SOL SOBRE OS RETIRANTES
SOL SOBRE OS RETIRANTES Sob o sol que não perdoa, Ergue-se a dor em silêncio tépido... Quatro sombras queimadas na inclemência da estrada, Quatro destinos em lamento ardente. O homem Traz nos ombros a seca, nos pés, a poeira do que já foi chão, Nas mãos um cantil quase vazio, No peito, o peso de uma nação. A mulher, vestida de luto e poeira, seu corpo altar do desamparo e do ouro, ao lado, a menina cresce cedo, nos braços , outro fardo a definhar... ] No olhar, a infância pertdida no tempo, Nos psssos, o medo de continuar. Essa pintura nã´é só cor, nem tela, é grito, é fome, é terra rachada, É o Brasil dos que caminham calados Por dentro da própria estrada.

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