COSTURANDO POESIA

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“No embalo de sussurros e gemidos...” Jô Tauil Ora trazendo a paz, A angústia ora trazendo, Sob um clima de flama Ou sob um sol nevado... Destarte, No mais completo abandono, Longe do mundo atroz, Longe da turba im_pura, Eflúvios dormentes, perfumados, Derramando frouxo encantamento Mergulham pelo in_finito Espaço Dourando-nos lembranças das quimeras ausentes... Marilândia

COSTURANDO POESIA

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“Somos antagonistas a manejar proas redondas...” Jô Tauil Vislumbrando O sol que tomba, aureolando o mar... Quem nos dera nessa hora da vida Tomar todas as estradas Todas, aquém e além-mar, Num emaranhado de ilusões Em horas escassas e furtivas Como sombras escuras do sono... Outrossim, Tais (des)venturas envolvidas numa aura poética Movem-se desdenhosamente, Em meio a um turbilhão de emoções... Marilândia

CERTIFICADO 2023

CERTIFICADO 2023

ARQUITETA DE FANTASIAS

GRUPO ALIPE – ACADEMIA LITERÁRIA INTERNACIONAL POETAS & ESCRITORES Tema: “SAUDADES” Autora: Marilândia Marques Rollo Data; 28/01/2023 A convite da ilustre poetisa/amiga Terezinha Costa ARQUITETA DE FANTASIAS Na lira dos versos meus Divinas claridades Que na Amplidão cintilam... Rasgando céus e terras, Inspiram-me a lua das saudades,... E atravesso o In_finito com meus passos bêbados... Vislumbrando quimeras dentre sonhos transparentes, Relembro dores, lutos, convulsões, venenos... Então, “Co’a estrelas do céu” Tropeço na Esfera como se ouvisse música E agonizo no meio do precipício, náufraga, Enquanto morro na contramão, Beijando as lembranças da solidão... Marilândia Marques Rollo

COSTURANDO POESIA

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“No logro de tão amorosas porfias...” Jô Tauil Carrego comigo tragédias d'alma, Burburinhos do coração... In_finitos anseios choram perdidos, Entrelaçados às mágoas dos poemas meus... Lacrimosos versos nos beirados Agonizam palpitantes... Lúgubres arrepios, Desoladas sensações ao lado meu perambulam E, No acaso dos caminhos, pouco a pouco, revivo cansaços das vigílias... Marilândia

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COSTURANDO POESIA

“E o ser humano, frágil, finge ser um forte!” Jô Tauil Eis que Ao falar à alma que na angústia o consome, Dobra em seu coração o sino da saudade, Porquanto A'lma também chora. Ora chora de tristeza, ora chora de alegrias.... Às vezes, pensativa, Segredos de outrora refletindo fantasias, Grita versos d'agonia, Bem como, Em noites solitárias silencia gemidos, Vagueia dentre sombras suplicantes... E, Na demência d'ardentes risos Semeia mistérios, Enleia-se em desgrenhados precipícios Quais endoidecidos tormentos Perdidos nas invernosas madrugadas... Marilândia

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“Murmuradas ou mesmo esbravejadas...” Jô Tauil SÚPLICAS DA NATUREZA Talvez, Em excelso abandono Emigrado De regiões d'outrora, Carregando para os longes Devaneios peregrinos Assim como As dilacerações Dos sonhos ambulantes... Tudo isso, Através do luar Das meias-noites, Num mundo estranho De esplendor sidéreo... Então, Adeus, caminhos risonhos, Mundos de quimeras, De amores vãos, Tantálicos,doentios Por onde As ânsias e os desejos Vão ascendendo... Marilândia

COSTURANDO POESIA

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“Num risco de rotas e de rimas...” Jô Tauil ___________________________ Quantos silêncios! Quantas sombras várias! Suspiros de martírio, de ansiedade... Uma tristeza mórbida Em que eu, muda, fico nela meditando, Num misto de saudade e de tortura... Assim, Compungida, absorta, Tenho a crença dolorosa De quanto a vida é velha E como cansa! Dessarte, Nesses mistérios taciturnos O coração flameja a cada instante, Sem ninguém, ninguém que me responda Essas desesperadas interrogações Que gemem plangentes nessas compulsões soluçantes! Marilândia

