MÍSTICO ALVORECER (FOTOPOEMA)
MÍSTICO ALVORECER
De longe,cansado vem o entardecer
Vem o mar enlouquecer,
Estendendo seus raios nus,
Em púrpuras quimeras abrigados.
Marcadores: PRIMAVERA
NEBLINA (ENSAIO)
NEBLINA (ENSAIO)
Na crepuscular alma de minhas entranhas, dolentes sonhos ao poente nascidos.
Trechos de campesinas neblinas – retratadas paisagens ao sol das madrugadas...
Fantásticos desejos invisíveis poemas d’amor modulam.
Violáceas pétalas da saudade nos enluarados fulgores dos pecados
_ Amordaçadas lágrimas na embriaguez das lembranças_
Marcadores: PRIMAVERA
NEGRAS SOMBRAS (ENSAIO)
NEGRAS SOMBRAS (ENSAIO)
Não sei por onde seguirei. Só sei que por aí não será.
À luz do luar, pelos insólitos caminhos , dores d’alma peregrinarão...
Áureos reflexos -rotas alucinações parodiando- sublimes monólogos nas tavernas d’escuridão.
_Acorrentadas pela catedral da pujante Natureza as cismas do destino _
Marcadores: PRIMAVERA
DIÁLOGO D´ALMA (FOTOPOEMA)
DIÁLOGO D´ALMA (FOTOPOEMA)
Aromatizados gestos
Brumoso anil celeste
Edulcoram
"Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
O mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!"
Florbela Espanca
Marcadores: PRIMAVERA
RAZÕES D´ANGÚSTIA (ENSAIO)
RAZÕES D´ANGÚSTIA (ENSAIO)
Negras nuvens no horizonte.
Esvurmad’alma – indevassável templário .
Matizados pensamentos - encortinados delírios.
Saem do limbo e caem nas labaredas indecifráveis tormentos.
_Por lágrimas da saudade regadas, misteriosas angústias ..._
Marcadores: PRIMAVERA
SOMBRIA PAZ (ENSAIO)
SOMBRIA PAZ (ENSAIO)
Sol e luar entrelaçados ao anil do ceu.
Melancólico poente no lívido anoitecer...
Sacrossantas hóstias em castas horas mortas.
Pressagos astros a tombar nas consteladas madrugadas.
_Ausentes sonhos nos ululantes ventos embalsamados_
Marcadores: PRIMAVERA
LÁGRIMAS (ENSAIO)
LÁGRIMAS (ENSAIO)
Castelos de fantasias tombados - sombrias convulsões – tenebrosas agonias.
Fugidias imagens- irreais espectros - escombros das ilusões.
Horas batem, correm os dias- sombras entre sombras.
Sonhos que partem - escorregadios caminhos.
_E lágrimas que dentro d’alma brotam, esquecidas e descoradas, no abandono do destino, vertem..._
Marcadores: PRIMAVERA
ALEATÓRIA POESIA (ENSAIO)
ALEATÓRIA POESIA (ENSAIO)
Sonho e vida. Melancolia e tristeza. Sofrimento e resignação. Misticismo. Desalento. Angús-tia .
Imaginários versos ruflando, o infinito alçam.
Longínquas litanias – lívidas preces- lentas agonias...
Palores das luas frias, das noites plúmbeas e brumosas, dos plangentes sinos , das harpas e das flautas, dos bandolins e dos violoncelos, das flores roxas- lilases e orquídeas...
_Harmoniosos cantochões – orações em sussurros surdas dores velam_
Marcadores: PRIMAVERA
ILUSÕES...NADA MAIS... (ENSAIO)
ILUSÕES...NADA MAIS... (ENSAIO)
Em mim nada trago – pulverizadas ilusões...
À vida supliquei baldios sonhos – desventuras herdadas .
Esperanças ao longe deslumbradas ,espectros do vazio...
Retalhadas brumas dentre veredas de minh’alma.
_Apagam-se luzes ao acender cinzas do passado..._
Marcadores: PRIMAVERA
INUTILMENTE (ENSAIO)
INUTILMENTE (ENSAIO)
Mórbidos, esmaecem versos dos poemas que outrora chamei de meus.
Hoje, sem nome, sem rimas, sem destino, deserdadas poesias.
Em vastos mares meu olhar mergulha – flutuantes rabiscos dentre pérolas da saudade..
Cinzeladas pra te ofertar, palavras frias nos ocasos de sangue.
_De sombras mortas mesclados, sentimentos que um dia me endoideceram..._
Marcadores: PRIMAVERA
ARDENTE CÂMARA (ENSAIO)
ARDENTE CÂMARA (ENSAIO)
Pouco importa a hora...
