COSTURANDO DIA 31
“Soprou-me tristezas e dependurou-me sobre a vida…” Jô Tauil _______________________________ Como trapo ao vento, alma desvalida, Oscilando entre o chão e o céu profundo, Prisioneira deste amargo mundo. Deixou-me suspensa entre o ser e o nada, Com a alma ferida e despedaçada, Balançando ao sabor de ventos frios, Entre lágrimas e desafios. Que mãos cruéis me ergueram desta sorte? Que destino me legou tal morte Em vida, pendente como folha seca Que o outono arranca e depois resseca? Dependurada sobre abismos fundos, Vejo passar os dias errabundos, Sem poder tocar a terra firme, Sem poder do sofrimento eximir-me. Ó, como pesa esta existência vaga! Este viver que tanto me lasca, Esta tristeza que em mim habita E minha paz para sempre excita! Marilândia ;

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