COSTURANDO POESIA

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“Calarei-me para sempre...” Jô Tauil ____________________________ A cismar num amor primeiro Nessa hora da vida, Pois que Dobra em meu coração o sino da saudade… Durmo os meus sonhos, durmo, Jornadeando em fantasias, Que tanto e tanto me faz penar... E, Meus olhos dormentes de fadiga Talvez espelhem o e_terno silêncio dos Espaços! Marilândia

CERTIFICADO 2023

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CERTIFICADO 2023

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COSTURANDO POESIA

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EVENTO COR MAGENTA

GRUPO PASSARELA LITERÁRIA 9º CAFÉ NA PASSARELA TEMA: “A ENERGIA DA COR MAGENTA” A convite das amigas/poetisas Terezinha Costa e Sil Landarim Autora: Marilândia Marques Rollo Data 21/01/2023 ENERGIA CÓSMICA Eternizando a paixão, Fecundada a cálidas centelhas Numa perpetuação do êxtase... Dessarte, Suspirantes melodias Através do luar das meias-noites, Revividas em contorções convulsivas, Dentre ocasos da Paixão, Lembrando a florescência dos amores Que ondulam no ridículo das vidas, Nas noites soturnas, Nos românticos enleios... Tudo isso No fulgor das ardentias vagas, Perpetuadas pelas forças da Natureza, A cor MAGENTA Símbolo do mundo metafísico, Cor da energia cósmica E da inspiração espiritual, Posto que Sob véus de mistérios, Num deslumbramento de luxúria e gozo! Outrossim, Nos faustos dos crepúsculos, Horas em que o astro-rei Despoja-se de seus ouros, Vestindo-se de seus rubros, Marulham, em silêncio, Moribundos segredos Carregando tons de MAGENTA!!! Marilândia

APAIXONANTES EFLÚVIOS

GRUPO VICARIA AMOR E POESIA Evento: Sarau Data: 20 de janeiro de 2023 Tema: “ A HISTÓRIA DE UM AMOR” Autora: Marilândia Marques Rollo A convite das ilustres poetisas/amigas Miriam Bilhó e Edna Lago APAIXONANTES EFLÚVIOS História de mais ninguém somente nossa _ minha e de você também! Um passado de luzes acena no horizonte Tais ambulantes sombras a orgia buscando... Traços da saudade ao infinito atados _ Coadjuvantes da paixão nos outroras tecidos..._ E, Dentre tão latentes enredos, Ardentes beijos carregando largos eflúvios... Marilândia

COSTURANDO POESIA

CERTIFICADO 2023

CERTIFICADO 2023

COSTURANDO POESIA

“Pois sei que um dia ela me devolverá o que levou...” Jô Tauil _______________________________ Desencadeando Sereno desafio Na fruição do sentimento... Entretanto, No enleio dos sutis momentos, Inflama-se da luz vinda do céu turvado E , Na insolência da Natureza, O sol lacerando o peito, Avivando as entranhas Numa suprema agonia, O destino flui, amargo e soluçante! Marilândia

COSTURANDO POESIA (SONETO)

AMIGA// ILUSÓRIA (POEMA DE FLRBELA ESPANCA DUETADO POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO

AMIGA// ILUSÓRIA Deixa-me ser a tua amiga, Amor;// Um instante sequer, um só momento... A tua amiga só, já que não queres// Um sentimento que não é da Terra... Que pelo teu amor seja a melhor// Nessa vertigem, sem qualquer ressentimento! A mais triste de todas as mulheres.// Des_encantada, como quem enterra! Que só, de ti, me venha mágoa e dor// Eis que voltam nas asas do vento! O que me importa a mim?! O que quiseres// Em todo o mistério, todo, dum convento ... É sempre um sonho bom! Seja o que for,// Como os ais que a alma chora! Bendito sejas tu por mo dizeres!// Tamanho o sigilo que me assenhora! Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...// Em frívola cegueira dum clarão sonoro... Como se os dois nascêssemos irmãos,// Fecundados nas memórias que adoro... Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...// No aconchego de lívida morada! Beija-mas bem!... Que fantasia louca// Pois julguei e_terna à luz duma alvorada! Guardar assim, fechados, nestas mãos// Onde indômitos sentimentos gritam... Os beijos que sonhei pra minha boca!...// Dentre pecadoras chamas que levitam! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

