sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

CARNAVAL

Sinfonia de Fevereiro Desce fevereiro em cores pela ladeira Como criança apressada para a festa, O corpo suado, a fantasia ligeira, Na rua, a vida que se faz orquestra. Dança o povo na cidade adornada, O céu noturno, pontuado de estrelas, Sorrisos brilham mais que a lua prateada, As horas passam como folhas amarelas. Pandeiros fazem soar o pulso do Brasil, Mãos negras, pardas, brancas em união, Corpos que cantam num bailado febril, E na cidade explode enorme coração. Nos becos e no asfalto, a madrugada Testemunha o amor que não se encerra, A paixão fugaz, suada, perfumada, Quando o carnaval faz tremer a terra. Samba, meu bem, até os pés sangrarem, Até que a alma liberte suas dores, Até que os tambores todos calarem, E o sol desperte em novos esplendores. O carnaval é o Brasil em sua essência, Sublime delírio, doce insensatez, Na festa que celebra a existência, Somos todos reis, nem que por uma vez. Quando a quarta-feira despertar cinzenta, E as serpentinas murcharem no chão, A vida cotidiana, sonolenta, Guardará esta efêmera canção. Pois o carnaval não é só fevereiro, É estado d'alma do nosso povo, Um suspiro musical, breve e certeiro, Que faz da vida algo sempre novo. Marilândia

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

CARNAVAL: UM MOSAICO POÉTICO

Carnaval: Um Mosaico Poético No país do Carnaval, o tempo suspende seu voo. A rua não é mais rua, é serpente colorida que devora as tristezas e regurgita alegrias. As máscaras não disfarçam — revelam. Delírio dionisíaco nas praças, confetes como estrelas despencadas, serpentinas entrelaçam destinos. O suor é perfume, o cansaço é mentira. Vou de mansinho na folia, tenho sede de vida Nos espelhos trêmulos das águas-marinhas, o Carnaval reflete seus fantasmas dourados. Desfila-se o tempo em cortejos e eternidade dura apenas quatro dias. Quem são estes que dançam? Quem sou eu que os contemplo? Somos todos efêmeros como as pétalas de papel que adornam este instante. Ó folia sublime, contradição divina! És prece e pecado, êxtase e queda. No teu ritmo desenfreado, baila o Brasil como quem faz do pranto uma festa. No teu abraço de suor e purpurina, somos todos iguais na vertigem do samba. Carnaval — breve eternidade, fugaz in_finito. Carnaval não se explica, sente-se como uma febre, um delírio consciente. Entre o ser e não-ser, escolhemos ser muitos. A máscara não esconde, revela. No caos ordenado dos tambores, descubro que o avesso do silêncio é também uma forma de verdade. Carnaval é faca que corta o ano em duas metades: antes e depois. A música é pedra que não se gasta, por mais que dance sobre ela a multidão in_cansável. O samba constrói com a precisão de um arquiteto catedrais de som que se desmoronam ao amanhecer. Marilândia

POR QUE?

Por que? Por que perguntar o que as flores já sabem? As pedras do caminho são mais sábias que os livros, E o vento que passa carrega mais verdades Que todas as filosofias inventadas. Por que erguer templos de dúvidas Quando o céu é um telhado perfeito sobre nós? As nuvens não perguntam para onde vão, Simplesmente navegam como pensamentos soltos. Por que complicar o que nasce simples? A árvore não questiona sua altura, Nem o rio duvida de seu curso — Apenas seguem o que são, sem metafísica. Por que buscar significados escondidos Se tudo está nu aos olhos que veem de verdade? As estrelas são apenas estrelas, não enigmas, E brilham sem pretender ser metáforas de nada. Por que inventamos perguntas Que a terra úmida sob nossos pés já respondeu? O orvalho da manhã é mais claro que qualquer teoria, E a luz do sol mais direta que qualquer explicação. Por que não ser como a ovelha no pasto, Que conhece a vida mastigando-a simplesmente? Suas lãs são pensamentos tranquilos, Que não se confundem com ideias alheias. Por que, por que, por que? Tantos porquês como folhas caídas no outono, Quando bastaria olhar e ver Que a resposta é o próprio existir sem perguntar. “Pensar é estar doente dos olhos”, dizia o poeta E eu digo: perguntar é estar doente da alma. A natureza não pergunta, apenas é. E nisso está toda a sabedoria que se busca. Marilândia

CANÇÃO DO VIOLEIRO

UNI_VERSO DE SONS Nas cordas estendidas da minha alma, teu nome vibra como dedilhado ancestral. Sou madeira encurvada, esculpida pelo tempo, que guarda em suas veias o rio da memória. Meu peito é caixa de ressonância onde ecoam as vozes da terra vermelha. Carrego um universo de sons nas mãos calejadas e nas unhas gastas de tanto arrancar suspiros do silêncio. Quando meus dedos tecem as cordas da viola, meu sangue serpenteia como melodia indomável. Não sou eu quem toca, é o vento que atravessa o deserto florido das minhas costelas vazias. Se pudesses abrir meu corpo com facas de prata, encontrarias um sol pulsante feito de madeira e aço, um labirinto de sons onde se perdem os pássaros e uma árvore de raízes presas às estrelas. Meu coração não conhece relógios nem calendários, apenas o tempo circular das canções ancestrais. Bate em sincronia com o tambor distante das montanhas e com a respiração ofegante das cachoeiras. Não procures entender o mistério deste pulsar, viola e homem fundidos em uma só existência. Os sábios tentaram e perderam-se no enigma de como um instrumento pode conter toda a vida. Em cada acorde que nasce dos meus dedos trêmulos, escorre a seiva dourada da minha verdade. Sou guardião de histórias que o tempo não apaga, sou ponte entre o visível e o que os olhos não alcançam. Violeiro eu sou, mas é a viola quem me toca, arrancando de mim canções que eu desconhecia. Meu coração é corda esticada entre o céu e a terra, vibrando na frequência exata da eternidade. Marilândia

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 26

"Como elefantes perseguidos no deserto" Jô Tauil _________________________________

A Floresta dos Sussurros (EVENTO DE POESIA MARIA DIA 26)

