_ MOTE DADO - POETA INSPIRADO_
MOTE XXX:
"Arranca metade do meu corpo, do meu coração, dos meus sonhos. Tira um pedaço de mim, qualquer coisa que me desfaça. Me recria, porque eu não suporto mais pertencer a tudo, mas não caber em lugar algum."
______________________ José Saramago
(IN) FINITA DESPEDIDA
Dentre leveza de adejos matinais,
Buscando amplos horizontes
Esculpidos de memórias,
Soberbos amantes
Eriçados de luxúria,
Sob delírios de volúpia
Enlouquecem num claustro de ciúme...
Marilândia
POEMINI
Displicentemente,
Abandonei minh'alma
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
Que poucos sabem lapidar (Jô Tauil)
Porquanto
Têm
O coração
Negro de noite
Sem aurora...
E
Na melancolia
Dos seus olhos
O luar
Nada
Mais é
Que
O espectro dos seus sonhos...
Então,
Perdem-se,
Escutando em vão o silêncio...
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
Estáticos... fixos... mortos
Nos ponteiros que se movem (Jô Tauil)
Eternizando a paixão,
Fecundada a cálidas centelhas
Numa perpetuação do êxtase...
Somente, então,
Me vi só
_Nua e só_...
E sem pensar,
Caminhei,
Vacilante e trôpega,
Enquanto
Tudo em mim
Buscava
Desatinados lugarejos alojados nas minhas entranhas...
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
E gera-me no peito... (Jô Tauil)
Em dolorosos sonhos,
Acordando ermas madrugadas...
E ali,
Por onde
O sol de sangue
Não caminha,
Lavas de neve
A escorrer nos abismos
Arrastam nostalgias,
Marcando a angústia dos segundos...
Marilândia
_MOTE DADO - POETA INSPIRADO_
MOTE XXX
"Arranca metade do meu corpo, do meu coração, dos meus sonhos. Tira um pedaço de mim, qualquer coisa que me desfaça. Me recria, porque eu não suporto mais pertencer a tudo, mas não caber em lugar algum."
______________________ José Saramago
Num estar
Que me transcende,
Nada mais sou
Que
Um cristal
Vazio e entorpecido
Ou talvez,
Singelo poema
A dormir no regaço do outrora...
E
Nas profundas veredas
De minh'alma
Entre jazentes lembranças,
Caminham comigo
Indeléveis rastros
Da melancolia...
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
Plasmadas em névoa e espuma fria (Jô Tauil)
Dentre
Constelação perdida
Que peregrina,
Abandonando estrelas …
E sob
Palpitantes braços dos ciclones,
Cujos delírios
Em trêmulos sopros,
Desfolham campos de rosas,
Entornando o orvalho
Que a aurora despeja
Na íntima ardência da boca dos vulcões.
Marilândia
POEMINI
POEMINI
Diáfanas lembranças
Régios sonhares...
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
Foi pura miragem... (Jô Tauil)
Deixando-me boquiaberta
Ante tamanha formosura:
_Eis que o poema_
Fez-se contra o tempo
E contra a carne
Em múltiplos pedaços se desfazendo...
Marilândia
_MOTE DADO - POETA INSPIRADO_
MOTE XXX:
"Arranca metade do meu corpo, do meu coração, dos meus sonhos. Tira um pedaço de mim, qualquer coisa que me desfaça. Me recria, porque eu não suporto mais pertencer a tudo, mas não caber em lugar algum."
______________________ José Saramago
Ao empolgar por um instante
A eternidade ,
Dentre sombras que se vão
E sombras que vêm vindo
Amor e renúncia
Tornam-se mistérios dentro de mim...
A par,
Meus desejos carregam
O perfume das tuas entranhas,
E
Ausente de mim mesma,
Com olhos imóveis
Velando a noite,
Algo sorri dentro de nós...
Marilândia
DUPLIX
MÁSCARA DA NOITE// EM LEITO CONJUGAL
tecendo a aurora// estrelas fogem
fios dos sonhos// sobre lençóis
ecos das madrugadas// missão cumprida
Marilândia// Jô Tauil
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
Amor tecido ponto a ponto numa ilusão de mulher... (Jô Tauil)
Hora
Em que se acende
O fogo-fátuo da madrugada...
