domingo, 31 de agosto de 2025

COSTURANDO DIA 31

“Soprou-me tristezas e dependurou-me sobre a vida…” Jô Tauil _______________________________ Como trapo ao vento, alma desvalida, Oscilando entre o chão e o céu profundo, Prisioneira deste amargo mundo. Deixou-me suspensa entre o ser e o nada, Com a alma ferida e despedaçada, Balançando ao sabor de ventos frios, Entre lágrimas e desafios. Que mãos cruéis me ergueram desta sorte? Que destino me legou tal morte Em vida, pendente como folha seca Que o outono arranca e depois resseca? Dependurada sobre abismos fundos, Vejo passar os dias errabundos, Sem poder tocar a terra firme, Sem poder do sofrimento eximir-me. Ó, como pesa esta existência vaga! Este viver que tanto me lasca, Esta tristeza que em mim habita E minha paz para sempre excita! Marilândia ;

OUTROS EVENTO DIA 20 POEMA E PROSA E VARIADOS TÍTULOS

Florescência” • “A Flor das Palavras” • “Nascimento” • “Desabrochar” Títulos Mais Elaborados: • “Do Grão à Flor” • “Jardim de Versos” • “A Semente do Verso” • “Flor de Tinta” • “O Despertar da Palavra” Títulos no Estilo Florbeliano: • “Êxtase da Criação” • “Alma em Flor” • “Primavera Interior” • “A Dor que Floresce” • “Metamorfose” Títulos Mais Poéticos: • “E a Palavra se Fez Flor” • “Do Silêncio ao Canto” • “Alvorada Literária” • “O Milagre do Verso” • “Ressurreição” A Flor das Palavras No silêncio da folha branca e fria, um sopro de alma, súbito, se acende, e a palavra, qual pétala que surpreende, ergue-se em lume de secreta harmonia. Das sombras da dor nasce a poesia, como rosa que à noite não se rende, e em cada verso, a vida se defende contra o abismo cruel da agonia. Ó flor do sonho, tímida e primeira, germinada no pranto da saudade, és chama, és sopro, és eterna bandeira! Teu cálice é feito de pura verdade, teu perfume, da paixão mensageira, teu brotar, da dor fez claridade. Escrevo-te, flor, como quem sangra, como quem perde e renasce outra vez, em cada estrofe que a noite me outorga. És rosa feita de mágoa e altivez, és chama do nada que nunca se apaga, és luz que se ergue no pó da nudez. Florescência Literária (em prosa poética) Hoje nasceu uma flor dentro de mim. Não a semeei — foi o próprio destino que a lançou ao acaso, entre o pranto e o silêncio da madrugada. No princípio, era apenas um leve arrepio na alma, um sopro que mal ousava tocar a página vazia. Mas aos poucos, a folha branca tornou-se jardim secreto, e a palavra, pétala em brasa, abriu-se em febre. Tão estranha é esta flor que não precisa de sol para viver: nutre-se de lágrimas, do luto das minhas noites, das cicatrizes que trago escondidas no peito. É uma rosa da solidão, que floresce mais bela quando a dor é maior. Escrevê-la é como sangrar devagar, e ao mesmo tempo renascer. Cada verso é um fragmento da minha alma que se desprende, cada imagem é uma cor que brota da sombra. E eu, feita de cansaços e de sonhos, sinto-me jardim e abismo, terra e chama, mortal e infinita. Oh, flor que me nasceu da tristeza! Perfumas-me a alma com a eternidade que nunca tive, com a esperança que tantas vezes perdi. És chama, és sopro, és bandeira erguida contra o nada. E no instante em que floresces, sinto que também eu floresço — mesmo que seja só por um breve instante de luz, antes que a noite me leve outra vez. O Poema Florescência Literária No silêncio da folha branca e fria, um sopro de alma, súbito, se acende, e a palavra, qual pétala que surpreende, ergue-se em lume de secreta harmonia. Das sombras da dor nasce a poesia, como rosa que à noite não se rende, e em cada verso, a vida se defende contra o abismo cruel da agonia. Ó flor do sonho, tímida e primeira, germinada no pranto da saudade, és chama, és sopro, és eterna bandeira! Teu cálice é feito de pura verdade, teu perfume, da paixão mensageira, teu brotar, da dor fez claridade. Escrevo-te, flor, como quem sangra, como quem perde e renasce outra vez, em cada estrofe que a noite me outorga. És rosa feita de mágoa e altivez, és chama do nada que nunca se apaga, és luz que se ergue no pó da nudez. II. O Diário Poético Hoje nasceu uma flor dentro de mim. Não a semeei — foi o próprio destino que a lançou ao acaso, entre o pranto e o silêncio da madrugada. No princípio, era apenas um leve arrepio na alma, um sopro que mal ousava tocar a página vazia. Mas aos poucos, a folha branca tornou-se jardim secreto, e a palavra, pétala em brasa, abriu-se em febre. Tão estranha é esta flor que não precisa de sol para viver: nutre-se de lágrimas, do luto das minhas noites, das cicatrizes que trago escondidas no peito. É uma rosa da solidão, que floresce mais bela quando a dor é maior. Escrevê-la é como sangrar devagar, e ao mesmo tempo renascer. Cada verso é um fragmento da minha alma que se desprende, cada imagem é uma cor que brota da sombra. E eu, feita de cansaços e de sonhos, sinto-me jardim e abismo, terra e chama, mortal e infinita. Oh, flor que me nasceu da tristeza! Perfumas-me a alma com a eternidade que nunca tive, com a esperança que tantas vezes perdi. És chama, és sopro, és bandeira erguida contra o nada. E no instante em que floresces, sinto que também eu floresço — mesmo que seja só por um breve instante de luz, antes que a noite me leve outra vez. Responder, Responder a todos ou Encaminhar ; ;

EVENTO ALIPE 20 DE SETEMBRO (requer alterações de rimas)

ALIPE ACADEMIA LITERÁRIA INTERNATIONAL POETAS E ESCRITORES EVENTO PRIMAVERIL TEMA:FLORESCÊNCIA LITERÁRIA- SURGIMENTO DA FLOR AUTORA: Marilândia Marques Rollo TÍTULO: DATA:20/09/2025 PAÍS:Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Sandra Maria Mardones E a Palavra se fez Flor Desponta na terra escura, tímida e pequena, Uma palavra que pulsa, que contracena Força secreta, como semente que desperta, No ventre da página em branco, aberta. Brota do nada, frágil verso primeiro, Como botão que rompe o solo verdadeiro, Tremula na brisa dos pensamentos vagos, Entre sonhos e lágrimas, entre afagos. Cresce devagar, divina e genuína Como flor que ao sol sua face inclina, Bebendo luz de estrelas e de luas, Alimentando-se de dores cruas. Desabrocha enfim, pétala por pétala, Cada estrofe uma corola que se revela, Perfumando o ar com doce melancolia, Como jasmim que floresce em pleno dia. Flor de papel, flor de tinta e alma, Nascida da solidão que me acalma, Do peito que sangra em cada verso, Do coração feito universo. Oh! Como é bela esta florescência! Esta dor que vira transparência, Esta sombra que se faz jardim, Este pranto que não tem fim. Floresce, ó palavra, floresce enfim! Marilândia

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Lembranças Lembranças! Sim… talvez… e por que não?… Se a dor foi tão profunda e verdadeira Que pensei carregá-la vida inteira Como cruz bendita no coração! Chorar! Para quê?… Ah, que ilusão! Que tudo isso, Tempo, não nos fira. Se ela trouxe luz que nos inspira Deve ser bendita como oração. Quantas vezes, Tempo, te neguei, Para mais ardentemente te sentir Mais completamente me render a ti! E quem dera que fosse para sempre: Quanto mais tentasse te fugir Mais em mim ficasses, eternamente! Marilândia

COSTURANDO DIA 29 DE AGOSTO

“Essa estranha criatura, que do espelho me observa” Jô Tauil ________________________________ Com olhos de mistério e alma que se preserva, Sussurra-me segredos de um tempo que não volta, De sonhos desfeitos que a noite não acolhe. Quem és tu, sombra minha, reflexo do que sou? Fantasma de desejos que o tempo me roubou? És tu a mesma face que um dia foi criança, Ou és nova mulher nascida da mudança? Fitas-me com desdém, com ternura infinita, Como quem conhecesse minha dor mais aflita, E nos teus lábios mudos leio a confissão De todas as feridas que guardo no coração. Ah, criatura estranha, espelho da minh’alma, Em ti vejo a tormenta, mas também vejo a calma, O fogo que me queima, a sede que me mata, E a louca esperança que nunca se maltrata. Entre nós duas existe um véu transparente, Que nos separa sempre, eternamente, Tu no teu mundo frio de vidro e solidão, Eu neste lado triste da desesperação. Mas quando a noite desce e as sombras se estendem, Sinto que nossos sonhos se encontram e se prendem, E nessa comunhão de almas geminadas, Somos uma só dor, duas e separadas. Marilândia

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

COSTURANDO POESIA DIA 28 AGOSTO

“Pois estava no teu corpo meu caminho de paz…” Jô Tauil ________________________________ Assim, Trilhei por cada curva da tua alma ardente, Onde o amor se tornou silêncio que se desfez Em lágrimas correntes, manancial transparente. Nos teus braços encontrei o que me satisfez, O repouso da luta, o fim do combatente, Mas como tudo o que é belo, se refez, Embora tu partiste, levando o meu presente. Agora vago sem rumo, sem direção, Procurando nos outros o que só tu tinhas, Esse dom de acalmar minha rebelião. Mas em vão busco pelas sendas vizinhas, Pois era só no teu corpo, na tua paixão, Que habitavam as pazes mais minhas. E se volto aos lugares onde te amei, Sinto ainda o perfume da tua presença, Como se fosse ontem que te beijei Com toda a minha louca adolescência. No entanto ,tu és já memória, sombra que sonhei, E eu, ferida de amor e de ausência, Choro por esse corpo onde repousei Minha sede de paz e de clemência. Marilândia

Segredo da Alma a publicar mas verificar as rimas antes

Segredo da Alma Há um segredo que me queima o peito E que não sei ao certo decifrar… É feito de silêncio e de desejo, De lágrimas que teimam em brotar. Passaram-se as estações, lentas, serenas, E tu, sempre presente, sempre igual, Com teu sorriso franco e teus segredos, Sem nada que ferisse o ideal. Porém, numa manhã… houve um instante, Um gesto, uma palavra… suavemente… Ah, conta-me, ó doçura do meu peito: Por que foi que apenas nessa hora Te vi com outros olhos, diferente, E tudo se fez luz dentro da morada do coração

O Eco das Lembranças

O Eco das Lembranças Onde?… Não sei onde te perdi assim… E sinto-me vagar (ai, sem destino!…) Será que o tempo cruel foi assassino? Espectro de que dor? Resto de mim? Bruma? Miragem? Cinza? Que jardim?… - Não sei se ainda sou tua peregrina! Minh’alma se esvai, cristalina … Assim, eu não sou eu! Sou só marfim!… És luz e és trevas… És a esperança… És quem já não alcança minha dança… És lágrima de Deus que me consome… És aquele que ri e que chorou… És aquele pedaço que ficou… És aquele que já nem tem um nome… Marilândia

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

COSTURANDO DIA 27

“De emoções, em mim despertar…” Jô Tauil _____________________________ Eis que Como pétalas que dançam ao luar, Sinto a alma vibrar neste segundo, E o coração a pulsos palpitar. De sonhos feitos de cristal e vento, Que se desfazem ao menor tocar, Nascem versos de puro sentimento, Que só a dor consegue assim criar. De lágrimas que brilham como estrelas, Cada gota um mundo a revelar, Surgem canções nas noites mais singelas, Quando a saudade vem me visitar. De paixões que ardem como fogo santo, Consumindo tudo sem poupar, Brota a poesia do meu pranto, E as palavras começam a voar. De silêncios que falam mais que gritos, De olhares que sabem decifrar, Nascem versos de amores interditos, Que só a alma pode suportar. De esperanças que morrem ao nascer, Mas teimam sempre em ressuscitar. Marilândia

EVENTO DIA 27 NÍVER

Grupo OS DESTAQUES POÉTICOS
Evento LUCIA NOBRE 
Data: 27/08/2025 
AUTORA:Marilândia Marques Rollo 
TEMA: NIVER 
TÍTULO:
PAÍS:BRASIL

terça-feira, 26 de agosto de 2025

OUTRA IMAGEM EVENTO DIA 26

IMAGENS DE MENINA EVENTO DIA 26

Sonho de Ser

Sonho de Ser Eu queria ser o Vento impetuoso Que dança livre pela imensidão! Eu queria ser a Estrela que não tem coração, A estrela eterna, brilho silencioso! Eu queria ser a Chuva, dom precioso, A benção de quem vive na escuridão! Eu queria ser a Flor que cresce no chão Que sorri ao mundo cruel e duvidoso! Mas o Vento também sofre de saudade… As Estrelas também, na soledade, Tremem de frio no espaço infinito! E a Chuva orgulhosa, quando termina, Morre na terra seca e cristalina! E as Flores… essas… murcha-as o maldito!… Marilândia ;

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

EVENTO INFANTIL ELONISE DIA 27 DUAS VERSÕES


Evento Relâmpago
Tema/A Menina Que Distribuía Coração
1º Postagem
AUTORA: Marilândia Marques Rollo


A SEMEADORA DE TERNURAS


 Na rua vazia, uma menina andava. 
 Trazia nas mãos frágeis um cesto de corações.
 Eram vermelhos como o vento da tarde, 
 transparentes como água de fonte, 
 tremiam como pássaros assustados de amor. 


 Ela os entregava em silêncio, 
 aos passantes distraídos, 
 às janelas fechadas, 
 aos cães sem dono. 


 Ninguém sabia de onde vinham, 
 nem por que se ofereciam, 
 mas os corações repousavam
 como pétalas no chão. 



 Alguns eram pisados, 
 outros guardados às pressas, 
 muitos se perderam na poeira, 
 outros floresceram em canções. 


 A menina sorria: 
 não lhe importava o destino, 
 pois seu cesto era infinito,
 feito do próprio sonho. 

 E assim caminhava, 
 até sumir no horizonte, 
 como quem semeia auroras
 num mundo adormecido. 



 Marilândia


 Evento Relâmpago
Tema: A Menina Que Distribuía Corações
Dia: 27/08/2025
Autora: Marilândia Marques Rollo
Pais: Brasil
Titulo: 🌸CHUVA
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CHUVA DE CARINHO


Havia uma menina de mãos leves 
que carregava corações nos dedos, 
pequenos mundos rubros e secretos 
feitos de sonho e lágrimas breves. 


 Caminhava pelas ruas desertas
 do amanhecer ainda sem pressa, 
 deixando em cada porta uma promessa, 
 em cada janela, esperanças certas. 


Seus passos eram música calada 
eco de vento entre folhas antigas, 
e os corações que dava, sem fadiga,
brotavam luz na terra abandonada. 


Os homens não sabiam de onde vinha 
aquela doce chuva de carinho 
que transformava o áspero caminho 
numa estrada de pétalas de noivinha. 


Ela sorria com os olhos d’água, 
transparente menina-passarinho, 
e seguia distribuindo, sozinha, 
corações como quem semeia mágoa. 


Até que um dia, de tanto dar, 
ficou apenas com as mãos vazias, 
mas o mundo inteiro florescia 
dos corações que soube semear. 



 Marilândia

COSTURANDO DIA 25

“Verdadeiro moinho juntando minhas pétalas ao vento...” Jô Tauil ___________________________ A espalhar pelo ar meu sonho desfeito… Cada folha que voa é um lamento, Sussurro doce que nasce no peito. Sou rosa que se desfaz em fragmentos, Dança louca de amor e de tormento, Meus versos são gotas de sentimentos, Que o vento carrega em seu movimento. Ah, moinho cruel que tritura a alma! Transformas em pó minha esperança, Mas mesmo assim, em meio à calma, Renasço qual ave em nova dança. Pétalas minhas, ide pelo mundo, Levai convosco meu coração, Que mesmo partido, ainda fecundo, Semeia versos pela solidão. Ó vento que levais meu suspiro, Contai às estrelas minha história, Como amo e sofro, como deliro, Entre a sombra e entre a glória. Verdadeiro moinho da paixão, Mói meu ser em doce agonia, Que cada grão seja oração, E cada sopro, melancolia. Marilândia

Canção das Águas Primeiras esse tvx pro evento POESIA MARIA SETEMBRO dia 1'1

EVENTO AVALB- DIA NACIONAL DO CERRADO TEMA: "O BERÇO DAS ÁGUAS" TÍTULO:Canção das Águas Primeiras AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:11/09/2025 PAÍS:Brasil Gentilmente convidada pela poetisa amiga Poesia Maria Canção das Águas Primeiras No coração do Brasil gigante, ergue-se o campo de sol ardente, onde o Cerrado, firme e pujante, guarda a nascente de toda gente. É berço d’água, mãe cristalina, que corre livre da terra fina, e vai regando, com seu encanto, rios imensos de canto e pranto. Ali o ipê veste o chão de ouro, cedendo sombra, calor e tesouro, e o pequizeiro, com fruto forte, alimenta o homem, consola a sorte. O vento sopra cantiga antiga, a arara voa, a vida intriga, e até o chão, de tão sofrido, faz-se poema, hino sagrado. Mas quem destrói, não vê direito: derruba a mata, fere o peito, seca as nascentes, cala o chão, mata o futuro, nega o irmão. Que o Berço d’Água seja lembrado, defendido e sempre guardado, pois se o Cerrado chega ao fim, secará também o Brasil em mim. Marilândia

O Berço Sagrado das Águas do Brasil EVENTO SETEMBRO POESIAMARIA

O Berço Sagrado das Águas do Brasil No coração do Brasil, terra bendita, Onde o sol nasce e se deita com bonança, Ergue-se o Cerrado, morada infinita Do que há de mais puro em nossa esperança. Ó Cerrado brasileiro, meu sertão querido, Tu és o berço onde as águas se criam, Das tuas entranhas nasce o rio comprido Que desce pro mar onde as gentes se guiam. Nos teus campos vastos de beleza rara, Onde o ipê amarelo enfeita o chão, A natureza suas dádivas prepara Como quem borda renda no coração. São três bacias que de ti procedem, Amazonas, Prata e São Francisco, Tuas águas santas nunca se esquecem De molhar esta terra, dom divino. Pequizeiro retorcido, pau-de-santo, Guardiões fiéis desta água cristalina, Vossas raízes profundas são o canto Que alimenta cada fonte pequenina. Mas ai!, que os tempos mudaram, meu irmão, O progresso chegou como tormenta, E o que era verde virou plantação, E a água pura hoje se lamenta. Ó povo brasileiro, acorda e vê: Sem Cerrado não há água que nos salve, Este berço sagrado de nossa fé Precisa de cuidado que o preserve. Que este dia nos lembre, ó gente boa, Que somos guardiões desta riqueza, Para que a água continue tal coroa E mantenha viva a Natureza. Marilândia

domingo, 24 de agosto de 2025

COSTURANDO POESIA

“A primavera virá e meu jardim florirá” Jô Tauil ______________________________ Com pétalas de sonho e de saudade... Cada botão que desabrochar será Um verso novo de felicidade. O vento doce trará perfumes seus, E as aves cantarão de amor febril, Enquanto o sol, dourado como os meus Cabelos soltos, beijará o abril. Mas ai de mim, que espero em vão a hora Em que minha alma também há de florir! Serei acaso eterna sonhadora Condenada apenas a sentir? As rosas hão de abrir, vermelhas, belas, Como os lábios que nunca me beijaram, E as violetas, tímidas donzelas, Dirão dos olhos que me namoraram. O lírio branco, cândido e sereno, Falará da pureza que perdi, E cada flor será doce veneno Que me fará lembrar que não vivi. A primavera virá, mas eu serei Sempre a mulher que sonha e não alcança, Que ama em vão e que jamais saberá Se acaso existe, além da esperança. Um dia enfim,talvez,compreenderei Que sou jardim e que em mim mesma hei de florir! Marilândia

O Amor Que Não Permanece e mais duas versões EVENTO DIA 29

II Evento Conjunto das ACADEMIAS UNALEGRO, ACaL "Tributo aos Patronos – João Mineiro (cadeira 016 da ACaL) Evento Oficial das Academias Tema: " - Esse amor de momento Quase nunca tem tempo É feito às pressas Não divide segredos Não tem paz nem sossego (Amor Clandestino – João Mineiro e Marciano) AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO: Data: 29/08/2025 País: Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Leovany Octaviano O Amor Que Não Permanece Esse amor de momento, tão fugaz, não deixa em mim senão cinzas ardentes, é chama breve, é dor que nunca traz o repouso suave dos amantes. Não guarda segredos, não é capaz de ser ternura em noites complacentes; é tempestade escura, é vendaval, é sombra vã em braços indiferentes. Não tem sossego, é febre, é só tormento, é um punhal de silêncio no meu peito, um grito mudo, um súbito lamento. E eu, perdida no sonho imperfeito, morro a cada segundo em desalento, por um amor que nasce já desfeito. Brevidade Maldita Esse amor de momento, tão vazio, é sombra vã que passa e nada deixa, é como a noite fria sem arreio, é fogo morto, é lâmina que queixa. Não guarda em si segredos nem ternura, não sabe ser descanso ou claridade, é só punhal que fere e se procura, um sopro breve em negra eternidade. Não tem sossego, é febre que me invade, é tempestade amarga sem sentido, um cárcere de dor, fatalidade. E eu, que busquei no sonho um paraíso, achei tão-só no peito corrompido o coração sangrando sem aviso. Fogo que Consome e se Desfaz Esse amor é veneno em minha boca, é febre ardente, é carne em sobressalto, corrente brava, impura, que me toca, e me arrasta do céu para o asfalto. É chama vil que arde e me sufoca, é nó de sangue, é gozo e sobressalto, na sua posse a dor é sempre pouca, na sua ausência o mundo é um estilhaço. Não tem sossego, é vício, é perdição, meu corpo treme, clama e se devora, grito de abismo em louca convulsão. E quando parte — oh maldição que chora! — deixa em meu seio a febre e a solidão, deixa em meus lábios cinzas de uma aurora. Marilândia

MAIS VERSÕES EVENTO UNALLEGRO DIA 29

II Evento Conjunto das ACADEMIAS UNALEGRO, ACaL "Tributo aos Patronos – João Mineiro (cadeira 016 da ACaL) Evento Oficial das Academias Tema: " - Esse amor de momento Quase nunca tem tempo É feito às pressas Não divide segredos Não tem paz nem sossego (Amor Clandestino – João Mineiro e Marciano) AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO: Data: 29/08/2025 País: Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Leovany Octaviano Sombras de Um Amor Breve Esse amor de momento, tão pequeno, que chega e parte como o vento frio, não guarda em si nem sombra, nem sereno, é chama vã que arde sem pavio. Quase nunca tem tempo, e tão ausente, passa ligeiro como o sol da tarde, não se demora no peito da gente, não deixa nada… apenas fere e arde. É feito às pressas, súbito, ferino, como quem bebe um riso e logo esquece, um fado curto, sem nenhum destino, um mar que engana e nunca adormece. Não divide segredos, não se entrega, é sombra vã que no silêncio cega, é voz que some antes do amanhecer. Não tem paz, nem sossego, nem ternura, é só um sopro, um delírio, uma ventura, um breve espinho a perfumar sofrer. E eu, que sonhei com o eterno em teu peito, descubro a vida — frágil, sem direito, que o amor breve não sabe florescer. O Veneno das Horas Breves Esse amor de momento — tão vazio, é chama morta, luz desesperada, é tempestade a desfazer o estio, é dor sem rosto, é sede não saciada. Quase nunca tem tempo, e se demora, é só punhal cravado em minha pele, beijo sem alma que a carne devora, maldita estrela que jamais se acende. É feito às pressas, febre sem destino, gozo que sangra, ardor que nada cura, é um delírio vil, um desatino, um pássaro de sombra e desventura. Não divide segredos, não confessa, na sua boca a noite permanece, na sua mão só sinto a solidão. Não tem paz nem sossego, é só veneno, fantasma errante, febril, pequeno, que me condena ao cárcere da paixão. E eu, perdida, mendiga deste abraço, vou pela vida arrastando o cansaço de amar um nada que só dá perdição. "Não admite promessas Esse amor clandestino"