A Floresta dos Sussurros Em uma terra distante, onde as sombras dançavam entre os galhos retorcidos das árvores antigas, vivia uma jovem chamada Clara. Seus cabelos eram negros como carvão e sua pele pálida como a lua. Diferente das outras crianças da aldeia, Clara podia ouvir os sussurros da floresta. Os aldeões temiam a floresta que cercava suas casas. Diziam que aqueles que se aventuravam muito profundamente nunca mais retornavam. Mas Clara conhecia a verdade: a floresta não era cruel - ela apenas guardava segredos antigos. Em uma noite de lua nova, quando as estrelas se escondiam atrás de nuvens pesadas, Clara ouviu um choro distante. Não era um choro humano, mas também não era de animal - era o próprio coração da floresta que chorava. Contra todos os avisos de sua avó, Clara adentrou a escuridão das árvores. Os galhos pareciam se curvar para ela passar, e as raízes se moviam para criar um caminho. Quanto mais fundo ela ia, mais intenso ficava o lamento. No coração da floresta, encontrou uma clareira onde uma árvore antiga e majestosa se erguia. Seu tronco era tão largo que dez homens de mãos dadas mal conseguiriam abraçá-lo. Em suas raízes, havia uma pequena poça de água cristalina que brilhava com luz própria. Clara se ajoelhou junto à poça e viu seu reflexo transformar-se no rosto de uma mulher belíssima, com cabelos feitos de folhas e olhos profundos como o oceano - era a Rainha da Floresta. "Minha criança", disse a Rainha com voz melodiosa, "você é a primeira em cem anos que consegue ouvir nosso chamado. A floresta está morrendo. Os homens cortam nossas árvores mais antigas e envenenam nossas águas. Sem as árvores antigas, a magia que protege estas terras se desfará." Clara sentiu lágrimas escorrerem por seu rosto. "Como posso ajudar?", perguntou. A Rainha estendeu uma mão etérea da poça. "Você deve fazer uma escolha. Pode se tornar uma guardiã da floresta, mas terá que abandonar sua vida humana. Ou pode retornar à aldeia e esquecer tudo que viu aqui." Clara olhou para suas próprias mãos, tão pequenas e frágeis. Pensou em sua avó, em sua casa aconchegante, no cheiro de pão fresco pela manhã. Mas também pensou na floresta, nos sussurros das árvores, na magia antiga que pulsava sob seus pés. Sem hesitar, Clara tomou a mão da Rainha. No instante em que seus dedos se tocaram, sentiu seu corpo se transformar. Sua pele ganhou texturas de casca de árvore, seus cabelos se tornaram longos ramos com folhas delicadas, e seus olhos adquiriram a profundidade das águas da floresta. Os aldeões nunca mais viram Clara. Mas dizem que, em noites de lua cheia, podem ouvir uma canção suave vinda da floresta. E desde então, as árvores crescem mais fortes e saudáveis que nunca. Aqueles que se perdem na floresta contam que uma jovem guardiã os guia de volta para casa, seu corpo feito de galhos e folhas, seus olhos brilhando com antiga sabedoria. E embora a aldeia continue temendo a escuridão entre as árvores, as crianças agora sabem que a floresta protege aqueles que a respeitam. Pois onde antes havia apenas escuridão e medo, agora há uma guardiã eterna, uma menina que escolheu se tornar parte da magia que sempre chamou seu coração.de Responder

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 25

"Sim, vivo de inspiração... mas morro de solidão!" Jô Tauil ________________________________________

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 24

“Numa eterna primavera de juras murmurantes” Jô Tauil ______________________ Nas sombras do crepúsculo ardente, Teço promessas com fios de lua, Murmurantes juras que o vento leva, Como lágrimas que o mar perpetua. Sou vulcão de paixão silenciosa, Que nas entranhas da alma fermenta, Cada palavra - um universo inteiro, Cada suspiro - tempestade violenta. Meu coração, catedral de saudade, Guarda ecos de promessas infinitas, Onde os sonhos, como aves feridas, Batem asas em preces não ditas. Mil vezes morri em teus braços, Mil vidas vivi em teu olhar, As juras que murmuro ao vento São abismos onde aprendo a voar. Na vastidão deste amor desmedido, Sou folha e raiz, sou fogo e água, Minhas juras murmurantes ecoam Na eternidade desta doce mágoa. Marilândia

EVENTO SOBRE A MULHER MARÇO 2025 13 de março

14º DESFILE NA PASSARELA TEMA:MULHER-SEXO FRÁGIL AUTORA:Marilândia Marques Rollo TÍTULO:Ela, Suposta Fragilidade Data:13/03/2025 Gentilmente convidada pela amiga poetisa Sil Landarim Ela, Suposta Fragilidade Na delicadeza aparente da pétala, Esconde-se a força que sustenta a flor. Assim é ela — oceano profundo Disfarçado em suave murmúrio de riacho. Quem disse frágil não conheceu seu olhar, Tempestade contida em íris de veludo, Nem sentiu o calor de mãos que embalam sonhos E ao mesmo tempo erguem mundos inteiros. Frágil é o conceito que tenta contê-la, Como quem tenta aprisionar o vento em gaiolas de papel. A mulher é múltipla como as fases da lua, Constante apenas em sua capacidade de transformação. De fragilidade ela tem apenas a aparência, Como o bambu que se curva ao vento Mas não quebra, não cede, não se rende — E depois da tempestade, ainda mais altivo permanece. Quem a chama de frágil confunde A gentileza com fraqueza, a sensibilidade com vulnerabilidade. Desconhece que em seu ventre germina a vida, E em seu peito habita a força de gerações. A mulher não é frágil, é flexível; Não é débil, é resiliente. Sua força não está no punho cerrado, Mas na mão aberta que acolhe e transforma. Responder, Responder a todos ou Encaminhar

EVENTO DIA PRIMEIRO

Carnaval: Sonho e Sedução Nas ruas de fevereiro dançam sombras multicolores, Como borboletas embriagadas de néctar e desejo, O Carnaval despe a cidade de seus pudores, E veste-a com um manto de mistério e cortejo. Serpentinas desenham no ar histórias proibidas, Enquanto confetes sussurram segredos ao vento, As máscaras escondem verdades adormecidas, E revelam desejos num único momento. Teus olhos, faróis na noite enfeitiçada, Brilham como estrelas de um céu de purpurina, Tua dança é poesia em movimento, sagrada, Como uma chama que queima, seduz e ilumina. O tambor é o coração desta festa insana, Que pulsa como sangue nas veias da cidade, A música é um feitiço que tudo engana, Transformando segundos em eternidade. Entre beijos de espuma e abraços de samba, O tempo se dissolve em gotas de suor, A realidade se curva e desaba, Num delírio coletivo de cor e calor. Somos todos atores neste teatro mágico, Onde a lua é refletor e as estrelas, plateia, O roteiro se escreve num compasso trágico, De amores que nascem quando a razão titubeia. E quando a aurora romper este encanto, Restará na memória um doce veneno, De uma noite que valeu mais que tanto, De um carnaval que foi grande e pequeno. Na quarta-feira as cinzas nos lembram, Que a vida é mais que sonho e fantasia, Mas no coração as memórias celebram, A eterna sedução desta magia. Responder, Responder a todos ou Encaminhar

Sonho Impossível (evento dia 1 ou 5)

168º Encontro Pôr do Sol TEMA:"Sonho Impossível” Autora:Marilândia Marques Rollo Pais:Brasil TÍTULO:DERRADEIRO SILÊNCIO Data:05/03/2025 A convite da amiga poetisa Leovany Octaviano DERRADEIRO SILÊNCIO Em noites de lua morta, quando choro, Desfazem-se estrelas em meu travesseiro, E neste silêncio, profundo, derradeiro, Busco em vão aquele sonho que devoro. Mil oceanos cruzei em meu desejo, Navegando em barcos feitos de saudade, Mas nas ondas cruéis da realidade, Afogam-se as esperanças que almejo. Se pudesse arrancar do firmamento Todas as constelações do pensamento, Para tecer-te um manto de "forever"... Mas és como a fênix que não renasce, Como a primavera que jamais floresce, Como um amor que não posso ter. Em meu peito, um vulcão de lágrimas arde, Consumindo os segundos desta tarde, Enquanto minha alma, em gritos mudos, clama Por este sonho que se desfaz em chama. O impossível mora em teu sorriso ausente, Na distância que nem o tempo presente Consegue cruzar com suas asas douradas, Deixando minhas preces, aqui, caladas.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

