terça-feira, 15 de junho de 2010

APENAS O NADA...


/>


APENAS O NADA...

Apenas o mudo silêncio me inunda
Na perfidez das gélidas madrugadas.

Nada mais que o calor das vãs esperanças
Esbraseia-me o corpo nu,
Tiritando no leito apagadas esperanças.

Inclemente demência no vazio d’alcova,
Insanos espasmos do coração.

O nada , somente o nada, a eclodir
Na insensatez das horas,
A paralisar as incessantes vibrações
Dess’alma em desvario...

-Tormentos que as aquarelas se esqueceram de pintar-



"No fadário que é meu, neste penar,
Noite alta, noite escura, noite morta,
Sou o vento que geme e quer entrar,
Sou o vento que vai bater-te à porta..."

FLORBELA ESPANCA


Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial