terça-feira, 8 de julho de 2025

Tormenta

Tormenta Tudo foge! Tudo escapa! Devastação Cruel! Não sei onde ficou o ontem. Meus jardins, meus castelos, meus porquês! Não sei de mim, Senhor, não sei de mim!... Passa em galope ardente a multidão Das dores e delírios que me vêm! Rasgam-se véus, partem-se os interesses Não tenho paz, Senhor, não tenho paz!... Vigílias de tormento, sedentas de partir! Loucura a desenhar-se, a ensombrear Cada vez mais as águas do meu sentir! Ó terrível doença de estar só! Ó terrível e amargo mal de amar Tantas vidas que choram no meu pó! Marilândia

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