COSTURANDO POESIA DIA 23

“E que tremam minhas mãos ao tocarem estas mãos!” Jô Tauil _____________________________ Tuas mãos nas minhas - pétalas caídas No jardim secreto dos nossos encontros, São pássaros presos em doces momentos, São âncoras d'alma em mares de vida. Dedos que se entrelaçam como versos, Escrevendo poemas na pele morna, E neste toque que o tempo adorna, Somos nós dois - universos dispersos. Tuas mãos, cartografia de destinos, Mapeiam caminhos em minhas palmas, Como estrelas traçando seus destinos No céu noturno de inquietas almas. E quando teus dedos, quais fios de seda, Bordam carícias em minha existência, Sou barco à deriva em mar de essência, Náufraga feliz que ao toque se entrega. São tuas mãos - relicários de afeto, Guardando segredos em cada vinco, E nas minhas, qual espelho direto, Reflito o amor em que me extingo. Neste enlace, somos rios eternos, Fluindo juntos por leitos de sonhos, E ainda que os dias sejam tristonhos, Nossas mãos são abrigos fraternos. Assim ficamos - em silêncio e calma, Mãos unidas em prece sem palavras, Como quem semeia flores na alma E colhe amor nas horas lavradas. Tuas mãos nas minhas - eis a verdade Que transcende todo verso e rima: É neste toque que se sublima Nossa íntima cumplicidade. Marilândia

EVENTO DO DIA 26

ABMLP- ACADEMIA Quarteto em Sinfonia Tema: O Elo e todas as Cores Autora: Marilândia Marques Rollo Data: 26/02/2025 Título: Soneto do Elo Colorido País: Brasil Gentilmente convidada pela amiga poetisa Viviane Ferreira SONETO DOS ELOS CROMÁTICOS Sou elo de mil cores derramadas Como pétalas soltas ao vento! Vermelho-sanguedas paixões marcadas, Laranja-fogodo meu pensamento. Amarelo-sol das tardes enamoradas Que tinge de ouro cada sentimento, Verde-musgo das mágoas enterradas Azul-saudade do meu sofrimento! sou violeta das noites estreladas Que em silêncio choram seu lamento Índigo-mar das lágrimas guardadas... E nesse elo de cores intensas, Vou tecendo entre dores e cewnças O arco-íris do meu tormento! Marilândia TAÇAS TRANSBORDANTES DE MEMÓRIAS CINCO CÍRCULOS SOLARES Soneto do Elo Colorido No círculo perfeito do existir, Desenha-se um elo multicolor, Onde o vermelho ensina-me a sentir A força primitiva do amor. Laranja traz o fogo do viver, Amarelo é a luz da manhã clara, Verde é a esperança de te ver Na natureza que jamais separa. Azul do céu infinito e profundo, Anil como as águas do mar sereno, Violeta, mistério deste mundo. Neste elo de cores me acorrento, Um círculo tão grande quanto pleno, Eterno como o próprio firmamento. Marilândia

sábado, 22 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 22

"E essas estrelas inundam meus olhos..." Jô Tauil _______________________________________ Porquanto Em teus olhos visualizo estrelas cintilantes, Galáxias de sonhos ainda por nascer, São como espelhos d'água, tão distantes, Refletindo todo o meu querer. Nesse céu líquido de teu olhar profundo, Mergulho sem medo, sem volta ou fim, Como se ali existisse um outro mundo Feito só de luz, só para mim. Cada lágrima que desce, silenciosa, É uma estrela caindo devagar, Como pérola rara e luminosa Que o firmamento quis me dar. São constelações de doce mistério Que teus olhos guardam com fervor, Como um secreto e vasto império Onde reina somente o amor. E quando a noite desce sobre a Terra, Teus olhos brilham com mais intensidade, Como se toda a luz que o céu encerra Encontrasse em ti toda a verdade. Marilândia

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 21

"Mas que tenha toda a liberdade de fazer poesia!" Jô Tauil _______________________________________________

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 20

Seguimos incrível trajetória no limiar do infinito…” Jô Tauil ________________________ Na vastidão do tempo que não finda, Procurando as sombras do que somos Entre estrelas dispersas vamos ainda, Buscando o horizonte que ficou. Em cada verso, um suspiro profundo, Em cada rima, um pedaço de dor, No limiar entre este e outro mundo, Onde as almas se despem com fervor. Que mistério se esconde no infinito? Que segredos guardam as nebulosas? No silêncio do cosmos, ouvimos um grito… De todas as verdades majestosas. E neste voo eterno em que meditamos Descobrimo-nos nas órbitas radiosas. Como pétalas soltas pelo vento, Vagueamos entre dimensões sem fim, Cada momento é novo nascimento, Cada morte é retorno para nós. No abismo do ser, profundo e vasto, Encontramos a eternidade em todos os instantes, E neste amor, tão puro e tão nefasto, Somos estrelas cadentes,somos viajantes… Entre o finito e o que não tem medida, Dançamos nas bordas do desconhecido, Na tênue linha entre morte e vida, Onde o tempo se encontra adormecido. E nesta dança, enfim compreendida, Somos todo o universo contido. Marilândia

EVENTO LN

Grupo: Artes Gerais & Afins Evento de: Lucia Nobre Tema: Festejos e Brindes 5° Niver do Artes Gerais & Afins Língua Portuguesa Título: Autora: Marilândia Marques Rollo País: Brasil Data: 20/02/2025 cinco Anos de Luz *(Ode ao Aniversário)* Hoje o tempo se veste de festa, cinco círculos solares completados na dança eterna dos astros, e nós, aqui, brindando com estrelas nas taças transbordantes de memórias. Cinco anos são cinco portas abertas para jardins de risos cultivados, são cinco rios de alegria correndo pelas veias da vida, carregando pétalas de momentos celebrados. Como não erguer estas taças agora? Como não dançar com os ventos do tempo que sopram velas acesas de esperança sobre o bolo dos dias acumulados, sobre os sonhos que ainda vão nascer? Brindo aos abraços que nos trouxeram aqui, às lágrimas que regaram nosso caminho, aos sorrisos que iluminaram as manhãs e às noites que guardaram nossos segredos como conchas guardando pérolas do mar. Cinco anos são cinco sóis nascendo em horizontes pintados de possível, são cinco luas prateando promessas no céu infinito dos nossos desejos, são cinco vidas dentro desta vida. E neste momento, quando o cristal tine contra cristal, e o vinho beija o ar, celebramos não apenas o que passou, mas o futuro que já vem chegando com seus presentes ainda embrulhados. Ergamos então nossas taças cheias de sonhos, de amor e de coragem! Brindemos aos cinco anos vividos e aos muitos mais que virão depois, como versos novos num poema eterno. Porque festejar é um ato de amor, é plantar alegria no jardim do tempo, é colher as flores da gratidão e fazer delas uma coroa de luz para coroar este momento sagrado. Cinco anos. Cinco brindes. Cinco vidas. Uma eternidade de amor condensada neste instante de festa. Marilândia