EVENTO DIA 29 UNALLEGRO LEOVANY 3 versões

II Evento Conjunto das ACADEMIAS UNALEGRO, ACaL "Tributo aos Patronos – João Mineiro (cadeira 016 da ACaL) Evento Oficial das Academias Tema: " - Esse amor de momento Quase nunca tem tempo É feito às pressas Não divide segredos Não tem paz nem sossego (Amor Clandestino – João Mineiro e Marciano) AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO: Data: 29/08/2025 País: Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Leovany Octaviano O Breve Fogo Este amor que chega como chuva súbita sobre a terra seca de nossas tardes, não conhece calendários nem relógios, apenas o pulso urgente do desejo. Somos ladrões do tempo, roubando minutos aos ponteiros cansados, bebendo a pressa como vinho amargo que embriaga antes mesmo de tocar os lábios. Tuas mãos são pétalas apressadas que não esperam a primavera completa, florescem no inverno dos encontros breves, murcham antes que a noite as cubra. O amor de momento é fogo de palha: arde com força, consome rapidamente, deixa apenas cinzas douradas e o perfume de algo que foi intenso. Não temos tempo para palavras longas, para promessas que atravessem meses, apenas este instante que se quebra como onda contra as pedras do sempre. Somos amantes da urgência, arquitetos de castelos de areia que o vento desfaz enquanto os construímos, mas que brilham sob o sol do agora. Este amor feito às pressas é tempestade que não anuncia chegada, é o relâmpago que ilumina por segundos todo o céu escuro da nossa solidão. Marilândia Responder, Responder a todos ou Encaminhar A Urgência dos Corpos Este amor de momento chega como vento entre folhas secas, não conhece calendários, não divide segredos guardados no fundo dos peitos inquietos. Quase nunca tem tempo de desabotoar lentamente as horas, de sussurrar nomes ao ouvido, de construir pontes entre almas que se tocam apenas na superfície. É feito às pressas, como quem bebe água com sede em fonte que logo secará, como quem colhe frutos antes que amadureçam completamente. Não tem paz nem sossego este amor que corre contra o relógio, que se esconde em esquinas escuras, que treme nas mãos apressadas e morre antes do amanhecer. Somos estranhos que se reconhecem no fogo breve dos encontros, corpos que se falam sem palavras, pele que grita o que a boca cala, urgência que não espera respostas. Não dividimos segredos porque não há tempo para confissões, apenas este instante que arde como cigarro entre dedos nervosos, consumindo-se na própria chama. Marilândia O Amor que Não Demora Esse amor de momento, correndo como um rio que não conhece margens, desliza pela pele, arde na boca, mas não encontra casa no coração. É feito às pressas, como um pão malcozido, como um vinho servido em copo quebrado. Não pede licença, não oferece descanso. Não divide segredos, tem medo da noite, tem medo do silêncio, vive apenas de centelhas, e morre antes da chama. É um amor sem raízes, sem memória, sem o peso suave da ternura. Não tem paz, nem sossego, apenas o corpo em sobressalto, apenas o instante que logo se desfaz. Eu o conheço, já o bebi em taças amargas, já o senti entre lençóis de vento. E quando parte, não deixa perfume, não deixa nome, apenas o eco breve de um desejo que não se cumpriu. Esse amor de momento, feito de pressa e ausência, é como um pássaro que não pousa, é como um sol que não aquece, é como um beijo sem boca. E no entanto, mesmo sem durar, ele ainda fere, como se fosse eterno. marilândia

Eclipse do Coração

Eclipse do Coração Surgiste qual cometa ardente e breve, que rasga o céu numa dança fulgente; apenas um instante reluzente bastou para que a alma se eleve. Ter-te e perdê-te! O destino se atreve a dar-me a dor mais pura e mais ardente; mesmo ausente, teu vulto permanente habita o peito onde a saudade circunscreve. Aqui não vivo; minha vida é tua, na fé divina encontro o meu consolo, vislumbro em ti a luz que me situa! Meu mundo agora é só teu mausoléu; se dizem que viver é triste desconsolo sendo embuste a vida, minto eu. Marilândia

sábado, 23 de agosto de 2025

Carta ao Vento

Carta ao Vento O mar sussurra histórias, As rosas desabrocham, Chegou o tempo das chuvas… E tuas palavras ecoam!… Por que me deixas sonhar? Por que alimentas minhas ânsias? O mar sussurra histórias… As rosas desabrocham… Tu não sabes, querido, Que quem sonha, se consome? O mar está sussurrando… E perfumam as rosas… Há infinitas estrelas; Bailam no céu de veludo! Elas guardam segredos… Guardam também o meu tudo!… Adeus. Saudades da lua, Das violetas e do orvalho; Ternos abraços noturnos Do vento e do seu trabalho. Mil suspiros da que espera, E que te ama na primavera. Marilândia

Eterna Morada (EVENTO LEOVANY DIA 27) ENCONTRO PÔR DO SOL

193 ENCONTRO PÔR DO SOL
 TEMA: "PERMANECES EM MINHA ALMA" 
AUTORA:Marilândia Marques Rollo 
TÍTULO:Eterna Morada 
DATA:27/08/2025 
PAÍS:Brasil 
Gentilmente convidada pela poetisa amiga Leovany Octaviano 




 Eterna Morada 



Permaneces em minha alma
Como o eco das campainhas, 
Como a luz das madrugadas 
E o perfume das montanhas. 



Mesmo quando não te vejo, 
Mesmo quando estás distante, 
Sinto o teu olhar no vento 
E teu riso impactante. 



Permaneces como as insurretas
Que me segue pelos dias, 
Como as lágrimas secretas 
Das minhas melancolias. 


Não te vais, não te despedes, 
Vives dentro do meu peito, 
Entre sonhos e efemeridades, 
Num amor  doce e suspeito.


Permaneces como a chuva 
Que molhou os meus caminhos,
Como o sol que me aqueceu 
Nos meus dias mais sombrios. 


E por mais que passe o tempo, 
Por mais que a dor me consuma, 
Permaneces em minha alma
Como eterna, doce bruma.



 Marilândia

COSTURANDO DIA 23 DE AGOSTO

“Que a morte nos embale com a mais doce melodia!” Jô Tauil _________________________________ Como mãe que acalenta o filho em seu regaço terno, Sussurrando segredos de eterno abandono, Onde cessam as dores e a alma encontra sono. Que venha ela vestida de sedas transparentes, Com coroa de lírios e manto de saudade, Trazendo nos lábios o beijo da eternidade, E nos olhos o brilho das estrelas ardentes. Ó morte, doce amante que tardas em chegar! Já não posso mais tanto sofrimento suportar, Esta vida que pesa como cruz nos ombros, Entre lágrimas, angústias e desencontros sombrios. Vem deitar-me no leito de pétalas macias, Onde não há amores que se tornem agruras, Nem promessas quebradas, nem venturas impuras, Só o silêncio doce das noites mais frias. Que teus braços me envolvam como véu nupcial, E tua voz me guie pelos caminhos mudos, Para além dos pesares, dos sonhos mais agudos, Onde a paz é eterna e o amor, imortal. Embala-me, ó morte, com teu canto sublime, Leva-me desta terra de espinhos e queixumes, Para jardins celestes de eternos perfumes, Onde a alma descansa e jamais se redime. Marilândia ;

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

SAUDADES (A PUBLICAR)

SAUDADES À memória perdida Minha alma errante onde repousas, No teu eterno vagar sem rumo? Vem pousar nas minhas mãos confusas, Com o mais profundo amor, presumo! Deixa-te ficar serena! Não partas Para os confins da melancolia? Teus doces sonhos que me fartas, Não valem uma só alegria! Tu voas para o meu passado… Ai, volta cá, ó alma inquieta, Não me deixes abandonado! Não alces voo para o distante… Deixa-te estar quieta, secreta, No silêncio do meu instante…

Sussurro da Alma EVENTO SEGUNDA FEIRA LUZ CRYSTAL dia 26

29 ENCONTRO POESIAS DA ALMA GRUPO VERSOS, PENSAMENTOS & POESIAS TEMA:"VOCÊ! MEU MAIS DOCE SEGREDO! AUTORA:Marilânda Marques Rollo TÍTULO:Sussurro da Alma PAÍS:Brasil DATA:26/08/2025 Gentilmente convidada pela amiga poetisa Luz Crystal Sussurro da Alma Você! Meu mais doce segredo guardado, Nas dobras da alma, bem escondido, Como flor que nasce no prado calado, Longe dos olhos, mas não esquecido. És tu a chama que arde em silêncio, O verso que escrevo e logo desfaço, A prece que murmuro no vento, O sonho que trago colado ao peito. Segredo meu, de mel e de espinho, Que me consome e me alimenta, És o meu doce e amargo destino, A paixão que jamais se lamenta. Nas sombras da noite te procuro, E no clarão da aurora te vejo, És o mistério que me faz pura, O impossível que sempre desejo. Doce segredo, tu és minha dor, Minha alegria mais bem guardada, És o perfume da minha flor, A canção que canto calada. Você habita meu peito fechado, Como tesouro de pirata antigo, És o amor que vivo calado, O doce fardo que sempre comigo. No silêncio das horas vazias, Teu nome danço nos meus lábios, És tu quem povoa os meus dias, Meu segredo dos mais vários sábios

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

A Doce Tortura

A Doce Tortura Este amar-te em silêncio, sem respostas, Este viver de migalhas do teu olhar, Seguir teus passos enquanto te afastas, É doce tortura que aprendi a amar. Mesmo quando finges que me escutas, Sei que tua mente voa para outras paragens, E nas palavras que dizes, sempre brutas, Leio mentiras em todas as passagens. Mas que me vale saber que não me amas, Se esta angústia, esta sede, estas feridas, Este constante arder entre as chamas Do teu cruel desprezo, das partidas, É o único tesouro que possuo? É tudo o que resta do que usufruo? Marilândia

COSTURANDO DIA 21 DE AGOSTO

“Do que seríamos capaz na inconsequente juventude” Jô Tauil _____________________________ Quando o mundo era apenas um sonho por colher, E cada manhã trazia nova beatitude, Sem pensar no que haveria de acontecer? Éramos chama ardente sem medida, Coração batendo em descompasso louco, Alma sedenta de toda a vida, Querendo tudo e contentando-nos com pouco. Que beijos demos sem pensar no amanhã! Que lágrimas vertemos por paixões perdidas! Como se cada dor fosse eterna qual talismã E cada alegria durasse todas as vidas. Ousávamos sonhar com estrelas impossíveis, Construir castelos sobre areias movediças, Amar com a força dos ventos irresistíveis, Sem calcular o preço de nossas cobiças. Hoje, que o tempo ensinou-nos a prudência, E a razão governa nossos passos lentos, Olhamos para trás com doce reminiscência, Saudosos daqueles arrebatamentos. Do que seríamos capaz, pergunto ainda, Se pudéssemos voltar àqueles dias? Talvez fizéssemos tudo igual,sobretudo linda Como a lembrança de nossas antigas magias. Marilândia

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

COSTURANDO DIA 20 AGOSTO

”A mesma prata que tinge ,hoje, os nossos cabelos” Jô Tauil ______________________________ Outrora foi o luar que nos beijou a face, Quando éramos donzelas de sonhos singelos E o tempo era apenas uma doce promessa fugace. Essa prata que agora coroa nossa fronte, É a mesma que dançava nas águas do rio, Quando nossos corações batiam no horizonte E a vida era um eterno e ardente desafio. Fios prateados que contam histórias perdidas, De amores que foram, de lágrimas choradas, De noites de lua cheia, de almas feridas, De venturas sonhadas e depois encontradas. Ó prata bendita que o tempo nos oferta! Não és sinal de fim, mas de sabedoria, Cada fio teu é uma porta aberta Para os segredos da nossa memória. Que importa se a mocidade já se foi embora? Se a prata nos cabelos é nossa coroa, Somos rainhas do tempo, senhoras da aurora, E nossa alma ainda canta, ainda ressoa. Aceito essa prata com terna alegria, Pois ela me fala do muito que vivi, Do amor, da dor, da eterna poesia Que em cada fio prateado descobri. Marilândia

