EIS QUE...
Tu que desenhaS sonhos nos caprichos da mulher amada...
Que entornas rosas nas carícias vaporosas dos versos
teus...
Que sob o gelo da indiferença, albergas nesse peito teu
paixão tamanha...
Que nas magoadas asas dos teus sorrisos, fremente solidão
arrastas...
Que nas amarelecidas folhas dum caderno triste, ocultas o
desejo insano desse seio ardente...
Que revives nas arroxeadas pétalas da saudade palpitantes
imagens dum passado não ultrapassado...
Que nas invernosas nuances dos caminhos teus, rosário de
lembranças desfias...
Eis que, no encanto desses mistérios,um solene “De
Profundis”ruge e tomba...
_E ao ver-te tristonho, em ondas da realidade a vogar,
doídos anseios põem-se a chorar..._
Marilândia