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

COSTURANDO

"Ficaram caminhos de primavera e cdrcas cobertas de heras" Jô Tauil ___________________________________________________

EVENTO EFEPÊ DE POESIA DIA 23

Borboletas incautas dançam ao vento, suas asas de seda pintadas pelo sol, não sabem do perigo que as espreita na doçura violeta das manhãs. Vão e vêm em seu voo descuidado, acreditando que o mundo é só perfume, que cada flor esconde apenas néctar, que todo jardim é feito de promessas. Ah, borboletas! Tão belas em sua inocência, tão frágeis em seu delírio multicolor, ignoram que a beleza também dói, que o vento que as eleva pode traí-las. Como não tremer diante de tanta pureza? Como não querer proteger seu voo errante? Mas elas seguem, incautas e livres, tecendo poesia com suas asas de sonho. E talvez seja essa sua maior sabedoria: viver cada instante como se fosse eterno, dançar sobre o abismo sem temê-lo, fazer da própria fragilidade sua força. Borboletas incautas, mestras da vida, ensinam-nos que a beleza está no risco, que o amor verdadeiro é sempre um salto sobre o jardim infinito da incerteza. Marilândia Responder, Responder a todos

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 18

"Écomo flor delicada...É meu presente!" Jô Tauil ___________________________________ Dessarte, Entre pétalas de seda e orvalho puro, Contemplo tua graça matinal, Como presente divino do obscuro, Trazendo-me um sopro celestial. És frágil como renda ao vento leve, Mas forte na vontade de viver, Tua beleza efêmera e breve Ensina-me a arte de florescer. Em tuas cores, vejo a primavera Pintando sonhos no jardim da vida, Como se cada instante uma quimera Brotasse em tua forma comedida. Meu presente sagrado, flor mimosa, Que desabrocha em meio à solidão, Tão delicada quanto majestosa, És poesia em forma de botão. Em ti descubro toda a e_ternidade Que cabe num momento passageiro, És vulnerável em tua verdade, E nisso tens teu encanto primeiro. Marilândia

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

NO REINO DAS FANTASIAS

No Reino das Fantasias Nas bordas do impossível, onde o vento dança com vestidos feitos de sonhos desfeitos, ergue-se um castelo de nuvens errantes cujas torres tocam as estrelas dormentes. Ali, os pássaros cantam em cores proibidas, suas plumas são feitas de aurora boreal, e cada suspiro seu planta jardins de flores que crescem de cabeça para baixo. No salão principal, onde o tempo se deita em almofadas bordadas com fios de lua, dançam sombras vestidas de luz cristalina, girando ao som de músicas ainda não escritas. Há portas que se abrem para outros mistérios, escadas que sobem para lugar nenhum, janelas que mostram memórias futuras, e espelhos que refletem o que nunca existiu. Nas fontes deste reino, jorram histórias líquidas, cascatas de versos ainda não pensados, onde sereias de ar penteiam cabelos de chuva e tecem tapetes com fios de horizonte. Lá, os relógios marcam horas impossíveis, os calendários contam dias que não virão, e cada grão de areia no chão é um universo onde habitam desejos ainda não sonhados. No trono feito de páginas nunca escritas, reina a imaginação, rainha sem coroa, sua veste é tecida com suspiros de crianças e seu cetro é feito de promessas da aurora. Este é o reino onde tudo é possível sempre, onde o absurdo floresce em jardins de talvez, onde cada impossível é apenas um "ainda não" aguardando o momento de tornar-se real. Marilândia

domingo, 16 de fevereiro de 2025

COSTURANDO POESIA

“E a mocinha cai nos braços do vilão “ Jô Tauil ______________________ Pois, No tabuleiro infinito dos dias, Onde peças somos todos nós, Movimentamo-nos em diagonal pelos sonhos, Como um rei sem coroa buscando sua voz. Cada manhã é um lance novo, Um despertar de possibilidades dormentes, As horas deslizam como rainhas altivas Sobre o mármore das nossas mentes. Os peões do tempo avançam sem pressa, Carregando nas costas nossas escolhas, E neste jogo sem manual ou certeza, Cada passo é uma carta que se dobra. Quem sabe as regras deste tabuleiro cósmico? Onde o xeque-mate é apenas um sussurro do vento, E as jogadas que fazemos, inevitáveis e e_ternas São escritas nas estrelas, são nosso próprio momento. Não há vencedores neste jogo sagrado, Apenas jogadores e suas danças infinitas, Cada movimento uma história não contada, Cada pausa uma verdade ainda não dita. E assim seguimos, peças e jogadores, Neste in_findo dançar de preto e branco, Onde a vida é o grande mestre silencioso E o amor, ah, o amor é nosso único banco. Porque no fim, quando o tabuleiro se desfaz Como areia levada pela maré da noite, Permanece apenas a memória do jogo, E a certeza de que jogamos com toda a nossa arte. Marilândia

SONHOS DE CARNAVAL EVENTO DIA 5

Sonhos de Carnaval Na noite que dança em confetes de estrelas, encontro a essência do meu desvario poético, onde máscaras flutuam como pensamentos errantes e o tambor ressoa nas veias da cidade adormecida. Ó carnaval! Teu corpo é feito de memórias líquidas, de risos derramados nas esquinas do tempo, de serpentinas que desenham no ar os versos que nunca consegui escrever. Aqui estou eu, poeta das horas perdidas, bebendo tua loucura multicolorida, enquanto as baianas giram como planetas em órbitas de samba e suor sagrado. Cada gota de chuva que cai sobre o asfalto transforma-se em verso, em melodia incontida, em sonho de poeta que dança descalço sobre cacos de lua espalhados na avenida. Meus olhos já não distinguem se é realidade ou delírio esta festa infinita, onde cada sorriso é um poema inacabado e cada gesto uma metáfora viva. Quem sou eu senão mais um folião perdido entre alegorias e fantasias, buscando nas entrelinhas do carnaval a poesia que escorre das paredes da vida? O samba é meu papel, a bateria minha caneta, e neste desfile de versos e cores sou apenas mais um poeta sonhador que se dissolve na aquarela do amanhecer. E quando o último confete tocar o chão, quando a última nota ecoar no silêncio, permanecerá em mim esta doce loucura de ter sido, por um momento, verso, ritmo e carnaval.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Sombras do meu ser

Sombras do meu ser Nas sombras do meu ser, vago perdida, Entre espelhos partidos de memória, Buscando em cada canto desta história Os fragmentos dispersos desta vida. Quem sou eu neste mar de despedida? Que alma habita em mim, fugaz, notória, Que ora busca a paz, ora a glória, Numa dança sem fim, sempre incompleta e vivida? Procuro-me nas ruas do passado, No silêncio das noites sem estrelas, Nas palavras que o vento tem levado. E quando penso ter-me encontrado, Vejo apenas sombras - todas elas São eu mesma em um tempo fragmentado.

