLIDA PAISAGEM




Gélida Paisagem


Quais caminhos
Que levam a labirintos in_definidos,
Intrincadas travessias
Em
“Mar sem maré, sem vagas e sem porto”...

Destarte,
Suspirantes caravelas
A vagar na vastidão de águas turvas, paralisadas,
Buscam o brilho das quimeras
E,
Dentre sonhos, devaneios e fantasias,
Ancoram em abismos prenhes de lirismo...

Marilândia