CARD DE MEU ANIVERSÁRIO

Marilândia Marques Rollo em dueto com poema de Florbela Espanca O MEU ORGULHO// NATIMORTO

Marilândia Marques Rollo em dueto com poema de Florbela Espanca O MEU ORGULHO// NATIMORTO Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera// Porquanto exausta de fadiga e sonhos, Não me lembrar! Em tardes dolorosas// Ó águas falantes! ó rios andantes! Lembro-me que fui a Primavera// Numa visão de sonambulismos enfandonhos Que em muros velhos faz nascer as rosas!// Tudo arrastando, quais emoções viandantes! As minhas mãos outrora carinhosas// Dentre brumas encantadas agora choram... Pairavam como pombas... Quem soubera// Aterradoramente in_definidas, in_quietas... Porque tudo passou e foi quimera,// Quais formosuras que nunca mais afloram E porque os muros velhos não dão rosas!// Eis que só cultivam sensações discretas! O que eu mais amo é que mais me esquece...// Pois tudo passa neste mundo transitório! E eu sonho: "Quem olvida não merece...// Nem mesmo sentimento aleatório... "E já não fico tão abandonada!// Faróis de augúrios para mim cantam! Sinto que valho mais, mais pobrezinha:// Subo e não me canso, subo sempre, austera! Que também é orgulho ser sozinha,// Embora em amarga solidão que prospera... E também é nobreza não ter nada!// Quiçá volteando dentre amplidões as quais despontam! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo 40 min Ver tradução

CERTIFICADO 2023

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DUETADO POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO POEMA DE FLORBELA ESPANCA DOCE CERTEZA// EM PLENITUDE

DUETADO POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO POEMA DE FLORBELA ESPANCA DOCE CERTEZA// EM PLENITUDE Por essa vida fora hás-de adorar// Sacramentado em versos líricos e plenos Lindas mulheres, talvez; em ânsia louca,// E e_ternamente na suprema Altura! Em infinito anseio hás de beijar// Aquelas que vagam nos mundos visionários e serenos Estrelas d´ouro fulgindo em muita boca!// Com estranho brilho, semelhante a uma escultura! Hás de guardar em cofre perfumado// Recheado de sutis essências raras... Cabelos d´ouro e risos de mulher,// Iluminando essas profanas vastidões desertas, Muito beijo d´amor apaixonado;// A vestir febrilmente ilusões in_certas E não te lembrarás de mim sequer...// Pois dormes contrita dentre ondulantes searas! Hás de tecer uns sonhos delicados...// Em convulsões sob um único gemido Hão de por muitos olhos magoados,// Melindrosos, compungidos e absortos Os teus olhos de luz andar imersos!...// Quais fantasmas em agonia, semimortos! Mas nunca encontrarás p´la vida fora,// Eis que nos caminhos dorme um farol estarrecido... Amor assim como este amor que chora// E que Já nem sei se é sonho ou demência... Neste beijo d´amor que são meus versos!...// Talvez esquecidos numa sinistra resiliência! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

POEMA DE FLORBELA ESPANCA DUETADO POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO

POEMA DE FLORBELA ESPANCA DUETADO POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO ÁRVORES DO ALENTEJO// SEDENTAS Horas mortas... Curvada aos pés do Monte// Sanguinolentas... Hão de ascender, além das eternidades! A planície é um brasido... e, torturadas,// Revestem as longas árvores sombrias As árvores sangrentas, revoltadas,// Clamam em des_silusões espúrias, Gritam a Deus a bênção duma fonte!// Muito além das religiosidades! E quando, manhã alta, o sol posponte// De castas margaridas engrinaldado A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,// Parece Sonho estrelado cintilando Esfíngicas, recortam desgrenhadas// Quais soluçantes quebrantos estrilando Os trágicos perfis no horizonte!// Sob esplendor perfeito desfraldado! Árvores! Corações, almas que choram,// Em tristes e mórbidos devaneios Almas iguais à minha, almas que imploram// Dentre movimentos vitais da Natureza Em vão remédio para tanta mágoa!// Perante in_diferentes anseios! Árvores! Não choreis! Olhai e vede:-// A celestial e pura nobreza! Também ando a gritar, morta de sede,// Num desolado sentimento acerbo Pedindo a Deus a minha gota de água!// Inda que num alucinado clamor soberbo! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo Florbela Espanca

DUETADO POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO POEMA DE FLORBELA ESPANCA “IMPOSSÍVEL// PROSTRAÇÃO

DUETADO POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO POEMA DE FLORBELA ESPANCA “IMPOSSÍVEL// PROSTRAÇÃO Disseram-me hoje, assim, ao ver-me triste:// Abranda o mal que n’alma lavras “Parece Sexta-Feira de Paixão.// Ao abrigo de sombras secretas Sempre a cismar, cismar de olhos no chão,// Em suas horas prediletas... Sempre a pensar na dor que não existe ...// Eis que nunca precisou de palavras! O que é que tem?! Tão nova e sempre triste!// Nos fios do tempo a vergar lentamente... Faça por estar contente! Pois então?!... // Algo em ti re_acende a euforia... ”Quando se sofre, o que se diz é vão ...// Pois tombam lágrimas furtivas,esporadicamente... Meu coração, tudo, calado, ouviste ...// Embora sepulto numa alegoria! Os meus males ninguém mos adivinha ...// Nas entranhas encarcerados... A minha Dor não fala, anda sozinha ...// Apenas uma e_terna viandante... Dissesse ela o que sente! Ai quem me dera! ...// Se fosse misto de tormenta in_constante! Os males de Anto toda a gente os sabe!// São suplícios famigerados... Os meus ... ninguém ... A minha Dor não cabe// Ao oceano se larga, ao léu das ondas Nos cem milhões de versos que eu fizera! ...// Sob as solenidades de minhas rondas! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo HÁ 19 SEGUNDOS

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VERSOS DE FLORBELA ESPANCA DUETADOS POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO SEM COR// E SEM NOME!

VERSOS DE FLORBELA ESPANCA DUETADOS POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO SEM COR// E SEM NOME! “Teus olhos têm uma cor// In_verossímel preciosidade! De uma expressão tão divina,// A tudo e a todos iluminando! Tão misteriosa e triste.// Olhar de infância perdido, Como foi a minha sina!!!// Nessa viagem endoidecido!!! É uma expressão de saudade// Expressão oculta, silenciosa, Vagando num mar incerto.// Proliferando nas sombras... Parecem negros de longe...// Quais céus de trovoadas Parecem azuis de perto...// A cair da Abóboda como um orvalho! Mas nem negros nem azuis// Olhos de tardes de novenas São teus olhos meu amor...// Por entre os sons que os coroam! Seriam da cor da mágoa,// Livres, a penetrar nos tons que selam... Se a mágoa tivesse cor.”// Ou, talvez, uma luz i_mortal e transcendente! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

COSTURANDO POESIA

“Um raro enlevo espiritual que me invade!” Jô Tauil Seja bendito esse contágio Ei-lo que chega do Amor extremo! Há de subir transfigurado e lento, Porquanto No tempo e tanto, Tanto imenso afeto Envolve-se nas neblinas solitárias Carregadas de purpúreas esperanças No radioso luar da saudade imensa... Marilândia

POEMA DE FLORBELA ESPANCA EM DUETO COM MARILÂNDIA MARQUES ROLLO ÓDIO?// PROCLAMADO?

POEMA DE FLORBELA ESPANCA EM DUETO COM MARILÂNDIA MARQUES ROLLO ÓDIO?// PROCLAMADO? Ódio por Ele? Não... Se o amei tanto,// Nas tarde de sonho onde a poesia escorria Se tanto bem lhe quis no meu passado,// Lá onde em perfumes o luar se evolava Se o encontrei depois de o ter sonhado,// Qual bendita, casta alforria.... Se à vida assim roubei todo o encanto,// Brotado em haste purpúrea que aureolava Que importa se mentiu? E se hoje o pranto// A viver em lembrança amordaçada Turva o meu triste olhar, marmorizado,// Como a alma, de martírio despedaçada... Olhar de monja, trágico, gelado// Que vai pelos ares, noctâmbulo, pairando... Com um soturno e enorme Campo Santo!// Em derredor das campinas vislumbrando! Nunca mais o amar já é bastante!// Eis que embalsamado na lealdade Quero senti-lo doutra, bem distante,// Dentre, talvez em vertigens vivas Como se fora meu, calma e serena!// Sonhando sob constelações persuasivas... Ódio seria em mim saudade infinda,// Ardendo em clarões de cóleras... Mágoa de o ter perdido, amor ainda!// Abrigado nas dóceis quimeras! Ódio por Ele? Não... não vale a pena...// Livra-me dessa crueldade! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

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card da Jô

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DUETO DE MARILÂNDIA MARQUES ROLLO EM VERSOS DE FLORBELA ESPANCA FUMO// IMAGINÁRIO

DUETO DE MARILÂNDIA MARQUES ROLLO EM VERSOS DE FLORBELA ESPANCA FUMO// IMAGINÁRIO Longe de ti são ermos os caminhos// Tantos e tão tristonhos! Longe de ti não há luar nem rosas// Pelos quais tantas almas endoidecem... Longe de ti há noites silenciosas// Bem como tempos bisonhos... Há dias sem calor, beirais sem ninhos// Enquanto tantas ilusões padecem! Meus olhos são dois velhos pobrezinhos// A peregrinar pelos longes, muito longe... Perdidos pelas noites invernosas// Em frementes , desvairados sorvedouros... Abertos sonham mãos cariciosas// Inflamadas dentre rudes fervedouros... Tuas mãos doces, plenas de carinho// Exalando esquivos sonhos dum monge! Os dias são outonos: choram, choram// Errantes, errantes ao turbilhão dos ventos Há crisântemos roxos que descoram// A deixar sutis, des_coloridos fragmentos Há murmúrios dolentes de segredo// No tremular de frases inauditas... Invoco o nosso sonho, entendo os braços// Na velada dolência das sonatas E é ele oh meu amor, pelos espaços// Para me consolar em silêncios graves Fumo leve que foge entre os meus dedos.// Condensando-se nos augustos conclaves! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

POEMA DE FLORBELA ESPANCA DUETADO POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO MISTÉRIO// IN_SONDÁVEL

POEMA DE FLORBELA ESPANCA DUETADO POR MARILÂNDIA MARQUES ROLLO MISTÉRIO// IN_SONDÁVEL Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,// Onde a Natureza virginal palpita Dizendo coisas que ninguém entende!// A chorar mistérios tenebrosos! Da tua cantilena se desprende// Frívola cegueira que comove e crepita... Um sonho de magia e de pecados.// Vindo da Amplidão austera com des_enganos assombrosos! Dos teus pálidos dedos delicados// Sublimes grandezas medravam, unidas e singulares... Uma alada canção palpita e ascende,// Caminhando à real conquista Frases que a nossa boca não aprende,// Entre si tão opostas, tão diversas, porém exemplares... Murmúrios por caminhos desolados.// Flutuam nesse Universo futurista! Pelo meu rosto branco, sempre frio,// Num torvo aspecto doentio Fazes passar o lúgubre arrepio// De sofrimento quase que boêmio Das sensações estranhas, dolorosas…// Que exóticas e nuas, vêm surgindo... Talvez um dia entenda o teu mistério…// Pouco a pouco, espargindo! Quando, inerte, na paz do cemitério,// Diante das trevas que a Natureza encerra O meu corpo matar a fome às rosas!// Mas que a própria luz descerra! Florbela Espanca// Marilândia

DUETO DE MARILÂNDIA EM VERSOS DE FLORBELA ESPANCA SONHANDO//ACORDADA

DUETO DE MARILÂNDIA EM VERSOS DE FLORBELA ESPANCA SONHANDO//ACORDADA É noite pura e linda. Abro a minha janela// Que através de rotas ilusões trazem delícias celestiais... E olho suspirando o infinito céu,// Nimbado de estreladas magias Fico a sonhar de leve em muita coisa bela// Das longínquas plagas espaciais Fico a pensar em ti e neste amor que é teu!// Inda que nada mais sejam meras utopias! D’olhos fechados sonho. A noite é uma elegia// Bem supremo de esquecer o mundo... Cantando brandamente um sonho todo d’alma// Em sentimentos indômitos que flamejam... E enquanto a lua branca o linho bom desfia// Sob vãs dilacerações de um sonho profundo, Eu sinto almas passar na noite linda e calma.// Dentre espiritualizantes formosuras que lacrimejam! Lá vem a tua agora… Numa carreira louca// Cobrindo vastidões que fosforescem... Tão perto que passou, tão perto à minha boca// Ao abrir asas brancas de clemência... Nessa carreira doida, estranha e caprichosa// Embora disfarçada por indulgência! Que a minh’alma cativa estremece, esvoaça// Entre ramagens que guarnecem... Para seguir a tua, como a folha de rosa// Para se ascender ao espaço ondulante... Segue a brisa que a beija… e a tua alma passa!…// Embrenhando-se numa aventura recalcitrante! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo HÁ 14 SEGUNDOS

COSTURANDO POESIA

“Com tantas carências... tanta infelicidade!” Jô Tauil Na íntima melancolia De meus entusiasmos passados Sepultadas hoje, Nos lutos da alma, Indago: _Onde a vida me perdeu? Versos meios ditos, Meios nos olhos transcritos, Voaram todos perdidos Dispersos, rotos no Espaço! Assim, Não estou nesse mundo Para viver expectativas... Afinal, Imprevistos acontecem... Radiosos momentos vêm por si mesmos! Quero apenas que os dias passem E, Com eles, a Vida! Marilândia

OS VERSOS QUE TE FIZ// SOMENTE NA IMAGINAÇÃO

DUETO DE MARILÂNDIA COM VERSOS DE FLORBELA ESPANCA OS VERSOS QUE TE FIZ// SOMENTE NA IMAGINAÇÃO Deixa dizer-te os lindos versos raros// Sob esse lindo e radioso entardecer Que a minha boca tem para te dizer!// À viva e augusta luz do Amor... São talhados em mármore de Paros// Sempre a imitar o sacrossanto resplandecer Cinzelados por mim para te oferecer// Ao aflorar iluminado, celestial primor! Têm dolência de veludos caros,// Suavidade de sidéreas tapeçarias São como sedas pálidas a arder...// Com aromas de flores e mistérios... Deixa dizer-te os lindos versos raros// Plenos de suspiros e augúrios Que foram feitos pra te endoidecer!// Dentre vaporosas e incisivas feitiçarias! Mas,meu Amor,eu não tos digo ainda.// São carícias do supremo afeto... Que a boca da mulher é sempre linda// Cheirando a perfume de jasmim Se dentro guarda um verso que não diz// Num segredo albergado assim! Amo-te tanto!E nunca te beijei...// Arrasto apenas a paixão dum irrequieto E nesse beijo,Amor,que eu não dei// E que nunca mais florescerá, Guardo os versos mais lindos que te fiz!// Pois somente a mim engrandecerá! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

COSTURANDO POESIA

O NOSSO MUNDO// VASTO MUNDO

Marilândia duetando versos de Florbela Espanca O NOSSO MUNDO// VASTO MUNDO Eu bebo a Vida, a Vida, a longos tragos// N’alma a infundir suspirantes langores Como um divino vinho de Falerno// Revelando volúpias e desejos convulsivos, Poisando em ti o meu olhar eterno// Emitindo brilhos sutis e ostensivos Como poisam as folhas sobre os lagos…// A encantar ditosos espectadores... Os meus sonhos agora são mais vagos// In_dolentes, frágeis, suspirantes O teu olhar em mim, hoje é mais terno…// Espalha-se como adeuses carinhosos... E a Vida já não é o rubro inferno// Eis que desmaiada em névoas sussurrantes... Todo fantasmas tristes e presságios!// Tais caprichos supersticiosos! A Vida, meu amor, quero vivê-la!//Inda que em véus de mistérios Na mesma taça erguida em tuas mãos,// Com as graças florais, esplendorosas, Bocas unidas hemos de bebê-la!// Em laivos de paixões fervorosas! Que importa o mundo e as ilusões defuntas?…// Aquebrantados por adultérios... Que importa o mundo e seus orgulhos vãos?…// Vagos e tristonhos flutuando... O mundo, Amor!… As nossas bocas juntas!…// Bizarros, luxuriosos amores perpetuando! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

NOCTURNO// RADIOSO CLARÃO

Marilândia em dueto com versos de Florbela Espanca NOCTURNO// RADIOSO CLARÃO Amor! Anda o luar, todo bondade,// In_dolente amante Beijando a Terra, a desfazer-se em luz…// Qual líquido céu Amor! São os pés brancos de Jesus// A brilhar sob fogaréu... Que anda pisando as ruas da cidade!// Ao vento matinal e vacilante! E eu ponho-me a pensar… Quanta saudade// Como se chorasse à triste Natureza Das ilusões e risos que em ti pus!// Num mundo que se entorpece! Traças em mim os braços duma cruz,// Em cenário onde se espelha a sutileza, Neles pregaste a minha mocidade!// Carregando um sonho que resplandece! Minh’alma que eu te dei, cheia de mágoas,// Em plenilúnios se evapora É nesta noite o nenúfar de um lago// Dentre harmonias dos Estradivários, Estendendo as asas brancas sobre as águas!// E nas entranhas de outrora! Poisa as mãos nos meus olhos, com carinho,// Suplicando aos rosários Fecha-os num beijo dolorido e vago…// No desespero do Viver batido... E deixa-me chorar devagarinho…//Através de caminho pervertido! Florbela Espanca // Marilândia Marques Rollo

CERTIFICADO ALIPE 2023

Marilândia em dueto com poema de Florbela Espanca SEM REMÉDIO// RUDEZA

Marilândia em dueto com poema de Florbela Espanca SEM REMÉDIO// RUDEZA Aqueles que me têm muito amor// Cercam-me e iluminam essa rudeza! Não sabem o que sinto e o que sou ...// Mesmo as afrontas mais cruéis esquecem Não sabem que passou, um dia, a Dor// Esmagando os sentimentos com crueza À minha porta e, nesse dia, entrou.// Em perfis sanguíneos que escarnecem ... E é desde então que eu sinto este pavor,// Onde e quando acharei o meu sossego, Este frio que anda em mim, e que gelou// Pois esse cansaço peregrina nas entranhas O que de bom me deu Nosso Senhor!// Transfigurando tormentosas artimanhas, Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!// Errando somente por caminhos de desassossego... Sinto os passos da Dor, essa cadência// Misto de esfinge triste, melancólica... Que é já tortura infinda, que é demência!// Brilhando, maquiavélica! Que é já vontade doida de gritar!// Ao sentir o amargor do desejo perdido! E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,// Difundido entre sombras in_dolentes, A mesma angústia funda, sem remédio,// Tais exaustões insolentes, Andando atrás de mim, sem me largar!// Sob sofrimento subentendido! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

DUETO DE MARILÂNDIA EM VERSOS DE FLORBELA ESPANCA

O MEU ORGULHO// GRANDEZA OCULTA Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera// Tanto e tão profundo, alguma voz escuto! Não me lembrar! Em tardes dolorosas// Melancolias e melancolias – sensações sombrias! Lembro-me que fui a Primavera// Esquecida num vale de avarias... Que em muros velhos faz nascer as rosas!// De um desafortunado coração de luto! As minhas mãos outrora carinhosas// Hoje vagam em mundos visionários Pairavam como pombas... Quem soubera// Esquecidas em mistérios taciturnos Porque tudo passou e foi quimera,// Dentre suplicantes cenários E porque os muros velhos não dão rosas!// Sentindo a febre em sentimentos noturnos! O que eu mais amo é que mais me esquece...// Embora alma flameje a cada instante E eu sonho: "Quem olvida não merece...// Ó alma silenciosa, cativante... "E já não fico tão abandonada!// Ao abrir as áureas portas dos sacrários! Sinto que valho mais, mais pobrezinha:// Iluminada por sagrados corolários Que também é orgulho ser sozinha,// Onde a fé dos meus sonhos se condensa E também é nobreza não ter nada!// Meditando em serena re_compensa! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

FASCÍNIOS DE VERÃO

FASCÍNIOS DE VERÃO Num singular tempo de glória única e de fantasias Nos longes, muito longes,na embriaguez de heresias E Em grandes céus de divinais bem-aventuranças, Revolvendo meus sonhos de Sol, A esquadrinhar as ondas das amplidões, Em sentimentos de grandeza oculta, Onde alvoram felicidades castas, Almas em que florescem amor eterno Sob indômitos sentimentos, Reverenciam histórias de amor Eclodidas nos fascínios de Verão... Marilândia Marques Rollo

COSTURANDO POESIA

“Me devolves a pureza, em ondas leves...” Jô Tauil _________________________________ Lançando ao uni_verso o desafio afrontoso, Aguçado e, qual um jogral que delira! Outrossim, Todas as fibras de nossos corpos arfantes Têm no presente o passado restaurado... Dessarte, Em pensamento nosso amor se aviva, Amarrando-nos os a_braços numa trilha venturosa! Marilândia

