quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

COSTURANDO 17 DEZEMBRO

“Poetizando o mistério dos meus dias” Jô Tauil ____________________________ Teço versos de sombra e de luar, Nas horas mortas, cheias de agonias, Onde a alma se entrega a delirar. Sou feita de silêncios e de mágoas, De sonhos que naufragam sem cessar, Como barcos perdidos entre as águas Que não sabem para onde hão de voltar. Trago no peito um fogo que me queima, Um desejo infinito de partir, E na boca um sabor de tarde extrema, De quem não sabe amar nem se iludir. Vivo de sede, embora seja rio, De fome, sendo pão para os demais, No meu inverno procurando estio, Buscando luz em becos infernais. Ah, se pudesse decifrar o enigma Destes dias de luto e de ansiedade, Talvez achasse sob tamanha estigma A chave de ouro da felicidade. Marilândia

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