segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

COSTURANDO POESIA DIA 22

“Daquela linda e jovem mãe!” Jô Tauil -______________________ Entre os astros dilacerados de luz teu nome se desdobra em pétalas de fogo, Mãe que transcende a carne e o tempo, tuas mãos são rios de leite ancestral alimentando as bocas famintas dos séculos. Teu manto é tecido com a violência do azul, costurado com fios de tempestade e silêncio, enquanto teus olhos atravessam as idades como relâmpagos de misericórdia infinita rasgando a escuridão dos nossos medos. Em teu ventre, o impossível se fez carne, e as estrelas dançaram uma dança louca de júbilo e espanto, quando o divino escolheu tua humildade como morada, transformando teu sangue em vinho celestial. Agora teu corpo é uma catedral de luz, cada veia um vitral por onde escorre a graça incandescente que nos redime, e tua voz é um cântico que despedaça as correntes do tempo e da morte. Mãe santíssima, teu amor é um fogo que devora nossas dores como palha seca, e de tuas lágrimas nascem constelações que iluminam os caminhos perdidos dos que vagam nas trevas do mundo. Em teu nome, as rosas sangram perfume, e os anjos reescrevem a geometria do céu, enquanto tua santidade transborda como um rio de mel e ouro líquido, inundando os desertos de nossas almas. És a porta onde o sagrado e o humano se encontram em uma dança vertiginosa, és o espelho onde Deus contempla sua própria misericórdia refletida no mistério profundo de ser mãe. Marilândia

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