Se mansamente a noite se avizinha...
Se de cansaço as estrelas empalidecem...
Se a lua, dentre noite constelada,
Ou em raios ensanguentados o rubro ocaso...
Horas mortas a repousar - sedentas agonias embalsamadas_
_Sonolenta paz em sepulcrais poentes expira_
Marcadores: PRIMAVERA
SOLILÓQUIO D´ALMA (ENSAIO)
SOLILÓQUIO D´ALMA (ENSAIO)
Delicado manto de cores e flores a‘lma vestindo ,.caminhas no meu corpo os segredos de tu’alma descerrados.
Outonais folhas desgarradas – esvaecidas sombras no fadário da poeta.
Marfíneos tons nos sentimentos pairam - matizadas luzes de longínquas lembranças.
_Instantaneamente, sinto-as ao cerrar as soleiras das pálpebras , indefinidas tal qual a melancolia._
Marcadores: PRIMAVERA
VESTÍGIOS (ENSAIO)
VESTÍGIOS (ENSAIO)
Mudos, lado a lado caminhamos dentre farrapos de sombra .
Ritmados espectros em lacrimosas trevas escombram-se...
Meros ecos nas madrugadas perdidos- desatentas mágoas nos sonos da brisa.
_Boia o tédio na lareira da saudade - vestígio que jamais se apaga..._
Marcadores: PRIMAVERA
IRREAIS MENSAGENS (FOTOPOEMA)
IRREAIS MENSAGENS (FOTOPOEMA)
Destinadas a não ser lidas
Tristonhas páginas
Na tumba rasgadas
“Eu amo os crisântemos misteriosos
Por serem lindos, tristes e mimosos,
Por ser a flor de que tu gostas mais! “
Florbela Espanca
Marcadores: PRIMAVERA
FUGIDIAS MÁGOAS (FOTOPOEMA)
FUGIDIAS MÁGOAS (FOTOPOEMA)
Flutuavam- lhe
Encarceradas mágoas
Dentre nuvens espraiadas
"Não se acende hoje a luz…Todo o luar
Fique lá fora.Bem Aparecidas
As estrelas miudinhas, dando no ar
As voltas dum cordão de margaridas!"
FLORBELA ESPANCAMarcadores: PRIMAVERA
PROFANAÇÃO (ENSAIO)
PROFANAÇÃO (ENSAIO)
Roídas por suspiros de desenganos, muralhas do tempo.
Dentre cinzentos porões latejam sombrias, essas dores da vida que devoram.
Luzes de sombrias lâmpadas , nus arabescos n’alcova resvalam...
Nos clarões dos círios enganosas cantorias...
_Puros sonhos – intermitentes e profanos delírios _
Marcadores: PRIMAVERA
AO ACASO (ENSAIO)
AO ACASO (ENSAIO)
Em brandos e leves gestos sombras pairam n’infinito - imortais formas pelo espírito revestidas...
Lembram círios a tombar num lago - sacrossantos martírios...
Alvejantes agonias ao acaso esmaecem- melancolizam o alvorecer que,sorrateiro, vem beijar-lhes os flancos – mimos e afagos das sonolentas nuvens.
_Nas crepusculares visões vagueando, místicas luzes acendem- clementes mantos de carinho - altares de novena lembrando..._
Marcadores: PRIMAVERA
VAZIO DA TRISTEZA (ENSAIO)
VAZIO DA TRISTEZA (ENSAIO)
Desculpa-me , tristeza, pelo palco vazio do teatro de meu destino , pelo sopro das sombrias trevas-pulsantes e macabras dores - ...
A qualquer dia sentirás meus inacabados versos e vislumbrarás os ocos dos meus abismos...
Nas mudas canções meu silêncio se faz ouvir – alucinógenas palavras em aveludados sentires.
Acorrentados pelas dores ,morimbundos lamentos – eclodidas vozes no desespero.
Vagos silêncios, mórbida solidão - uma vida em vão...
Marcadores: PRIMAVERA
CATACLISMO (POETRIX)
CATACLISMO(POETRIX)
Morimbundos espasmos
Espirituais monólogos
Devastadas tristezas
“Ah! Se aquela estação fosse a última!
Se não houvesse tantas após
Se o tempo não fosse meu próprio algoz
Quando a noite findava a loucura “
ALFHONSUS DE GUIMARÃES
Marcadores: PRIMAVERA
ECOS DA VIDA (ENSAIO)
ECOS DA VIDA (ENSAIO)
Turvas esperanças de luzes colorem-se...
