COSTURANDO POESIA
“Reminiscências ditosas do que foi bom um dia” Jô Tauil ________________________________ Voltam na névoa branda de um sonho que passou, E trazem no regresso toda a melancolia Das horas que a ventura em pétalas deixou. Que doce era o luar naquelas noites minhas, Quando teu riso claro enchia o coração! Pisávamos descalços por sendas tão daninhas, Tecendo com estrelas nossa constelação. Mas tudo se evapora como perfume antigo, E resta apenas cinza do fogo que ardia. Procuro-te nas sombras, mas não te encontro, amigo, Somente o eco triste da nossa despedida… Ó tempos de ventura, de beijos, de delírio! Como dói recordar o que jamais voltará! Transformo em verso e canto este sagrado martírio, E choro sobre a página que me há de consolar. Guardo em meu peito exausto estas memórias loucas, Como quem guarda jóias num cofre de ilusão, Enquanto a vida escorre por minhas mãos tão roucas, E murcha como flores ao sol da solidão. Marilândia Responder, Responder a todos ou Encaminhar

0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial