Relíquias do Tempo
Relíquias do Tempo Todas as cartas que me escreveste, outrora, Guardo-as, meu sonho, como quem venera Os santos de uma fé que já não volve, E quando a tarde morre e desespera... Venho falar com elas, como quem reza, Sussurro-lhes palavras de ternura, E pouco a pouco o eco daqueles dias Ressoa em mim com doce amargura... No lenço de seda bordado a ouro Respiro ainda o teu perfume antigo, Um perfume que traz do que não volta A essência que me fere e que me alivia... O broche de madrepérola e diamantes, A joia que escolheste para mim, Que outrora prendia tantas esperanças, Agora prende lágrimas sem fim... E os versos que me deste manuscritos, De amor e de paixão iluminados, Guardam ainda a febre da tua alma, O ardor dos nossos sonhos conquistados... Mas de todas as dádivas, a mais pura, Aquela que mais fala ao coração, É a folha seca daquele jasmim Que colheste pra mim naquela ocasião... Responder, Responder a todos ou Encaminhar

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