EVENTO DIA 29 UNALLEGRO LEOVANY 3 versões
II Evento Conjunto das ACADEMIAS UNALEGRO, ACaL "Tributo aos Patronos – João Mineiro (cadeira 016 da ACaL) Evento Oficial das Academias Tema: " - Esse amor de momento Quase nunca tem tempo É feito às pressas Não divide segredos Não tem paz nem sossego (Amor Clandestino – João Mineiro e Marciano) AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO: Data: 29/08/2025 País: Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Leovany Octaviano O Breve Fogo Este amor que chega como chuva súbita sobre a terra seca de nossas tardes, não conhece calendários nem relógios, apenas o pulso urgente do desejo. Somos ladrões do tempo, roubando minutos aos ponteiros cansados, bebendo a pressa como vinho amargo que embriaga antes mesmo de tocar os lábios. Tuas mãos são pétalas apressadas que não esperam a primavera completa, florescem no inverno dos encontros breves, murcham antes que a noite as cubra. O amor de momento é fogo de palha: arde com força, consome rapidamente, deixa apenas cinzas douradas e o perfume de algo que foi intenso. Não temos tempo para palavras longas, para promessas que atravessem meses, apenas este instante que se quebra como onda contra as pedras do sempre. Somos amantes da urgência, arquitetos de castelos de areia que o vento desfaz enquanto os construímos, mas que brilham sob o sol do agora. Este amor feito às pressas é tempestade que não anuncia chegada, é o relâmpago que ilumina por segundos todo o céu escuro da nossa solidão. Marilândia Responder, Responder a todos ou Encaminhar A Urgência dos Corpos Este amor de momento chega como vento entre folhas secas, não conhece calendários, não divide segredos guardados no fundo dos peitos inquietos. Quase nunca tem tempo de desabotoar lentamente as horas, de sussurrar nomes ao ouvido, de construir pontes entre almas que se tocam apenas na superfície. É feito às pressas, como quem bebe água com sede em fonte que logo secará, como quem colhe frutos antes que amadureçam completamente. Não tem paz nem sossego este amor que corre contra o relógio, que se esconde em esquinas escuras, que treme nas mãos apressadas e morre antes do amanhecer. Somos estranhos que se reconhecem no fogo breve dos encontros, corpos que se falam sem palavras, pele que grita o que a boca cala, urgência que não espera respostas. Não dividimos segredos porque não há tempo para confissões, apenas este instante que arde como cigarro entre dedos nervosos, consumindo-se na própria chama. Marilândia O Amor que Não Demora Esse amor de momento, correndo como um rio que não conhece margens, desliza pela pele, arde na boca, mas não encontra casa no coração. É feito às pressas, como um pão malcozido, como um vinho servido em copo quebrado. Não pede licença, não oferece descanso. Não divide segredos, tem medo da noite, tem medo do silêncio, vive apenas de centelhas, e morre antes da chama. É um amor sem raízes, sem memória, sem o peso suave da ternura. Não tem paz, nem sossego, apenas o corpo em sobressalto, apenas o instante que logo se desfaz. Eu o conheço, já o bebi em taças amargas, já o senti entre lençóis de vento. E quando parte, não deixa perfume, não deixa nome, apenas o eco breve de um desejo que não se cumpriu. Esse amor de momento, feito de pressa e ausência, é como um pássaro que não pousa, é como um sol que não aquece, é como um beijo sem boca. E no entanto, mesmo sem durar, ele ainda fere, como se fosse eterno. marilândia

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