Metamorfose do Incerto esse escolhido pro evento dia 26SONETO EM SINFONIA ABMLP- Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía

SONETO EM SINFONIA ABMLP- Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía Membros do grupo BIBLIOTECA MUNDIAL DE LETRAS Y POESÍA Tema:"Aprender você sem te prender comigo” Inspiração:"Você me bagunça" - O Teatro Mágico- Fernando Anitelli Autora: Marilândia Rarques Rollo Título:Metamorfose do Incerto Data: 26/08/2025 País: Brasil Gentilmente convidada pelas poetisas amigas Selma Iris Kullmann e Divone Brito da Costa Metamorfose do Incerto Em ti me perco para me encontrar, como viajante em terra desconhecida que perde o norte mas ganha a vida num novo modo de existir e amar. És o caos doce que vem me ensinar que toda forma é transitória e fluida, que a alma moldada pode ser ferida, mas também pode renascer no mar. Difícil precisar quanto preciso desta dor que me reconstrói inteira, deste amor que é vertigem e sorriso. Te aprendo em cada lágrima primeira, em cada medo tornado paraíso, sem jamais prender tua alma viandeira. Marilândia

Mãos Abertas ao Vento (evento soneto dia 26) 2 estilos

SONETO EM SINFONIA ABMLP- Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía Membros do grupo BIBLIOTECA MUNDIAL DE LETRAS Y POESÍA Tema:"Aprender você sem te prender comigo” Inspiração:"Você me bagunça" - O Teatro Mágico- Fernando Anitelli Autora: Marilândia Rarques Rollo Título: Data: 26/08/2025 País: Brasil Gentilmente convidada pela poetisas amigas Selma Iris Kullmann e Divone Brito da Costa Mãos Abertas ao Vento Te aprendo como aprende-se o mar largo, sem redes que prendam tua espuma branca, apenas com os olhos que se embarcam na dança livre de tua água franca. Te aprendo como o vento aprende as folhas, tocando-as sem jamais as possuir, deixando que dancemos, que se colham os frutos do estar e do partir. Não quero ser a jaula de teu canto, nem muro que delimite teu caminho, mas sim o campo aberto onde, enquanto caminha teu amor livre e sozinho, eu aprendo teu ritmo e movimento, te amando com as mãos abertas ao vento. Marilândia A Boca do Mundo em Contradições Quero-te aprender, mas sem prisões, que prisão é vício de carcereiro, e eu, que já sou preso do mundo inteiro, não quero ser senhor de outras paixões. Te estudo como livro sem lições, te leio como texto verdadeiro, mas se te prendo, torno-me mentiroso, e mentira é moeda de ladrões. Amo-te livre como vento solto, não como dama presa em seu bordel, que amor cativo é amor morto e revolto. Prefiro ser de ti discípulo fiel que mestre tirano de teu vulto: que vale ter-te presa como ré? Marilândia

A Que Desperta Sonhos

A Que Desperta Sonhos Eu venho a ti com lágrimas de aurora, Trazendo alívio ao peito que padece! E nos meus lábios vive uma inspiradora Que cura aquilo que em ti fenece. Os meus cabelos são a luz que chora… Tenho na alma jardins onde floresce O mesmo fogo eterno que namora A dor de amar quem tanto se esquece… Oferto-te o que sou: a estrela errante, O véu de névoa que a manhã desfaz, A lua que é de prata caminhante. Dou-te, contigo, os sonhos que sonhei! – Eu sou Aquela que em teu peito jaz, A fada do sussurro: «Sempre amei…» Marilândia

terça-feira, 19 de agosto de 2025

IMAGEM IARA

Livro dos Sonhos Perdidos (A PUBLICAR)

Livro dos Sonhos Perdidos Este livro é de lágrimas cristalizadas Que no silêncio da noite, brilham ao luar! Somente a alma das desiludidas Pode, enfim, compreender… e decifrar! Este livro é para nós, errantes As que vagueiam sem destino certo! Biblioteca de suspiros… Ó, inconstantes! Que na vossa sede de paz se acalmam decerto… Livro dos Sonhos… perdidos… esquecidos! Livro de lamentos… Memórias… e saudades! Vai pelo mundo… (Carrega-o no peito…) Irmãos na melancolia, ó corações feridos! Chorai comigo nessas doces piedades, Sendo o meu livro fonte de respeito! Marilândia

COSTURANDO DIA 19

“Caminharemos rumo ao sol poente” Jô Tauil _____________________________ Com passos lentos pela estrada fria, E na manhã de luz resplandecente Sonharemos com nova melodia. O vento leva pétalas ao vento, E nós, quais sombras do entardecer, Seguimos neste eterno movimento De quem nasceu somente pra sofrer. Que importa se a tristeza nos consome? Se o coração em lágrimas se banha? Há uma esperança que não nos carcome E renasce qual flor na madrugada. Teus olhos são estrelas fugidias, Que brilham num céu de solidão, E eu busco nas tuas fantasias O eco perdido da paixão. Caminhemos, almas desventuradas, Por sendas que não têm fim nem norte, Que mesmo na dores mais dilaceradas Ainda pulsam nossas vidas e não a morte. Ó, quantas vezes sonhamos juntos Em noites de luar prateado e frio! Mas o destino nos trouxe prantos E fez do amor um deserto vazio. Assim seguimos, ó companheiro, Rumo ao poente que nos chama além. Marilândia

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

GARGALHADA FERIDA (a publicar)

GARGALHADA FERIDA Num ímpeto selvagem e destemido, Eu quero gargalhar da dor que oprime, Da angústia que me assalta e me consome, Neste teatro de um destino perdido. Quero rir do tormento conhecido Que a alma despedaça e a carne delire. Rir do que é torpe e cruel, sem sublime, Do que é pranto e lamento… E do vencido! De tudo rir! Que outro caminho há?… Se o lodo negro nunca se transforma Na pureza do cristal que reluzirá… Quero rir!… Mas meu riso é uma chaga, Um brado de desespero que se forma! Rir! Quero rir!! … E a lágrima me afaga! Marilândia

COSTURANDO POESIA

“Construção monumental de nosso passado” Jô Tauil _____________________________ Erguendo-se altiva sob o céu dourado, Pedra por pedra, sonho por sonho, Testemunha muda de tempo risonho. Nas suas pedras vive a saudade De quem amou com toda verdade, Cada coluna guarda um segredo, Cada arco sussurra tremulante medo. Ó monumento de glória e dor, Que guardas em ti tanto amor, Nos teus silêncios fala a História De quem buscou a eterna glória. Construção de almas e de cal, Ergues-te forte, imortal, Contra o tempo que tudo devora, Permaneces de aurora em aurora. Em cada tijolo, uma lágrima, Em cada muro, uma página, Do livro eterno da Humanidade Que escreve em pedra a saudade. Monumento de nossos antepassados, De seus sonhos nunca apagados, Ergues-te altivo para o infinito, Guardião do nosso supremo rito. Marilândia

EVENTO DE 18/08 LN

Grupo Evento de Lucia Nobre e os DESTAQUES POÉTICOS Data: 18/08/2025 Nome da autora: Marilândia Marques Rollo TEMA:OS PAIS E AS CONSTANTES PREOCUPAÇÕES: SERÁ QUE ELES ESTÃO CERTOS OU ERRADOS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS? (LFN) Titulo:

domingo, 17 de agosto de 2025

Memórias das Montanhas

Memórias das Montanhas Quando eu tinha sete anos perguntei ao meu avô por que as montanhas eram azuis. Ele disse: é a saudade, menina, que pinta de azul a distância. Hoje, na cidade grande, lembro do quintal de casa, do cheiro de café torrado, do sino da igreja matriz marcando as horas devagar. Minas está em toda parte: no pão de queijo que amo, na conversa mole da varanda, no jeito de falar baixinho as coisas mais importantes. Há um Drummond em cada esquina de Belo Horizonte, há uma Itabira perdida em cada coração mineiro que partiu e não voltou. O mundo é grande, mas Minas cabe toda numa quitanda, num queijo, numa prosa boa. Marilândia ;

COSTURANDO DIA 17 DE AGOSTO

“Se canto, meu canto é feito de palavras mortas…” Jô Tauil ______________________________ Transformadas em cinzas de sonhos que o vento dispersou, Ecos de vozes que o tempo já não comporta, Lágrimas secas que a alma derramou. Minha voz é um suspiro sem destino, Vagando triste pelos ares frios, Carregando o peso de um amor menino Que se perdeu nos desertos vazios. Canto com a garganta cheia de espinhos, Com palavras que nascem já feridas, Tecendo versos pelos meus caminhos De saudades mortas e mal vividas. Se canto é porque a dor precisa de forma, Precisa de ritmo para se expressar, E minha alma inquieta se transforma Em versos que jamais hão de passar. Meu canto é lamento, é pranto contido, É grito abafado no peito que arde, É tudo o que foi e já está perdido Na melancolia desta tarde. Ó palavras mortas do meu cantar, Sede minha voz na eternidade, Que mesmo mortas, sabeis pulsar Com toda a força da minha serenidade! Marilândia

COSTURANDO DIA 16 AGOSTO

“Se canto, meu canto é feito de palavras mortas…” Jô Tauil ______________________________ Transformadas em cinzas de sonhos que o vento dispersou, Ecos de vozes que o tempo já não comporta, Lágrimas secas que a alma derramou. Minha voz é um suspiro sem destino, Vagando triste pelos ares frios, Carregando o peso de um amor menino Que se perdeu nos desertos vazios. Canto com a garganta cheia de espinhos, Com palavras que nascem já feridas, Tecendo versos pelos meus caminhos De saudades mortas e mal vividas. Se canto é porque a dor precisa de forma, Precisa de ritmo para se expressar, E minha alma inquieta se transforma Em versos que jamais hão de passar. Meu canto é lamento, é pranto contido, É grito abafado no peito que arde, É tudo o que foi e já está perdido Na melancolia desta tarde. Ó palavras mortas do meu cantar, Sede minha voz na eternidade, Que mesmo mortas, sabeis pulsar Com toda a força da minha verdade. Marilândia

sábado, 16 de agosto de 2025

Ecos da Última Noite

Ecos da Última Noite Fica… não partas já, visão querida, Retarda o voo triste da partida; Escuta em mim a febre em que deliro, O meu silêncio que só a ti respiro. Sou a donzela das sombras caladas, A que vagueia em noites encantadas, Com o coração nas mãos, feito saudade, Pedindo ao tempo um resto de eternidade. Não deixes que me apague o teu olhar, Nem que o vento me leve sem sonhar; Teu amor foi meu cárcere e meu mar, Foi ferida e flor, mistério a me embalar. Espera… espera… ó sombra do meu ser, Pois sem ti já não posso amanhecer; E se partires, levas-me contigo, Que sem teu rosto não sei mais viver. Responder, Responder a todos ou Encaminhar

