EVENTO DAVOZ E ALMA
Sua voz é como o mar em noites calmas, derramando-se suave sobre minhas feridas, enquanto a lua dissolve-se em prata líquida e as estrelas dançam em nossas palmas. Como explicar este som que me invade? É mel escorrendo entre flores silvestres, é brisa suave em tardes de setembro, é água nascente brotando da saudade. Quando fala, o mundo para de girar (assim como param as ondas no horizonte quando o sol as toca ao despertar). E minha alma - antes inquieta gaivota - encontra porto seguro em cada nota que escorre de seus lábios como fonte. Se pudesse guardar sua voz em conchas, faria colar de sons para os dias tristes, para quando o silêncio pesar demais e a solidão gritar mais alto que as rochas. Sua voz tem a cor do entardecer, o perfume das rosas depois da chuva, o sabor do vinho que amadurece nos porões secretos do meu querer. E quando a noite cai, silenciosa, é sua voz que embala meus sonhos, como música antiga que repousa entre as pétalas de uma velha rosa. Marilândia Responder, Responder
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