domingo, 30 de setembro de 2018

VÃOS PENSAMENTOS




VÃOS PENSAMENTOS
(Marilândia e Miguel Eduardo em dueto)

Nas alvejadas areias debruçada, / porque sempre ao longe estão
Pensamentos ao léu, / rastros a dominar a própria sorte,
A tristeza do choro do mar vislumbro / o que nunca foi
Em brandas noites de luar... / Busca do próprio ser!

Vejo-o a chorar sozinho / na amenidade do seu contexto
E ponho-me com ele a chorar... / Sombra que já foi cor!

Marilândia e Miguel

VENTUROSO DESPERTAR




VENTUROSO DESPERTAR
Soterrada viva
A minha consciência,
“Às vezes me pinto coisas
De que nem há mais lembranças...”

Porém,
Inusitadamente,
Tudo em mim ressuscita
Segredos recônditos abrindo,
Num tenro coração 
Que vem sorrindo,
E
Despertando em mim 
A mocidade flórea,
Embalada apenas, 

Pelas des_pretensiosas Venturas...
Marilândia

COSTURANDO POESIA



COSTURANDO POESIA



sábado, 29 de setembro de 2018

MOTE 154




MOTE 154
“A REDOMA DE VIDRO"
Sylvia Plath
__________________

CLARÕES ETERNAIS
Lembranças doutras eras
Encapsuladas numa prisão vítrea
Suplicam em soluços cortados,
O renascimento da visão
__________ De clarões eternais...

Marilândia

ESBOÇO DE MIM




ESBOÇO DE MIM
Matizando em níveas telas
Sentimentos que angustiam,
“No retrato que me faço
Coisas que não existem”
Sangram as chagas,
Choram rubras dores
Pelo mundo afora...

E,
No silêncio das horas mortas,
Pedaços de mim
Peregrinam melancolicamente, 
Dentre nuances dos versos meus...

Marilândia

ARREBATADORAS VISÕES




ARREBATADORAS VISÕES

Nesse ambiente de amor
Onde dormes teu sono,
Sentes sede intensa
E intensa febre, tanto,
Quais
Chamas dos enlouquecidos entusiasmos
Atados
Por hirsutos arrebatamentos,
Inflando
As velas dos supremos sonhos,
Enquanto tudo em derredor tremeluz...


Marilândia

AUTORRETRATO




MEU EU
“..._traço a traço_
ÀS vezes me pinto nuvem”,
E em vão alongo os vacilantes passos
À procura febril dos beijos teus...

Então,
Numa sonhada, 
Celestial ventura 
Dos teus braços,
Ascendo a excelsa Transcendência
Do céu sempre estrelado e diamantino
Na volúpia do desejo que me transporta...

Marilândia


sexta-feira, 28 de setembro de 2018

MULTIPLIX



TRIPLIX



ORVALHADA ANGÚSTIA





ORVALHADA ANGÚSTIA


Ao dormir seu sono
Em campa sem perfume,
Quanta tristeza!

Porém,
Mais tarde,
Quando antigas
Se fizerem as flores
Banhadas
Do estéril orvalho
Da minha angústia,
Chegarão im_pressentidos,
Silenciosos pedidos de perdão...

Marilândia

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

MOTE 154



MOTE 154
“A REDOMA DE VIDRO”
Sylvia Plath
_____________

SOMBRIAS (DES)VENTURAS

 Emaranhado de emoções
Dentre redoma cristalina,
 Em horas escassas e furtivas
Tais sombras escuras do sono...

Sob a cadência presunçosa do coração,
(Des)venturas envoltas numa aura poética
__nuances de frustração_
Movendo-se pacatamente
Em meio a um turbilhão de tristezas...

Marilândia




POEMINI



POEMINI
Segredos do luar
Noite feiticeira...

Marilândia

DIVAGAÇÕES



DIVAGAÇÕES
Em lilases da saudade perco-me...
Jazem na minh'alma em desalinho,
Desfolhadas pétalas d'amargura...


Quero sorrir _ tremem-me os lábios_ cala-me o coração...
Enigmáticas, bailam-me lembranças _ misteriosas quimeras_
Ululantes versos na minha boca exangue afloram _ pedaços de poemas que nunca escrevi_...

