sábado, 23 de agosto de 2025

COSTURANDO DIA 23 DE AGOSTO

“Que a morte nos embale com a mais doce melodia!” Jô Tauil _________________________________ Como mãe que acalenta o filho em seu regaço terno, Sussurrando segredos de eterno abandono, Onde cessam as dores e a alma encontra sono. Que venha ela vestida de sedas transparentes, Com coroa de lírios e manto de saudade, Trazendo nos lábios o beijo da eternidade, E nos olhos o brilho das estrelas ardentes. Ó morte, doce amante que tardas em chegar! Já não posso mais tanto sofrimento suportar, Esta vida que pesa como cruz nos ombros, Entre lágrimas, angústias e desencontros sombrios. Vem deitar-me no leito de pétalas macias, Onde não há amores que se tornem agruras, Nem promessas quebradas, nem venturas impuras, Só o silêncio doce das noites mais frias. Que teus braços me envolvam como véu nupcial, E tua voz me guie pelos caminhos mudos, Para além dos pesares, dos sonhos mais agudos, Onde a paz é eterna e o amor, imortal. Embala-me, ó morte, com teu canto sublime, Leva-me desta terra de espinhos e queixumes, Para jardins celestes de eternos perfumes, Onde a alma descansa e jamais se redime. Marilândia ;

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