quarta-feira, 16 de junho de 2010

TORTURA


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TORTURA


Lembranças das páginas que não virei
Minha insana mente turvam
Atordoam a vida que não vivi.

Alma em frangalhos
Estilhaçado coração.

Híbridos sentimentos mourejam
Inutilmente choram alegrias perdidas...

Lancinantes mágoas me oprimem
Lágrimas já não mais tenho...

Canteiros dos meus jardins
Irrigados pelo pranto das desventuras
Pétalas das amarguras florescem...





“São assim ocos, rudes, os meus versos:
Rimas perdidas, vendavais dispersos,
Com que eu iludo os outros, com que minto!”

Florbela Espanca


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2 Comentários:

Às 16 de junho de 2010 às 16:57 , Blogger SolBarreto disse...

Poema bonito, mas com uma certa tristeza...tristeza por coisas passadas enao vividas...sentimentos guardados e nao partilhados...que cresceram e morreram em si...
Bom pelo menos foi assim que eu vi...talvez por hoje viver um momento assim...

 
Às 16 de junho de 2010 às 17:55 , Blogger Márcia Vilarinho disse...

Os lírios já não morrem mais à tarde, diante de toda a sua poesia, vivem cada vez um pouco mais, para extrair do brilho de suas poesias, o necessário refletir. Beijos

 

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