domingo, 14 de dezembro de 2025

COSTURANDO DIA 14 DE DEZEMBRO

"Outono eterno de folhas levitadas" Jô Tauil ________________________________________ Suspensas no ar do meu sofrer tardio, São cartas do tempo, jamais enviadas, Que o vento releu no meu peito vazio. Há sombras de amor nas ruas caladas, Um sol que se cansa de ser desafio, E a dor se perfuma em rosas veladas, Bebendo o silêncio do pranto de anos a fio. Meu coração dobra-se em preces cansadas, Como ave ferida à beira do rio, Sonhando regressos, promessas guardadas, Na carne do sonho que insiste e confio. Se o dia me nega manhãs renovadas, A noite me embala num lume macio, Pois amo — e no amor as perdas são dadas Como ouro que arde num cofre sombrio. Assim sigo, amante de ausências amadas, Vivendo do eterno que chora — e sorrio. Marilândia

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