quarta-feira, 9 de julho de 2025

Véu de Sombras

Véu de Sombras O crepúsculo vem... Como lenço de seda Que cobrisse feridas de uma face, A tarde morre... Ah! suave mercê da Penumbra que os pesares me desfaça! Assim mãos de ternura me hospedassem! Assim me acolhessem, generosas, E em leito de violetas me deitassem No ocaso que declina entre as rosas! A sombra em véu dourado se dissolve... Aroma de gardênia ou de jasmim, A noite me envolve e me revolve! E o escuro vem baixando, grave e mudo... Meu terno Amor, tu tocas o meu tudo Tocando nesta hora o meu jardim! Marilândia

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