EVENTO DAVOZ E ALMA

Sua voz é como o mar em noites calmas, derramando-se suave sobre minhas feridas, enquanto a lua dissolve-se em prata líquida e as estrelas dançam em nossas palmas. Como explicar este som que me invade? É mel escorrendo entre flores silvestres, é brisa suave em tardes de setembro, é água nascente brotando da saudade. Quando fala, o mundo para de girar (assim como param as ondas no horizonte quando o sol as toca ao despertar). E minha alma - antes inquieta gaivota - encontra porto seguro em cada nota que escorre de seus lábios como fonte. Se pudesse guardar sua voz em conchas, faria colar de sons para os dias tristes, para quando o silêncio pesar demais e a solidão gritar mais alto que as rochas. Sua voz tem a cor do entardecer, o perfume das rosas depois da chuva, o sabor do vinho que amadurece nos porões secretos do meu querer. E quando a noite cai, silenciosa, é sua voz que embala meus sonhos, como música antiga que repousa entre as pétalas de uma velha rosa. Marilândia Responder, Responder

EVENTO DIA 22 BAILE DE MÁSCARAS

Baile de Máscaras Entre sedas e veludo dança o mistério, cada rosto oculto guarda um império de sonhos e segredos não revelados, somos todos atores mascarados. Giram as saias como pétalas ao vento, enquanto a música devora o tempo lento, e sob o lustre de cristal que chora luz, cada máscara um destino seduz. Quem és tu, figura de dourado e prata, que entre sombras teu olhar me mata? Teus passos desenham poesia no ar, neste teatro onde fingimos não amar. Os espelhos multiplicam nossa dança, refletem máscaras de antiga lembrança, somos todos mentira e verdade aqui, onde cada sorriso esconde um fim. Na valsa das almas disfarçadas, giramos entre memórias mascaradas, enquanto a noite veste seu vestido negro, e cada coração guarda seu segredo. Quando o último violino silenciar, e as máscaras começarem a tombar. Marilândia

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Academia Caipira de Letras. Acral. VI Evento Oficial Academia Caipira de Letras. ACal -Tributos aos Patronos – Nizo (Cadeira 008) Tema – “A saudade a gente tem, de um amor que não esquece.” Data:14/02/2025 Título: Saudade que me Habita Autora: Marilândia Marques Rollo País: Brasil Saudade que me Habita Há em mim uma saudade tão profunda, Que nem sei mais se é dor ou se é desejo, No espelho d'água turva onde me vejo, Tua ausência em silêncio me circunda. Meus dias são agora noite infinda, Onde procuro em vão por teu cortejo, Na memória, o fantasma de um beijo Persiste como chama que não finda. Quem sou eu nesta hora abandonada? Senhora da tristeza e do lamento, Ou apenas uma sombra apaixonada? Busco-te em cada sopro do vento, Em cada estrela no céu derramada, Em cada verso deste meu tormento. Marilândia

EVENTO DIA 14

Evento AVALB — Dia Internacional da Doação de Livros Tema: "Eu doo livros, sonhos e cultura" Autora:Marilândia Marques Rollo Titulo: País:Brasil Data: 14/02/2025 Gentilmente convidada por Poesia Maria

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

COSTURANDO POESIA

“Porque o que atormenta, também redime…” Jô Tauil _________________________ De noite, quando a dor me despedaça E o pranto corre em rios sem findança, Busco nas sombras réstia de esperança, Como quem pede ao céu um pouco de graça. Este tormento que minh'alma enlaça, Qual serpente que morde sem tardança, Faz-me sangrar em lenta contradança, Até que toda força em mim se faça. Mas eis que surge, em doce amanhecer, A luz da redenção, suave e mansa, Como se Deus viesse me erguer. E neste amor que as mágoas amansa, Encontro enfim a paz do adormecer, Na remissão que traz nova bonança. Marilândia

ENTRANHAS DO AGORA

Evento: O futuro é agora, comece e siga a sua intuição Data: 13/02/2025 Autora: Marilândia Marques Rollo Língua: Portuguesa Título: ENTRANHAS DO AGORA Convidada pela nobre poetisa amiga Lucia Nobre ENTRANHAS DO AGORA Nas veias do tempo, um pulsar elétrico atravessa o corpo como um rio de mercúrio enquanto a intuição desdobra suas asas metálicas sobre paisagens que ainda não existem. O agora é uma ferida luminosa onde o futuro sangra suas profecias em códigos de luz e sombra que só o coração decifra. Entre os dedos, grãos de presente escorrem como estrelas líquidas e cada gesto é uma constelação de possibilidades ardentes. A intuição é uma faca que corta o véu do tempo revelando sob a pele do mundo um labirinto de sinais incandescentes. O futuro não é um lugar distante mas um tremor nas entranhas do agora uma corrente subterrânea que pulsa sob os pés descalços. Siga o rastro de fogo que sua alma deixa no ar cada passo é uma profecia cada respiro uma revelação. No espelho quebrado do tempo os fragmentos do amanhã refletem o rosto secreto de quem ousa seguir a voz interior. O oráculo habita o silêncio entre um batimento e outro onde o futuro e o presente são a mesma chama dançante. Atravesse o portal de luz que sua intuição desenha no ar o futuro é este instante em que você ousa despertar. Marilândia

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 12

Cai a chuva… Que saudade!” Jô Tauil _______________________ Ouço teu pranto a escorrer na vidraça, Gotas de prata em noturno lamento, És tu, ó chuva, que trazes no vento As memórias doces que o tempo não passa. Em cada pingo que desce e que abraça A terra sedenta num breve momento, Revivo os dias de puro contento, Quando eras música, eras sonho e graça. Hoje, distante daquele passado, Contemplo teu véu de cristal molhado, A dançar sozinha na noite escura. E nesta dança de água e saudade, Banhas minh'alma de antiga verdade: És ainda a mesma - e_terna ternura. Marilândia

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 11

"Porque tudo que foi jurado não foi cumprido" Jô Tauil ________________________________________ Promessas Vazias Em cada noite que me prometeste estrelas, Só encontrei a névoa da mentira e ausência, Tuas palavras, antes doces como mel, Agora são fel derramado em minha essência. Quantas vezes juraste amor eterno, Com lábios que sabiam mentir tão bem! E eu, tola sonhadora dos impossíveis, Bebi teus juramentos como ninguém. Dizias que seria tua para sempre, Que as manhãs seriam nossas sem fim, Mas tuas promessas eram como bruma, Que se dissipa deixando apenas o jardim. Ah! Como fui ingênua em acreditar Nas doces palavras que vertias em cascata! Cada "sempre" teu era um "nunca" disfarçado, Cada "te amo" uma mentira que me mata. Por que não me disseste desde o início Que teus juramentos eram flores de papel? Que teu amor era como orvalho passageiro Que some ao primeiro raio de sol no céu? Agora vagueio pelos corredores da memória, Onde ecoam tuas promessas não cumpridas, Como fantasmas que me assombram ainda, Feridas abertas, nunca mais esquecidas. E se me perguntarem se ainda acredito Nas juras de amor que um dia me fizeste, Direi que aprendi a duras penas a verdade: Que no teu peito, amor jamais existiu. Sou agora como Florbela em seus sonetos, A carregar a dor de amar sem ser amada, Mas diferente dela, não mais me iludo Com promessas vãs de boca perfumada. Guardo comigo apenas a lição amarga De que juras de amor são como vento: Passam ligeiras, deixando apenas rastros De um doloroso e vão arrependimento. Que outros bebam teus juramentos falsos, Eu já não sou mais a mesma que fui, Aquela que em tuas palavras acreditava Morreu no dia em que teu amor fugiu.

