HAIKAI
HAIKAI
Inacabados sonhos
Prelúdio dos verso meus
Místicas luzes
MOMENTOS
MOMENTOS
Reencontro com a história
Silencia um olhar de desejo
Alma em desalinho
HAIKAI
HAIKAI
Perfume de mel
Pontos de cor no anil do céu
Bordaduras n'alma
TRILHOS DA HISTÓRIA
TRILHOS DA HISTÓRIA
Fantasmas no meio do nada_anseios sepultados_ “lá vai a vida a rodar...”
Na inexorável fúria de viver, vão-se os sonhos_ silêncio das trevas quebrados...
Desabrochadas em flores, lembranças rodopiam _ vagam nos trilhos duma história em ruínas...
Nesse vão tormento_ clamores de silêncio que engulo_, doidamente alastram-se...
Batem à porta de minha tapera, gargalhadas de fogo _ voluptuosas dançarinas nos arabescos do destino..._
Cânticos do luar a prantear-me a sonora lousa, capítulos do Tempo estrangulam _ cruz de desalentos esculpida..._
FALA, NATUREZA!!!
FALA,NATUREZA!!!
Luzir desses sóis
Celestiais eflúvios
Fulgores do poente
MARAVILHA
MARAVILHA
Dourados horizontes
Natureza desfraldada
Festivos clarins
SILÊNCIO DOS SEGREDOS
SILÊNCIO DOS SEGREDOS
Destroços no meu peito albergados _ confessados vestígios das saudades_ desfloram segredos, tornam a paisagem esfumada e melancólica...
Dentro d’alma a soluçar,solidão da noite infinda...
Nas brumas dos atalhos,enegrecendo vielas d'agonia, sombrios mensageiros dum tardio luar...
_E mal a'urora em meu coração desponta,temerosas e vacilantes estrelas, nas bordas dos caminhos evaporam-se..._
PÁGINAS VAZIAS
PÁGINAS VAZIAS
No ermo do nada, nem todas as noites são de sonhos...
Dolentes devaneios _ tons de raras gemas_ vogam, alucinantes, dentre mimosas madrugadas...
Fios d'ouro _ miragens em reflexo_ cenário do além povoam...
D'olhos fechados murmuro, transformando em silêncio o que em mim vibra...
Sorrateiros acordes _ plangente brisa_ numa cadência de soluços...
E os mesmos versos, tantas vezes reescritos, pontilham de anseios vazias páginas dos caminhos meus...
MEADAS DAS LEMBRANÇAS
MEADAS DAS LEMBRANÇAS
Ilusões apenas e nada mais_doces crenças no carrossel da vida..._
Rubras chamas a desprender-se _ quimeras cor de sol..._
Tons da tristeza _ agonizantes campas _ no desfolhar das brumas esvanecem-se...
Desvairadas almas _ sombras dumas sombras_ chorosos salgueiros...
Enigmas de enluarados sonhos _ lúgubres mistérios _ horas d'outrora rondando..._
Dolorosos murmúrios a percorrer caminhos desolados _ mensageiros das dores e das saudades..._
HAIKAI
HAIKAI
Braços pro infinito
Clamorosos momentos
NATUREZA em prece
GARGALHADAS EM PRANTO
GARGALHADAS EM PRANTO
Beija o Outono, florescer das Primaveras, guizos do silêncio entoando...
Rumorejam ao sol- pôr baladas do crepúsculo _feitiço de rendilhadas quimeras ..._
No lânguido entardecer, indolentes fantasias entreolham-se _ assombrosas gargalhadas..._
Espalmadas lembranças _ nuances das saudades_ nos labirintos d'alma palpitam..._
_E quando na madrugada o céu repousa, pranteia o luar esquecida lousa dum indigente poeta..._
SOMBRAS DAS TREVAS
SOMBRAS DAS TREVAS
Brilhando em negras nuvens, estrelas vivas nada mais são que sombras dumas sombras...
Vagas, inertes, na solidão de ermos matagais,em mortalhas de sedas jazem...
Em segredo falo com elas, a chorar e a rir ,beijando-lhes as descoradas faces...
Delirante anoitecer esparze perfumadas nuances dentre farrapos das trevas...
Vãs miragens _ tênues linhas d'horizonte_ sem quimeras, sem saudades, sem desejos...
CÂNTICOS DO LUAR
CÂNTICOS DO LUAR
Engrinaldam o céu d'esmalte, baladas do luar...
Invisíveis liras soam, místico cenário anunciando...
Miríades de fantasias o horizonte povoam - “ballet” de anjos estrelados - voluptuosos e cintilantes arabescos …
A noite abre as mãos – entorna sonhadores prelúdios _ acetinados murmúrios...
Aveludam as retinas misteriosos traços _ esvoaçantes nuances _ mensageiros dos deuses em trajes purpurinos..._
RETALHOS DOS VERSOS MEUS
RETALHOS DOS VERSOS MEUS
Nas trevas dos atalhos por onde peregrino, espirais de fugidias luzes – estrelas guias na roupagem d'horizonte...
Desfolhados lírios nos sombrios caminhos jazem _ rastros do luar em virginal repouso...
Dementes lágrimas à alma trazem-me poesia – momentos de mágicas quietações...
Nas longas soledades do sonhar da noite, recortes de loucura num quê de fantasias...
À tarde, ao despedir-se o dia, liras mudas em céu d’esmalte exalam suspirantes...
Eternizados na vida, amores da brisa _ centelhas d'orvalho – murmúrios da solidão...
O vazio abre as mãos _ entorna rosas cor de rosa_ a mais doce de todas as horas...
Horas em que a furtiva lua despe o manto de agonias _ conta tanta história à tardia madrugada!..._
O POEMA
O POEMA
Refúgio sem esperança_ alicerce do nada _não leva pra Eternidade um punhado sequer de murchas flores...
Boêmio e vagabundo, em noites consteladas pernoita...
Amortalhado à luz duma saudade , bebe a madrugada, embriaga-se aos raios do amanhecer...
Seus desejos oculta dentre rendilhadas orlas dum leito em chamas...
Enquanto o mundo dorme, despetala seus langores nas páginas da vida que tanto ama...
Com o casto perfume do jasmim, povoa cantos ao som das ondas...
Sob o manto do crepúsculo, em lânguidos clamores , o coração dentro do peito esmaga...
Pelas caladas dos sonhos trovadores, embala levianas toadas a inundar um céu d'amores...
HAIKAI
HAIKAI
Aladas pétalas
Eflúvios d'alvorecer
Róseo concerto
QUE...
QUE...
Que recolha ao nada, o nada dum instante...
Que adormeçam sagradas esperanças num'alma cansada dessa vida insana...
Que em noites sem luar solucem, arquejantes, versos das penumbras...
Que as descrenças das negras trevas, palpitem a céu aberto...
Que as gélidas madrugadas descerrem os véus d'horizonte constelado...
Que o perfume de baunilha embriague o misterioso florescer
dos sonhos...
Que insensatas alegrias desvendem interrogações existenciais...
Que rimas dos poetas despertem o sono dos desejos...
Que voos dos flamejantes astros orvalhem de esperanças a melancolia dos crepúsculos...
Que os gritos dos sonâmbulos vibrem no “silêncio dos inocentes”...
Que inquietações das auroras dentre brumas d'infinito, gargalhem agonizantes...