quinta-feira, 18 de março de 2010

AFOGUEADA NUDEZ






AFOGUEADA NUDEZ



Jóias raras secretamente guardadas
Hesitações...
Fuga de nós mesmos.

Frutos de nossos anseios
Cenas visíveis, nuas e cruas
Destinadas ao sopro de nossos corações
Evaporavam-se instantâneas
Deslizando em sulcos de prazeres.

Sublime atração dos corpos.

Lembras-te?

Desvencilhava-me ansiosa,
Comprimida nos braços teus.

Nos ínfimos recônditos lia-te
Letra a letra.

Desejos suplicantes
Desabando montanhas,
Esvaziando oceanos...

Labaredas desenhadas em nossos corpos
Nervosas, aflitas…


- Sinfonia magnética em afogueada nudez-





"Aqui eu te amo
Nos escuros pinheiros se desenlaça o vento
Fosforece a lua sobre as águas errantes."

PABLO NERUDA




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2 Comentários:

Às 19 de março de 2010 às 04:02 , Blogger Márcia Vilarinho disse...

Minha querida amiga, sua poesia é imbatível em expressão, carinho, vivência, amor e a sua delicadeza se faz presente a todos nós, diariamente. Lindo esse seu poema, diria perfeito na referência que a própria alma faz ao sentimento. Obrigada pela visita. Muito bom receber vc no Madrigal. Bjs.

 
Às 22 de março de 2010 às 17:01 , Blogger SolBarreto disse...

Labaredas desenhadas em nosso corpos...tem coisa melhor que isso?Puro desejo! Adorei

 

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