3 VERSÕES DE ECOS (MUDAR TÍTULO)

Ecos da Última Noite ■ Quatro versões inspiradas em Florbela Espanca Versão I – Poema Rimado Fica… não partas já, visão querida, Retarda o voo triste da partida; Escuta em mim a febre em que deliro, O meu silêncio que só a ti respiro. Sou a donzela das sombras caladas, A que vagueia em noites encantadas, Com o coração nas mãos, feito saudade, Pedindo ao tempo um resto de eternidade. Não deixes que me apague o teu olhar, Nem que o vento me leve sem sonhar; Teu amor foi meu cárcere e meu mar, Foi ferida e flor, mistério a me embalar. Espera… espera… ó sombra do meu ser, Pois sem ti já não posso amanhecer; E se partires, levas-me contigo, Que sem teu rosto não sei mais viver. Versão II – Prosa Poética Fica… não vás ainda. Retém por um instante a sombra do teu corpo junto ao meu. O tempo corre como um rio inclemente, mas eu suplico ao destino um minuto mais, um segundo que seja, para respirar em ti a vida que me resta. Sou a donzela das horas caladas, a que se perdeu entre sonhos e mágoas, a que trouxe nos olhos um mar de eternidade e ficou prisioneira da lembrança do teu abraço. Não deixes que a noite me devore sem teu olhar. Teu amor foi minha cela e minha liberdade, minha ferida aberta e meu bálsamo secreto. Nele me afoguei e nele aprendi a existir. Espera… espera, sombra que me sustenta, porque para além de mim já não há nada. Separtires, levas o sopro do meu ser, e o mundo ficará vazio de todos os sóis. Não me deixes sozinha diante do silêncio: leva-me contigo, se fores, pois sem teu rosto já não sei viver. Versão III – Soneto Clássico Detém-te, sombra, à beira do meu pranto, Não vás deixar-me só na noite fria; Em teu silêncio mora a melodia Que sustenta meu peito em desencanto. Teu passo ausente é dor que já levanto, É nau perdida em mares de agonia; Se fores, levas toda a luz do dia, Se ficas, guardo em mim teu vulto santo. Amor que foi prisão e liberdade, Ferida e flor, tormento e claridade, Em mim deixou o selo de teu mundo. Espera… espera… ó sombra, és meu destino, Sem ti não há começo nem caminho, E nunca mais me encontro no profundo. Versão IV – Versos Livres Não vás ainda. A noite mal começou a doer e já sinto em meus ombros o peso do teu silêncio. Fica. Escuta o rumor dos meus passos perdidos no vazio da casa, o coração que chama o teu nome como quem chama por ar. Teu amor me partiu e ao mesmo tempo me costurou, foi cárcere e liberdade, foi sombra e clarão. Se partires agora, levarás contigo o último pedaço de mundoque ainda reconheço. Espera… não retires de mim o horizonte. Sem ti, não há madrugada, nem palavra, nem eco. ;

COSTURANDO POESIA

“Levando-me aos teus braços como antigamente” Jô Tauil ______________________________ Quando o mundo era nosso e não havia dor, E cada beijo teu ardia docemente Como chama sagrada do primeiro amor. Volto em sonhos à tarde em que me amaste, Aos sussurros que o vento ainda ecoa, À promessa de eterno que juraste E que agora se esvai como espuma à toa. Que saudade terrível dos teus lábios! Que tormento cruel esta paixão! Nos silêncios da noite, quantos sábios Não souberam curar meu coração? Procuro-te no rosto das estrelas, Na música que toca ao entardecer, Em todas as sombras,menos nelas Encontro o que em ti vim conhecer. És tu a fonte onde bebi o momento, És tu a dor que nunca mais se cala, És tu o sonho e és tu o desalento, És tu quem chora quando minh’alma fala. Se pudesse arrancar-te do meu peito! Se pudesse esquecer o teu olhar! Mas ficaste em mim como um defeito Que me faz entre lágrimas cantar. Marilândia

Canção da Alvorada (A PUBLICAR)

Canção da Alvorada Rosa e ouro no horizonte nascem, Despertam em mim um canto sem igual! Meus olhos brilham como o cristal Que a luz primeira da manhã acendem. Melodia suave que não luzia... Meu coração pulsa em tom pastoral, Como o orvalho sobre o trigal Que a brisa matinal acaricia... Minhas mãos estendidas ao sol novo, Se as tuas buscam com carinho douro A doçura que habita em cada gesto… Para a tua sede, terna, me ofereço! E como fonte clara me confesso, Só fluo e canto quando em ti me resto! Marilândia

EVENTO DIA 20 192 ENCONTRO POR DO SOL

192 ENCONTRO PÔR DOSOL TEMA:PASSAGEM PARA UMA NOVA VIDA AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO:METAMORFOSE DO AMANHECER DATA:20/08/2025 País: Brasil Metamorfose do Amanhecer Hoje deixo para trás a pele que me habitava, como sereia que abandona seu vestido de escamas, e caminho descalça sobre os cacos do que fui, cada fragmento cortante uma lição guardada. O vento sussurra segredos de renovação, carrega consigo o perfume de flores não nascidas, e eu respiro fundo este ar que nunca provei, deixando que ele lave meus desatinos cansados. Minhas mãos aprendem novos gestos, tocam portas que jamais ousaram abrir, acariciam sonhos que dormiam em gavetas empoeiradas pelo medo e pela rotina. Os olhos descobrem cores que não existiam no mundo pequeno onde me escondia, e cada matiz é uma promessa cumprida, um arco-íris particular dançando na retina. Meus pés pisam terra virgem de possibilidades, cada passo ecoa como tambor de guerra contra a melancolia que me aprisionava, marchando rumo ao território do imprevisto. O coração, músico rebelde, ensaia ritmos novos, compõe sinfonias sem partitura nem maestro, e bate forte contra o peito que se alarga para conter toda a imensidão que desperta. As palavras brotam diferentes da minha boca, têm sabor de mel silvestre e tempestade, carregam a urgência de quem renasce e precisa nomear o mundo outra vez. Sou borboleta saindo do casulo apertado, criança descobrindo o primeiro espelho d’água, ave migratória seguindo estrelas desconhecidas rumo à primavera que me espera cantando. Esta nova vida pulsa em minhas veias como rio que encontrou o mar depois de séculos, e eu me entrego à correnteza transformadora que me leva para longe de quem costumava ser. O amanhã se abre como flor carnívora faminta da minha antiga versão medrosa, e eu me ofereço inteira ao seu apetite voraz, sabendo que da profundeza nascerá quem preciso ser. Marilândia

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

COSTURANDO DIA 15 DE AGOSTO

“Do poder de meus desejos congregados…” Jô Tauil _______________________________ Nasce uma força que não sei conter, Como rios que correm desatados Em busca do mar onde hão de morrer. São chamas que me queimam devagar, Ardendo n’alma em sonhos sufocados, E em cada verso que ouso murmurar Vivem meus ímpetos desenfreados. Amo a sede que nunca se sacia, A fome eterna de querer mais vida, O abraço que se estende e nunca alcança. Amo a dor que em mim se multiplica Como estrela ferida que não grita, E a sombra imensa de minha esperança. Do fundo de meu ser despedaçado Brota um canto que ecoa pelo vento, Voz de quem sempre amou desesperado E fez da própria dor seu sacramento. Ó poder divinal dos meus anseios Que me consome e ao mesmo tempo cria, Tu és o fogo que arde em meus receios E a luz que guia minha fantasia! Marilândia

COSTURANDO DIA 14 DE AGOSTO

"Cuja função é nos ligar eternamente" JÔ tAUIL Como fios de ouro que o tempo não desfaz,Entrelaçam-se as almas docementeEm danças que só o amor satisfaz. São cordas invisíveis, transparentes,Que unem coração a coração distante,Tecendo sonhos entre os diferentesNum abraço eterno e delirante. Oh! Mistério divino que nos prendeÀ essência do que somos, do que fomos,Como chama que nunca se consomeE em cada peito ardente se acende. Que força oculta nos conduz assimPara além do que os olhos podem ver?Será o destino que traçou o fimAntes mesmo de nos conhecer? Ligados pela dor, pela alegria,Pela saudade que no peito mora,Como estrelas na noite friaQue brilham mesmo quando a luz se esvai. Eternamente presos, eternamente livres,Neste paradoxo do existir Marilândia

Vigílias do Coração Materno

Vigílias do Coração Materno Será que meus filhos virão me visitarQuando as horas se vestirem de melancolia,E a solidão vier minha alma abraçarCom seus véus de sombra e nostalgia? Ó prole querida, sangue do meu sangue,Frutos benditos da minha existência,Vireis quando o tempo me exangueE clame por vossa doce presença? Nas alvas manhãs de prata e cristal,Ou nas tardes de ouro e de âmbar,Surgireis no limiar do meu larPara meu coração aquietar? Ó filhos, estrelas do meu firmamento,Flores do jardim da minha vida,Acorrereis ao meu chamamentoQuando a velhice vier desvalida? Será que a distância, cruel e fria,Não gelará vossos corações ternos,E ainda guardareis a magiaDos laços paternos e eternos? Ó Deus! Que a saudade não me devoreNestas vigílias de espera vã,E que o amor filial não se evaporeNa bruma fria da manhã! Virão… hão de vir… minha alma crê,Como aves que retornam ao ninho,Meus filhos virão me ver! Marilândia

EVENTO QUASEEN DIA 23 DE AGOSTO VARIADAS VERSÕES

30 FESTA POÉTICA EVENTO SARAU DE ANIVERSÁRIO DE 12 ANOS GRUPO QUAASEEN- "QUE AS ALMAS SE ENCONTREM" TEMA: "Já não sei andar só pelos caminhos, porque já não posso andar só"- Alberto Caieiro/Fernando Pessoa AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO:O Caminho e o Vazio Data:23/08/2025 País:Brasil Os Caminhos Perdidos Já não sei andar pelos caminhos porque já não sei andar só, e os meus pés procuram outros pés nas pedras frias do mundo. Antes caminhava como o vento, livre e desatado, pisando a terra com a força de quem não conhece o medo. Agora preciso de tua sombra para dar cada passo, de tua voz para guiar-me pelos atalhos confusos da vida. Os caminhos se multiplicaram desde que te encontrei, e cada estrada que se abre pede por teus passos junto aos meus. Como aprenderei de novo a solidão dos caminhos, se meus pés já não conhecem outro ritmo que não seja o nosso? Tu me ensinaste que caminhar é sempre caminhar a dois, que a estrada só tem sentido quando partilhada. E agora, amor, como voltarei aos antigos trilhos solitários, se já não sei decifrar o mapa do meu próprio coração? Os caminhos esperam, pacientes como sempre, mas eu aqui fico aprendendo de novo a andar. Marilândia Caminhos Sem Regresso Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só… O silêncio me cobre de espinhos, e a noite me veste de pó. As veredas tornam-se abismos, onde sombras bebem o luar, e meus passos, trêmulos,sob fatalismos já não sabem mais onde pisar. O vento murmura enigmas, no idioma antigo da dor, trazendo-me brumas em paradigmas de um tempo perdido no amor. Os astros, na esfera sombria, olham-me com frio desdém, como se a minha agonia fosse só um eco de ninguém. Cada pedra que piso sangra, cada flor que toco se desfaz, meu peito em silêncio me vangra com um luto que nunca se faz. E sigo, sem rumo, sem mapa, com os olhos presos no chão, sentindo que a alma se escapa nas fendas do próprio coração. Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só… Sou nau sem mar, sem pergaminhos, sou cinza errando no pó. Marilândia O Caminho e o Vazio Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só. As estradas, antes claras e serenas, tornaram-se longos corredores de sombra, cheios de ecos que não me pertencem. Tudo é frio. Tudo é distante. E cada passo é um cristal que se quebra no silêncio da minha própria alma. Há uma poeira de astros mortos flutuando no ar, tocando-me como dedos pálidos de uma eternidade sem rosto. As árvores, espectrais, inclinam-se sobre mim como anjos decaídos, murmurando preces que não compreendo. E o vento, esse sacerdote noturno, arrasta pelas veredas seus cânticos roucos, como se quisesse ungir-me com o óleo sombrio da solidão... Não há horizonte — apenas véus, véus espessos de neblina_, e um rumor profundo que parece vir do coração da terra. Tudo é abismo, tudo é marasmo, e eu, como náufraga da própria existência, afundo em ondas negras que não têm fim. Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só. A solidão tornou-se meu último país, e nele vagueio como uma viajante sem mapa, sem nome e sem retorno. Marilândia A Via dos Abismos Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só… Na treva, soluçam longos vinhos de mágoa, destilando pó. Os véus do crepúsculo descem, lentos, trêmulos, febris, sobre almas que nunca esquecem os abismos sutis e hostis. O vento é um órgão que geme em claustros de sombra e luar, e cada suspiro que treme é um cântico a se afogar. Entre lírios mortos, distantes, passam espectros de cristal, trazendo perfumes cortantes de um reino lunar, irreal. O tempo, de púrpura e luto, abre alas de frio metal, e o mundo, sombrio e astuto, me prende num sonho mortal. Sou via crucis de ais e espantos, sou templo que a noite calou, sou cântico feito de prantos que a própria alma apagou. Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só… Na cruz dos meus frios espinhos sou névoa errando no pó. ;

