sábado, 7 de janeiro de 2023

Marilândia em dueto com poema de Florbela Espanca SEM REMÉDIO// RUDEZA

Marilândia em dueto com poema de Florbela Espanca SEM REMÉDIO// RUDEZA Aqueles que me têm muito amor// Cercam-me e iluminam essa rudeza! Não sabem o que sinto e o que sou ...// Mesmo as afrontas mais cruéis esquecem Não sabem que passou, um dia, a Dor// Esmagando os sentimentos com crueza À minha porta e, nesse dia, entrou.// Em perfis sanguíneos que escarnecem ... E é desde então que eu sinto este pavor,// Onde e quando acharei o meu sossego, Este frio que anda em mim, e que gelou// Pois esse cansaço peregrina nas entranhas O que de bom me deu Nosso Senhor!// Transfigurando tormentosas artimanhas, Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!// Errando somente por caminhos de desassossego... Sinto os passos da Dor, essa cadência// Misto de esfinge triste, melancólica... Que é já tortura infinda, que é demência!// Brilhando, maquiavélica! Que é já vontade doida de gritar!// Ao sentir o amargor do desejo perdido! E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,// Difundido entre sombras in_dolentes, A mesma angústia funda, sem remédio,// Tais exaustões insolentes, Andando atrás de mim, sem me largar!// Sob sofrimento subentendido! Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo

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