terça-feira, 21 de janeiro de 2025

EVENTO DA REVISTA POÉTICA

EVENTO DA REVISTA POÉTICA TEMA: PRIMEIRO ANIVERSÁRIO AUTORA: Marilândia Marques Rollo DATA: 21-01-2025 PAÍS:Brasil Título:UM ANO DE LUZ Gentilmente convidada pela amiga poetisa Lucia Nobre

costurando dia 21

"Essas flores que aprisiono tombam entre os dedos..." Jô Tauil ________________________________________ Entre grades de ferro e concreto frio, crescem pétalas rebeldes, desafiando o vazio. São violetas que não conhecem a liberdade, mas ainda assim dançam com a brisa fugaz da tarde. Como podem ser tão livres, mesmo presas? Como podem ser tão vivas, mesmo esquecidas? Suas raízes penetram as fendas da prisão, buscando vida onde só há desolação. Margaridas brancas, rosas carmesim, prisioneiras do jardim artificial, cada pétala um grito silencioso contra muros que separam seu destino do infinito. Quem as condenou a esta sentença perene? Quem decidiu aprisionar a própria primavera? Suas cores são protestos contra o cinza, suas fragrâncias, mensagens de resistência. Ó, flores do cativeiro! Suas pétalas são asas que não podem voar, mas ainda assim tocam o céu com a ponta dos sonhos que não cessam de brotar. E mesmo neste exílio forçado, seguem pintando de beleza as paredes da solidão, provando que nem grades nem muros podem aprisionar a força da transformação. Marilândia

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

EVENTO TOM JOBIN

MAESTRO DO MAR Na cadência do mar de Ipanema Um maestro compõe sua sina Dedilhando acordes complexos Na simplicidade divina Entre ondas de notas dispersas E harmonias que bailam no ar Nasce a bossa, suave e moderna Que fez Rio e mundo sonhar Garota dourada na areia Piano em noites de verão Tom maior, sétima menor Rio antigo no coração Das manhãs de café e cigarro Aos encontros no Bar do Tom Uma nova música nascia Em português, um novo som Na partitura do tempo Seu nome ficou gravado Maestro das águas e brisa Eterno Tom, abençoado Entre músicos e poetas Reinventou nosso cantar Deixou o Brasil mais bonito Com seu jeito de harmonizar

ELEGIA PARA UBALDO EVENTO DIA

ELEGIA PARA UBALDO Agora que o silêncio te abraça, irmão das letras, não são mais tuas mãos que escrevem no vento, são as folhas dos livros que sussurram teu nome, são as palavras órfãs que te procuram nas esquinas da memória. Ubaldo, guardião das histórias ancestrais, teu corpo retornou à terra baiana mas tua voz ainda ecoa nas ruas de Salvador, nas praias onde o mar lambe as pedras da saudade. Como contar agora as histórias que não contaste? Como tecer os fios que deixaste suspensos no ar? Tuas personagens vagam pelos corredores do tempo, buscando o abrigo de tua imaginação infinita. Na casa grande da literatura brasileira, teu quarto permanece aceso, eternamente habitado pelos sonhos que semeaste em cada página, pelos mistérios que decifraste em cada linha. Cavaleiro das letras, guerreiro da palavra, teu cavalo agora galopa nas estrelas do Recôncavo, mas os tambores de teus livros ainda ressoam no coração pulsante de tua Bahia amada. Não morreste, Ubaldo, transmutaste-te em história, em personagem de ti mesmo, em letra viva, em vento que sopra nas velas da memória, em mar que banha as praias da eternidade. Tuas palavras são agora pássaros migratórios que voam entre o céu e a terra dos homens, carregando nas asas a tinta de tua alma, semeando histórias nos campos do amanhã. E assim permaneces, imortal como tuas letras, eterno como as histórias que contaste, vivo como o sol que nasce em tua Bahia, presente como o ar que respiramos ao ler-te.

COSTURANDO POESIA

“Sem esperas e sem tempo…” Jô Tauil ———————————————— Hoje descobri que o relógio parou não nas horas, mas em meu coração ansioso, onde antes corriam ponteiros furiosos agora flutua um silêncio luminoso. Não há mais manhãs nem tardes intermináveis, só existe o agora, vestido de eternidade, como tuas mãos que tocam minha verdade sem pressa, sem medo, sem idade. O tempo era uma prisão de minutos contados, até que teus olhos quebraram as correntes e me ensinaram que amor não tem presente nem passado, só instantes sagrados. Agora danço no vazio dos calendários, livre das esperas que tanto me consumiam, cada momento é um universo que se cria entre teus beijos e suspiros diários. Sem tempo para contar, sem horas para temer, existe apenas este momento infinito onde teu nome se faz eterno grito e minha alma aprende, enfim, a viver. Marilândia

domingo, 19 de janeiro de 2025

evento literário dia 19 de janeiro

79º EVENTO LITERÁRIO VIRTUAL WEB POESIA TEMAS: DESPEDIDA ou DEVOÇÃO Início dia : 15/01/2024 Término: 19/01/2024 Autora:Marilãndia Marques Rollo País:Brasil Título

sábado, 18 de janeiro de 2025

EVENTO DIA 19 LN

Evento da Revista Poética Data: 19/01/2025 Autora:Marilândia Marques Rollo Lingua Portuguesa País: Brasil TEMA: Livre Titulo:VIAJANTE DO TEMPO A convite da amiga poetisa Lucia Nobre VIAJANTE DO TEMPO Hoje o sol nasce trezentos e sessenta e cinco vezes, todos os raios convergem para teus olhos pequenos, onde habita um universo de sorrisos recém-descobertos e lágrimas que são pérolas de alegria primeira. Um ano inteiro de lua crescendo em tuas mãos, doze luas que dançaram em teu berço de nuvens, enquanto teus pés aprendiam a geografia do mundo e teus dedos desenhavam constelações no ar. Como contar o tempo quando ele é medido em primeiros suspiros, em passos hesitantes, em palavras que nascem como brotos na primavera? Hoje tens um ano de existência luminosa, e o mundo ainda é novo em tuas pupilas, como se cada manhã fosse inventada especialmente para teu despertar. Teus cabelos são fios de música ao vento, teu choro é chuva que rega jardins secretos, teu sorriso é sol que derrete geleiras milenares e faz florescer rosas no deserto da solidão. Doze meses de metamorfose contínua, como uma borboleta que nunca termina de descobrir as cores de suas asas. O tempo em ti é uma dança perpétua, um carrossel de momentos eternos. Primeiro ano: idade em que os sonhos ainda não conhecem a palavra impossível, em que cada gesto é uma descoberta sagrada, cada som um poema ainda não escrito, cada olhar uma galáxia nascendo. És hoje a soma de trezentos e sessenta e cinco milagres, pequeno ser que transformou o silêncio em música, a escuridão em aurora, a solidão em plenitude. Em ti, o tempo é uma espiral de maravilhas que não cessa de crescer e surpreender. Para ti, meu pequeno viajante do tempo, que fizeste deste primeiro ano um universo em expansão, dedico estas palavras que são pétalas ao vento, sabendo que nenhum verso pode conter a imensidão de amor que tua existência desperta.