Uma lua no céu, outra lua no mar.
Surradas cicatrizes mágoas espancam , presságios haurem - tormentos evolam-se-, vazias paredes enlutando...
_Alvas agonias embalsamadas expiram ao longe- sepulcrais desenganos – ECOS DA VIDA em lacrimejantes suspiros..._
Marcadores: PRIMAVERA
LAMENTOS (ENSAIO)
LAMENTOS (ENSAIO)
Sonhos em que me perdi, salmos modulam - melancólicos espectros.
Vicejados nas escarpas, doces lírios risonhas trevas apascentam
Lúgubres espasmos no horizont’infindo mergulham.
Bisonhas preces esquivas tardes emudecem – tangem os sinos – clamorosos tormentos...
_Alcandoram-se lamentos - funestas canções pela brisa guinadas._
Marcadores: PRIMAVERA
ENCONTRO COM O DESTINO (ENSAIO)
ENCONTRO COM O DESTINO (ENSAIO)
De mortas sombras mesclados, voláteis encontros.
Sedutores desencontros o inverno cantam.
Hialino orvalho – agonizante arrebol- passo a passo evapora-se...
Ebúrneos clarões dos ausentes sonhos meus ao mísero destino atrelados.
Ululante brisa em tons marfíneos- suplicantes brumas em mágoas albergadas.
_Castas indefinições ao encontro de hirtas e sepulcrais esperanças_
Marcadores: PRIMAVERA
DESVARIO (POETRIX)
DESVARIO (POETRIX)
Em veludíneos arabescos
Perfumados versos
Desfolham-se...
“Na minh`alma floriu um novo carme,
O meu ser para o céu alcandorou-se.”
ALPHONSUS DE GUIMARÃES
Marcadores: PRIMAVERA
MEU POEMAR (ENSAIO)
MEU POEMAR (ENSAIO)
Canto em versos a ausência, a distância e o além.
Lívidos poemas por fugidias sombras mesclados.
Velados sussurros num’invisível tristeza...
Ocasos de sangue em plúmbeas madrugadas meus sonhos d’amor e de venturas choram.
Linhas rabisco inda que o sono me adormeça...
_E pouco a pouco, deixo sangrar a’lma nas esvaecidas ilusões ..._
Marcadores: PRIMAVERA
DESFOLHADOS SONHOS (ENSAIO)
DESFOLHADOS SONHOS (ENSAIO)
Entre prantos ,agonias abafando, incertezas, desafios.
Cânticos ao inverno, quiçá ao inclement’ inferno .
Versos em que torvo desespero sangra - tertúlia d’alma...
Fragrâncias de silenciosas alfombras esvaem-se - suspirosos elanguesceres.
_Derradeiras desventuras – sonhos d’amor que se desfolham..._
Marcadores: PRIMAVERA
PEREGRINAÇÕES (ENSAIO)
PEREGRINAÇÕES (ENSAIO)
Sonolentas agonias- paredes vazias- sagrados delírios
Repicam sinos nos flancos do horizonte - afagos do astro rei .
Veus de luares errantes anjos recobrem
Franjado d’estrelas , anil celestial ilumina-se.
Imaculada e carinhosa lua, de fases desnudada, infinito dos sonhares escala...
_Forasteiras peregrinações nas veredas da imaginação_
Marcadores: PRIMAVERA
CHORA A PAISAGEM (ENSAIO)
CHORA A PAISAGEM (ENSAIO)
Ao tombar do dia, fenecendo as flores, pranteiam as madressilvas .
Lânguido véu de involuntárias lágrimas .
Silentes coadjuvantes - sonhos de amor jamais sonhados ...
Em fulvos lampejos envoltos, esmaecem – às cintilantes nuvens d’ ouro mesclam-se...
Ebúrneas lembranças – rastros das esperanças no caos do céu tristonho mergulham.
_Adormecidos astros na anilada vastidão do horizonte infindo_
Marcadores: PRIMAVERA
CINZAS DAS ILUSÕES (ENSAIO)
CINZAS DAS ILUSÕES (ENSAIO)
Volúpias em flor- gargalhadas em esculturais sorrisos- clarões de gotas pálidas iluminam.
Em espasmos de solidão passeiam os dias meus.
Arquejam e choram noites sem lua - nos céus eflúvios da maresia gotejando...
Ilusões em que se afogam o ardor da vida- mendicantes lágrimas o perdão pel’agonia imploram...
_Ardentes orvalhos em febris pranteios,à hora em que preludiam aves d´aurora_
Marcadores: PRIMAVERA