COSTURANDO POESIA
“Levando-me aos teus braços como antigamente” Jô Tauil ______________________________ Quando o mundo era nosso e não havia dor, E cada beijo teu ardia docemente Como chama sagrada do primeiro amor. Volto em sonhos à tarde em que me amaste, Aos sussurros que o vento ainda ecoa, À promessa de eterno que juraste E que agora se esvai como espuma à toa. Que saudade terrível dos teus lábios! Que tormento cruel esta paixão! Nos silêncios da noite, quantos sábios Não souberam curar meu coração? Procuro-te no rosto das estrelas, Na música que toca ao entardecer, Em todas as sombras,menos nelas Encontro o que em ti vim conhecer. És tu a fonte onde bebi o momento, És tu a dor que nunca mais se cala, És tu o sonho e és tu o desalento, És tu quem chora quando minh’alma fala. Se pudesse arrancar-te do meu peito! Se pudesse esquecer o teu olhar! Mas ficaste em mim como um defeito Que me faz entre lágrimas cantar. Marilândia

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