segunda-feira, 7 de julho de 2025

Demora

Demora Fica... não partas ainda, sombra querida, Retarda o passo dessa fuga eterna; Respira o aroma da paixão perdida, Dos nossos doces beijos de caserna! Sou a senhora das tristezas ternas, A melancólica e dolente vida Que um dia se perdeu nas tuas pernas... Não fujas mais de mim, sombra querida! Teu afeto fez de mim um rio mudo: Quantas lágrimas que não soubeste tudo, Quanto lamento de sereias na saciedade! Demora... demora... ó minha doce sombra... Vês que sem ti o mundo se desmembra... E jamais me acharias em plenitude! Marilândia

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