ADEUS SEM PONTO FINAL
ADEUS SEM PONTO FINAL
Abandono de esquecido
Fugidio lamento esvaido.
Ilusões desfeitas
Razões fenecidas
Macerados tormentos
Soturnas convulsões
No escorregadio tempo .
Invernosas brumas,
Derramando-se pelas madrugadas
Segredos invocam
E choram sem saber o porquê...
Choram o pranto da saudade
Flores desmaiadas orvalham
Jardins de desgrenhadas urzes irrigam...
“Sou chama e neve branca e misteriosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!”
Florbela Espanca
1 Comentários:
É saudade mesmo, sem ponto final. Lindo. Bjs.
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