Sinfonia Líquida
Sinfonia Líquida O mar se agita como um coração desmedido, suas ondas são punhos que golpeiam o ar, espuma branca que grita contra o silêncio, cristal que desenha lágrimas no rosto da terra. Não há paz no ventre azul do oceano, apenas a dança furiosa das águas, o baile eterno entre vento e maré, a música áspera dos elementos em guerra. Sinto o mar dentro de mim, agitado, como se meu peito fosse uma costa onde quebram as ondas do desejo, onde naufragam os navios da esperança. A espuma é a palavra que não disse, a lágrima, o sabor amargo do tempo, as ondas, o ritmo do meu sangue que corre inquieto pelas veias da solidão. Mar agitado, irmão da minha angústia, que não conhece o repouso, que é movimento puro, vida pura, fúria cristalina contra o céu imóvel. Suas águas carregam todos os ventos, todos os gritos dos homens perdidos, todas as canções que o mundo esqueceu, todas as promessas que a maré levou. Marilândia Responder, Responder a todos ou Encaminhar

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