domingo, 12 de setembro de 2010

PARTIDA (ENSAIO)





PARTIDA (ENSAIO)





Lenço bordado junto a encantada carta comigo partirão.
Quando deixar de chorar, minhas derradeiras lágrimas, secarão o lenço.
A carta, essa, rastros da saudade que jamais se apagarão.
Românticos versos haverei sempre de escrever. Se é amar-te não sei...
No meu garç´olhar, o teu glauc´olhar tatuei.





"Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles.“

(Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)

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