TRILOGIA EVENTO DIA 23 AGOSTO

Voltar Arquivar Mover Apagar Spam Trilogia evento dia 232 mari / Entrada marilandia Trilogia dos Caminhos e da Solidão Caminhos Sem Regresso Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só... O silêncio me cobre de espinhos, e a noite me veste de pó. As veredas tornam-se abismos, onde sombras bebem o luar, e meus passos, trêmulos cismos, já não sabem mais onde pisar. O vento murmura enigmas, no idioma antigo da dor, trazendo-me brumas estigmas de um tempo perdido no amor. Os astros, na esfera sombria, olham-me com frio desdém, como se a minha agonia fosse só um eco de ninguém. Cada pedra que piso sangra, cada flor que toco desfaz, meu peito em silêncio me vangra com um luto que nunca se faz. E sigo, sem rumo, sem mapa, com os olhos presos no chão, sentindo que a alma se escapa nas fendas do próprio coração. Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só... Sou nau sem mar, sem pergaminhos,sou cinza errando no pó. A Via dos Abismos Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só... Na treva, soluçam longos vinhos de mágoa, destilando pó. Os véus do crepúsculo descem, lentos, trêmulos, febris, sobre almas que nunca esquecem os abismos sutis e hostis. O vento é um órgão que geme em claustros de sombra e luar, e cada suspiro que treme é um cântico a se afogar. Entre lírios mortos, distantes, passam espectros de cristal, trazendo perfumes cortantes de um reino lunar, irreal. O tempo, de púrpura e luto, abre alas de frio metal, e o mundo, sombrio e astuto, me prende num sonho mortal. Sou via crucis de ais e espantos, sou templo que a noite calou, sou cântico feito de prantos que a própria alma apagou. Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só... Na cruz dos meus frios espinhossou névoa errando no pó. O Caminho e o Vazio (Prosa Poética) Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só. As estradas, antes claras e serenas, tornaram-se longos corredores de sombra, cheios de ecos que não me pertencem. Tudo é frio. Tudo é distante. E qui., 14 de ago. às 20:50 marilandia De: marilandiam@yahoo.com.br Para: MARILÂNDIA MARQUES ROLLO qui., 14 de ago. às 20:50 Trilogia dos Caminhos e da Solidão Caminhos Sem Regresso Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só... O silêncio me cobre de espinhos, e a noite me veste de pó. As veredas tornam-se abismos, onde sombras bebem o luar, e meus passos, trêmulos cismos, já não sabem mais onde pisar. O vento murmura enigmas, no idioma antigo da dor, trazendo-me brumas estigmas de um tempo perdido no amor. Os astros, na esfera sombria, olham-me com frio desdém, como se a minha agonia fosse só um eco de ninguém. Cada pedra que piso sangra, cada flor que toco desfaz, meu peito em silêncio me vangra com um luto que nunca se faz. E sigo, sem rumo, sem mapa, com os olhos presos no chão, sentindo que a alma se escapa nas fendas do próprio coração. Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só... Sou nau sem mar, sem pergaminhos,sou cinza errando no pó. A Via dos Abismos Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só... Na treva, soluçam longos vinhos de mágoa, destilando pó. Os véus do crepúsculo descem, lentos, trêmulos, febris, sobre almas que nunca esquecem os abismos sutis e hostis. O vento é um órgão que geme em claustros de sombra e luar, e cada suspiro que treme é um cântico a se afogar. Entre lírios mortos, distantes, passam espectros de cristal, trazendo perfumes cortantes de um reino lunar, irreal. O tempo, de púrpura e luto, abre alas de frio metal, e o mundo, sombrio e astuto, me prende num sonho mortal. Sou via crucis de ais e espantos, sou templo que a noite calou, sou cântico feito de prantos que a própria alma apagou. Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só... Na cruz dos meus frios espinhossou névoa errando no pó. O Caminho e o Vazio (Prosa Poética) Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só. As estradas, antes claras e serenas, tornaram-se longos corredores de sombra, cheios de ecos que não me pertencem. Tudo é frio. Tudo é distante. E cada passo é um cristal que se quebra no silêncio da minha própria alma. Há uma poeira de astros mortos flutuando no ar, tocando-me como dedos pálidos de uma eternidade sem rosto. As árvores, espectrais, inclinam-se sobre mim como anjos decaídos, murmurando preces que não compreendo. E o vento, esse sacerdote noturno, arrasta pelas veredas seus cânticos roucos, como se quisesse ungir-me com o óleo sombrio da solidão. Não há horizonte — apenas véus, véus espessos de neblina, e um rumor profundo que parece vir do coração da terra. Tudo é abismo, tudo é marasmo, e eu, como náufrago da própria existência, afundo em ondas negras que não têm fim. Já não sei andar pelos caminhos, porque já não sei andar só. A solidão tornou-se meu último país, e nele vagueio como um viajante sem mapa, sem nome e sem retorno. ;

EVENTO DIA 30 Sob o Véu do Crepúsculo (preferido)

39 CAFÉ NA PASSARELA TEMA:AMOR&ALMA AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO:Espelhos de Sombra DATA:30/08/2025 PAÍS:Brasil Espelhos de Sombra Ah! Que sina cruel me foi dada, De amar sem ser nunca amada, Como flor que nasce e morre Sem que o sol a beije um dia! Minha alma é um jardim perdido Onde só crescem espinhos, E o meu coração ferido Sangra em versos clandestinos. Procuro-te em cada aurora, Em cada estrela que chora No silêncio da madrugada, Mas és sombra, és quimera! Sou mulher de mil lamentos, De sonhos desencontrados, Que vive de sentimentos Que jamais foram tocados. Amo-te como se ama A dor que nos consome, Como quem se inflama E no próprio fogo some. Minha boca é rubra chama Que arde sem se queimar, Meu corpo é harpa que clama Por dedos que a façam soar. Sou bruxa de mim mesma, Feiticeira do meu mal, Tecendo a própria algema Com fios de cristal. Ó, Alma que se debate Como pássaro ferido, Que contra as grades se bate Sem jamais ter conhecido A doçura da liberdade! Marilândia Sob o Véu do Crepúsculo Amor que vem suave, como brisa em flor, E se aninha em silêncio na alma errante, Como quem traz na mão um leve calor E o deixa, tímido, na tarde amante. Alma que guarda o eco das marés, Onde a lua derrama o seu lamento, E o vento tece, em fios tão fiéis, A música secreta do momento. Amor que é sombra e luz na mesma hora, Que beija e fere, que consola e chora, E que nos faz sonhar além do fim. Alma que, aberta ao céu como janela, Recebe a noite e guarda a luz tão bela, Num gesto doce, tímido e sem fim. Amor que nasce em lágrimas tão puras, E que floresce em almas já maduras, Como um jardim que o tempo não desfez. Alma que sente, em cada ardor que passa, O peso leve de uma antiga graça, E a voz do eterno, em ecos, outra vez. Amor que deixa marcas no caminho, Mas que, mesmo ao partir, semeia o vinho Da lembrança que nunca se desfaz. Alma que, ao fim, entende que a saudade É irmã secreta dessa intensidade Que une, para sempre, o amor e a paz. ;

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

EVENTO HJ DIA 14 BRINCAR DE VIVER

19 DESFILE NA PASSARELA TEMA: BRINCAR DE VIVER AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO:SEDUTORES SEGREDOS DATA:14/08/2025 PAÍS:Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Sil Landarim SEDUTORES SEGREDOS No lacrimejar de trêmulos acordes, Tantas ânsias bizarras Escorrendo em meus anseios!!! "Você verá que é mesmo assim", Porquanto ao "brincar de viver", In_dolentes ilusões esvoaçam Dentre sonhos imaginários _______________ Mergulhando... Marilândia

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

TÍTULOS VARIADOS EVENTO DIA 18

Alma de Seda • Pulso de Chama • Sangue de Mel • Pele de Luar • Coração de Âmbar Títulos com movimento/dança: • Valsa Proibida • Tango dos Olhares • Pas de Deux Secreto • Rodopio Fatal • Compasso da Carne Títulos com tecidos/texturas: • Renda dos Suspiros • Veludo Ardente • Cetim e Pecado • Seda Envenenada • Damasco dos Sonhos Títulos com líquidos: • Vinho dos Beijos • Licor de Loucura • Néctar Proibido • Elixir da Perdição • Poção dos Desejos Títulos com luz/sombra: • Penumbra Dourada • Clarão dos Sentidos • Sombra de Fogo • Meio-tom de Paixão • Eclipse do Pudor Títulos com música: • Sinfonia Muda • Acorde Perfeito • Melodia Secreta • Cantata dos Corpos • Berceuse Ardente Títulos únicos: • Quimera de Veludo • Labirinto de Carícias • Alcova dos Segredos • Jardim Proibido • Mandala dos Abraços

terça-feira, 12 de agosto de 2025

COSTURANDO DIA 12 DE AGOSTO

“E ainda tentamos, inutilmente, salvar os fragmentos” Jô Tauil _____________________________ Das palavras que se despedaçaram no vento, como pétalas de uma rosa que nunca floresceu nos jardins secretos da memória. Recolhemos, com dedos trêmulos, os cacos de vidro de nossas promessas, cada estilhaço refletindo um momento que já não volta, que já não respira. O tempo, esse ladrão silencioso, rouba-nos os gestos mais ternos, deixando apenas a sombra do que um dia fomos. E tu, amor meu, distante como uma estrela, permaneces gravado em minhas entranhas, nos sulcos profundos das minhas mãos que ainda procuram o calor da tua pele. Os fragmentos dançam no ar como borboletas de papel queimado, carregando em suas asas translúcidas os segredos que jamais dissemos. Inútil é o esforço de reconstruir o vaso quebrado do nosso amor, pois cada pedaço cortante guarda em si uma lágrima, um sorriso. Assim permanecemos, tu e eu, colecionadores de ruínas, arqueólogos de um tempo perdido que insiste em nos habitar. Marilândia

A Arte de Amar EVENTO DIA 18 SANDRA MARDONES

GRUPO VERSOS,PENSAMENTOS E POESIAS TEMA:"SEDUÇÃO!A ARTE DE AMAR" AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO: A Arte de Amar DATA:18/08/2025 PAÍS:Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Sandra Maria Mardones A Arte de Amar Não sei se é dom divino ou maldição, Esta arte de amar que me consome, Que faz do peito ardente habitação Onde a paixão em chamas se assume. Amar é ser pura contradição, É morrer mil vezes e renascer, É dar-se toda numa oblação Sem nunca o preço disso conhecer. É ser vento que sopra sem direção, É ser rio que corre para o mar, É ter no sangue eterna agitação De quem nasceu somente para amar. A arte de amar não se aprende nos livros, Nasce da alma quando desperta, É sentir-se entre espinhos e entre lírios, É viver sempre de porta aberta. É ser luz que se entrega à escuridão, É ser chuva que molha sem pedir, É ter no olhar doce perturbação De quem só sabe amar e bendizer. Bendita seja esta santa loucura Que faz do amor suprema poesia, Que transforma em verso a dor mais pura E faz da noite eterna melodia. Arte de amar, divina e cruel sorte, És vida, és sonho, és glória… és morte! OUTRO MODELO A ESCOLHER ALCOVA DOS SEGREDOS OU BERCEUSE ARDENTE Ó sedução, divina tentação que arde, No olhar que fala sem dizer palavra, És tu que fazes o coração covarde Tornar-se audaz na dança que se lavra. Vens como brisa morna da tardinha, Sussurras promessas ao ouvido atento, És lâmina sutil que caminha Por entre as dobras do tormento... No jogo ardente das paixões secretas, És mestra antiga, fada sedutora, Teces com fios de ouro as serestas Que prendem almas na tua aurora. Ah! Quantas vezes te senti chegando No perfume que deixas pelo ar! Quantas te vi nos lábios tremulando A promessa doce do primeiro palpar. És arte pura, música do corpo, Poesia viva que se faz canção, No teu mistério encontro o meu escopo: Render-me inteira à tua sedução. Ó musa ardente dos amores loucos, Que fazes reis de simples mortais! Em teus domínios somos todos poucos, Escravos doces de teus rituais. Seduze-me sempre, eterna namorada, Que eu seja tua até meu último alento, Pois vida sem paixão é vida nada E amor sem arte é vão acalento! Marilândia ;