É a hora
Em que tochas de esperanças
Incendeiam as bruscas lembranças da mulher amada...
Marilândia
_MOTE DADO - POETA INSPIRADO_
MOTE XXX: (MOTE DADO- POETA INSPIRADO)
"Arranca metade do meu corpo, do meu coração, dos meus sonhos. Tira um pedaço de mim, qualquer coisa que me desfaça. Me recria, porque eu não suporto mais pertencer a tudo, mas não caber em lugar algum."
______________________ José Saramago
VIAGEM À SOMBRA
Em busca______ da essência
________O tempo passou
E
Com ele,
____________A vida...
Marilândia
_MOTE DADO - POETA INSPIRADO_
MOTE XXIX
AZULÁCEAS VIBRAÇÕES
Das coisas que beijei
Mas não vivi,
Seu perfil azul
Refletido
Nas imaginárias
Alegorias do Tempo...
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
E é só prazer e cor
Como o destino me toca
Sabiamente!
(Miguel)
Não obstante
Meus olhos
Sejam espelhos
Para os teus desejos...
Porém,
No ãmago
O
Que deveras anseio
É
Que ninguém me entenda
Para eu te amar tragicamente...
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
Que se fez saudade (Jô Tauil)
Entrelaçada
Às dores do tempo
Quando
Se fazia um negro silêncio...
_Pungente silêncio_,
Rasgado apenas
Pela acinzentada nostalgia
Que povoava infinita solidão...
Marilândia
DUPLIX
DES_ARRAZOADO// NO PALCO DA VIDA
(in) eludível Tempo// confundindo mentes
senhor das horas// manipulador de marionetes
escravo das tormentas// articulador final
Marilândia// Jô Tauil
POEMINI
POEMINI
Desnudando a beleza
Róseas fragrâncias
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
Brincando de emoção por descaminhos (Jô Tauil)
Visualizei incêndio de vigília e de festas...
E assustada,
Pus-me a balbuciar
Palavras esdrúxulas e desconexas...
Por isso
Isso e ainda mais
Que a poesia não ousa,
Náufraga em meus delírios,
Senti que a vida, misteriosamente, tinha passado na tormenta...
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
“Não volverás a este mundo novamente!” (Jô Tauil)
Embora em momentos de solidão,
Sob suspiros da morte íntima
E ainda não desencantada,
Cerrando os olhos solitários,
Sentirás o exaspero das lágrimas
A transbordar nos véus da alma.
Marilândia
ALDRAVIA
ALDRAVIA
Nesgas
Do
Astro-rei
Devassam-me
As
Entranhas
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
Que o destino deixou para depois (Jô Tauil)
Num milagre de unção
Entre solenes gestos de magia,
Sob o invólucro da Natureza...
E enquanto
Um só clamor
Saía de todos os peitos,
A vibrar
Em todos os lábios,
Delirando e se desfazendo
Em gozos de paixão e serenidade,
Amantes se despiam em desejos anelantes.
Marilândia
DUPLIX
MÁSCARA DO ANOITECER// REFÚGIOS
flagrando crepúsculos// do encanto
desejos jorram...// são passageiros
infinitos devaneios// de sonhos marginais
Marilândia// Miguel
POEMINI
POEMINI
Esculpindo sonhos
Abraço o infinito
Marilândia
_UM POEMA NÃO TEM FIM_
Lá onde se pinta o sete (Miguel)
Enunciando prazeres,
Na pungência da realidade,
Agiganta-se a razão
Em ardentes beijos dos ideais...
E assim,
Dentre promessas de beleza,
Seres de luz alcandorados,
Na concha de minhas mãos vazias,
Sonham ainda a música um dia sonhada.
Marilândia
-UM POEMA NÃO TEM FIM_
UM POEMA NÃO TEM FIM
Sinto-me sem tamanho no mundo (Jô Tauil)
Metade anjo,
Metade demônio...
Enquanto
Sob fúlgidos clarões
Pássaros de fogo
Rasgam
O negro dos abismos,
Esvoaçando sob o cadáver das minhas angústias...
Marilândia