Estrofes esfumaçadas no Tempo _ roucas palavras nas emurchecidas áleas do destino..._

Marilândia 

SECRETA PAIXÃO



SECRETA PAIXÃO

Sinto os segredos do teu corpo amado
Na mesma rede de carinhos e dores...
E para que ao mundo proclame
Esse mistério estranho,
“Uma letra somente
Para acabar teu nome”,
Eis que
Na minha consciência,
Sob intensas quimeras do Desejo,
Um cartaz em luzente florir,
Dentre frêmitos e enleios,
Cintila o raro, singular segredo...


Marilândia

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

MOTE 154





MOTE 154
"A REDOMA DE VIDRO"
Romance de Sylvia Plath
_______________


FLUIDEZ DA VIDA

Num retrato cru e poético
In_dolentes devaneios,
Espelhando a fluidez da vida...

Marcas profundas
Perdidas em pensamentos
 Tão profundos quanto!

No seu singular silêncio
Dentro de redoma de vidro,
Vazia , imóvel, taciturna
Quais lúgubres sombras,
Manhãs se dissipam em sonolência
De rosas que se encerram,
Quando o jardim se enrijece
E fragrâncias sangram...

Marilândia


SONHANDO...



SONHANDO...


“Ponho-me a escrever teu nome”
Num misto de saudade 
E de tortura,
Sob tédio de ansiedades
_atormentada agitação..._

“Desgraçadamente falta uma letra”,
Rasgando-me a alma
Que nas sombras treme,

Enquanto
Sonhos abismados no mistério
Num concerto de lágrimas sonoras
Dentre febril desolamento dos in_quietos...

Marilândia







ALDRAVIA




ALDRAVIA

Tantos
Entretantos...
Abismos
Entre 
Nós 
Dois!

Marilândia


DES_ILUSÃO




(DES) ILUSÃO

Horrores amargos
“ Debruçados” 
Nas entrelinhas do poema
Tornam a dor mais viva,
E tudo em mim
Emigra pros longes mais secretos
_Sacrários das Saudades_,
Pois “é proibido sonhar”,
Se os meus sonhos
Já não são os seus...

Marilândia

COSTURANDO POESIA



“Jamais há de me entender...”
Jô Tauil
_____________________

Pois,
A sombra rubra que me vai seguindo
Desabrocha ensaguentadas rosas
Radiantes de ilusionismos,
Sonorizando-me os caminhos,
Envolvendo-me 
Num manto im_penetrável, protetor...

Assim,
Cerca-me o mundo 
Nesses sutis e cândidos momentos
Em que minh’alma
Com tais sonhos, tantos,
Sob secretos estremecimentos,
Transfigura-se de emoção, sorrindo
Imaginando-se numa redoma in_visível...

Marilândia



PROMESSAS INSCULPIDAS




PROMESSAS INSCULPIDAS
Ao insculpir o fascínio das promessas
Sob a transparência das auroras,
Procurando travar a alma que foge,
Enquanto o sol rompe a nuvem
Numa embriaguez duplicada pelo desejo...

Marilândia

terça-feira, 25 de setembro de 2018

IN_VISÍVEL POEMA




IN_VISÍVEL POEMA

Pronta a amar, a ousar,
A morrer se preciso for...


Flor de melancolia,
Deixa
Que as cálidas brisas da noite
Embaladas pelas harpas
Dentre pálidos acordes,
Des_encantem teus trágicos segredos,
Arrebatando dos in_transigentes sonhos,
Luzentes pecados que vagam ao luar...

Marilândia

ALQUIMIA




ALQUIMIA


Tais são as convulsões dos derradeiros suspiros
Suspiros vivos, profundos, tão profundos
Que arrastam consigo toda a paixão do mundo...

Enquanto
Num fundo de tristeza e de agonia
Presas a um sonho celestial e vaporoso,
Relíquias i_mortais de eras sagradas
Choram no silêncio dos Silêncios...

E
Quem sabe , 
Pelos tempos esquecidas,
Sublimes, 
Supremas divindades febris dormem sonhando...

Marilândia

NADA SEI




NADA SEI

“Não sei
Se a vida é curta
Ou longa demais”,

Não sei
Se trilho o caminho certo
Ou errado...

Sei apenas,
Que não caminho sozinha...

Carrego comigo
Cada lembrança,
Cada vivência,
Cada aprendizado...

Sei também
Que ,
Vivendo dias iguais
De formas diferentes,
Me faz compreender
Que não sou a mesma de ontem,
Mas, mesmo assim,
Que tudo valeu a pena...



Marilândia