MULTIPLIX
SONORA// ATRAÇÃO// INTEIRO// ANELO
sombras se casam...// aconchego// reunir de peles// fervorosas sensações
resvalando nuas// enredamo-nos// entre sonhos// guardam delírios
sob visões da aurora // uma carícia// uno toque de dedos// doces afagos
Marilândia (T) // Karinna*(R)// Jô Tauil (D)// Mardilê(M)
MULTIPLIX
SOLILÓQUIO// ÙNICO// UNILATERALIDADE// AFLIÇÃO
entrelaçadas almas// inevitável// sentimento// no fundo do olhar
sob volúpia// de amor/ incontrolável// incontestável
em vertigem// (des) encontro// repulsão involuntária// desconsolo
Marilândia (T)// Karinna*(R)// Jô Tauil (D)// Mardilê(M)
UM POEMA NÃO TEM FIM
Antes, durante e depois... (Jô Tauil)
Raios noturnos
Do fundo dos céus
Poético infinito,
Acendendo inquietas chamas...
Marilândia
UM POEMA NÃO TEM FIM
No corpo um rosário... (Karinna*)
Cuja sacrossanta liturgia
Umidece-me as entranhas
Tais exaustões de gozo
No requinte de torturas,
A rugir em cóleras de espumas...
Marilândia
UM POEMA NÃO TEM FIM
Há muito mostrou-se inútil (Jô Tauil)
Morrendo no vazio do céu,
Tantos gritos roucos
Qual holocausto
Em memória
Dos frágeis prantos
Nas horas de exaltação...
Marilândia
TRIPLIX
SERENIDADE// SUBLIME// MOMENTO
infinita graça...// um toque// um tremor
sob banho de luz// letra timbrada// com dedos ousados
cachoeira em plenilúnio// borboleteia// paixão renascida
Marilândia (D)// Karinna*(R)//Jô Tauil(T)
UM POEMA NÃO TEM FIM
Por um mar de rosas devanearam nossos fluidos e sentidos!
Miguel-
Prenunciando
Que no amanhã,
Talvez,
Se desvirginarão
Em azuláveis nuances,
Poemas dos céus.
_ Poesias velando as noites..._
Marilândia
UM POEMA NÃO TEM FIM
Nas prateleiras da vida (Jô Tauil)
Estilhaçados versos
Sob véus de neblina
Fogem assombrados,
Ao encontro dos crepúsculos
Dentre mares de sedução...
Marilândia
UM POEMA NÃO TEM FIM
A NOITE FOI FEITA PARA AMAR (Jô Tauil)
Nas madrugadas insones
Ensimesmada poesia
Espreita do fundo da alma
Mistérios esculpidos de memórias
Marilândia
TRIPLIX
NUANCES DO POEMA// AMÁLGAMA DE LINHAS// ABANDONO
rubras lágrimas// pétalas diluídas// atrás da sombra
vertidas pela poesia// em cores deslumbrantes// os gorjeios
mudez das flores tonalizam// jardim secreto// e borboletas
Marilândia// Karinna*// Miguel
UM POEMA NÃO TEM FIM
Não resistiu... morreu (Jô Tauil)
Arrastando nostalgias
Sorrisos de Giocondas
No sorver de melancolias
Tragam embriagantes tramas
Ante céus boquiabertos...
Marilândia
UM POEMA NÃO TEM FIM
Sonha ser infinito (Jô Tauil)
Imagética linguagem
Em tons de maresia
Transpõe horizontes,
Resgatando a eternidade
Dum plebeio lamaçal...
Marilândia
Dum plebeio lamaçal...(Marilândia)
Chorosos versos causam mor espanto
Memória de um submisso afeto à vista
Opressa inteligência do acalanto
Revive em tua vida amoralista!
Miguel-
UM POEMA NÃO TEM FIM
Nossos últimos suspiros (Jô Tauil)
Soturnas horas
Ilhadas em devaneios
Alçam voo ao firmamento
Abendiçoando os céus...
Melancólicas,
Em trêmulo sossego,
Despetalam as noites...
Nos olhos lilases
Das madrugadas
Embebidas em jasmins,
Tragam
Os últimos suspiros
Da poesia,
Vertem prantos sem dor,
Balouçando o silêncio do Tempo...
Marilândia
TRIPLIX
In_quieta// Prosa// Poética
versos duma nota só// coração de muitas letras// plenas de poesia
numa radiosa rosa// escreve// cartas de amor
sem brilho// olhares atlânticos// ternuras compartilhadas
Marilândia (T)// Karinna*(R)// Jô Tauil (D)
UM POEMA NÃO TEM FIM
A ausência de teus braços (Jõ Tauil)
Embora não sejas
Aquele do tempo que é passado
Levita minha alma
Em busca dos teus rastros...
Murmúrios da brisa anelante
Soluçam, arfantes,
Dentre os vaporosos versos
Que um dia foram teus...
Endoidecidas quimeras
Num alucinante esvoaçar
Desfazem-se em beijos
Que trago sempre
Na moldura do meu coração...
Marilândia
UM POEMA NÃO TEM FIM
Arremedos de eternidade! (Jô Tauil)
Em andarilhas noites,
De porta em porta,
Inundando a poesia
Que se arrasta
Tais frutos sagrados
Pelos porões da alma...
Marilândia
TRIPLIX
JAZ LATENTE// SILENCIOSO// SORO
curiosidade// em vãs meditações// de palavras
uma carta louca// sob clarões da aurora // fome da partilha
morrendo de amor// nas candentes bandas do poente// verso repartido
Miguel (T)// Marilândia (D)// Karinna*(R)
SEMBLANTE
SEMBLANTE
_________Imagem do que fui...
Pobre alma sem rumo,
_______Nua, morta, deslumbrada
Aterradora miragem
Que vem__________ de longe,
Sem angústia, nem pesar.
__________Em risos de desdém
Nas noites sem luar
Cavam-me ____________nas faces
_________Rugas do desgosto...
Marilândia
UM POEMA NÃO TEM FIM
Como se pudéssemos... (Jô Tauil)
Em busca de nós mesmas
Aos tombos pela vida,
Pelas margens limosas
De frementes lagos,
A marcar o compasso
No bater dos corações...
Ah! Como se pudéssemos
Renegar a poesia...
Marilândia
TRIPLIX
MENSAGEM AO POEMA// NAS ENTRELINHAS//FOTOGRAFIAS DO AMOR
flores de luz// versos brilhantes//mensagens do coração
descem-me às entranhas// em ondas//inspiradoras
poesia na alma// céu de letras//retrato de sentimentos
Marilândia// Karinna*//Jô Tauil
MULTIPLIX
RUÍNAS// DISFARCE// SIMULACRO// SÃO
plácida austeridade// no olhar simulado// ironias// aromas
claustro em decadência// desejos camuflados// em transe// trêmulo regato
perversa mudez// malícia oculta// versos exilados// qual momento fugidio
Marilândia// Jô Tauil// Karinna*// Miguel
DESATINADA PAISAGEM (MM em duplix)
DESATINADA PAISAGEM// FRAGMENTOS
sangue do Poente// se evolando
a jorrar// lentamente
nas luzes das madrugadas// brisa do mar
Marilândia// Miguel
HAIKAI
HAIKAI
Sangue do Poente
A jorrar
Nas luzes das madrugadas
Marilândia
DORES DO ABANDONO
DORES DO ABANDONO
Sob louca imaginação
Em mortal decadência,
Gritos de prazer
E de dores
Retumbam, desvairados,
Quais serpentes enraivecidas...
Marilândia