DUETO COM VERSOS DE FLORBELA ESPANCA

Marilândia Marques Rollo em dueto com poema de Florbela Espanca TORTURA// DEVASTADORA Tirar dentro do peito a Emoção,// Que doce tristeza e que ternura! A lúcida Verdade, o Sentimento!// Que minh’alma trêmula enlaça - E ser, depois de vir do coração,//- Qual céu em sutilezas de candura... Um punhado de cinza esparso ao vento!...// Eis que nos seus vagos espasmos entrelaça! Sonhar um verso de alto pensamento,// Dentre jorros cristalinos e virginais... E puro como um ritmo de oração!// Adoçado por inefável nostalgia - E ser, depois de vir do coração,// Fecundado em liras matinais O pó, o nada, o sonho dum momento!...// Sob profundezas de magia! São assim ocos, rudes, os meus versos:// Meus acariciantes consolos Rimas perdidas, vendavais dispersos,// Lembrando ermos desolados, Com que eu iludo os outros, com que minto!// Em misticismos, orações e símbolos! Quem me dera encontrar o verso puro,// Sonho que vai por trêmulos desejos O verso altivo e forte, estranho e duro,// Formatado em pudores imolados Que dissesse, a chorar, isto que sinto!!// Engrinaldado em tímidos adejos! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

DUETO DE MARILÂNDIA COM VERSOS DE FLORBELA

“NOSTALGIA”// PERVERSA MUDEZ “Nesse País de lenda, que me encanta,// Tartamudeando, me aproximo Ficaram meus brocados, que despi,// Nas faces carregando magoados tons E as joias que pelas aias reparti// A sopesar harmônicos e vívidos sons Como outras rosas de Rainha Santa!// Por entre auréolas de crocitar seríssimo... Tanta opala que eu tinha! Tanta, tanta!// Perdidas, perdidas no In_finito Foi por lá que as semeei e que as perdi...// Longe de tudo e de todos. Mostrem-me esse País onde eu nasci!// País sob clarão bendito! Mostrem-me o Reino de que eu sou Infanta!// Eis que vivo em sonhares forjados! O meu País de sonho e de ansiedade,// De supremo Encantamento, Não sei se esta quimera que me assombra// E que há de saciar toda esta sede É feita de mentira ou de verdade!// Numa divina irradiação do Pensamento! Quero voltar! Não sei por onde vim...// Quero encontrar a paz sidérea! Ah! Não ser mais que a sombra duma sombra// Numa generosa chama etérea Por entre tanta sombra igual a mim!// Embalando outra sombra em silenciosa rede! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

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DUETO DE MARILÂNDIA EM VERSOS DE FLORBELA

DUETO DE MARILÂNDIA EM VERSOS DE FLORBELA ESPANCA "AMAR"// PARA SEMPRE "Eu quero amar, amar perdidamente!// Sob delírios e segredos Amar só por amar: aqui… além…// Num profundo in_definido Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…// Dentre misteriosos rochedos Amar! Amar! E não amar ninguém!// Nesse mundo empedernido! Recordar? Esquecer? Indiferente!…// Lá numa trágica miséria... Prender ou desprender? É mal? É bem?// A velar a fé chorosa Quem disser que se pode amar alguém// Nessa sacrossanta matéria Durante a vida inteira é porque mente!// Em sutileza esplendorosa! Há uma primavera em cada vida:// Ó minh’alma, meu abrigo É preciso cantá-la assim florida,// Do seio da Terra murmurando Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!// Inda que num infernal jazigo! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada// Através de misteriosa transcedência Que seja a minha noite uma alvorada,// Diluída em rara indulgência... Que me saiba perder… pra me encontrar…"// Às serenas sombras interrogando... Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

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“E deixou esse gosto amargo em minha vida...” Jô Tauil Conquanto, Dentre brilhos das velas, Vagos e vários, Delicados espíritos de lendas Abraçam e esmagam Consteladas e azuis quimeras Entrelaçadas Aos cálices das ilusões Com emoções De quem medita e chora... Destarte, Monja da solidão, Augusta, espiritual, Leva para os longes Desejos errantes E as dilacerações dos sonhos ambulantes... Marilândia

COSTURANDO POESIA 2023

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