EVENTO DIA 12 LN

Cinco Anos de Amor Como árvore que cresce em solo fértil, nosso amor se elevou ao céu aberto, suas raízes, profundas e certas, entrelaçadas como nossos dedos inquietos. Cinco anéis em nosso tronco marcados, cada um, uma história que vivemos, cada sulco, um sorriso guardado, cada nó, uma lágrima que vencemos. Nossa casa, cabana de afetos, construída com tábuas de carinho, onde cada trave sustenta um sonho e cada prancha guarda um caminho. Madeira nobre é nosso amor maduro, resistente ao tempo como o jacarandá, flexível nas tormentas como o bambu, acolhedor como a flor do ingá. Cinco primaveras vieram e foram, deixando pólen de ternura no ar, cinco invernos nos aproximaram, como lenha que aprende a aquejar. Nossas mãos, carpinteiras do destino, esculpem juntas esta vida a dois, lavrando na madeira do tempo memórias que não voltam depois. E se perguntarem do que é feito este amor que nos faz respirar, direi que é madeira pura e nobre, que aprendeu com o tempo a durar. Cinco anos são cinco sementes que plantamos com todo cuidado, agora são árvores crescentes no jardim que juntos cultivamos. Como Romeu amou sua amada, amo-te com alma de floresta, cada galho, cada madrugada, cada momento é nova festa. E assim seguimos, amor meu, carpinteiros deste amor sem fim, onde cada entalhe que cresceu fez nossa história mais sem fim. Marilândia

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

COSTURANDO POESIA

“Quando o amor era o timoneiro e tudo mais foi entrega…” Jô Tauil -_______________________ Nas ondas do teu olhar navegante Encontrei o norte que guiou minha alma, Foste bússola e porto, foste brisa e calma, Foste farol que brilhou, eterno e constante. Entre marés de saudade e desejo, Tuas mãos foram remos que cortaram distâncias, Teu sorriso - vela cheia de fragrâncias, Levando-me ao horizonte do teu beijo. Amor timoneiro, capitão dos meus dias, Governaste meu barco com tanta destreza, Que mesmo em temporal, tua firmeza Transformou tempestades em melodias. Em teu porto seguro ancorei destinos, Mergulhei profundo em teus oceanos, E descobri, nos teus olhos soberanos, Que amar é navegar sem medo dos desatinos. Foste sempre minha rosa dos ventos, Minha carta náutica, meu astrolábio, E enquanto o mar sussurrou sábio, Nosso amor navegou e_ternos momentos. Marilândia

EVENTO DIA 14

FEDERATION OF THE INTERNATIONAL TERARY COPYRIGHT TREAT 2º EVENTO FILCT TEMA:ALMA E POESIA! CONTOS E FANTASIAS AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:14/02/2025 TÍTULO: PAÍS: Brasil Gentilmente convidada pela pola amiga escritora Márcia Bandeira A Alma dos Versos Na quente tarde de janeiro, quando o sol derramava seu ouro sobre as ruas de Salvador, Tereza da Silva sentiu que os versos nasciam dentro de si como um rio caudaloso. Filha de quituteira e neto de pescador, ela carregava na pele a cor da terra bahiana e no coração a melodia dos poetas esquecidos. Suas mãos, marcadas por linhas que contavam histórias mais antigas que a própria cidade, seguravam um caderno amarelado onde os sonhos se transformavam em palavras. Não era uma poeta de academia, nem de salões elegantes. Era a poesia da rua, do corpo, do sentimento que transborda como água de cachoeira. Na varanda de sua casa simples, no Pelourinho, Tereza observava o vai e vem das pessoas. Cada rosto era um poema, cada gesto um verso não escrito. Seus olhos negros, fundos como os segredos da cidade, captavam a alma de Salvador em cada movimento. "A poesia não é só o que se escreve", murmurava ela para si mesma, "é o que se sente, o que se respira". E respirava fundo, sugando o ar carregado de dendê, de história, de amor. Seu último poema falava sobre as mulheres invisíveis - as quituteiras, as lavadeiras, as mulatas que faziam a cidade girar sem nunca serem aplaudidas. Escrevia com a força de quem conhece cada dor, cada alegria, cada suspiro dessa terra generosa. A noite descia sobre Salvador, pintando os casarões de tons de azul e roxo. Tereza continuava escrevendo, sua mão moved por uma força maior que ela mesma - a força da alma bahiana, que pulsa, que canta, que resiste. E assim os versos nasciam, não como palavras soltas, mas como pedaços de vida, pedaços de alma. Marilândia

evento 5 aniversário

Evento Artes Gerais & Afins - 5º NIVER Data: 10/02/2025 Nome da autora:Marilândia Marques Rollo Lingua Portuguesa TEMA:5º níver Titulo:QUADRO VIVO DA ALEGRIA A convite da ilustre poetisa amiga Lucia Nobre QUADRO VIVO DA ALEGRIA Cinco pequenas velas dançam No vento suave desta tarde dourada, Como estrelas terrenas que anunciam O milagre de tua presença encantada. Cinco anos de sorrisos pintaram O quadro vivo de nossa alegria, Teus passos leves pela ecoam Como música que embala cada dia. Em tuas mãos, o mundo é descoberta, Cada momento uma aventura nova, Teus olhos brilham como as estrelas Que iluminam esta data que renova. Cinco anos de amor multiplicado, De abraços doces, de histórias contadas, De pequenos dedos entrelaçados Nas minhas mãos, sempre apaixonadas. Hoje o tempo faz uma pausa breve Para celebrar tua doce existência, Cinco anos de pura maravilha, Cinco anos de tua preciosa essência. Como pétalas ao vento vão voando Os dias de tua infância preciosa, E eu aqui, testemunha deste encanto, Vejo-te crescer, minha pequena rosa. Marilândia Marques Rollo

domingo, 9 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 9

"E comigo deixaste os teus adeuses..." Jô Tauil _________________________________________ Teus adeuses são facas que me cortam, São venenos que bebem minha vida, São sombras que minh'alma dilaceram, São chagas que não têm mais guarida! Oh! Como dói o eco dos teus passos Quando partes e deixas-me sozinha, Como sangram os beijos dos teus lábios Que já não são e nunca serão nostalgiazinha! Cada adeus teu é morte renovada, É noite escura em dia sem aurora, É dor que me consome, abandonada! E neste peito que por ti ainda chora, Guardo teus adeuses como espada, Que me atravessa agora, hora após hora! Marilândia