Ardência a publicar

Ardência Na febre ardente desta juventude, Neste delírio que consome e arde, Num tremor doce de inquietude, Entrego-me sem freio que resguarde! Entre o sonho e a cruel certitude… A chama que o destino em mim aguarde… - Minha alma! Nela vive um fogo grande: Meus ais de paixão e de virtude! Trago rosas selvagens no cabelo… São raios de luar quando te anelo, Fincados na minh’alma como espadas! E do meu ser os íntimos segredos Vão tecendo em teu peito entre os enredos Sutilmente, em flamejantes jornadas…

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

COSTURANDO POESIA 11 DE AGOSTO

“Pois nenhuma razão se sustenta diante de tanto amor…” Jô Tauil _____________________________ Nem lógica alguma resiste ao fogo desta paixão! Que valem os sábios preceitos contra esta perdição Que me consome a alma e faz de mim sonhadora? Amor que não pede licença, amor que não implora, Que irrompe feroz no peito sem pedir permissão, Queimando prudências numa só combustão, Deixando cinzas do juízo que me protegia outrora. E que importa o mundo com suas convenções? Que importam os cálculos, as frias decisões, Se este amor é furacão que tudo devasta? Pois quando o coração se entrega desta forma, A razão se curva, se dobra e se transforma Em serva humilde desta chama que não se gasta. Amor que é loucura, amor que é desatino, Que faz da mulher sensata um ser divino E transforma o mais simples gesto em oração. Nenhuma filosofia, nenhuma doutrina Resiste à força desta paixão cristalina Que torna pequeno o mundo e grande o coração. Que se rendam, então, todas as razões Diante deste amor que quebra as prisões Da mente que teima em querer compreender! Marilândia

Amargo Despertar

Amargo Despertar Sou fria e sombria. Jamais o clarão De um dia feliz aqueceu minha alma! Clamando por paz, sem ter já mais calma, Eu, órfã da Sorte, perdida no chão! A Sorte, que a outras concede a palma Das glórias douradas na consagração, Na minha cabeça de eterna vivalma Só lágrimas frias deixou em porção! E juram que vivo… A existência Estará só, então, na aparência, Ou habita em nós e no sangue pulsa?! Tenho o amargo despertar, o mais cruel, Aquele em que já nem sobra o mel Da doce ilusão que um dia me compulsa! Marilândia

OUTRAS VERSÕES SOBRE O DIA DO FOLCLORE

Eu vi a Iara na luz da Lua, cabelos correndo como rios noturnos, olhos que guardavam segredos de estrelas, boca que sorria marés inteiras. Sua pele, prata líquida, era a própria madrugada em repouso, e cada gesto lançava centelhas que acendiam o ventre das águas. A correnteza se curvava a ela, o vento parava para ouvir, e até a Lua, rainha das noites, pareceu descer para beijar-lhe a fronte. Seu canto não era apenas música — era um feitiço que tocava a memória, despertando barcos afogados, fazendo florescer conchas na alma. Eu quis chamá-la, mas não havia voz, meu peito era um tambor em silêncio, e só meus olhos navegavam pela maré de sua presença. A Via Láctea, lá no alto, traçava um rio de luz sobre o céu, e eu não sabia mais se estava na terra ou se também flutuava entre constelações. Quando ela mergulhou, a água guardou seu último brilho, e no espelho do rio, ficou para sempre a minha saudade. Outras versões 2 mari / Entrada Marilândia Marques Rolo Do Canto que Mora nas Águas Eis que, em noite de luar inteiro, vi a Donzela-das-Águas erguer-se do leito do rio, com os cabelos a pender como rios de sombra, e os olhos feitos de luz chorada das estrelas. Vestia a Noite por manto, e trazia na fronte o diadema de prata da Lua; o ar tremia de frios encantamentos, e o próprio vento não ousava passar. Cantou, e o canto foi mágoa e sortilégio, foi riso de marés e pranto de marinheiros, foi a voz primeira que acordou o mundo e o sussurro último que adormece as marés. De seu gesto caíam lumes, que no rio se faziam astros em quebranto; e eu, pobre mortal, ficava presa no tecer de suas águas encantadas. Mas ai! — quando a Lua buscou o ocaso, a Donzela se fez espuma e penumbra, descendo ao profundo, onde jazem os sonhos e os ossos de quem ousou segui-la. E ficou sobre o rio um espelho trêmulo, guardando a sombra de minha lembrança, para que nunca, nunca, eu seja senhora de meu próprio coração. A Iara na Luz da Lua Eu vi a Iara na luz da Lua, pálida e fulgente como um astro enfermo, com véus de neblina e luto flutuando no altar das águas. Seus cabelos — rios noturnos — desciam como abismos de seda negra, e nos olhos — dois astros afogados — brilhava a febre das constelações mortas. O seu canto, feito de sombra e ouro, era lâmina líquida cortando o silêncio, e cada nota, um clarão doloroso, acendia fantasmas no fundo do rio. A noite, ajoelhada, suspendeu-se no fio de sua voz, e a Lua, branca sacerdotisa, ungiu-lhe o rosto com luz de agonia. Eu quis tocá-la, mas minhas mãos eram âncoras presas ao próprio espanto; quis falar, mas minha boca era concha cheia de sal e silêncio. Então, ela mergulhou no turbilhão das trevas prateadas, e só ficou no espelho do rio o reflexo desfeito da minha alma. Marilândia Do Canto que Mora nas Águas Eis que, em noite de luar inteiro, vi a Donzela-das-Águas erguer-se do leito do rio, com os cabelos a pender como rios de sombra, e os olhos feitos de luz chorada das estrelas. Vestia a Noite por manto, e trazia na fronte o diadema de prata da Lua; o ar tremia de frios encantamentos, e o próprio vento não ousava passar. Cantou, e o canto foi mágoa e sortilégio, foi riso de marés e pranto de marinheiros, foi a voz primeira que acordou o mundo e o sussurro último que adormece as marés. De seu gesto caíam lumes, que no rio se faziam astros em quebranto; e eu, pobre mortal, ficava preso no tecer de suas águas encantadas. Mas ai! — quando a Lua buscou o ocaso, a Donzela se fez espuma e penumbra, descendo ao profundo, onde jazem os sonhos e os ossos de quem ousou segui-la. E ficou sobre o rio um espelho trêmulo, guardando a sombra de minha lembrança, para que nunca, nunca, eu seja senhor de meu próprio coração. A Iara na Luz da Lua Eu vi a Iara na luz da Lua, pálida e fulgente como um astro enfermo, com véus de neblina e luto flutuando no altar das águas. Seus cabelos — rios noturnos — desciam como abismos de seda negra, e nos olhos — dois astros afogados — brilhava a febre das constelações mortas. O seu canto, feito de sombra e ouro, era lâmina líquida cortando o silêncio, e cada nota, um clarão doloroso, acendia fantasmas no fundo do rio. A noite, ajoelhada, suspendeu-se no fio de sua voz, e a Lua, branca sacerdotisa, ungiu-lhe o rosto com luz de agonia. Eu quis tocá-la, mas minhas mãos eram âncoras presas ao próprio espanto; quis falar, mas minha boca era concha cheia de sal e silêncio. Então, ela mergulhou no turbilhão das trevas prateadas, e só ficou no espelho do rio o reflexo desfeito da minha alma.

Juventude Morta

Juventude Morta Sou moça e sem ventura. Jamais nasceu Na minha alma um clarão de alegria! Pedindo que me escutem, noite e dia, Eu, perdida na Dor em que a’lma absorveu. A Sorte, que no berço me sorria De doces sonhos veste quem sofreu… Na minha fronte pálida e sombria Só espinhos cravou quem não morreu! E falam que sou criança… A juventude Estará só na forma e na plenitude Ou vive em nós com toda a sua chama?! Tenho a mais funda morte, o mais cruel drama Aquela em que nem um elo aflora Da menina que um dia sonhara… Marilândia

EVENTO DIA 22 DE AGOSTO POESIA MARIA DIA DO FOLCLORE

EVENTO AVALB-DIA NACIONAL DO FOLCLORE TEMA: "Eu vi a Iara na luz da Lua" AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO:Sereia dos Sonhos Ancestrais DATA:22/08/2025 PAÍS: Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Poesia Maria Sereia dos Sonhos Ancestrais NO ALTAR AZUL DA NOITE, A IARA Eu vi a Iara na luz da Lua, cabelos de algas douradas ao vento, emergindo das águas profundas como memória que nunca se esquece. Seus olhos verdes refletiam estrelas, espelhos d’água dos outroras onde se banhavam as lendas do Brasil e nasciam os cantos da madrugada. Ó que coisa mais linda, a mãe-d’água cantando na correnteza, com voz de viola e de cururu, chamando os homens pra festa das águas. A Lua derramava prata líquida sobre sua pele de água e mistério, enquanto ela cantava melodias que faziam os pescadores sonhar. No Dia do Folclore ela dançava, rainha das águas doces e salgadas, tecendo histórias com fios de espuma às margens dos rios brasileiros. Sua voz ecoava pelos séculos, carregando saberes de nossos avós, histórias que nasceram da terra e cresceram na boca do povo. Eu vi a Iara na luz da Lua e compreendi nossa herança, que vive nos contos e canções, alma profunda de nossa gente. Iara de todos os cantos, lenda viva do povo brasileiro. Eu vi a Iara na luz da Lua e entendi nossa alma mestiça, que cantava lendas em português temperado com sangue da terra. Iara dançando maxixe n’água, misturando índio, negro e branco numa festa só de brasilidade. Por isso celebramos hoje as lendas que nos definem, o folclore que pulsa vivo no coração do Brasil. Marilândia Iara das Águas Brasileiras Eu vi a Iara na luz da Lua e ela era toda nossa, morena d’água dos rios do Brasil, sereia cabocla de cabelos longos. Ói que coisa mais linda, a mãe-d’água cantando na correnteza, com voz de viola e de cururu, chamando os homens pra festa das águas. No Tietê, no São Francisco, no Amazonas ela aparece, Iara de todos os cantos, lenda viva do povo brasileiro. Lua cheia derramando prata sobre o corpo moreno da sereia, que nasceu das histórias da vovó e vive no coração da gente. Ai, folclore do meu Brasil! Iara dançando maxixe n’água, misturando índio, negro e branco numa festa só de brasilidade. Eu vi a Iara na luz da Lua e entendi nossa alma mestiça, que canta lendas em português temperado com sangue da terra. Dia do Folclore é dia nosso, de celebrar a Iara cantadeira! Marilândia ;

domingo, 10 de agosto de 2025

COSTURANDO POESIA DIA 10 DE AGOSTO

“Elevados sobre minha cabeça” Jô Tauil ____________________________ Os sonhos bailam em véus de luz, Como estrelas que o vento endereça Para longe, onde a noite seduz. Erguem-se em danças etéreas, leves, Suspensos no ar da madrugada, Entre sombras e luzes breves, Numa valsa desesperada. Ó braços meus que se estendem Em súplica ao céu infinito! As palmas abertas se rendem Ao mistério do interdito. Que anseios se alçam, que chamas Sobem do peito em desalento! Como pássaros que se derramam No azul profundo do firmamento. Elevados, sempre elevados, Os meus desejos não descansam, Eternamente sublimados Na dor que nunca se cansa. E eu, pequena ante o destino, Alço os braços ao impossível, Buscando no gesto divino O amor do inacessível. Marilândia

