OS LÍRIOS MORREM À TARDE
"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
FOTOPOEMA (REP)
FOTOPOEMA
Neste mistério in_domável,sussurrantes e dolentes murmúrios da paixão.
Formas nuas em ondas, resvalando dentre crepúsculos da solidão.
Ondulantes e sobranceiras sombras esvaecidas nas correntezas de noites consteladas.
Sabem os flamejantes astros a embriaguez das horas solenes.
Embala os sonhadores nas fantasias, luminoso painel d’horizonte.
Enquanto serpenteia a brisa , num véu purpúreo, céus da madrugada de sangue enrubescem...
Marilândia
RELICÁRIO (REP)
RELICÁRIO
Pois é lá que vagam,
Que flóreas erram
Num Relicário de viver perfeito...
Tudo ali vive e sonha o imaculado,
Tudo é cândido, estrelado,
Tudo se veste de uma igual beleza
Embalsamada em véus brancos
De visões resplandecentes...
Lá não existe a convulsão da vida.
Tudo se envolve num luar de prata,
Iluminando todo o Azul sidéreo
Da sagrada Saudade que etéreas harpas tangem...
Marilândia
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
COSTURANDO POESIA
Jô Tauil
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Para que a poesia estribilhe
Sob o fulgor indeciso de uma aurora!
Outrossim,
Galgando ânsias e desejos
Nas Formas do Amor, constelarmente puras,
Através de luxúria deslumbrante e aveludada
E
A dormir e_ternamente
À viva luz do dia,
Sob suspiros duma alma em adoração!
Marilândia
DELÍRIOS DO ANOITECER (rep)
DELÍRIOS DO ANOITECER
...E quando à noite surge pálida a lua, saudades pranteio, nos braços da paixão desmaio.
Sombras velando minhas madrugadas, no meu solitário leito cristalizam-se...
Horas voluptuosas,silentes, febris...
Insensatas alegrias dentre nuvens preguiçosas agonizam_ lânguidos murmúrios a suspirar no mergulho do anoitecer...
Não mais importam as ilusões desfeitas _ em delírios dementes lembranças se desfolham.
Marilândia
COSTURANDO POESIA (REP)
“Vou cantá-la seja onde for
Para nunca esquecer o nosso amor!”
Jô Tauil
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E então, nas trevas em místicas dormências
São carnais tantos anseios,
Num sentimento insano,
Um sentimento que me lacera.
Dar-lhe eu beijos, apenas, dar-lhe, apenas, beijos,
Com o mais profundo amor, nas vigílias sem nome...
Tudo isso, ah! Quanto vale tudo isso,
Se alucinada, deliro!
Ah! Vida! Vida! Vida! Incendiada paixão!
Tem dó de mim lá no supremo instante
Sem ninguém, ninguém que me responda,
Até que exausta de fadiga e sonho,
Tudo acaba então no desespero in_grato!
Marilândia
A PARTIDA (PARA O OEVENTO???)
A PARTIDA
Nas trevas da partida, ecoa o "De Profundis“ …
A chorar , luzes que se apagam... _tristes venturas desfolhadas_...
Flores murchas alcatifa dos caminhos inundam...
Bordão de desenganos nas sombras tropeça _claudicantes mágoas_...
Exangues sonhos desejos amortalham ...
_Desalentos nas fímbrias da solidão... _
Marilândia
SILÊNCIO DA ALMA (EVENTO DE 28)
Silêncio da Alma
“Me enlaço no teu beijo
Abraço teu desejo”,
Clamando no tempo e tanto,
Tanto imenso afeto...
Quisera ser a serpe veludosa
Para, enroscada em múltiplos segredos,
Languidamente, esmagar-te
Em mudas, sensuais quimeras...
Assim,
Nesses vãos devaneios,
Volto à essência dos anos,
Dentre espectros tristemente vivos...
Marilândia
COSTURANDO POESIA (mm)
Momentos e momentos soberanos!
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Vai-se o intrigante e cai o pano
Ante a aparição da esperança
Que acabe com a saudade
Para que a poesia cante
Leve como a nuvem primaveril
No fulgor indeciso de uma aurora!
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
SEM DESTINO(REP)
SEM DESTINO
Mansamente,
Avizinha-se a madrugada...
Noite de torpores!
Agonizantes astros
Névoas mescladas
Às quimeras e saudades...
Mendicantes êxtases
Embriagadoras luxúrias
Voluptuosa súplicas
Máscaras pagãs,
Sem saber mesmo o rumo
Que iremos tomar...
Marilândia
FOTOPOEMA
FOTOPOEMA
Sonhos?
Já não os tenho...
Morreram todos na languidez do Tempo.
Choram hoje dentre brumas do passado...
Marilândia
Sonhos?
Já não os tenho...
Morreram todos na languidez do Tempo.
Choram hoje dentre brumas do passado...
Marilândia
NINGUÉM É DE NINGUÉM (rep)
NINGUÉM É DE NINGUÉM
Aqui... além... uma história em cada vida.
Quando a’urora mansamente se debruça, iluminando-me os desejos , esfumaçadas névoas abrasam minhas lembranças.
Estranhas súplicas no vazio das saudades são centelhas de esperança nos mares esfomeados.
Tombam em beijos languescentes as tardias horas dum suplício.
Ao acaso de lampejos dentre rubras ondas, vislumbro a tortura d'agonia ...
_ NINGUÉM É DE NINGUÉM_
Marilândia
COSTURANDO POESIA (REP)
"Pois o que conta é a felicidade"
Miguel Eduardo Gonçalves
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Então,
Num doce enleio,
A gargalhar, danço
Até o sapato pedir pra parar
Num riso de ironia,
Esmorecendo nos troféus gementes...
Convulsivas,
Todas as melodias suspirantes
Que ondulam no ridículo das vidas,
E valsam nos românticos enleios,
Revivem nas cítaras dos poetas
Onde visões lascivas, sonâmbulas, levitam...
Marilândia
SORRATEIRAMENTE (REP)
SORRATEIRAMENTE
Sob os céus formosos a desabrochar,
“O silêncio
É uma carícia que a felicidade traz”,
Pórtico que se abre para as estrelas mais ignotas...
Nessa grande planura em que o Austro se esparze,
Nada é mais doce que as trevas tão pálidas
Num mundo que se entorpece
De amargura, de suor e do sol mais ardente...
Marilândia