EVENTO ACal dia 13

Inesquecível Amor Em cada amanhecer te procuro, como o mar busca eternamente a praia, como a lua persegue o horizonte escuro, como a brisa que entre flores desmaia. Teu nome é água cristalina que corre entre meus dedos inquietos, és a chama que ilumina os mais profundos e secretos afetos. Quando a noite desce silenciosa e as estrelas pintam o céu de prata, tua lembrança, feito uma rosa, em meu peito se desata. Quem disse que o amor tem limites? Ele transborda como rio em cheia, atravessa montanhas de granito, e na alma feito fogo serpenteia. És minha manhã e meu crepúsculo, és o verso que não consigo escrever, és o sonho que habita meu ventrículo, és tudo que não deixo de viver. Em cada gesto teu descubro universos, em cada sorriso, uma galáxia nova, em teus olhos mergulho imerso, como quem encontra sua própria prova. Inesquecível é pouco para definir este amor que transcende o tempo, que faz meu coração fluir como rio sem fim, sem tempo. E se mil vidas eu vivesse, em todas elas te buscaria, pois minha alma só conhece o caminho que em ti principia. Soneto do Amor Inesquecível Trago-te n'alma como quem carrega Uma ferida aberta, a sangrar, És a saudade que jamais sossega, És o tormento que não sei curar. Em cada noite de aflição me entrego Às memórias que não posso apagar, És a tempestade em que me afogo, És o porto onde não posso atracar. Que destino cruel, que sorte escura, Fez-me provar do mel da tua boca Para depois me dar tanta amargura! E neste amor que ainda me sufoca, Sou chama viva, ardente e pura, Sou a louca entre todas mais louca!

sábado, 8 de fevereiro de 2025

EVENTO DIA 12

GRUPO 166 ENCONTRO PÔR DO SOL TEMA:"COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊ" AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:12/02/2025 TÍTULO:VERSOS DE PAIXÃO PAÍS:Brasil VERSOS DE PAIXÃO Em versos de paixão, quero dizer-te O quanto este amor transborda em mim, Como as ondas que beijam toda praia, Como estrelas que brilham sem fim. És manhã que desperta os meus sentidos, És noite que acalenta meus desejos, És fonte donde bebo a própria vida, És porto seguro de todos meus ensejos. Não há medida que contenha este amor, Nem palavras que expressem tal grandeza, És parte de minha alma, meu senhor, És toda minha força e fortaleza. Como é grande este amor que me consome, Que me faz renascer a cada aurora, Que transforma em música teu nome, E faz meu coração poeta agora. Em cada suspiro teu nome murmuro, Em cada sonho tua face vejo, És presente, passado e futuro, És tudo quanto anseio e desejo.

NOITES ENSOLARADAS

Noites Ensolaradas Quando o sol se recusa a adormecer, persistindo nas bordas do horizonte, como um amante relutante que não sabe dizer adeus. O crepúsculo se estende infinito, tecendo fios dourados nas nuvens tardias, enquanto a noite, paciente, espera sua vez de dançar. És assim, minha amada noite de verão, com teu manto meio-dia, meio-escuridão, onde as estrelas brincam de esconder atrás do véu solar que não quer partir. Nestes momentos eternos quando o dia e a noite se confundem, meu coração também não sabe se é lua ou se é sol. E assim permaneço, suspenso entre dois mundos, como estas noites que não escurecem, como este amor que não se decide entre a claridade e as sombras. Quantas vezes busquei tua essência nas horas que não passam, nas cores que não morrem, no silêncio luminoso de tua contradição? És minha eterna pergunta sem resposta, noite que é dia, escuridão iluminada, como o amor que carrego: metade fogo, metade mistério. Responder, Responder a todos ou E

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

COSTURANDO DIA 7

"Solidária e solitária, sou xifópoga de mim..." Jô Tauil __________________________ Sangro-me em duas como fruta aberta ao meio no espelho partido vejo-me multiplicada em gêmeas imperfeitas (uma devora a outra) Sou a que come e a que é comida simultâneas no mesmo corpo rasgado pela fome antiga Abro-me como livro profano as páginas coladas com saliva de demônios domésticos íntimos carnívoros Minha boca é pássaro que bica as próprias vísceras e canta... As veias são fios elétricos conduzindo energia de mim para mim em circuito fechado queimando por dentro... Alimento-me desta dança macabra sagrada onde sou altar e sacrifício sacerdotisa e oferenda Minhas costelas são grades prisão voluntária onde uma parte de mim mantém a outra em cativeiro (ou será o contrário?) Transmuto-me em veneno e antídoto bebo-me inteira até a última gota de devoradora devorada No fim resta apenas o silêncio de uma digestão infinita onde me consumo e me regenero eternamente.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Bodas de Perfume EVENTO FEVEREIRO

ANIVERSÁRIO DO GRUPO NOSSA ESSÊNCIA TEMA:BODAS DE PERFUME AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:28/02/2025 TÍTULO:ESSÊNCIA DE NÓS PAÍS:Brasil ESSÊNCIA DE NÓS Ó essência de nós, destilada em segredo, Perfume que abraça nossa história entrelaçada, Cada gota é memória, cada nota é um segredo De amor que se expande, em fragrância selada. Viemos de longe, como notas dispersas Que o tempo aproximou em suave sinfonia Nossas almas, como óleos em taças diversas Misturando-se em plena e rara harmonia. Teu perfume me cerca, teu aroma me envolve Como um manto de sonhos tecido nas horas Cada movimento nosso, cada instante que se dissolve É um sussurro de amor que em fragrâncias mora. Quinze anos de amor, quinze anos de essência Destilados no frasco delicado da vida Somos um blend perfeito, sem tempo, sem distância Nossa união: perfume, poesia concebida. Vem, meu amor, deixa que nossos sentidos Se encontrem nesta dança de aromas fundidos Nas bodas de perfume, nosso amor recriado Em cada nota, em cada sopro, eternizado.

EVENTO DO SERTÃO

103° EVENTO LITERÁRIO VIRTUAL WEB POESIA TEMA: SERTÃO EM POESIA Autora:Marilândia Marques rollo Título:O CANTO DO SERTÃO País:Brasil Data: 07/02/2025 Gentilmente convidada pelo poeta Andre Coelhas O Canto do Sertão Na terra seca e bendita Onde o sol é soberano, O sertanejo acredita No mistério cotidiano. Entre pedras e mandacaru, Sob o céu de anil tão puro, Cada dia é um conjuro No grande sertão profano. A caatinga misteriosa Guarda seus santos e mitos, Na paisagem majestosa Há mil segredos bonitos. O vaqueiro em sua lida Traz na face destemida As histórias desta vida Nos seus olhos infinitos. Quando a chuva enfim chegou Na terra ressequecida, O sertão todo cantou Uma prece agradecida. O umbuzeiro floresceu, O riacho reverdeceu, E o povo entendeu Que a esperança não é perdida. No terreiro da fazenda Sob a luz do lampião, Conta-se antiga lenda De amor e devoção. De valentões e donzelas, De batalhas boas e belas, De almas puras e singelas Que habitam este chão. Entre a fé e a poesia Vive o povo sertanejo, Com sua sabedoria E seu modo de cortejo. Na viola e no repente, No coração da gente, Permanece eternamente O sertão em seu desejo. Marilândia

COSTURANDO POESIA DIA 6

Espelhos Partidos Em mim habita um anjo devastado, Que aos poucos vai roendo minha essência. Cultivo com ternura esta demência, Este doce veneno destilado. Nas horas mortas deste amor fechado, Contemplo o abismo com fatal tendência. Abraço a dor em minha consciência, Como quem beija um punhal adorado. Há tanto de mim que já se desfez, Enquanto danço nesta solidão. Cacos de espelho pelo chão, talvez, Reflitam ainda a minha perdição. E neste eterno jogo de xadrez, Sou peça e jogador da destruição.