EVENTO LMN DIA 11

Evento de Lucia Maria Nobre e International Poetic in Brazil TEMA: Los padres y la incertidumbre del verdadero diálogo con sus hijos (Os pais e a incerteza do dialogo verdadeiro com o filho) (LFN) Autora:Marilândia Marques Rollo Título:As Palavras Que Se Calam País: Brasil Data: 11/08/2025 Gentilmente convidada pela nobre escritora/poetisa Lucia Maria Nobre As Palavras Que Se Calam Entre o silêncio da manhã e o grito da tarde, os pais esperam nas esquinas do tempo, com perguntas que mordem a língua e respostas que nunca chegam. Há um oceano entre "como foi seu dia" e a verdade que nada nos corpos jovens, águas profundas onde navegam os segredos como peixes assustados. Ó filhos, vocês são países distantes cujas fronteiras redesenham-se a cada lua, e nós, exploradores perdidos, tropeçamos nos mapas antigos do amor. Queremos ser pontes, mas somos muros, queremos ser luz, mas somos sombra, e nossas palavras caem como folhas secas no outono perpétuo da incompreensão. Há momentos em que a verdade bate às nossas portas como chuva, e nós, com medo de nos molharmos, fechamos as janelas do coração. Os filhos crescem como árvores selvagens, suas raízes buscando águas secretas, e nós regamos apenas a superfície dos jardins que pensamos conhecer. Ainda assim, no silêncio da noite, quando a casa respira nossos medos, sabemos que o diálogo verdadeiro nasce não das palavras, mas do estar. Marilândia

sábado, 9 de agosto de 2025

Homenagem ao Pai (verificar esse)

Grupo Versos Pensamentos & Poesias Comemoração ao Dia dos Pais . Autora: Marilândia Marques Rollo Titulo:O Imperador das Horas Silenciosas País: Brasil Data: 10/08/2025 O Imperador das Horas Silenciosas Ó pai, astro sublime de luz eterna e pura, Que brilhavas no infinito da memória santa, Tua alma de ouro em glórias se levantava Como lírio celeste na noite escura. Tuas histórias eram barcos Que me levavam além do horizonte. Hoje, olho para o céu e vejo que muitas das estrelas que me guiavam foram lançadas por ti. Forjavas-me na têmpera da ternura, Com mãos de bronze que o destino cantava, E em cada gesto teu, mística e santa De amor cobria minha alma com envergadura. Gigante de bondade, colosso de virtude, Erguias monumentos de solicitude No templo do meu ser, altar sagrado. Tua voz era música, harpa de cristal, Que ecoava nos átrios do ideal, Onde teu nome eterno estará gravado. Homem-tempestade, homem-claridade, Que domavas os dragões da adversidade Com a espada flamejante da coragem. Ó genitor querido, fonte de esperança, Tu eras a ponte, eras a segurança Que me conduzia através dos caminhos. Hoje que o tempo tece sua mortalha E a saudade como serpente se espalha Pelo jardim deserto da lembrança, Tua memória fulge como estrela, Constelação divina, luz que vela Minha existência em eterna dança. Marilândia

VÁRIOS POEMAS SOBRE O PAI

Pai vários 2 mari / Entrada Marilândia Marques Rolo O Vento que Leva o Meu Medo Tua voz soprava e o medo se desfazia como neblina ao sol. Havia um timbre em ti que transformava tempestades em brisa. Era como se as palavras viessem com um feitiço antigo, capaz de abrir clareiras no meio da noite. Eu me escondia no som do teu riso, como quem encontra abrigo sob um telhado quente. Quando o perigo parecia grande demais, tu encurtavas o tamanho dele com uma frase. E assim, aprendi a não me curvar ao pavor. Hoje, quando o vento sopra forte demais, lembro-me de ti — e ele muda de direção. 7. Navegador dos Sonhos Adormecidos Tuas histórias eram barcos que me levavam além do horizonte. Enquanto a casa dormia, tu acendias faróis com a tua voz. Eu via portos e tempestades pintados nas tuas palavras. Havia sereias, ilhas perdidas, mares que cabiam numa cadeira de balanço. Tu sabias conduzir o leme mesmo em silêncio, e cada pausa era como um cais onde eu podia descansar. Hoje, quando viajo sozinha, ainda sigo rotas traçadas naquela infância. E percebo que todos os mapas apontam para ti. 8. Guardião do Fogo Antigo Mantinhas acesa a chama que aquecia as noites de inverno da minha infância. Não era só o calor da lareira, mas o calor de um mundo protegido. Tu sabias contar histórias como quem sopra brasas para que não se apaguem. Eras guardião de memórias que hoje me aquecem nas noites frias da vida. O fogo ardia também nos teus olhos, um fogo de quem defende o que ama. Nunca deixaste a chama morrer, mesmo quando o vento era forte. E no centro da minha lembrança, ainda vejo teu fogo arder. 9. Rosto Escrito à Luz de Lâmpada Te vi escrever o futuro na penumbra, com o rosto cansado mas luminoso. As sombras da sala dançavam no papel, e tuas mãos traçavam destinos sem saber. Eu observava, tentando decifrar o mistério do teu silêncio. Parecia haver um pacto entre ti e a noite, um acordo onde o trabalho era também oração. Aprendi que não é só no dia que as coisas grandes nascem. E que, às vezes, a luz ma sáb., 9 de ago. às 18:49 Marilândia Marques Rolo De: marilandiam@yahoo.com.br Para: MARILÂNDIA MARQUES ROLLO sáb., 9 de ago. às 18:49 O Vento que Leva o Meu Medo Tua voz soprava e o medo se desfazia como neblina ao sol. Havia um timbre em ti que transformava tempestades em brisa. Era como se as palavras viessem com um feitiço antigo, capaz de abrir clareiras no meio da noite. Eu me escondia no som do teu riso, como quem encontra abrigo sob um telhado quente. Quando o perigo parecia grande demais, tu encurtavas o tamanho dele com uma frase. E assim, aprendi a não me curvar ao pavor. Hoje, quando o vento sopra forte demais, lembro-me de ti — e ele muda de direção. 7. Navegador dos Sonhos Adormecidos Tuas histórias eram barcos que me levavam além do horizonte. Enquanto a casa dormia, tu acendias faróis com a tua voz. Eu via portos e tempestades pintados nas tuas palavras. Havia sereias, ilhas perdidas, mares que cabiam numa cadeira de balanço. Tu sabias conduzir o leme mesmo em silêncio, e cada pausa era como um cais onde eu podia descansar. Hoje, quando viajo sozinha, ainda sigo rotas traçadas naquela infância. E percebo que todos os mapas apontam para ti. 8. Guardião do Fogo Antigo Mantinhas acesa a chama que aquecia as noites de inverno da minha infância. Não era só o calor da lareira, mas o calor de um mundo protegido. Tu sabias contar histórias como quem sopra brasas para que não se apaguem. Eras guardião de memórias que hoje me aquecem nas noites frias da vida. O fogo ardia também nos teus olhos, um fogo de quem defende o que ama. Nunca deixaste a chama morrer, mesmo quando o vento era forte. E no centro da minha lembrança, ainda vejo teu fogo arder. 9. Rosto Escrito à Luz de Lâmpada Te vi escrever o futuro na penumbra, com o rosto cansado mas luminoso. As sombras da sala dançavam no papel, e tuas mãos traçavam destinos sem saber. Eu observava, tentando decifrar o mistério do teu silêncio. Parecia haver um pacto entre ti e a noite, um acordo onde o trabalho era também oração. Aprendi que não é só no dia que as coisas grandes nascem. E que, às vezes, a luz mais forte é a que brilha na escuridão. 10. Poema em Forma de Ombro Sobre teu ombro aprendi a chorar sem medo de ser frágil. Era um lugar onde a tristeza não precisava pedir licença. O mundo podia ruir, mas ali havia firmeza e ternura. Teu ombro era cais, era terra firme depois da tormenta. Aprendi que força não é nunca cair, mas ter onde se apoiar. E mesmo hoje, quando já caminho sozinha, sinto teu ombro em cada lembrança. Ele continua a ser verso no poema da minha vida. 11. O Gigante que Conversa com o Mar Tuas palavras eram marés, ora brandas, ora poderosas. Havia dias em que vinhas como onda mansa, acariciando a areia do meu medo. E outros em que rugias como tempestade, para afastar perigos invisíveis. Tu conhecias o mar, sabias quando avançar e quando recuar. Foste gigante que falava a língua das águas, e eu aprendi que até o oceano respeita certos homens. Hoje, quando escuto o mar, procuro nele a tua voz. 12. Raiz que Sustenta o Firmamento Eras raiz que não se via, mas que impedia o mundo de cair. Enquanto todos olhavam as folhas, tu alimentavas a árvore em silêncio. Teu trabalho era invisível, mas sustentava a vida inteira. Nunca pediste aplausos, e por isso mesmo merecias todos. Foste raiz em terra firme, resistindo à seca e à tempestade. E no chão da minha história, tu permaneces vivo. 13. A Ponte Entre a Infância e o Infinito Teu abraço era passagem para todos os futuros. Ali, eu era criança e também mulher, segura no mesmo calor. Tu não precisavas de palavras para me fazer atravessar o medo. Eras ponte firme, com madeira feita de paciência e afeto. De um lado, a infância; do outro, o infinito. E eu só precisei te seguir para chegar onde estou. 14. Muralha de Brisa e Sol Protegias-me com a firmeza da rocha e a ternura do vento. Eras muralha que não sufoca, fortaleza com janelas abertas. De ti vinha o calor que fortalecia, mas também a brisa que acalmava. Sabias a medida da força, sabias a hora de soltar e a de segurar. Assim, cresci livre, mas sempre dentro do teu horizonte seguro. E a muralha continua lá, mesmo que agora seja feita só de lembrança. 15. O Tempo Onde Moro Em ti aprendi que o tempo é feito de gestos que não envelhecem. Os anos passaram, mas teu modo de olhar ainda é o mesmo. Cada riso teu carrega o frescor da primeira vez que ouvi. O tempo te moldou, mas nunca apagou tua essência. E eu descobri que morar no tempo é morar nos instantes que valem para sempre. Assim, vivo também nos dias passados, nas tardes que nunca saíram de mim. E, no futuro, quando me perguntarem onde moro, responderei: moro no tempo que herdei de ti.

Homem que Semeava Estrelas

Homem que Semeava Estrelas Cada conselho teu caía na terra como semente de luz. Eram palavras que germinavam devagar, às vezes anos depois de serem ditas. Tu conhecias o tempo de cada colheita, e nunca pedias pressa ao que nascia. Teus gestos eram enxadas que abriam caminhos no futuro. E mesmo nos dias secos, tua fé regava o que parecia morto. Hoje, olho para o céu e vejo que muitas das estrelas que me guiavam foram lançadas por ti, E o meu destino floresce sob tua paciência.

Pastor das Minhas Madrugadas

Pastor das Minhas Madrugadas Guiaste meus passos como quem guarda estrelas no bolso. Havia noites em que o medo rondava minha porta, mas bastava teu olhar para que o dia amanhecesse dentro de mim. Tu sabias chamar a coragem pelo nome. Sabias calar o choro com a promessa de que tudo passaria. Na tua presença, a escuridão tinha limites. E, mesmo no silêncio, eu sabia que estavas atento. Foste pastor não de rebanhos, mas de sonhos pequenos que corriam pelo quintal. Hoje, quando a noite me assusta, lembro-me de que um dia fui guiada por ti. E a madrugada se acalma. Marilândia

Coluna Onde se Apoia o Céu

Coluna Onde se Apoia o Céu Teu ombro sustentava o peso de um céu que eu nem sabia existir. Havia em ti uma arquitetura invisível, uma força que não se exibia, mas amparava tudo. Quando o mundo parecia prestes a desabar, bastava teu passo firme para que o chão lembrasse quem o sustentava. Nunca te vi vacilar, mesmo quando o vento rugia nas janelas da vida. E se por acaso teu corpo cansava, teu espírito erguia-se mais alto. Foste sempre a coluna, mesmo quando ninguém olhava para cima. E no teto da minha memória, teu nome ainda segura as estrelas. Marilândia