APENAS O NADA...
APENAS O NADA...
Apenas o mudo silêncio me inunda
Na perfidez das gélidas madrugadas.
Nada mais que o calor das vãs esperanças
Esbraseia-me o corpo nu,
Tiritando no leito apagadas esperanças.
Inclemente demência no vazio d’alcova,
Insanos espasmos do coração.
O nada , somente o nada, a eclodir
Na insensatez das horas,
A paralisar as incessantes vibrações
Dess’alma em desvario...
-Tormentos que as aquarelas se esqueceram de pintar-
"No fadário que é meu, neste penar,
Noite alta, noite escura, noite morta,
Sou o vento que geme e quer entrar,
Sou o vento que vai bater-te à porta..."
FLORBELA ESPANCA
Marcadores: PRIMAVERA
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