OS LÍRIOS MORREM À TARDE
"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
MOTE 182
MOTE 182
"A LUA É CAMARADA"
Armando Cavalcanti e Klécius Caldas
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TUDO É CARNAVAL
Dentre sensações quiméricas, lascivas
“A noite é de nós dois”
Quando as volúpias a pecar se ajustam...
Marilândia
COSTURANDO POESIA
“Sim... temos precisão de invadirmo-nos
Corpos e almas!”
Jô Tauil
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Lançando ao uni_verso o desafio afrontoso,
Aguçado e, qual um jogral que delira!
Outrossim,
Todas as fibras de nossos corpos arfantes
Têm no presente o passado restaurado...
E,
Em pensamento nosso amor se aviva
Amarrando-nos os a_braços numa trilha venturosa!
Marilândia
ESTANDARTES DA ESPERANÇA
ESTANDARTES DA ESPERANÇA
Com chamas, vibrações, do alto, cantando,
Para galgar, ascender à Imensidade
Onde o clarão de tantos sóis radia...
Então,
Num canto fraternal
Que só de luz consiste
E
Para que a paz desemprenhe a Poesia,
Em arcos triunfais, de flores, de clarões,
Trazendo a glória ao povo ébrio de amor
Numa excelsa cauda dos cortejos vários,
Simbólicos estandartes da fé e da esperança
___________ No caminho dos desamparados...
Marilândia
RELICÁRIO
RELICÁRIO
Pois é lá que vagam,
Que flóreas erram
Num Relicário de viver perfeito...
Tudo ali vive e sonha o imaculado,
Tudo é cândido, estrelado,
Tudo se veste de uma igual beleza
Embalsamada em véus brancos
De visões resplandecentes...
Lá não existe a convulsão da vida.
Tudo se envolve num luar de prata,
Iluminando todo o Azul sidéreo
Da sagrada Saudade que etéreas harpas tangem...
Marilândia
FOTOPOEMA
FOTOPOEMA
Neste mistério in_domável,sussurrantes e dolentes murmúrios da paixão.
Formas nuas em ondas, resvalando dentre crepúsculos da solidão.
Ondulantes e sobranceiras sombras esvaecidas nas correntezas de noites consteladas.
Sabem os flamejantes astros a embriaguez das horas solenes.
Embala os sonhadores nas fantasias, luminoso painel d’horizonte.
Enquanto serpenteia a brisa , num véu purpúreo, céus da madrugada de sangue enrubescem...
Marilândia
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
MARILÂNDIA E MIGUEL
Momentos e momentos soberanos!
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Vai-se o intrigante e cai o pano
Ante a aparição da esperança
Que acabe com a saudade
Para que a poesia cante
Leve como a nuvem primaveril
No fulgor indeciso de uma aurora!
COSTURANDO POESIA
“Meus olhos...obsessivas janelas!”
Jô Tauil
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Galgando ânsias e desejos
Nas
Formas do Amor, constelarmente puras,
Através de luxúria deslumbrante e aveludada!
Então,
A dormir eternamente
À sombra desses cílios,
À viva luz do dia,
Suspiros duma alma em adoração!
Marilândia
Silêncio da Alma
Silêncio da Alma
“Me enlaço no teu beijo
Abraço teu desejo”,
Clamando no tempo e tanto,
Tanto imenso afeto...
Quisera ser a serpe veludosa
Para, enroscada em múltiplos segredos,
Languidamente, esmagar-te
Em mudas, sensuais quimeras...
Assim,
Nesses vãos devaneios,
Volto à essência dos anos,
Dentre espectros tristemente vivos...
Marilândia
EXÓTICA DANÇA
EXÓTICA DANÇA
Qual constelação flamejada,
Vai ter uma festa
Dentro das naturezas luminosas,
Cintilando e cantando
Na canção das cores...
Rápida e rasteira
Numa auréola secreta de malícia
Perdida a antiga ingenuidade dócil,
Como alma sem rumo,
Coração sem destino,
Filha de desejos in_quietos
Dentre excelso abandono...
Marilândia
MOTE 181
MOTE 181
A VIDA É UM Moinho
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EMOÇÕES DILACERADAS
“Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida”
Então,
Nas trevas em místicas dormências
São carnais tantos anseios,
Num sentimento insano,
Um sentimento que me lacera.
Dar-lhe eu beijos, apenas, dar-lhe, apenas, beijos,
Com o mais profundo amor, nas vigílias sem nome...
Tudo isso, ah! Quanto vale tudo isso,
Se alucinada, deliro!
Ah! Vida! Vida! Vida! Incendiada paixão!
Tem dó de mim lá no supremo instante
Sem ninguém, ninguém que me responda,
Até que exausta de fadiga e sonho,
Tudo acaba então no desespero in_grato!
Marilândia
COSTURANDO POESIA
“Antes que tudo nesta vida se acabe!”
(Miguel Eduardo Gonçalves)
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Dessarte,
Não mais que de repente
Ao acaso dos desejos,
Pétalas flamejam sob rútilas alegorias...
Alados beijos,
Gemendo nas curvas dos corpos em brasa,
Quais vozes entrelaçadas
No desvario das madrugadas...
Insanas angústias n’almas em desalinho...
Eis que
Inusitadamente, luze o poema
Em momentos engrinaldados de saudades...
Marilândia
DELÍRIOS DO ANOITECER (ABL SP)
DELÍRIOS DO ANOITECER
...E quando à noite surge pálida a lua, saudades pranteio, nos braços da paixão desmaio.
Sombras velando minhas madrugadas, no meu solitário leito cristalizam-se...
Horas voluptuosas,silentes, febris...
Insensatas alegrias dentre nuvens preguiçosas agonizam_ lânguidos murmúrios a suspirar no mergulho do anoitecer...
Não mais importam as ilusões desfeitas _ em delírios dementes lembranças se desfolham.
Marilândia
CARNAVAL POÉTICO DA ACADEMIA VIRTUAL DE LETRAS
CARNAVAL POÉTICO DA ACADEMIA VIRTUAL DE LETRAS
Colombinas, pierrots, arlequins
Revivem momentos das folias
Ao som de vibrantes estopins
Saudando carnaval de fantasias
Marilândia
Quantas vezes sacudirei os meus guizos,
Quantas vezes recordarei as máscaras vandálicas,
Nos êxtases feéricos, aos sons poéticos da folia!
Marilândia