JARDIM DA ALMA

Nas asas do vento que traz Primavera, Renasço qual fênix de cinzas antigas, Liberto-me enfim das correntes amigas Que outrora me prendiam à espera. No jardim da alma, onde a dor prospera, Brotam novos sonhos entre urtigas, São pétalas soltas, memórias mendiga Que o tempo transforma em nova quimera. Sou água que corre, que limpa e que lava, Sou força selvagem que antes chorava, Agora desperta em sublime ardor. Das lágrimas secas faço meu caminho, Teço nova trama, desfaço o espinho, Transmuto em beleza o antigo torpor. Na dança das horas que o tempo governa, Encontro a coragem que sempre dormia, Desperto em mim mesma uma nova energia, Que rompe as amarras da noite mais terna. Como ave liberta que enfim descobriu O dom de suas asas há tanto esquecido, Elevo-me além do que estava perdido, Abraço o presente que em mim ressurgiu. Sou hoje mais forte que ontem sonhei, Nas águas do tempo meu ser renovei, Já não sou aquela que um dia sofreu. Em cada manhã há um novo começo, Em cada respiro um novo amanheço, E neste renascer, enfim, sou eu.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

COSTURANDO POESIA

"Que só nas madrugadas é traduzida ao pé do ouvido..." Jô Tauil ______________________________________________________ Nas dobras do silêncio teu sussurro dança, palavras que navegam entre dois mundos, como pássaros migratórios carregando segredos de uma língua à outra. Tua voz, intérprete dos meus suspiros, traduz não só palavras, mas também o tremor das mãos, o brilho nos olhos, a cadência do coração que não conhece fronteiras. És a ponte entre universos paralelos, onde cada sílaba é um grão de areia atravessando a ampulheta do entendimento. Teus lábios são dicionários vivos que transformam suspiros em poesia. Ao pé do ouvido, tua voz é rio que serpenteia entre margens distantes, trazendo à superfície pérolas submersas de significados que dormiam nas profundezas. Como alquimista das palavras, transformas o metal bruto do pensamento em ouro líquido que escorre pela concha do meu ouvido, preenchendo vazios que nem eu sabia existir. E assim, neste ritual de tradução, somos dois mundos que se encontram no espaço entre tua boca e a minha. Marilândia

EVENTO DIA 5 ABMLP

ABMLP- Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía Autor(a):Marilândia Marques Rollo Pais:Brasil Palco Antológico " O Poder da Poesia. Tema:"Seus olhos são como estrelas" Inspiração:Eres Todo En Mí (You're My Everything) Interpretes:Ana Gabriel Compositores: Leroy Gomez / Jean-manuel De Scarano / Raymond Georges Henri Donnez. Data:05/02/2025 Galáxias de Luzes Em teus olhos habita o firmamento, Constelações de sonhos e mistérios, Onde cada brilhar traz um momento De amor guardado em teus olhares sérios. São galáxias de luz, são devaneios, Que dancam como estrelas fugidias, Trazendo em cada piscar os anseios De noites transformadas em dias. Teu olhar é um cosmos de esperança, Onde navego em busca de uma dança Entre planetas feitos de ternura. E nesse céu que em teus olhos perdura, Encontro a mais perfeita das verdades: O universo inteiro em claridades. Marilândia

domingo, 2 de fevereiro de 2025

COSTURANDO POESIA

"Num ir-e- vir-do-lo-ro-so e len-to..." Jô Tauil _____________________________________

EVENTO CAMINHANDO NAS NUVENS CAMPOS DE ALGODÃO

165 ENCONTRO PÔR DO SOL TEMA:CAMINHANDO NAS NUVENS TÍTULO:CAMPOS DE ALGODÃO AUTORA:Marilândia Marques Rollo DATA:05022025 PAÍS:BRASIL Gentilmente convidada pela amiga poetisa CAMPOS DE ALGODÃO Hoje meus pés deixaram o chão terrestre e encontraram morada nos campos de algodão do céu, onde cada passo é uma dança com o vento, e minhas mãos tocam a face úmida do horizonte. Aqui, onde o ar é tão fino quanto sonhos antigos, descubro que as nuvens guardam segredos: são mapas desenhados pela solidão do universo, são cartas de amor escritas pelo sol à lua. Caminho entre brumas e suspiros celestiais, meus pensamentos flutuam como plumas dispersas, enquanto abaixo, o mundo gira seu baile eterno, tão pequeno agora, tão distante de minha verdade. Cada nuvem é um poema não escrito, cada gota de névoa, uma palavra suspensa no tempo infinito desta tarde violeta onde aprendi que voar é apenas outro modo de sonhar. E assim sigo, vagando pelos campos do céu, colhendo estrelas precoces que nascem ao entardecer, enquanto minha alma se dissolve no azul profundo, transformando-se em chuva para regar teus jardins distantes. @gmail.com> Data: sex., 31 de jan. de 2025 às 20:40 Assunto: Evento dia 5 nuvem Para: MARILÂNDIA MARQUES ROLLO # Caminhando nas Nuvens Entre véus de vapor e ausência danço nos campos brancos do céu onde o ar é tão fino que as palavras se desfazem em cristais. Aqui, onde os pássaros são apenas teorias de voo e movimento, meus pés desenham caminhos na textura macia do impossível. A gravidade é uma lembrança antiga um mito que deixei lá embaixe junto com as pedras e os ossos que um dia me fizeram terrestre. O vento me desconstrói átomo por átomo até que sou apenas luz dispersa no branco infinito. Nas nuvens, aprendo a linguagem do efêmero: cada passo é um poema que se dissolve ao ser escrito. Aqui não há horizontes apenas transições entre estados de água, luz e sonho num delírio de altitude.

sábado, 1 de fevereiro de 2025

EVENTO LN A GATINHA AVENTUREIRA

A Gatinha Aventureira Saltita pela casa inteira, Como pluma ao vento solta, A gatinha feiticeira Que gira, pula e revolta. Seu pelo é neve macia, Seus olhos, duas safiras, Na dança que principia Entre almofadas e firas. Com patinhas de veludo, Persegue um novelo errante, Transforma em brinquedo tudo, Numa alegria constante. Na cortina se pendura, Como equilibrista leve, E sua graça perdura No tempo que passa breve. Sob a lua prateada, Caçando sombras no ar, A gatinha delicada Não cansa de tagarelar. Em seu mundo de aventuras, De caixas e barbantes, Inventa mil travessuras Em seus passos deslizantes. E quando o sono, enfim, Vem buscar a brincalhona, Enrosca-se junto a mim, Feito uma doce sonhadora. Na paz do seu dormir manso, Guardo sua melodia: O eterno recomeço De sua doce alegria. Responder,